quarta-feira, 30 de março de 2016

Diferentes tipos de partos



Em se tratando de gravidez, a hora do parto é um tema que gera muitas conversas, discussões, medos, dúvidas e todo tipo de ansiedade por parte, principalmente, da mãe. A ansiedade é maior por parte das mães de primeira viagem que não têm ideia do que acontece de verdade (pessoalmente) nesse momento tão marcante. Em um mundo onde a informação é acessível tão rapidamente, alguns cuidados devem ser tomados para que, ao optar por um parto ou outro, ela saiba quais os prós e contras de sua escolha. 

Parto Natural, Parto Normal e Parto Humanizado


O parto natural é o mais antigo modo do homem vir ao mundo. Muitas pessoas confundem parto natural com parto normal. Ambos ocorrem via vaginal depois de um determinado tempo de trabalho de parto. 



No parto natural não há intervenções médicas, sejam elas medicamentosas ou não (uso de objetos que auxiliem na retirada do bebê, como o fórceps por exemplo). Nesse tipo de parto os enfermeiros e obstetras estão acompanhando o trabalho de parto a fim de garantir que tudo ocorra bem mas sem lançar mãos de intervenções quaisquer. Todo parto natural é normal mas nem todo parto normal é natural. 




Acontece que, ainda que o parto seja via vaginal, no parto normal, a mulher tem a opção de tomar medicamentos que irão ajudar com as dores do trabalho de parto ou o obstetra pode necessitar utilizar instrumentos que ajudem no trabalho de parto. O obstetra exerce a função de conduzir o trabalho de parto e pode intervir, realizando incisão no períneo para alargar o trajeto de saída do bebê, a chamada Episiotomia; administrando medicações para acelerar as contrações; recorrendo à analgesia, incluindo anestesia peridural; e até mesmo ajudando na expulsão do bebê manualmente. É devido a número de intervenções feitas no parto normal que, apesar do nome, deixa sua normalidade normalidade e passa a um evento repleto de procedimentos e interferências realizadas de forma rotineira e, muitas vezes, desnecessária.

O parto humanizado é um parto em que, além de não haver intervenções desnecessárias, há uma participação maior da família da parturiente, ou seja, o familiar que estiver acompanhando o trabalho de parto também tem relevância no mesmo. Toda a equipe médica, a família e a mamãe então interagem de forma que, o tempo e a segurança do bebê sejam respeitados. Nada é feito sem conhecimento dos demais e ainda que sejam necessárias medidas médicas, a opinião da família é levada em conta, mas essa é feita com base em informações pertinentes para a saúde da mãe e da criança. 




No parto humanizado, a grávida decide se quer um parto normal ou cesárea, anestesia, na cama ou na água, por exemplo, cabendo apenas à equipe médica respeitar essas decisões, desde que não coloquem em risco a mãe e o bebê. 



Muitas pessoas acham que a cesárea não é um parto humanizado já que há intervenção médica, mas se ela for feita de forma a respeitar a família, mantendo-a esclarecida e ciente dos riscos, ela também pode ser considerada humanizada. Digo isso pois há muitos casos de indicar cesárea porque "o bebê é grande ou pequeno demais", "a mãe tem bacia estreita" ou "o bebê virou de posição durante o parto".

Cesariana



Algumas pessoas não gostam de nomear a cesárea como um parto pois é uma cirurgia, mas há aqueles que dizem se tratar de um parto cirúrgico. Feito quando, por algum motivo, o parto não pode ser normal. 

A grande questão nesse tipo de procedimento é a sua real necessidade, já que muitas mães (não julgo aqui!) preferem optar por esse tipo de intervenção no momento do parto, embora muitas vezes os riscos não são colocados de forma clara para a paciente. 



É um procedimento relativamente rápido, dura cerca de 30-40 minutos (quando não há complicações) mas que tem um pós-operatório mais demorado, momento em que as energias da mãe são mais necessárias, que é quando ela e o bebê vão para casa. 

