quarta-feira, 27 de abril de 2016

Epidural: tomar ou não?


Quando se trata de falar do trabalho de parto muitas mulheres sentem medo. Esses medos em geral são causados pela história de alguém que sofreu muito, principalmente quando se fala de parto normal. Hoje em dia é possível através de medicamentos amenizar essas dores normais do trabalho de parto. A epidural é um recurso valioso se usado com critério e o consentimento da mulher, que deve ser informada não apenas dos benefícios, mas também dos riscos. 

O que é epidural?



A anestesia epidural (ou peridural) é um tipo de anestesia aplicada no espaço peridural da coluna vertebral, sem perfurar a duramáter (membrana que envolve o cérebro e a coluna) e, portanto, sem atingir o líquor (líquido que banha o cérebro e a medula espinhal). Ela mantém a pessoa acordada, mas torna insensível a parte inferior do corpo, normalmente até o umbigo.
Diferentemente da raquianestesia, trata-se de anestesiar apenas as fibras nervosas que conduzem a dor, embora possa acontecer de o anestésico impedir a movimentação das pernas. 

Como é realizada a anestesia epidural?



o anestesista desinfeta a zona central das costas da grávida com uma solução antisséptica, palpa a zona da coluna lombar (espaço peridural) em que vai administrar a injeção e anestesia a pele nesse local, o que pode causar uma sensação de ardor momentânea, como se fosse um choque elétrico. Com uma fina agulha através das costas da paciente, que é penetrada até encontrar a resistência do ligamento amarelo, a qual deve ser vencida para atingir-se o espaço peridural. O anestésico pode ser aplicado em dose única, pode ser repetido ou ser usado de forma contínua, o que exige a colocação de um cateter que permanecerá no local durante todo o tempo da anestesia. Dentro de alguns minutos, após a injeção do anestésico, a pessoa deixará de sentir a parte do corpo visada, em virtude da anestesia das raízes nervosas correspondentes, geralmente da cintura para baixo.

Quando a epidural começa a fazer efeito, o que ocorre de forma progressiva e de baixo para cima, a grávida começa a sentir calor, a sensação de peso nas pernas e de formigueiro. Entretanto, o anestesista vai verificando o nível da anestesia para perceber se a grávida está pronta para o parto.

A anestesia pode causar alterações ao nível da tensão arterial, o que, por sua vez, poderá provocar tonturas e enjoos. Por esta razão, os valores da tensão arterial vão sendo monitorizados com regularidade e podem ser necessários fármacos para a controlar.

Quais são os efeitos colaterais da anestesia epidural?


Pode ocorrer, de forma rápida e transitória, queda da pressão arterial; náuseas e vômitos; tremores; dores nas costas e dores de cabeça. As alergias aos anestésicos são muito raras. É recomendável permanecer deitada, hidratar-se bem e usar os analgésicos recomendados pelo médico. Podem ocorrer, eventualmente, infecções ou sangramentos e uma síndrome neurológica transitória em razão da compressão medular durante a anestesia ou a posição forçada no leito.

Quais são os riscos da anestesia epidural?


Aplicada corretamente, por um profissional experiente, a anestesia epidural quase não tem riscos. Deve ser evitada em pacientes que tenham tatuagens no local da punção pela possibilidade de que a agulha conduza fragmentos de tinta para o interior do corpo, causando inflamações. As intoxicações por doses elevadas de anestésico podem causar gosto metálico na boca, zumbidos, tonteiras, dislalia, tremores, tonteiras, sonolência e convulsões, mas esses sintomas são transitórios.

As vantagens da epidural


  • A anestesia epidural não afeta ao bebê pois não chega à placenta nem ao leite materno. Depois do nascimento a mãe pode amamentar imediatamente.
  • Não necessita intubação nem respiração assistida. 
  • A execução da técnica de anestesia não é dolorosa, sentindo apenas uma ligeira picada.
  • A mãe pode colaborar ativamente no parto sem sofrer.
  • Elimina a dor sem afetar a mobilidade das pernas (os músculos conservam toda a sua força) pelo que a mulher pode empurrar durante as contrações para ajudar o bebê a nascer.
  • A anestesia pode encurtar o tempo de dilatação do colo do útero. 
  • Permite desfrutar o parto por causa da ausência de dor
  • Nas cesarianas, a epidural permite que a mulher esteja desperta e assista ao nascimento do bebê.

