quinta-feira, 27 de abril de 2017

Baixe gráficos de temperatura basal


Baixe aqui gráficos para monitorar sua temperatura e seus dias férteis. 

Para você baixar, salvar no seu computador e ir preenchendo na aba "Preencha aqui os seus dados". O gráfico se montará sozinho, para você interpretar. 

Para você imprimir e preencher à mão. 

Veja como montar e entender o seu gráfico de temperatura basal aqui!

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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Gráfico da Temperatura Basal



A temperatura basal é a temperatura do corpo depois de um período de descanso, a chamada temperatura de base. Durante o ciclo menstrual, o registro da temperatura permite identificar a ovulação e também se há possibilidade de gravidez. Com o tempo pode-se mesmo saber se o ciclo foi anovulatório. (Conheça melhor sobre como funciona medir a temperatura basal aqui.

Esse post tem objetivo de ajudar a quem já utiliza temperatura basal mas não consegue entender o gráfico com as informações. Vamos lá!


Criando o gráfico de temperatura basal


Pode-se inserir os dados numa tabela em Excel ou PDF, ou pode utilizar um site para isso. Esta é a opção mais simples se você tem internet sempre disponível para atualizar o gráfico. Os dois sites mais utilizados são Mamanandco  e FertilityFriend (esse último é em inglês). 

1) Começe por introduzir o 1º dia do seu ciclo. O ciclo inicia no 1º dia da menstruação e vai até a véspera da menstruação do mês seguinte. 

2) Se estiver utilizando o site para atualizar os dados, indique a hora de referência para a avaliação da sua temperatura.
É importante que faça a avaliação da sua temperatura à hora indica com tolerância de + ou - 30 minutos, caso contrário poderá distorcer a detecção de ovulação.

3) Introduza a sua temperatura em cada dia.

É importante haver temperaturas máximas consecutivas para que a ovulação seja detectada. Isto permitirá ao gráfico detectar o "patamar baixo" (fase folicular), um pico (ovulação) e o "patamar alto" ( a fase luteínica). No caso de não utilizar o gráfico do site, mais abaixo irei explicar como identificar cada fase.

4) Indique o máximo de informações (tipo de muco, relações sexuais, febre, teste de ovulação, etc...). No caso de utilizar o gráfico em Excel, lembre-se de identificar se houve relação sexual e também identificar o muco cervical. (Aprenda a identificar o Muco Cervical)


Como interpretar as informações


Para quem usa o gráfico no site ou como aplicativo, a ferramenta detectará, se os dados registrados o permitirem, a ovulação... cerca de 3 ou 4 dias após ela ter ocorrido. Ela será indicada pelo ponto de intercepção de uma linha vermelha vertical (dia da ovulação) com uma horizontal (que marca a média da temperatura basal). No gráfico, dá para ver que a temperatura fica mais alta até sua próxima menstruação, quando volta a cair. 

Linha Vertical e Horizontal marca a ovulação

Você pode até notar que sua temperatura sobe um dia ou outro, mas se ela não se mantiver mais elevada durante alguns dias, é possível que você ainda não tenha ovulado. Se você engravidar, sua temperatura basal se manterá mais alta até o fim da gestação. 

Temperatura Basal e as fases do ciclo menstrual


Na primeira fase do ciclo menstrual, a temperatura basal costuma estar mais baixa. No dia da ovulação a temperatura geralmente tem uma queda mais acentuada, seguindo-se por subida da temperatura até a chegada do novo ciclo menstrual ou a descoberta da gravidez. 

As alterações na temperatura são causadas pelas alterações hormonais. Na primeira fase do ciclo há o predomínio do Estrogênio, responsável pelo desenvolvimento dos fólicos que mais tarde liberará o óvulo amadurecido, trata-se da Fase Folicular. O LH (hormônio luteinizante), que vai se elevando junto com o estrogênio, chega ao seu ápice, e faz com que a temperatura tenha uma queda brusca, é também a indicação de que o óvulo será liberado. Após a ovulação é hora da progesterona subir, ela garantirá que o endométrio seja protegido, o que é muito importante no momento da implantação do embrião, a famosa nidação. Após a ovulação, o ciclo se encontra na Fase Lútea, pois é o momento em que o corpo lúteo (casquinha do óvulo) se mantém com a ajuda da progesterona até que o hCG passe a elevar a progesterona, que ocorre após a implantação do embrião, ou o corpo lúteo se desfaz, diminuindo a progesterona e indicado que um novo ciclo deve se iniciar.

