quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Alimentos que ajudam a engravidar


A alimentação poderá contribuir ou atrapalhar a vida da pré-mãe pois pode determinar a fertilidade. Dietas ricas em gorduras trans, carboidratos e alimentos industrializados podem estar afetando seu ciclo menstrual, de forma que pode atrapalhar a ovulação. E quando estamos com problemas no ciclo menstrual, uma das primeiras mudanças a se considerar é a reeducação alimentar. Uma alimentação saudável ajuda a manter o corpo forte e pronto para encarar a gravidez. E para contribuir com a fertilidade conheça alguns alimentos que devem estar na dieta. 

Abacaxi


O Abacaxi é conhecido no mundo das pré-mães pois ajuda na implantação do embrião. Isso se deve pela substância de nome Bromelina que tem por propriedade afinar o sangue de forma a facilitar a circulação. Então, quanto maior a quantidade no organismo, mais o útero poderá ficar vascularizado. Isso contribui também para que a progesterona chegue mais eficientemente ao útero facilitando a nidação

Apesar de poder ser consumido durante todo o ciclo, se está tentando engravidar, o melhor é consumi-lo a partir do período fértil (saiba quando está ovulando), momento em que a melhora da circulação efetivamente ajudará na implantação do embrião. Deverá ser consumido uma fatia generosa e é muito importante manter o talo pois é onde há maior concentração da substância. Caso não queira consumir muitos dias, deixe para comer por pelo menos 5 dias após a ovulação. 

Linhaça


Rica em Ômega 3, a linhaça é um excelente estimulante de muco cervical. A presença do muco cervical permitirá que os espermatozoides cheguem mais rapidamente ao útero. O ômega 3 contribui também para que a membrana que reveste o útero fique mais maleável, ou seja, permite melhor a passagem dos peixinhos do marido e também permite que a  nidação (implantação do embrião) ocorra mais facilmente.
Para absorver de forma mais eficiente e se beneficiar das propriedades da linhaça, o consumo dela deve ser feito com ela moída, em forma de farinha. Poderá incluir uma colher (das de chá) da farinha em sucos ou refeições. 

Inhame


O inhame também é muito conhecido pelas pré-mães como um indutor de ovulação natural. Rico em fitoestrogênio, ajuda a estimular a ovulação e também a produção de muco cervical. 

Conheça os benefícios do inhame e como utilizar no nosso post a respeito. Clique Aqui!

Alimentos de baixo índice glicêmico


Índice glicêmico é a quantidade de açúcar que um alimento contém e carga glicêmica é a quantidade de insulina que o corpo precisa para digerir o açúcar do alimento. Quando consumimos um alimento com alto índice glicêmico, ou seja, rico em açúcar, aumentamos a taxa de insulina no corpo. A insulina é o hormônio que transporta o açúcar para as células. E quando há aumento de açúcar consumido, o corpo entende ser necessário que haja um aumento desse hormônio no corpo para dar conta da quantidade ingerida. Isso faz com que a globulina, que transporta vários hormônios pelo corpo, também aumente, com isso hormônios masculinos (andrógenos) tendem a aumentar no corpo, atrapalhando a ovulação.


Mulheres com síndrome do ovário policístico já possuem grande quantidade de hormônios andrógenos no organismo e isso é o que leva a anovulação (não ovular). Por ter em sua maioria, uma resistência a insulina, é necessário uma quantidade maior desse hormônio no corpo para digerir o açúcar dos alimentos, o que leva a maior presença de hormônios masculinos, o que então entra num ciclo de alta taxa de insulina que acarreta mais hormônios masculinos. 
A obesidade também eleva a quantidade de hormônios masculinos no corpo da pré-mãe pois o tecido adiposo (gordura) produz andrógenos periféricos. O que resulta na dificuldade de ovular. Nesse caso, estar no peso ideal é um fator importante para ajudar a engravidar. Uma dieta equilibrada ajudará a atingir o índice de massa corporal (IMC) adequado e ajudará para a chegada do positivo. Uma forma de baixar a carga glicêmica (quantidade de insulina necessária para digerir o açúcar do alimento) é combinar carboidrato com proteína. Ou seja, ao invés de comer apenas pão no café da manhã, poderá incluir um presunto ou outra proteína que irá equilibrar a carga glicêmica.