As desvantagens da epidural


  • Apesar de poder encurtar o tempo de dilatação, a epidural pode prolongar o tempo do parto, existindo assim a necessidade de mais intervenções, como por exemplo, romper a bolsa, o uso de fórceps ou ventosa.
  • Ao não sentir a dor, a mãe pode empurrar com menos força ou mesmo deixar de fazer força já que a vontade foi bloqueada, ficando o obstetra responsável por dizer o momento certo para empurrar, o que pode atrasar ou dificultar a saída do bebê. 
  • Alguns médicos que consideram que o feto pode sentir efeitos da anestesia, uma vez que esta vai para a corrente sanguínea. O bebê pode ter diminuição de reflexos ou da frequência da respiração. Contudo, estes efeitos secundários da anestesia não causam problemas de saúde para o recém-nascido.
  • Às vezes as contrações uterinas diminuem de frequência ou intensidade. Neste caso, o ritmo normal deve recuperar-se com a ajuda de hormônio sintético oxitocina (ou ocitocina), que pode afetar o bebê já que pode levar a alteração de seus batimentos cardíacos. 
  • Pode produzir hipotensão materna (detecta-se e soluciona-se rapidamente), tremores, dores na coluna e, muito raramente, dor de cabeça (quando acidentalmente a punção trespassa uma membrana chamada duramáter com a consequente saída de líquido cefalorraquidiano), que passa com o tratamento.

Em que momento do trabalho de parto pode-se tomar epidural?


A administração da epidural depende da forma como decorre o trabalho de parto. Por norma, considera-se que se entra em trabalho de parto quando o colo do útero apresenta uma dilatação de 3 cm (Fase latente do trabalho de parto) não sendo realizada a epidural antes dos 4 cm.

No entanto, deve informar-se sobre o protocolo estabelecido no hospital/maternidade onde a gestante pretende ter o seu bebê, podendo considerar essa informação no plano de parto. Se a dilatação avançar rapidamente pode não haver possibilidade de levar a epidural.

Quando não deve ser usada a anestesia epidural?


De acordo com a American Pregnancy Association, a anestesia epidural não deve ser administrada em mulheres que:
  • Tomam anticoagulantes
  • Têm um nível baixo de plaquetas no sangue
  • Têm uma infeção nas costas
  • Têm uma infeção sanguínea

A anestesia epidural também não deve ser administrada se o médico não conseguir localizar o espaço epidural ou caso o trabalho de parto esteja decorrendo muito rapidamente e não existe tempo suficiente para administrar a anestesia. 


A importância das dores das contrações


As mulheres sabem que o trabalho de parto é doloroso e pode ser demorado. Mas muitas desconhecem a importância da dor das contrações. Ela é muito benéfica para mãe e bebê, pois regula o momento do parto. A dor faz com que o organismo da mulher produza os hormônios chamados endorfinas, que diminuem a dor e relaxam a mulher, deixando-a menos cansada e mais resistente para enfrentar todo o processo do parto. Quanto mais evolui o trabalho de parto, mais endorfina é lançada no corpo da mulher.

O papel da dor é de mostrar a mulher qual a melhor posição a ficar, qual o caminho a deve ser percorrido, qual o melhor momento de fazer força, facilitando todo o processo fisiológico da chegada do bebê. Trata-se de deixar que o instinto da mulher siga seu processo natural. Toda mulher sabe parir. Nascemos para isso, embora muitas de nós duvidemos da nossa força. 

Cada mulher lida com a dor de maneira diferente e por isso, em muitos casos, a analgesia é necessária, contudo existe várias alternativas para o alívio da dor que são menos invasivas.

Como escolher se deve tomar ou não epidural?


É importante que a escolha pelo método de alívio da dor seja feito com conhecimento de todos os seus efeitos, tanto no aspecto positivo como no aspecto negativo. Segundo Denish Walsh, obstetra e professor da Universidade de Nottingham, Inglaterra, em artigo publicado na revista "Evidence Based Midwifery", relata que alguns estudos já mostraram que a anestesia epidural aumenta a probabilidade de ter que induzir as contrações com tratamentos hormonais, e o uso de fórceps é mais frequente para ajudar a saída do bebê.


Atualmente é muito difundido que a dor do parto é insuportável, sendo considerada por muitos como a pior dor que se possa sentir. É importante ressaltar que a dor é muito relativa. Muitas pessoas dirão que não há nada pior que tomar uma injeção, por exemplo. Algumas mulheres inclusive já retrataram a dor do parto como intensa mas suportável. 

Quando a mulher que entende todo o processo das contrações, do parto, tirando todas as dúvidas com o seu médico, que é bem atendida no pré-parto, que está junto de pessoas com quem confia na hora da dor e que consegue relaxar e pensar nos benefícios dessa dor fica mais segura e mais calma, diminuindo a dor.

Dessa forma é importante a mãe pensar no que é melhor para ela e seu bebê. Tirando suas dúvidas sobre a dor do parto e praticando exercícios que a ajudem a relaxar e melhorar a respiração, fatores que ajudam a diminuir a dor na hora do parto. Até a próxima.



Amamentar é legal!

Procedimentos desnecessários em recém-nascidos

Contrações de Treinamento ou Contrações de Parto

segunda-feira, 25 de abril de 2016

As fases do trabalho de parto



O trabalho de parto é um dos momentos de maiores tensões para as mamães, sejam elas de primeira viagem ou não. Claro que quando nunca se passou por essa experiência, além de toda a ansiedade, vem também o medo de não ocorrer tudo como esperado. Nesse momento, conhecer todo o processo ajuda e muito a tornar essa experiência em algo realmente maravilhoso. 