Padrões nos gráficos


Nem sempre é simples identificar o padrão do gráfico TB mas pode-se utilizar dos outros sintomas, que em conjunto com o gráfico ajudará a identificar a ovulação. Dentre esses sintomas estão:

  • muco cervical fica mais “molhado” a medida que a ovulação se aproxima; 
  • muco cervical “seco” imediatamente após ou logo depois da elevação da temperatura basal; 
  • muco clara de ovo é observado nos dias imediatamente anteriores à ovulação; 
  • padrão bifásico (parte do gráfico com temperatura baixa e a outra com temperatura alta), mostrando a elevação da TB após a ovulação; 
  • aumento da temperatura subitamente e mantido durante a fase lútea; 
  • colo alto, aberto e mole antes da elevação da TB; 
  • kits de ovulação ficam positivos 12-36h antes da elevação da TB; 
  • kits de ovulação só serão positivos um ou dois dias antes da ovulação; 
  • microscópio de saliva mostrará as samambaias antes da ovulação.


A análise e a interpretação é mais confiável quando alguns sinais podem ser correlacionados. Entretanto, é quase sempre possível detectar a ovulação e o aumento da fertilidade mesmo longe das circunstâncias ideais. Quanto mais sinais se cruzarem, mais confiável será a interpretação. 

A linha tracejada indica que não há certeza quanto à ovulação

Quando os sinais não combinam e a ovulação é duvidosa por causa disso, o site ou aplicativo indicará a data mais provável com uma linha vermelha tracejada no dia mais provável. Isso serve para lhe alertar que a data estimada não é confirmada para que continue a observar outros sinais e não perca sua chance de engravidar.

Neste gráfico, é possível ver alguns dias de muco fértil e colo macio nos dias que antecedem a ovulação, que é confirmada pela subida súbita da temperatura no 14º dia do ciclo (14DC). As temperaturas mantem-se altas até o final da fase lútea. Geralmente as temperaturas começam a cair e os manchados aparecem antes que a menstruação comece. Os dias mais férteis foram do 10 ao 14DC. As relações ocorram numa boa janela fértil, apesar de não haver gravidez neste ciclo.





Já neste gráfico, a ovulação foi detectada no 17DC e é precedida de alguns dias de muco fértil, um teste de LH positivo e colo alto e mole.






Neste aqui, a ovulação foi detectada no 15DC pela subida súbita da temperatura, seguida de 2 dias de muco fértil. As relações foram dentro da janela fértil. O teste de gravidez positivo foi pego no 12DPO (dias “pós-ovulação”).





Já no gráfico ao lado, a ovulação foi detectada no 20DC, seguindo alguns dias de muco fértil e um pico na leitura do monitor de fertilidade. Apesar da ovulação está clara e o 20DC ser apontado pela maioria dos sinais, não é possível determinar com certeza se a ovulação aconteceu no 19DC ou no 20DC uma vez que as temperaturas começaram a subir no 19DC. As temperaturas ficaram elevadas por 13 dias durante a fase lútea.



Neste gráfico, a ovulação foi claramente detectada no 16DC pelo aumento da temperatura. O muco clara de ovo, colo alto e mole e um teste de ovulação positivos são observados no dia anterior à ovulação. A relação anterior ao dia da ovulação resultou em gravidez neste ciclo. Um teste de urina de gravidez positivo é detectado no 12DPO. O teste feito no 9DPO foi realizado muito cedo para detectar a gravidez.



E finalmente, neste gráfico a ovulação foi detectada no 15DC. Apesar do muco não ter sido observado nos dias imediatamente anteriores à ovulação, ela é detectada pelo aumento da temperatura e um teste de ovulação positivo. As relações aconteceram dentro da janela de fertilidade (2 dias antes e no dia da ovulação). As temperaturas ficaram elevadas 14 dias durante a fase lútea. A temperatura do 13DC não foi tomada no mesmo horário que as demais, tornando-a incerta, por isso deve-se aguardar o aumento das temperaturas e sua manutenção para indicar a ovulação. 