Diferenças entre os partos



É claro que se você está grávida ouvirá muitas histórias sobre partos, ainda que algumas sejam proibidas (ou deveriam ser), independente do tipo de parto que você preferir, existirão histórias felizes e outras tristes. Isso não significa que seu parto será igual ao da tia da comadre da amiga da vizinha... Informe-se e opte por aquilo que você se sentirá feliz. Não importa qual seja sua escolha, desde que faça consciente e não apenas por causa do seu médico que tinha férias planejadas bem na sua data de parto! Cada parto apresenta riscos em diferentes níveis... Minha torcida é para seu parto, seja ele qual for, lhe traga seu baby em segura pois é isso que importa! Até a próxima. 






segunda-feira, 28 de março de 2016

Bebê no 1º mês


Começo informando que apesar do que possa parecer, o post não se propõe a descrever realmente o que acontece no primeiro mês do bebê. Na verdade pode ser tudo diferente do que aqui é descrito. Infelizmente, ou felizmente, a maternidade não conta com a ajuda de manual de instrução. Cada dia será uma aventura, ainda que leia muito a respeito, mesmo que sejam os melhores livros de psicologia. Esse texto poderá ajudar você mãe, a ter uma ideia do que esperar no primeiro mês do bebê ou não! 

Medos iniciais



Os primeiros dias do bebê serão os mais difíceis mas com o tempo a família toda irá se habituar a nova rotina. Aos poucos a mãe tem mais consciência de cada detalhe do seu filho e isso facilitará sua comunicação com ele. Cada choro passa a ser identificado mais facilmente e os medos iniciais que permeavam os pensamentos da mãe estão sendo dissipados, contudo, outros medos virão, mas ser mãe é isso mesmo!

Interesse por objetos



No primeiro mês, basta um movimento de qualquer objeto para chamar a atenção do bebê. Essa é a fase que o bebê demonstra interesse por objetos que lhe são apresentados, conseguem aprender a usar seus olhos para acompanhar seus movimentos e passam receber estímulos diferentes para manterem as pálpebras abertas, principalmente quando estes objetos são brilhantes. Quando concentrado, tende a mexer menos braços e pernas. 

Distinção de tons claros e escuros



Sabemos que os bebês nascem sem que a visão esteja completamente desenvolvida e com o passar do tempo eles passam a perceber melhor as nuances do ambiente em que vive. É nessa fase também que eles costumam aprender a focar diretamente nos olhos dos pais e sentem mais estimulados por objetos com tons contrastantes, por serem mais fáceis de visualizar.

Postura do bebê



A postura característica do bebê de um mês é com os membros flexionados, mãos fechadas e a cabeça oscilante, ou seja, tende a cair para trás quando pegamos no colo. Se o bebê é deitado de bruços, consegue ajeitar sua cabeça para poder respirar, tentando levantar o queixo. Quando segurado ao colo já consegue levantar a cabeça do ombro do adulto. 

Segurar o dedo 



Nesta idade os bebês têm um aperto forte, devido reflexo de “preensão palmar”, que é muito forte que o recém-nascido, muitas vezes, é capaz de aguentar seu próprio peso por suspensão por alguns segundos.

Este é um reflexo que se perde por volta dos três meses, quando começa a pegar no que lhe oferece.

Satisfação no banho



Aos poucos o berreiro que costumam acompanhar os banhos dão lugar a tranquilidade do bebê na hora do banho. Também já reagem ao desconforto, embora eu acredite que isso se dá desde o primeiro dia. 



Sono do bebê



O sono do bebê passa a ser mais constante, embora muitos bebês ainda durmam mais durante o dia, é comum que ainda acordem a noite para mamar ou por causa da fralda suja. Já estão mais habituados aos ruídos da casa e as vozes dos familiares mais próximos. (Aprenda a criar uma rotina do sono!) Uma forma de ajudar a relaxar o bebê e melhorar o sono é utilizando a técnica de massagem Shantala.