Cada parto é único! Mesmo que uma mulher já tenho tido essa experiência, nenhum parto será igual ao outro. Vários são os fatores que influenciam no trabalho de parto, como a posição do bebê, a saúde e o histórico médico da mulher, suas expectativas e sentimentos com relação ao parto, as pessoas que estarão à sua volta para lhe dar suporte emocional, a equipe de assistência e até mesmo o lugar onde o parto vai acontecer. Dessa forma, não há como prever como será o trabalho de parto, mas é possível descrever cada fase e o que esperar de cada uma.

Fase pré-parto (Pródromo)



A palavra pródromo significa sinal anunciador, primeiros indícios de alguma coisa. Em se tratando de gravidez, indica os primeiros sintomas que indicam que o trabalho de parto está próximo. 

Esse preparatório para o parto pode durar dias ou semanas. A duração e a intensidade das contrações varia bastante. A mulher pode perder o tampão mucoso e sentir dores nas costas. Para algumas mulheres, os sintomas dessa fase são quase imperceptíveis. Para outras, causam dificuldade para dormir ou descansar.

A gestante pode sentir frustração caso essa fase demore ou ainda seja muito dolorida, o que pode causar a sensação de que não há progresso no trabalho de parto. Esse é o momento em que ter paciência é fundamental, principalmente se a mãe sonha com um parto normal. Não raro as mães que sedem a pressão de fazer uma cesariana pois não "tem dilatação", quando na verdade apenas ficaram mais tempo na fase preparatória. Nesse caso é importante um acompanhamento adequado, para que as condições do bebê possam ser monitoradas de forma eficiente. Se o bebê apresenta boas condições vitais, bem como a mãe, não há necessidade de apressar o processo com uma intervenção cirúrgica. É nessas horas que o conhecimento faz toda a diferença para esperar o trabalho de parto ou intervir caso seja realmente necessário.



Algumas medidas, como um banho quente podem ajudar a relaxar. Caso as contrações parem ao sair do chuveiro é sinal de que eram mesmo pródromos, ou seja, que ainda não é para valer e o melhor é descansar. É importante também beber muita água e manter-se bem alimentada, guardando energia para quando o trabalho de parto chegar. 

Fase latente



Marcada pelas contrações ritmadas que irão dilatar totalmente o canal de parto, pode durar de poucas horas até um ou mais dias. Na fase inicial as contrações ocorrem regularmente entre 5 e 15 minutos, porém ainda são curtas (duram entre 30 e 60 segundos) e o colo do útero dilata até 3 centímetros. Nessa fase, muitas mulheres também eliminam o tampão mucoso (às vezes com um pouco de sangue) e sentem dores nas costas. É comum ter de ir várias vezes ao banheiro para evacuar.




Ainda é cedo para ir ao hospital, então nada melhor que a companhia de alguém que possa dar conforto  e segurança, além de manter contato com o médico obstetra ou com a parteira. O marido e a família costumam ter papel ativo nesse momento, ofertando todo o carinho para a gestante. A companhia de uma doula também ajudará a manter o ânimo e as energias para as próximas fases do trabalho de parto, bem como garantir que a gestante possa dormir e alimentar-se normalmente. Outras medidas como banhos de chuveiro e massagens ajudam a lidar com a dor das contrações.


Fase ativa




Na fase ativa as contrações duram cerca de 1 minuto e ocorrem a cada 3 minutos, e é quando o colo do útero está entre 4 e 7 centímetros de dilatação. 
Provavelmente a gestante não conseguirá se movimentar ou pensar em outra coisa durante uma contração. As dores na região lombar e/ou no baixo ventre são mais intensificadas.



É o momento de se preparar para ir ao hospital, caso a opção não seja pelo parto domiciliar. A gestante poderá adotar medidas como massagens na região lombar para alívio das dores, assim como frequentes mudanças de posição. Caso esteja disponível, poderá também optar pela banheira para o fim do trabalho de parto, já que a imersão em água quente é um poderoso método natural de alívio da dor.

Fase de transição



A fase de transição se dá quando o colo do útero está dilatando entre 8 e 10 centímetros. É nessa fase que as contrações ocorrem a cada 2 minutos e duram até 90 segundos, ou seja, os intervalos entre elas são curtos.



Física e emocionalmente é um período muito intenso – podendo ser o mais intenso – de todo o trabalho de parto. A gestante poderá, nesse momento, acreditar que não é capaz de aguentar até o final do trabalho de parto. É normal que ela se sinta inquieta, irritada e exausta. Algumas gestantes sentem tremedeiras, náuseas, com episódios de vômito nessa fase. Culmina com a dilatação total do colo do útero que é de 10 cm.  