Alimentos com baixo índice glicêmico são o arroz integral, aveia em flocos, mandioquinha, batata-doce, milho, inhame, quinoa, maçã, pera, ameixa, atum e grão-de-bico.

Proteínas vegetais


Grande parte do consumo de proteínas vem das carnes vermelhas. Contudo, alguns especialista alertam para o perigo do consumo excessivo de carnes vermelhas, que deve ser feito no máximo 3 vezes por semana, segundo os nutricionistas, seria a cota saudável. Isso se deve por que a carne vermelha costuma ter muita gordura saturada, o que provoca um aumento do tecido adiposo, causando maior quantidade de hormônios andrógenos, que como já falamos, prejudica a ovulação. De forma que, para aumentar o consumo de proteínas, devemos optar por outras fontes da mesma como é o caso das proteínas vegetais que estão presentes em alimentos como soja, feijão, grãos, cogumelos, grão-de-bico, quinoa.  

Leite integral


Quando se fala em alimentação saudável, costumamos pensar que para isso devemos cortar totalmente a gordura dos alimentos. Contudo, ao contrário do que se pensa, ao cortar a gordura do leite, estamos mais propensos ao desequilíbrio hormonal. Isso tudo pois o leite integral causa menos oscilação de insulina, ele então é digerido mais lentamente pelo organismo. Com a insulina sendo distribuída adequadamente, temos uma menor oscilação da globulina, o que ajuda no correto transporte dos hormônios ligados à fertilidade.
Sabendo disso, devemos então deixar o leite desnatado (sem gordura) longe da nossa dieta durante as tentativas. Mesmo porque ele tem um gosto horrível rsrs... pelo menos pra mim!


Alimentos sem gorduras trans


As gorduras trans são muito prejudiciais a saúde. Não é diferente quando se tenta engravidar. Além de levar a obesidade e diabetes, os alimentos com gorduras trans prejudicam a circulação sanguínea, o que faz com que a nidação seja mais difícil pois o útero estará menos irrigado. Para o bom desenvolvimento do feto, o útero necessita de um bom fluxo sanguíneo. Nesse momento que o consumo de alimentos que contém gorduras boas são importantes para ajudar o organismo a desenvolver uma gravidez saudável. 

Para ajudar nosso corpo então devemos incluir o consumo de óleos de canola e soja, que apresentam indícios de proteção do aparelho reprodutor feminino. Alimentos ricos em ômega 3, peixes como salmão, bacalhau, atum, sardinha e truta, alimentos como a linhaça (em farinha), chia e nozes também devem estar presentes na dieta.

Tomates


Para ajudar no equilíbrio hormonal, regulando o ciclo ovulatório e assim aumentando as chances de engravidar, o tomate deve estar presente no dia-a-dia. Isso tudo pois ele é rico em uma substância chamada Licopeno, que traz muitos benefícios para os ovários e para o ciclo menstrual. 

Não apenas o tomate tem em sua composição o licopeno, mas o mesmo está presente em alimentos como a melancia, goiaba vermelha, mamão papaia, cenoura, abóbora, caqui e pitanga.  Então lembre de incluir esses alimentos na lista do supermercado.

Vitaminas


Todos conhecem a importância para o organismo de maneira geral, mas poucos conhecem sua influência no ciclo menstrual. Cada uma tem características que vão ajudar a regular o ciclo, estimular a ovulação e contribuir para que a barriguinha sonhada apareça. 