Sinais de desenvolvimento


É mais do que normal os pais se preocuparem com o bom desenvolvimento dos seus filhos. Uma forma de conferir o desenvolvimento da inteligência do bebê é observar alguns sinais, como:

  • O bebê agarra objetos colocados ao seu alcance, como o dedo por exemplo, que se colocado na palma da mão aberta do bebê, rapidamente ele fecha a mão agarrando o dedo.
  • O bebê se acalma com vozes suaves e conhecidas. Se a mãe canta para o filho quando ele está chorando, o bebê se tranquiliza e muitas vezes para de chorar.
  • bebê se esforça para apanhar o bico do seio para mamar e se o bebê está mamando e o bico sai da sua boca, rapidamente ele move a cabeça, com a boca aberta, para tentar abocanhar novamente. 

Apesar de tudo o que foi colocado aqui, pode ocorrer de que no primeiro mês seu bebê ainda não faça tudo o que foi descrito, isso não deve, a princípio, preocupar demais. Cada criança tem seu tempo de desenvolvimento e tentar comparar o desenvolvimento do seu filho com o de outras crianças só causará ansiedade e estresse, fazendo com que o mais importante, muitas vezes, seja deixado de lado, que é estar com seu filho e aproveitar cada instante com ele. A maternidade é uma linda aventura, com altos e baixos, mas que são feitos por momentos que jamais voltarão, então aproveite enquanto pode! Até a próxima.

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Bebê no 2º mês


sexta-feira, 25 de março de 2016

Gravidez e Toxoplasmose - Seu gatinho pode ficar com você?



Quanto uma mulher sonha muito com a gravidez e passa ao status de gestante, ela deseja que bebê se desenvolva de forma saudável. Nesse momento, os animais de estimação costumam ser um ponto delicado a se tratar, principalmente com relação a ter gatos em casa e por causa da desinformação que é encontrada por ai, seja por falta de conhecimento ou pela propagação de ideias antigas com inexatidão científica, ou seja, aquilo de dizer que sempre ouviu dos avós ou dos parentes e amigos mais velhos. Hoje o assunto é se a presença do seu bichinho prejudica ou não sua gravidez ou seu bebê.

De onde vem o mito?


Muitas pessoas acham que  grávidas não podem ter contato com gatos que assim correm risco de toxoplasmose. Isso se deve ao fato do gato ser o único animal que pode eliminar a toxoplasmose através das fezes. Contudo, para isso ocorrer ele deve ser contaminado pela doença, ou seja, o gatinho não é um transmissor de toxoplasmose 24h por dia!


E o que é toxoplasmose?


A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. É uma doença que costuma passar despercebida em pessoas sadias, mas é grave em pacientes imunossuprimidos (com a imunidade baixa e assim está mais suscetível à infecções) e nas grávidas. 



A toxoplasmose tem como hospedeiro definitivo os felinos (o nosso gato doméstico e outros felídeos silvestres) e por hospedeiros intermediários qualquer outro animal homeotérmico (aqueles que são capazes de regular sua temperatura independentemente da temperatura ambiental), inclusive o gato. Isso quer dizer que o gato é a única espécie capaz de se contaminar com o protozoário pela boca e permitir sua reprodução no seu intestino e eliminá-lo nas fezes. Nos outros animais, inclusive em nós, seres humanos e nos gatos numa infecção posterior à primeira, quando o protozoário é ingerido, ele passa pelo intestino e através da nossa corrente sanguínea, faz cistos em outros pontos do organismo, principalmente nos músculos, nos olhos e no cérebro. Podendo ou não, dependendo da sua localização, causar sintomas.

Como é o contágio?


Para que haja o contágio pelo toxoplasma, você precisa comer a forma infectante, que nada mais são que os ovinhos germinados presentes nas fezes do gato contaminado. Ou seja, você precisa que as fezes do gato tenham contato com sua boca. E tem mais, as fezes do gato infectado precisam ter contato com sua boca depois de 48 horas que o gato tenha defecado, caso contrário, os “ovinhos não germinam” e o ciclo não se completa! E isso só ocorre na primeira vez que o gato teve contato com o protozoário, transmitindo-a na fase aguda da doença por cerca de 15 dias, já que na próxima vez em que ele ingerir o cisto vai possui defesa imunológica (anticorpos) contra o Toxoplasma e não vai permitir sua multiplicação no intestino. Ou seja, não fique tentada a comer nada da caixa de areia do seu gatinho e nem leve as mãos a boca durante a limpeza da mesma! (rs)