Dilatação do canal do parto

É normal que se peça para tomar anestesia (epidural), isso se a gestante já não pediu, mas que talvez o tempo para fazer efeito seja muito curto, já que essa fase é mais curta. Também é normal pensar nas coisas que antes ajudavam, como músicas relaxantes, massagens, palavras de incentivo ou mesmo um carinho do marido, como sendo extremamente irritantes. Contudo, logo a mãe estará com seu bebê nos braços e isso é um incentivo para aguentar firme.

Fase expulsiva



Fase após a dilatação total e o nascimento do bebê, costuma durar desde algumas contrações até cerca de três horas. As contrações são fortes e vem a cada três minutos. A dor diminui e é possível descansar entre as contrações, podendo inclusive dormir nesse intervalo. A gestante poderá ficar mais lúcida e ativa. A pressão na vagina e no reto aumenta, fazendo com que a mãe tenha uma vontade incontrolável de fazer força conforme o bebê vai descendo pelo canal de parto. No momento em que o bebê coroar, a mãe sentirá um ardor conhecido como "círculo de fogo", que ocorre por causa da distensão máxima do períneo. 



Também é comum que a gestante não encontre uma posição agradável para descansar, sendo necessário que ela mude de posição até que ache uma em que se sinta  mais confortável para os momentos em que tenha que fazer força, respirando devagar e descansando durante os intervalos.

Fase da dequitação



A última fase do trabalho de parto é a fase da dequitação e ocorre depois do nascimento do bebê, sendo caracterizada pela saída da placenta, que pode sair espontaneamente ou ser retirada pelo médico. Ocorre cerca de 5 a 30 minutos depois do nascimento do bebê. Muitas mulheres não sabem mas ainda irão ter contrações mas serão bem mais leves e espaçadas. O médico ou a parteira podem ter de massagear o útero para reduzir o sangramento, o que pode ser bem doloroso. Caso o obstetra tenha feito a episiotomia ou se houve lesão sangrante da mucosa, será feita a sutura.

Placenta após o parto

A recuperação, num parto natural (sem intervenções médicas), não prolongado, nem difícil, é de cerca de uma ou duas horas. Caso contrário, pode durar mais. Conforme o bebê sugar o seio, você poderá sentir cólicas: é o útero se contraindo para diminuir o sangramento e voltar ao tamanho normal. Por isso a mamada logo após o parto é muito importante, pois ajudará no processo de recuperação do trabalho de parto. Nos primeiros dias, o lóquio (o sangramento pós parto) é mais abundante do que o menstrual. Depois, vai diminuindo de intensidade e poderá durar de duas a quatro semanas após o parto.

Passada essa incrível experiência que é o parto é o momento de comemorar a chegada do filhote com muita alegria, avisar a família, cheirar, beijar, amamentar e dar muito carinho e colo ao serzinho que acaba de chegar. Conhecendo um pouco mais de como se dá o trabalho de parto, espero que a sua jornada pelo mundo da maternidade seja repleta de felicidade. Até a próxima.  




quarta-feira, 20 de abril de 2016

Histerossalpingografia - o que é?



Esse é um nome tão complicado de falar e, na primeira vez em que se ouve, já dá uma assustada. Depois de algumas pesquisas e opiniões pode aumentar ainda mais o receio de fazer esse exame, isso tudo por causa da quantidade de mulheres que relatam o desconforto provocado pelo mesmo. Antes de tirar nossas conclusões, o melhor é entender um pouco mais a respeito desse exame.

O que é Histerossalpingografia?


É um exame de raio-x feito com contraste (líquido que permite realçar uma estrutura, lesão ou órgão), de forma que é possível visualizar e avaliar a morfologia das tubas uterinas. Por meio desta análise, o médico avalia a função dessas estruturas. O exame é pedido com frequência na investigação das causas de infertilidade na mulher e outros problemas ginecológicos ligados à anatomia do útero e das trompas. Se a anatomia estiver muito alterada, poderá haverá haver problemas para conseguir ter um bebê. 

Histerossalpingografia

Como é feito o exame?


O exame pode ser feito no consultório ginecológico, onde a paciente é deitada em uma maca (com os joelhos dobrados) e o médico insere um fluoroscópio através do colo uterino para que seja injetado um contraste iodado, que enche o útero e as trompas de Falópio. 

Na ponta do cateter há um balão que é inflado dentro do útero para fixação da sonda, então o contraste é injetado. O raio-X não atravessa o contraste, e assim é possível ver a anatomia do útero e das tubas uterinas durante o exame. É comum que ao longo do exame, o médico peça para a paciente modificar sua posição, o que ajuda a distribuir melhor o contraste, fornecendo mais informações.



Durante o procedimento é comum a paciente sentir uma cólica leve, como uma cólica menstrual, que desaparece logo após o término do exame. O procedimento tem duração de 30 minutos, porém o desconforto dura entre seis e sete minutos. Raramente o exame precisa ser repetido, a não ser em situações específicas, como por exemplo, quando a paciente é submetida a um procedimento cirúrgico que modifica a anatomia do útero. 