Ciclos anovulatórios


Para identificar os ciclos em que não houve ovulação basta observar o padrão que se segue na temperatura. Normalmente o ciclo é marcado por oscilações constantes sem que se consiga definir uma subida da temperatura seguida pela manutenção do padrão elevado. Conheça melhor sobre os ciclos anovulatórios.





Por que usar a Temperatura Basal para ajudar a engravidar?


O gráfico da temperatura permite saber se uma ovulação ocorreu e assim ter ideia de quando deverá ocorrer o próximo ciclo menstrual (cerca de 14-15 dias após a ovulação). Com o tempo a mulher poderá aprender o que é padrão para o seu ciclo, de forma que pode perceber qualquer alteração que pode indicar uma gravidez.

É importante lembrar que esse método necessita de disciplina e paciência nos primeiros ciclos porque o aprendizado vem com o tempo! Até a próxima! 

Fonte: blogmamis 

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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Crianças que parecem clones de famosos

Nada mais comum e natural do que encontrar crianças que se assemelham a seus pais. Mas algumas vezes podemos nos surpreender com algumas crianças que são verdadeiros mini-sócias de celebridades que vemos nas capas de revistas.

Esta menininha de dois anos é a cara do Ed Sheeran


©Tom Davies ©Wikipédia Creative Commons

Seria o Gandalf em miniatura!?

©reddit.com ©New Line Cinema 

Assim cresceria a babá mais que perfeita Sra. Doubtfire

©reddit.com ©20th Century Fox 

Quando se assiste muitos filmes com Danny DeVito

©Shannon Bihamta ©REX 

Poderia ser uma foto antiga Jay Z! Não!?

BORED PANDA

Será um chef como Jamie Oliver?

©facebook ©facebook


Este é idêntico ao Kevin, da série de televisão The Office

©tumblr.com  ©NBC

Difícil dizer que não tem o DNA de Gordon Ramsey por aqui

©Twitter ©REM 

Esse baby é a cara do cantor John Legend

©Twitter  ©REX

Tão linda quanto a Jennifer Garner

BORED PANDA

Ele já é tão sério quanto Vladimir Putin

BORED PANDA


Trata-se do mini-Usher

BORED PANDA


O mesmo sorriso de ladinho de Seymour Hoffman

BORED PANDA

A felicidade de quem acredita que  pertence à família real ...

©reddit.com 

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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Por que temos cólicas no ciclo menstrual?


Para mais de 50% das mulheres, ter cólicas é algo que ocorreu ao menos uma vez na vida. Algumas mulheres podem sofrer mais com as cólicas, chegando a ficar sem realizar qualquer atividade no período menstrual. Embora seja mais comum durante o período menstrual, as cólicas podem ocorrer fora desse período por outros motivos. Saiba as causas das cólicas dentro ou fora do período menstrual.

Por que temos cólica?


O corpo feminino possui estruturas reprodutivas, tais como o útero, os ovários e as trompas, que todo mês se preparam para receber um bebê. Nessa preparação, cria-se uma camada dentro do útero chamada endométrio, responsável por nutrir o embrião. Quando não ocorre a gravidez, o corpo precisa desfazer a estrutura para um novo ciclo. Assim, o corpo precisa eliminar o endométrio e para isso o útero contrai expulsando o endométrio. As contrações do útero comprimem os nervos e os vasos sanguíneos à sua volta, causando dores no baixo-ventre. 

As cólicas ocorrem para ajudar o útero a eliminar o endométrio


Chamada de Dismenorreia, as cólicas menstruais estão associadas à liberação de substâncias chamadas prostaglandinas, que são produzidas no útero. Sua elevação acima de níveis fisiológicos promove fortes contrações no músculo uterino e redução da circulação (vasoconstricção) dos seus vasos sanguíneos e diminuição da oxigenação no local, com consequente surgimento da dor menstrual.

Tipos de Dismenorreias


Basicamente, existem dois tipos de dismenorreias: a primária, que é o tipo comum, que a maioria das mulheres tem e, a secundária, que provém de outras doenças locais já existentes, entre as quais a endometriose, a adenomiose, mioma uterino, doença inflamatória pélvica (DIP), reação inflamatória ao uso de DIU, malformações uterinas, estenose cervical e outros.