Uma possível via de contaminação é o próprio pelo do gato, já que o gato tem o hábito de ser lamber, pode eventualmente lamber a região ao redor do seu ânus e espalhar o cisto pelo seu próprio pelo. Ao acariciarmos o gato nessa condição específica, podemos adquirir o protozoário caso venhamos a levar a mão à boca em seguida. De forma que basta o cuidado de não ficar lambendo seu gato ou lavar as mãos após brincar com ele! O mesmo risco ocorre quando os gatos deitam em nossas camas, podendo encostar a região do ânus nos lençóis, mas basta evitar lamber os lençóis que o risco é quase nulo! Nada que uma boa higiene não resolva!
Lembre-se que apesar do gato ser o único transmissor via fezes, isso ocorrerá em 1% dos casos. Nenhum outro animal é capaz de transmitir o cisto nas fezes, portanto, os cães não se envolvem nesse processo. Apenas as pessoas que consumam carne de cachorro crua ou mal passada é que correm esse risco. E como o hábito de comer carne canina é um hábito chinês, nós brasileiros não corremos esse risco. O mesmo serve para os pombos. Eles são capazes de transmitir outras doenças importantes, mas a toxoplasmose não.

A maior via de contaminação da toxoplasmose humana é mesmo o consumo de carne crua e mal passada (bovina, suína, de frango) e hortaliças e verduras mal lavadas e higienizadas, ou ainda, em caso de ingestão de água contaminada.

Quais os riscos para a gravidinha?


Se essa doença ocorre durante a gestação, podem ocorrer sérias lesões neurológicas no bebê e ainda levar ao aborto. O problema maior é transmissão do protozoário via placenta, o que pode causar aborto caso a infecção ocorra no início da gravidez ou formação destes mesmos cistos no feto. 

Quando a mulher já teve toxoplasmose anteriormente, não há risco caso venha a readquirir a doença durante a gestação pois o sistema imunológico irá atacar a doença antes que haja possibilidade de infectar a placenta. 

Cuidados para evitar o contágio



  • Limpe diariamente a caixa de areia do seu gato, lembre-se que as fezes contaminadas tornam-se infectantes após 48 horas.


  • Ao fazer a limpeza da caixa de areia do seu bichano utilize luvas e mascaras, lavando bem as mãos ao terminar. Caso seja possível, peça a outra pessoa para realizar essa tarefa.


  • Caso seu gato frequente seu quintal ou jardim, use luvas para mexer com plantas ou para fazer limpeza dos mesmos e lave bem as mãos após essas atividades.


  • Se seu gato gosta de ficar na sua cama ou sofá, use o aspirador de pó ou espane os pelos dele antes de deitar ou sentar e evite levar as mãos a boca em caso de contato com os pelos. Lave bem as mãos.


  • Mantenha seu gato saudável. Leve ao veterinário assim que souber da gravidez e peça exames pois assim poderá tratá-lo e continuar o convívio com ele normalmente.



  • Elimine os hábitos de caça do seu gato (converse com um adestrador) evitando que ele saia de casa e não alimente com carne crua ou mal passada, vísceras ou ossos, dê preferência à ração.



  • Peça que alguém escove diariamente os pelos para evitar que seja eliminados possíveis cistos.



  • Ofereça ao seu gato apenas água filtrada ou fervida.



  • Mantenha os utensílios do gatinho e de cozinha bem higienizados. Principalmente os que são utilizados para a manipulação de carnes. Lave bem as mãos após seu uso.


 

  • Não consuma carne crua ou mal cozida!


  • Lave bem frutas e verduras antes do consumo. 