Preparação para o exame


Antes do exame a paciente deve manter abstinência sexual por 72 horas, e existe um período certo para a realização do mesmo, que deve ser realizado entre o 6º e o 12º dias do ciclo menstrual (onde o primeiro dia é o do início da menstruação). Caso haja suspeita de gravidez não deve ser realizado, de forma que é comum algumas mulheres fazerem testes de gravidez antes do exame.

Também pode ser necessária a limpeza do intestino, usando laxantes no dia anterior ao exame, para que os gases e fezes na região pélvica não atrapalhem na visualização do resultado. 

Alguns minutos antes do exame, normalmente é feito uso de medicamentos anti-inflamatórios ou antiespasmódicos, para evitar espasmos e desconfortos. Por isso, o melhor é não fazer uso de outros medicamentos, a não ser que o médico tenha recomendado. É necessário que a paciente também esvazie a bexiga antes de começar o exame.

Cuidados após o exame


Ao retirar a sonda após a histerossalpingografia, 70% do contraste escoa em direção à vagina. Apenas 2 ou 3 ml são absorvidos pelo organismo e eliminados pelo rim, sem qualquer alteração na cor ou aspecto da urina. O médico poderá também recomendar que se evite relações sexuais por alguns dias, mas não há cuidados muitos complexos no geral.

A infecção pélvica é a complicação mais comum da histerossalpingografia, porém quando todos os cuidados de assepsia são tomados, sua ocorrência é muito rara. 

Quem não pode fazer o exame?


Grávidas - Como mencionado anteriormente, o exame é inviável durante a gravidez, já que um líquido é injetado dentro útero. 

Pacientes com alergia a contraste iodado - Caso a paciente tinha tido reação alérgica importante e comprovada em outros exames com contrastes iodados injetados na veia, também deve informar ao médico o ocorrido de forma a permitir que o procedimento seja realizado tomando algumas precauções e, se necessário, a mesma poderá ser orientada a realizar o exame em ambiente hospitalar.

O exame é doloroso?


É complicado determinar o que é ou não doloroso. Depende muito da sensibilidade de cada mulher. Algumas dirão que é bem suportável e outras que é uma verdadeira tortura. Diante de tantas histórias é comum que algumas mulheres fiquem completamente apavoradas apenas com a possibilidade de precisar fazer histerossalpingografia.

Fatores como equipamentos sem qualidade, ou por profissionais despreparados, contribuem muito para que a histerossalpingografia seja realmente dolorosa e bastante desconfortável. O contraste também deve ser aquecido previamente, para evitar a contração uterina que também pode causar dor no momento do exame. Por isso, o melhor é conversar com as pessoas que já fizeram o exame e pedir indicação de locais e profissionais que estejam mais aptos a realizar a histerossalpingografia sem traumas ou pelo menos com o menor desconforto possível. 

Avaliação dos resultados


Qualquer exame feito deve ser avaliado pelo seu médico ginecologista, de forma que ele é o único que poderá determinar um diagnóstico preciso. Contudo, o que se espera no resultado de histerossalpingografia é que o útero forme um desenho quase triangular, com três pontas bem pelo contraste definidas e que as bordas não estejam embaçadas ou indefinidas. Já as trompas devem ser bem finas, formando leves ondulações que não fiquem totalmente próximas ao útero e com um contraste menos definido, parecendo que está se espalhando.  

Histerossalpingografia normal

Resultados anormais podem ser decorrentes a diversos problemas uterinos como pólipo endometrial, mioma, sinéquia, adenomiose e anomalias congênitas, como um septo na vagina. Já os problemas tubários podem ser decorrentes de processo aderencial pélvico causado pela endometriose ou por doença inflamatória pélvica, hidrossalpinge (acúmulo de água na tuba) e obstrução tubária, entre outros.

Histerossalpingografia com obstrução tubária

Vou engravidar após o exame?


Relatos de mulheres que conseguiram o positivo logo após o exame costuma encher de esperança quem precisa passar pelo exame. Contudo, não é tão simples assim. Claro que quando existe uma pequena obstrução das trompas, o contraste injetado poderá desobstruir a passagem, de forma que possibilitará a passagem do óvulo, facilitando engravidar. 

Em alguns casos a aderência é absoluta de forma que o exame não poderá resolver de imediato, da mesma maneira em casos de outras alterações que não serão resolvidas com o mesmo. Então é importante saber que o objetivo do exame é o diagnóstico e não tratamento para engravidar.