Alimentos com vitamina A vão ajudar na produção de hormônios femininos e essa vitamina encontra-se presente no fígado, em ovos, agrião, couve, espinafre, cenoura, manga e no mamão. 



Alimentos com vitamina D irão contribuir para um equilíbrio hormonal e em consequência, contribui com a ovulação. E está na sardinha, no atum, iogurte, ovos, fígado e manteiga. Uma boa forma de nutrir-se de vitamina D é através da exposição ao sol. Lembre-se que deve ser feita de forma moderada, já que apenas 15 minutos diários são suficientes para sintetizar a vitamina. Evite os horários entre 10h e 16h pois pode prejudicar sua pele, além de aumentar as chances de câncer de pele. 

As vitaminas  do complexo B (B6, B9 e B12) irão contribuir na formação do feto e também ajudarão na fertilidade. A vitamina B6 evita que ocorram picos de insulina, regulando o açúcar no organismo. Para incluí-la na dieta, devemos consumir batata, banana, peito de frango, salmão, atum e abacate. 
Muitas já fazem uso de vitamina B9 mas nem sabem disso. Mais conhecida como ácido fólico, a vitamina B9 é muito importante para a formação do tubo neural do embrião e age também melhorando a qualidade do óvulo e a quantidade dos peixinhos do marido. Nesse caso, é ótimo que os dois façam uso da mesma já no período de tentativas. Alimentos como os vegetais verde-escuros, fígado, lentilha, feijão, laranja, amêndoas e espinafre são ricos em ácido fólico.

E a vitamina B12 irá melhorar o endométrio (camada mais interna do útero) e contribuir para regular o ciclo menstrual. Pode ser encontrada em carnes, peixes, ovos, leite e queijos.

Para apressar a chegada da cegonha, devemos incluir também a vitamina C no cardápio. Ela é importante para manter a imunidade alta e ajuda na normalização da ovulação. Muito comum o consumo de sucos que são ricos em vitamina C em nosso país e nos dias quentes do verão não pode faltar laranja, limão, abacaxi ou goiaba. Claro que deve ser dado preferência para os feitos da fruta mesmo e consumidos imediatamente após o preparo. Outras fontes são o mamão e o pimentão que possuem poder antioxidante da vitamina.

Já a vitamina E ajudará na qualidade do endométrio pois aumenta a vascularização do útero e também contribui para a proteção do DNA. Está presente no alface, agrião, espinafre e couve, também em óleos vegetais.

A deficiência de ferro além de prejudicar a fertilidade da pré-mãe por levar a anovulação (não ovular), também pode levar ao mau desenvolvimento do feto. Outra consequência da ausência de ferro é a anemia ferropriva, que deixa o organismo com pouco oxigênio e impede que as funções vitais sejam executadas adequadamente. Alimentos como a carne vermelha, o fígado, aves e peixes, os vegetais verde-escuros e as leguminosas são ótimas fontes de ferro. 

Alimentos ricos em zinco e selênio contribuem para que a pré-mãe tenha uma quantidade adequada de hormônios sexuais tanto produzida pelos ovários, pelas glândulas suprarrenais como pelo tecido periférico (gordura), fazendo com que haja um equilíbrio hormonal e em consequência um ciclo menstrual regulado, ideal para manter a fertilidade. O zinco é encontrado em alimentos como ostras, nozes, castanhas, carne bovina, farelo de aveia. E o selênio está presente no gérmen de trigo, atum, salmão, alho, castanha-do-pará, ovos e no arroz integral. 

Como podemos ver, o melhor é ter uma alimentação mais natural, sem conservantes e preparada no conforto do lar, para aumentar as chances do positivo. Lembrando que não se deve ter extremismos ao excluir um grupo alimentar do cardápio. Todos são importantes e desempenham papel fundamental no nosso organismo. Um pouco de cada grupo e uma alimentação regular fará com que logo a única barriga que tenhamos é a que mais desejamos. Boa sorte e até a próxima.

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