Como muitos sabem, o convívio com animais traz muitos benefícios para nós e para nossa família, em todas as fases da vida. Deve-se apenas tomar alguns cuidados para que esse convívio seja feito de forma segura e saudável. É uma relação que nos proporciona grandes momentos de felicidade. Não é preciso deixar seu pet de lado, pois, tomando os devidos cuidados, ele poderá ser um grande companheiro durante a gravidez e depois do parto. O segredo é uma boa higiene e muito amor, pois quem ama não abandona o ser amado! Até a próxima!



segunda-feira, 21 de março de 2016

Sua História... Lorena e Isaque o amor além da Síndrome de Down

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Para celebrar essa data, nada melhor que mostrar o quanto essas pessoinhas tão especiais e tão capazes quanto eu e quanto você podem transformar o mundo de quem tem a felicidade de conviver com elas. Por acaso vi um post feito por uma mãe, e na foto era possível ver todo o amor e toda a felicidade que se possa sonhar em uma família e assim quis também compartilhar com vocês essa linda história:

Meu nome é Lorena Xavier e meu marido se chama Renato Xavier e temos 6 anos de casados. Quando tínhamos 3 anos de casados, decidimos ter um filho, pois achávamos que estávamos prontos para completar a família. Então Deus nos abençoou. Foi uma gestação tranquila, eu e meu marido sempre quisemos um menino. Desde que descobrir [a gravidez], sabia, sentia que era um menino e sempre pedia a Deus um filho para amar incondicionalmente. Então chegou o dia 29 de abril de 2013, ele nasceu de parto normal, sem anestesia. Foi tão abençoado que não senti tanta dor, pois Deus já sabia que ele era um lutador. O Isaque nasceu... aí veio tudo de uma vez... primeira notícia era que ele tinha dois dedos a mais, daí pensei: ah... com dois dedos ele sobrevive... daí subi para o quarto e veio mais uma notícia, foi um baque... não sabia de nada, só pensava que os médicos estavam errados..., mas não... Ele era especial! Ele tinha Síndrome de Down mas não era só a síndrome, ele nasceu com problema cardíaco, nasceu com uma CIV com 2 buraquinho no coração [A comunicação interventricular (CIV) consiste em uma cardiomiopatia congênita, que se caracteriza pela existência de um orifício entre os ventrículos esquerdo e o direito]. 
Eu vi meu mundo desabar. Tinha tanto medo dele ser rejeitado, do preconceito e pior, do furinho do coração. Mas o Isaque, desde de quando nasceu, veio para me mudar pois eu não acreditava no amor, no amor maior. Com 4 meses chegou o dia da cirurgia cardíaca, foi tão difícil pois eu não tinha força para ficar em pé pois era muito difícil. Mas o Isaque estava ali sempre sorrindo, com aqueles olhos de amêndoas, olhando para mim e, naquele olhar, me dizia que tudo ia passar. Foram 17 longos dias dentro de uma UTI em Belo Horizonte. 
O Isaque é um lutador. Eu achava que tinha que lutar para fazer o mundo melhor para ele, mas não era eu que fazia o mundo melhor, era ele que fazia o meu mundo melhor pois através dele tive a melhor intimidade com Deus. O Isaque fez uma igreja se quebrantar em orações. O Isaque fez pessoas que não se gostavam, dar as mãos para orar. O Isaque fez a melhor coisa do mundo... veio para mostrar o sentido do amor pois sem ele não somos nada. Por onde eu passo, por onde eu vou, nas clínicas, todos querem um abraço, um beijo... então vi que meu mundo melhorou e que tudo que fizermos juntos eu e ele aprendemos. Quando ele sentou, eu aprendi também. Quando ele andou, eu aprendi também. E tudo que ele venha a aprender, quero sempre estar com ele pois é o melhor presente que Deus me enviou, o seu mais lindo anjo de olhos de amêndoas. Queria gritar para o mundo que eu sou feliz, mas feliz de ter um filho com síndrome de Down. Eu te amo Isaque Emanuel!