O exame poderá ser realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou pelo seu plano de saúde. Converse com seu médico sobre o exame e veja se é uma opção para o seu caso. Não há motivo para ter receio de fazer o mesmo pois qualquer desconforto é pequeno diante do grande sonho de engravidar. Até a próxima.





segunda-feira, 18 de abril de 2016

Obesidade e Fertilidade



O aumento de peso é um grande problema para boa parte das mulheres. Normalmente, muitas dessas mulheres gostaria de perder de 2 a 5 quilos. Esses quilinhos a mais não afetam em nada a conquista do positivo. Mas a obesidade é um fator que influencia e muito as tentativas para aumentar a família. Infelizmente o aumento excessivo de peso muitas vezes não é levado a sério quando o assunto é engravidar. Embora a maioria das pacientes obesas não seja infértil, pode-se dizer que esse grupo tem menos chances de conceber por ciclo pois normalmente enfrentam mais distúrbios no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, no ciclo menstrual, e têm até três vezes mais chances de sofrer de anovulação.

Relação da obesidade com a infertilidade




Quando se está acima do peso, o corpo passa a produzir mais leptina, hormônio que está relacionado a dificuldade em engravidar. Não se trata apenas da fecundação que é prejudicada, mas também o processo de implantação pode ser prejudicado pelo excesso de peso.

O tecido adiposo age sobre a fertilidade principalmente por efeitos hormonais. A célula adiposa consegue provocar alterações no padrão de hormônios sexuais por possuir enzimas como a aromatase, que converte a testosterona em estrógeno. Em homens, o excesso de estrógeno age sobre o hipotálamo e a hipófise, impedindo a liberação de hormônios gonadotrópicos como o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) que controlam a produção de espermatozoides.

Em mulheres, além desse mecanismo, outras enzimas como a leptina e uma maior produção de substâncias andrógenas, como a testosterona, também são responsáveis pela alteração na liberação de LH e FS e, consequentemente, na liberação de óvulos. 

Sem ação do FSH e do LH a liberação do óvulo fica inibida, gerando uma oligo ou anovolação crônica com ciclos menstruais irregulares. Sem óvulos, não há fecundação e a mulher não consegue engravidar. É isso que ocorre nas pacientes com Síndrome do Ovário Policístico (SOP) que é altamente relacionada a obesidade, diabetes e infertilidade em mulheres.

O diabetes tipo II e a resistência insulínica, comuns em pessoas obesas, também parecem agir sobre esse eixo hormonal, por meio de substâncias inflamatórias, reduzindo a fertilidade.

Posso engravidar mesmo obesa?



Ainda que a obesidade possa dificultar a gravidez não significa que a pré-mãe com essa dificuldade deve desistir do seu sonho. Hoje em dia há formas de se prevenir que a obesidade atrapalhe a gestação. O primeiro e importante passo é ter controle sobre o peso durante a gravidez, uma responsabilidade da mãe. A obesidade é uma doença de vários fatores, portanto nem sempre apenas o controle da alimentação é suficiente. A condição genética pode ser um fator determinante para a obesidade, mas além dela, a idade, as condições climáticas, que alteram o metabolismo, vícios e quadros clínicos pré-existentes, como a diabetes por exemplo. 
Não espere até a segunda-feira para começar a reeducação alimentar e a fazer atividade física. Ainda que sejam 20 minutos todo dia, já refletirá numa grande melhora da saúde e com isso da fertilidade. Adotar uma vida mais saudável com alguma atividade física, ainda que uma simples caminhada, irá contribuir e muito para que as dificuldades de engravidar e até com a futura gestação sejam vencidas.

Deve-se vencer o nosso próprio preconceito com o corpo pois sempre há como melhorar nossa saúde e com isso alcançar o tão sonhado positivo. Até a próxima!

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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Dores na gravidez



Ao iniciar a jornada de tentantes imaginamos que a ansiedade durará até receber o positivo e depois será mais tranquilo. Se você pré-mãe pensa assim, sinto lhe informar que isso é não acontecerá. Na realidade, ser mãe representa estar sempre preocupada com alguma coisa. Embora grande parte das preocupações sejam apenas coisas da nossa cabeça, algumas devem ser levadas a sério. Durante a gravidez é comum ter mais ansiedade, principalmente quando o assunto é relacionado a dores e incômodos comuns na gestação. Mas quando devemos realmente nos preocupar? Ter dor é normal? E qual dor é normal e qual não é? O post de hoje trata dessas dores e incômodos que vem junto com o positivo!

Dor na gestação é normal?


Muitas pessoas falam sobre a normalidade de ter dor durante a gravidez. Na verdade, a dor é esperada ou compatível com a gravidez. Não podemos nem devemos ver a dor como algo normal e elas devem sempre ser relatadas ao obstetra. Ele é quem pode dizer com certeza que não há problemas e qual conduta tomar para alívio delas. 

Algumas dores ou incômodos podem ser evitadas ou aliviadas com os cuidados adequados. Tudo dependerá da causa da dor e principalmente da intensidade de cada sintoma. Cada pessoa é diferente e portanto, por mais que determinada dor ou incômodo seja esperado, sempre relate ao médico se a intensidade for alta para você.

Cólicas


Sintomas comuns de ciclos menstruais, as cólicas costuma assustar muito a mamãe, principalmente as de 1ª viagem. Elas ocorrem devido ao aumento do útero, formação de gases intestinais que causam distensão, bem como a maior irrigação sanguínea para a região pélvica. Dessa forma, torna-se mais fácil perceber qualquer alteração nesse área. 