Entre as causas menos comuns de dismenorreia estão a presença de cistos nos ovário e varizes pélvicas, que causam dores no baixo ventre, podendo simular um quadro de dismenorreia secundária.

Cólicas fora do período menstrual


A cólica fora do período menstrual pode ou não ser normal. Algumas mulheres poderão sentir cólicas durante a ovulação, não sendo motivo de maior preocupação nesse caso. 

A dor decorrente da ovulação apresenta as seguintes características:

  • Normalmente é regular, ocorrendo sempre na mesma fase do ciclo menstrual;
  • A cólica geralmente dura apenas algumas horas, podendo ainda persistir por 2 ou 3 dias em algumas mulheres;
  • Também pode ocorrer sangramento vaginal nesse período, provocado por uma queda dos níveis de estrogênio. Saiba mais sobre o Sangramento de Ovulação.


Algumas vezes as cólicas fora do período menstrual pode indicar problemas ou doenças em órgãos do aparelho reprodutor, urinário e gastrointestinal, podendo ainda ter origem no sistema musculoesquelético. Nesse caso, as dores costumam ser agudas (fortes) e as principais causas são Doença inflamatória pélvica, Gravidez Ectópica, Apendicite, Torção de ovário, Endometriose e Infecção urinária

Já a dor pélvica crônica, durando ao menos 6 meses, pode ser causada por:

Ginecológicas: endometriose, adenomioses, pólipos, prolapso genital, varizes no útero, aderências pélvicas, doença inflamatória pélvica;
Gastrointestinais: síndrome do intestino irritável, prisão de ventre crônica, hérnias, doença inflamatória pélvica, câncer;
Urinárias: cistite, litíase urinária, câncer;
Musculoesqueléticas: espasmo de musculatura do assoalho pélvico, problemas posturais, fibromialgia; hérnia de disco.

Como aliviar as cólicas menstruais


Se a causa das cólicas não estiver ligada às doenças, as dores podem ser aliviadas com uso de analgésicos, antiespasmódicos e bolsa de água quente. Em alguns casos, o médico poderá indicar o uso de anticoncepcional para tratar as cólicas. 

Alguns truques também podem ajudar com as cólicas:

Deitar de barriga para baixo - nessa posição a região pélvica fique mais aquecida, ajudando na circulação sanguínea, aliviando as dores. Para ajudar na compressão, use uma almofada que além de comprimir, aquece mais rapidamente o local.

Toalha quente - essa dica é para quem não tem bolsa de água quente. Basta substituir por uma toalha úmida aquecida. E para manter aquecida basta utilizar o microondas para aquecer a toalha por uns 20 segundos. Cuidado para não se queimar!

Tome chá quente - nada mais relaxante que tomar um chá quentinho... alguns podem inclusive ajudar com o fluxo menstrual. (Chás para fazer descer a menstruação

Relaxar - isso mesmo, o estresse pode aumentar o nível de cortisol no sangue, e também aumentar as cólicas menstruais. Por isso escolha atividades relaxantes e evite ficar estressada durante esse período. 

Alimentação - aumento de ingestão de produtos ricos em magnésio e cálcio, previnem as cólicas e tem ação anti-inflamatória. O leite, a aveia, alguns peixes, vegetais escuros têm nutrientes que regulam o metabolismo e relaxam os músculos.

Atividades Físicas - os exercícios físicos também ajudam a reduzir a dor devido à liberação de endorfina, que funciona como um analgésico natural. Além de trazer bem estar, a substância ajuda na diminuição dos níveis de cortisol e o relaxamento dos músculos. 

Evite a cafeína - essa substância acentua as contrações dos músculos da região do baixo ventre, de forma que é melhor evitar tomar chá preto, refrigerante à base de cola, álcool e café.


É importante que as causas das cólicas fora do período menstrual sejam investigadas pelo médico ou ginecologista. Mesmo em caso de dores menstruais fortes, a avaliação médica é indicada para o tratamento adequado. Até a próxima!








quinta-feira, 20 de abril de 2017

Sua História... Erica venceu os anos e conquistou o positivo

Entre os altos de baixos da vida de tentante está lidar com várias aflições. São muitas vezes meses e até anos lutando contra os obstáculos físicos e psicológicos. 