Lorena Xavier



E assim como eu fiquei emocionada com essa história, espero que você que está lendo também fique! O preconceito ainda existe infelizmente e faço aqui uma confissão... a mesma que eu fiz a mãe do Isaque...não tenho preconceito, longe disso, mas lá no fundo da minha cabeça, sempre pedi que essa experiência não ocorresse comigo... Acredito que seja natural que quem engravida deseje que seu filho seja completamente saudável mas hoje vendo a foto da Lorena com o Isaque, com um sorriso tão lindo, me fez me perguntar como posso pedir que tamanha felicidade e tamanho amor não faça parte da minha vida? Devemos levar essas lindas histórias ao maior número de pessoas possível, para mostrar que, como disse a Lorena, não somos nós que ensinamos a esses pequenos anjos como amar, são eles que nos ensinam pois já nascem com um cromossomo a mais... o cromossomo do Amor! E por isso eu agradeço hoje por ter conhecido essa linda história e poder compartilha-la com todos vocês!

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Contrações de Treinamento ou Contrações de Parto?



Para uma mãe de primeira viagem e talvez até para outras mães que nunca passaram por isso, as contrações de treinamento causam, além do desconforto, várias dúvidas. Primeiro que muitas vezes, a mãe só ouve falar disso depois que foi tentar descobrir o motivo de sua barriga ficar dura algumas vezes, e depois não sabe quando deve ou não ir ao médico para avaliar ou se é ou não um início de trabalho de parto. Aqui vão algumas dicas de como identificar cada uma e o que fazer se estiver ocorrendo com você...

O que é uma contração?


As contrações uterinas são consequentes à combinação de fatores produzidos no útero, na placenta, nas membranas fetais, assim como com outros elementos pouco conhecidos de origem fetal. Estes fatores interagem, promovendo a estimulação das fibras musculares uterinas, de forma organizada, levando a onda contrátil a propagar-se para baixo, percorrendo todo o corpo uterino, estabelecendo o trabalho de parto efetivo, assim como a dilatação do colo. 

O que é contração de treinamento?


John Braxton Hicks, médico inglês, foi quem descreveu pela primeira vez, em 1872, a respeito delas. O útero é um órgão muscular e sendo assim, apresenta contratilidade (capacidade de reduzir as dimensões mediante estímulo) durante toda a gestação. Nas contrações de treinamento sente-se um endurecimento e uma tensão na região alta do abdômen. As contrações geralmente começam a partir do quinto mês de gravidez, mas podem iniciar muito precocemente também (com 16 semanas de gestação), em seguida, tornam-se mais frequentes e chatas, passando a serem mais intensas ao longo dos meses e com a proximidade do dia do nascimento. Elas ocorrem na parte superior do útero e, em seguida, espalham-se descendo para a área vaginal, preparando para o momento do parto.
Por ocorrem (em alguns casos) várias vezes antes do verdadeiro trabalho de parto, costumam serem chamadas de contrações de treinamento ou falso trabalho de parto. São os conhecidos "alarmes falsos" que fazem com que os pais corram para o hospital achando que chegou a hora do parto. Alguns especialistas acham que elas colaboram para o processo de "apagamento" do colo do útero (que vai ficando mais fino) e para a dilatação. 

A princípio pode não ser dolorosa, fazendo com que a mãe apenas sinta o desconforto do endurecimento da barriga, mas com o passar do tempo podem tornar-se mais dolorosa, ficando confuso para a mãe distinguir se é o trabalho de parto realmente e se deve buscar ajuda médica. 

Características das contrações de treinamento


Algumas características ajudam a identificar as contrações de treinamento, como a duração, em geral não passam de 30 a 60 segundos, e esse tempo irá aumentando conforme vai se aproximando do trabalho de parto, podendo mesmo chegar a 2 minutos (menos frequentemente).

Diferente das contrações de parto, ao mudar de posição ou atividade física, as contrações de treinamento costumam cessar. De forma que se a mãe estiver muito tempo sentada e começar a sentir as contrações de treinamento, basta uma mudança de posicionamento ou uma leve caminhada para o alívio dos sintomas. Caso esteja caminhando, basta sentar-se ou deitar-se para que os sintomas sumam. Caso a mudança de posição ou atividade não ofereça alívio, o melhor é buscar ajuda do seu médico.

A regularidade com que as contrações ocorrem também indicam se é ou não uma contração de treinamento. Normalmente não se sente mais que duas contrações em uma hora e não são ritmadas, ou seja, uma pode vir dez minutos e a próxima com 15 minutos de diferença. 