No geral, não são preocupantes quando são leves e não estão acompanhadas de sangramentos. Cólicas intensas e regulares devem ser avaliadas pelo médico já que podem indicar princípio de aborto ou parto prematuro, dependendo do tempo de gestação. 

Costuma passar depois de um banho morno (evite banho quente que pode induzir o parto) ou após o uso de analgésico indicado pelo obstetra. Dores persistentes devem ser avaliadas pelo obstetra.

Dor ou sensibilidade nas mamas



Esse costuma ser um dos primeiros sintomas de gravidez na mulher, se trata da preparação do corpo para a amamentação. Devido ao aumento das mamas e maior liberação do hormônio Prolactina a região das mamas podem ter maior sensibilidade ao toque e ao movimento. Isso explica porque usar sutiã pode passar a ser um desafio. Com o aumento das mamas é necessário que seja feito um ajuste no tamanho do sutiã, bem como da largura das alças que devem ser maiores, pois maior sustentação deixarão os seios mais seguros e menos sujeitos ao movimento, melhorando assim os incômodos.


Dor na lombar



O corpo precisa fazer adequações de postura durante a gravidez para compensar o crescimento da barriga e dos seios. De forma simplificada, como existe um aumento do peso para frente, o centro gravitacional que antes era reto (imagine uma linha reta do topo da cabeça para até os pés) muda fazendo com que a mãe passe a adotar a postura que Shakespeare chamou de "Orgulho da barriga", para permitir que a mulher mantenha-se ereta. Esse mecanismo de compensação é normalmente a lordose acentuada na postura de grávida, acompanhada de aumento de base (pés afastados).

Essa postura costuma causar dores que podem ir aumentando conforme a mulher vai ganhando peso durante a gestação. Dessa forma, é muito importante que o ganho de peso seja equilibrado para não haver necessidade de recorrer a algum medicamento para alívio dessas dores. 

Algumas mulheres bem no início da gravidez já sentem essas dores na região lombar mas que ainda não tem ligação com a adequação da postura. Nesses casos esses incômodos se devem devido ao alargamento dos quadris onde o útero começa um processo de expansão, aumentando as curvaturas e abrindo lateralmente o corpo da mulher.

Para amenizar o impacto sofrido pela coluna a gestante deve procurar praticar atividades de relaxamento,  massagens localizadas, compressas de água morna e acupuntura costumam dar bons resultados. Além de reeducar a postura a gestante deverá fazer exercícios regularmente para diminuir as dores e os mal-estares. 


Dor pélvica



Durante a gravidez a mulher ganha peso não apenas pelo bebê em si mas devido a placenta e o líquido amniótico. É normal então que a pélvis sofra maior pressão, mais especificamente a região do púbis (chamada de sínfise púbica, que nada mais é que a região que tem os pelos púbicos!). O corpo passa então a liberar a Relaxina que é um hormônio encarregado de afrouxar as articulações, possibilitando assim que o bebê se encaixe na pelve, facilitando também o parto, já que essa estrutura fica mais maleável. 

É muito comum as gestantes terem dor nesta região durante o segundo e terceiro trimestre, principalmente gestantes que tem um desequilíbrio da musculatura pélvica, encurtamento da musculatura de membros inferiores e/ou que exerçam atividades que sobrecarreguem esta região. Movimentos em "tesoura", que necessitem de sobrecarga em um dos membros (exemplos: subir escadas, chutar uma bola) ou movimentos que façam tração desta articulação, como abrir as pernas, são fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da pubalgia. A seguir dicas do que fazer para evitar a pubalgia:

  • Evitar esforços com desequilíbrio pélvico (levantar peso ou fazer força em um dos membros inferiores).
  • Evitar movimentos rápidos de rotação ou abertura da pelve.
  • Fazer atividades leves para se preparar para o parto (caso estivesse sedentária antes da gravidez) como hidroginástica.
  • Controlar o ganho de peso.
  • Fortalecer a região pélvica (exercício de ponte com um travesseiro entre os joelhos).
  • Aplicar bolsa de gelo no local por 15 minutos (caso esteja com dor). 
  • Procurar fisioterapeuta para exercícios mais específicos.

Exercícios que aliviam dor lombar e pélvica

Dor de cabeça


As mudanças de postura acabam tensionado a coluna cervical, principalmente na região do pescoço. Essa tensão toda, além do estresse natural que a gravidez pode ocasionar, bem como o nível elevado de progesterona no corpo, causam frequentemente dores de cabeça. No início costuma ser mais frequente e tende a passar com a estabilização dos hormônios. 

Embora comum, deve sempre ser observado a presença de outros sintomas como dor no estômago e visão embaçada, já que esses sintomas em conjunto podem indicar pré-eclampsiaque é caracterizado por pressão alta e retenção de líquidos, que leva ao inchaço do corpo e a perda de proteínas pela urina. Trata-se de um problema sério que pode levar a perda do bebê, de forma que deve ser informado imediatamente ao obstetra.

Caso queira aliviar as dores de cabeça, o melhor é descansar em um ambiente tranquilo, sem ruído e com as luzes apagadas, ou aplicar uma compressa de água fria na nuca ou na testa. Em caso de dor de cabeça devido a congestão nasal, aplicar uma compressa de água morna em torno dos olhos e do nariz. Passar longos períodos sem comer também pode contribuir para o aparecimento das dores de cabeça, assim o melhor é comer de 3 em 3 horas e em pouca quantidade. Incluir uma atividade física regular, além de manter um horário regular de sono.




Dor nas articulações



A gravidez traz a propensão à retenção de líquidos e esse inchaço pode causar dor nas articulações das pernas e braços. Devido a retenção e o edema a pressão exercida sobre o nervo mediado é aumentada fazendo com que os momentos sobre a articulações do pulso seja ocorra com maior dificuldade, e nesse caso pode ocasionar a Síndrome do Túnel do Carpo, que acaba sofrendo um estreitamento e comprimindo o nervo. Levando o aparecimento de dor e fraqueza nas mãos e dedos.  Por outro lado, todos esses sintomas desaparecem após o nascimento do bebê.

Para minimizar a retenção de líquidos e o aparecimento de edemas, o ideal é que a gestante faça exercícios físicos e adote uma alimentação saudável com pouco consumo de sal. 

Dor nas pernas



O ganho de peso é novamente o vilão no caso das dores nas pernas. Isso se deve ao arqueamento das pernas que fica maior por causa da mudança de postura da grávida, deixando assim as pernas mais doloridas. Além do mais, pode haver uma diminuição do retorno venoso deixando os membros inferiores com edemas e dores. 

O clima quente costuma acentuar o inchaço e as dores nas pernas, dificultando as prática de atividades físicas ou mesmo atividades cotidianas, como calçar um sapato. 

Colocar as pernas para cima, elevadas em 30 graus de 5 a 10 minutos no final da manhã e no final da tarde, apoiadas em almofadas ou numa cadeira melhora a circulação sanguínea e alivia as dores. Inclua a prática de atividades leves como hidroginástica e caminhada no dia-a-dia. Outras soluções são:
  • Usar meias elásticas de baixa e media 
  • Aumentar a ingestão de líquidos 
  • Evitar o consumo de sal e ingerir mais frutas diuréticas como melão, melancia, carambola.

Câimbras



O encurtamento da musculatura posterior da perna, torna esses músculos mais propenso a espasmos. Ocasionada pela mudança na postura das pernas que sobrecarrega os músculos, as câimbras podem incomodar principalmente à noite.


A compressão da veia cava, causada pelo aumento do útero, atrapalha a circulação sanguínea dos membros inferiores, o que contribui para a retenção de líquidos, bem como um desequilíbrio mineral (como a diminuição do cálcio e magnésio na corrente sanguínea) proporcionam o quadro de câimbras. Para aliviar os sintomas é necessário que seja adotada uma alimentação variada composta por frutas e vegetais e alongamentos antes de dormir também são uma solução.


Dor Abdominal



A dor abdominal na gravidez pode ser causada pelo crescimento do útero, prisão de ventre ou gases mas também pode ser um sintoma de complicações mais graves, como gravidez ectópica, descolamento da placenta, pré-eclâmpsia ou até mesmo aborto. Nestes casos, a dor, geralmente, vem acompanhada de outros sintomas, como sangramento vaginal, distúrbios visuais, inchaço ou corrimento vaginal e a gestante deve ir imediatamente ao hospital para ser avaliada e receber o tratamento adequado.



A dor abdominal persistente e febre baixa podem indicar apendicite, uma situação que pode ser grave e que por isso deve ser despistada o quanto antes.



Há momentos em que a gestante notará o endurecimento da barriga juntamento com uma dor abdominal na parte superior do abdome. São chamadas de contrações de treinamento ou contrações de Braxton Hicks. Podem iniciar a partir da 16 semana de gestação e costumam aliviar com a mudança de posição ou atividade que esteja fazendo. 



O trabalho de parto é a principal causa de dor abdominal no terceiro trimestre e, normalmente, é indicado por sintomas como dor abdominal, cólicas, aumento da secreção vaginal, corrimento gelatinoso, sangramento vaginal e contrações uterinas com intervalos regulares de 10 minutos.

A dor abdominal deve ser avaliada pelo médico já que muitas são suas causas e nada melhor que ficar tranquila com um diagnóstico mais preciso. Não apenas a dor abdominal, mas qualquer dor ou incômodo deve ser comunicado ao obstetra. A mãe tem um instinto aguçado e deve segui-lo em primeiro lugar. Se sentir que há algo de errado não exite em procurar ajuda médica especializada. Até a próxima!