Na contração de treinamento, apenas uma parte da barriga fica dura, normalmente a região alta. Caso sinta que toda a barriga está rígida, melhor ficar de olho se não é hora de ir ao médico.

A intensidade com que cada contração de treinamento ocorre é diferente da outra, mas não costumam ir intensificando com o passar do tempo, isso significa que não irá vir com a mesma frequência e a mesma intensidade que a anterior.

O que desencadeia as contrações e o que fazer para aliviar?


Algumas vezes as contrações de Braxton Hicks começam por causa de alguma atividade física ou esforço feito durante o dia. Também pode ser em decorrência de relação sexual ou mesmo por tocar seu abdômen, de forma que não deve-se preocupar-se em realizar essas atividades normalmente. Outras vezes é o posicionamento do bebê que pode dar início às contrações de treinamento, mas também pode ocorrer em caso de desidratação, e esta pode levar a espasmos musculares, gerando uma contração, então beba sempre muita água.

Observe o que estava fazendo quando as contrações começaram e veja se essa atividade não deu início as contrações, nesse caso há mais chances de ter essas contrações quando realizar essa atividade, mas não significa que terá sempre que estiver realizando-a. Mude a atividade em que você está ou alterne de atividades durante um tempo quando você tiver uma contração. Uma ligeira mudança no movimento por vezes faz desaparecer as contrações. 

Saiba que a bexiga cheia também pode desencadear uma contração de treinamento, então evite segurar a vontade de ir ao banheiro. 

Tomar um banho morno pode ajudá-la a relaxar, aliviando também as contrações. 

Para ajudar com o desconforto, pratique exercícios de relaxamento ou respiração, é uma forma de aproveitar as contrações de treinamento para treinar as atividades que ajudarão a relaxar durante o verdadeiro trabalho de parto.

Quando devo me preocupar?


Apesar de não ser preocupante, a primeira dica é, sempre que houver dúvidas se está tudo bem com a gestação, procure um médico. Muitas vezes as mães sentem-se mais seguras quando ouvem o coração do bebê, de forma que não custa ir ao médico sempre que seu coração pedir.

Em caso de gravidez com menos de 37 semanas:

Caso as contrações ocorram com frequência (mais de duas em uma hora) e o intervalo entre elas esteja diminuindo ou vem ritmadas.

A intensidade das contrações estão aumentando.

As contrações são acompanhadas de sangramento ou corrimento vaginal rosado ou vermelho, ou ainda que as secreção seja parecida com água (que pode representar perda de líquido amniótico.

As dores das contrações se irradiam para as costas e sente-se toda a barriga enrijecida. 

Contrações do trabalho de parto irradiam nas costas e parte baixa do abdômen

Em caso de gravidez com mais de 37 semanas:

Quando as contrações durarem mais que 1 minuto e o intervalo entre elas for menor ou igual a 5 minutos. Isso se não houver histórico de parto rápido ou caso você não more longe do hospital. Nesses casos, a mãe deverá buscar orientação do seu obstetra, que indicará o melhor a fazer no momento. Normalmente, quem mora mais distante do hospital, o melhor deve entrar em contato com seu médico assim que as contrações estão regulares, independente do intervalo entre elas.

É importante planejar o trajeto e o tempo de chegada à maternidade para que não haja risco de um parto no meio do caminho. 



Ainda que seja contração do parto, a mulher não precisa se desesperar (caso tenha mais de 37 semanas de gestação). Um bebê pode demorar mais de dez horas para nascer. Se tudo estiver bem com a gestante, apenas quando as dores vierem com menos de cinco minutos de intervalo é preciso se dirigir à maternidade.


Espero que este post ajude você a passar por esse momento tão intenso que é a espera pelo momento do parto. Desejo que todas que estão passando por isso nesse momento tenham um trabalho de parto tranquilo e que a felicidade de ter seus filhos nos braços seja repleta. Até a próxima.







segunda-feira, 14 de março de 2016

Útero Infantil e Gravidez



Cuidar do corpo e principalmente do sistema reprodutor é preocupação de toda mulher que está tentando engravidar. O útero é o primeiro berço que abriga o tão sonhado bebê. Ele deve ser bem desenvolvido para garantir que o embrião encontre as condições necessárias para seu crescimento, sendo a manutenção da gravidez uma das principais funções do útero. 

O que é útero infantil?


Na adolescência, a mulher passa a ter um aumento nos níveis de hormônios sexuais e eles são responsáveis por preparar o corpo para reproduzir. Algumas mulheres entretanto apresentam uma má formação congênita e mantém os padrões de tamanho de quando era criança. Essa condição é chamada de útero hipoplásico ou hipogonadismo hipotrófico, mais conhecido como útero infantil. 

As causas possíveis do útero infantil estão relacionadas a disfunção ovariana ou problemas hormonais relacionados à hipófise que fazem com que os órgão reprodutores não se desenvolvam corretamente.

Sintomas e diagnóstico


Nem sempre o útero infantil apresentará sintomas em todas as mulheres. Alguns sintomas podem ser de alterações hormonais que são responsáveis pela alteração. Assim sendo, a presença de um ou mais sintomas devem ser investigadas para confirmação de um diagnóstico, são eles:

  • Primeira menstruação tardia
  • Órgãos sexuais pouco desenvolvidos
  • Ausência de pêlos pubianos e nas axilas
  • Mamas pouco desenvolvidas
  • Volume do útero menor que 30cm na vida adulta
  • Menstruação irregular
  • Dificuldade em engravidar
  • Abortos espontâneos
O diagnóstico é feito com base na avaliação das dimensões do útero mediante a ultrassonografia pélvica ou transvaginal (volume do útero menor que 25 cm ou 30 cm – alguns afirmam 30 cm, porém há estudos em que mulheres com útero de volume entre 25 e 30 cm que podem ser considerados normais e não significam útero infantil). Nela observa-se que o corpo do útero tem a mesma medida ou uma medida muito próxima do colo do útero, quando o corpo do útero deveria ser maior.

Antigamente, a mulher entrava na puberdade entre 15 e 16 anos, contudo, hoje isso ocorre mais cedo, dessa forma, caso a mulher esteja com mais de 15 anos e apresente algum dos sintomas descritos, o ideal é procurar orientação médica para investigar a possibilidade de alteração hormonal.

Quem tem útero infantil pode engravidar?


O útero infantil nem sempre tem cura, pois quanto menor for o tamanho do órgão mais difícil será estimular o seu crescimento, no entanto, o tratamento pode ser feito para tentar aumentar o útero para permitir uma gravidez.

As mulheres com útero infantil podem ter dificuldades para engravidar devido a problemas na função ovulatória, de forma que não há desenvolvimento de óvulos com qualidade ou ainda problemas de anovulação que impossibilitam a gravidez. 

Algumas mulheres conseguirão engravidar mas a manutenção não é possível pois o tamanho do útero não deixa espaço para o crescimento do bebê.

As mulheres com útero infantil devem fazer o acompanhamento pré-natal com um bom obstetra, para que ele acompanhe de perto toda a gravidez e esteja atento a qualquer eventual problema. O ideal é que esse acompanhamento comece antes mesmo da mulher engravidar com o tratamento da causa do útero infantil e preparação do corpo da mulher para a gravidez.

Tratamento



O tratamento deve ser feito logo que haja o diagnóstico da doença, e para o tratamento do útero infantil medicamentos a base de hormônios são recomendados como forma mais eficaz de tratamento, para que ocorra o correto crescimento do útero, especialmente se a mulher tem outros problemas associados, como a hipofunção dos ovários.

Caso o objetivo seja a gravidez, o tratamento deve também incluir medicamentos que ajudem na ovulação.

Felizmente hoje existem muitas possibilidades de tratamento em caso de diagnósticos de dificuldades como é o caso do útero infantil. O importante é se informar e também contar com a ajuda de um médico que esteja atualizado e que esteja familiarizado com seu desejo de ser mãe, além, claro, de entender a importância disso para você. Até a próxima.

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