Embora muitos achem que podem entender esses sentimentos, apenas quem passa por isso sabe como as batalhas são diárias e por mais que se tenha o apoio da família e de amigos, nos sentimos sozinhas em nossas angústias. A história de hoje mostra como é importante jamais desistir, pois a felicidade vem como grande recompensa. Erica tentou por 12 anos e passou por 2 perdas antes da sua felicidade chegar. Conheça sua história do positivo e a vitória contra a SOP:


"Fui 12 anos tentante, com 10 anos de tentante, depois de um tratamento, engravidei. Isso foi em 2015 mas infelizmente perdi e em 2016 novamente engravidei, mais uma tristeza pois perdi as 2 gestações com 1 mês. Antes de tentar a 3 gestação o médico fez toda uma investigação para saber o porquê dos abortos e não deu nada. E com 1 ano depois da última perda o médico me liberou para tentar. Foi quando me deu uma alergia muito forte, fiquei muito ruim e foi aí que nem percebi que a M [menstruação] tinha atrasado, quando eu estava melhorando dessa alergia foi que percebi que a M não apareceu. Comprei o teste no qual era pra fazer pela manhã mas como estava tão ansiosa e não estava conseguindo dormir, fiz às 2:30 da madrugada. E para minha alegria positivo! Fiquei muito feliz e o maridão também pois é nosso grande sonho se realizando e para a honra e glória do Senhor já estou no 3º mês. Deus é fiel e sou muito grata a Ele. 


Erica Santos


Seguir com um sonho depois de tantos anos de tentativas é uma escolha que apenas um grande amor pode explicar. É importante considerar o que a fará mais feliz, se é esquecer o sonho ou esperar por ele o quanto for preciso. Jamais desista se for para ficar triste, enquanto não houver tranquilidade com a ideia de desistir da maternidade então ainda não é hora de esquecer. Confie em si e saiba, que toda luta tem sua recompensa. Até a próxima!

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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Exame do Cotonete - Estreptococos B


Sabemos o quanto é importante o acompanhamento pré-natal durante a gravidez. Dentre os exames feitos durante a gestação está o exame do cotonete ou Estreptococos B. Esse exame serve para identificar a presença ou a ausência de micro-organismos que podem ser perigosos para a criança. Conheça mais sobre o exame a seguir:


O que é o Estreptococos B?


O Estreptococos do grupo B, também chamado de Streptococcus agalactiae, é uma bactéria extremamente comum, que costuma colonizar as regiões vaginal, intestinal e retal das mulheres. O Estreptococos B não costuma provocar doenças em pessoas sadias, mas pode causar complicações em mulheres grávidas e ser transmitido para o bebê durante o parto.


Como ocorre a infecção?


Apesar de ser encontrado habitualmente na região genital feminina, o Estreptococo do grupo B não é uma DST, ou seja, não é uma bactéria transmitida pela via sexual. A maioria das mulheres com a região vaginal colonizada foi contaminada por Estreptococos que vieram dos seu próprio intestino ou da região retal.

Nos recém-nascidos, a infecção pelo Streptococcus agalactiae pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico, conhecido popularmente como bolsa d’água, ou somente na hora do parto, durante a passagem pela canal vaginal. Esta última via é a mais comum.


Infecção urinária por Estreptococos na gravidez


Entre 10% a 30% das grávidas apresentam colonização da urina pela bactéria Streptococcus agalactiae. Em algumas destas gestantes, a bactéria provoca infecção da bexiga, conhecida como cistite, ou pielonefrite, que é a infecção dos rins. A maioria das pacientes, porém, não apresenta infecção urinária apenas colonização da urina pelo Estreptococos do grupo B.

O problema é que a bacteriúria assintomática, nome dado à simples presença da bactéria na urina sem sinais ou sintomas de infecção urinária, é um grande fator de risco para complicações na gestação, tais como, parto prematuro, aborto e contaminação do líquido aminótico.

Infecção do líquido aminótico pelo Estreptococos B


A infecção da bolsa d’água, chamada em medicina de corioamnionite, é uma invasão bacteriana do líquido amniótico, membranas fetais ou placenta. Os sinais e sintomas da corioamnionite incluem febre, dor no útero, aumento da frequência cardíaca fetal e presença de pus no líquido aminótico.

A infecção do líquido amniótico ocorre geralmente durante a rotura da bolsa no início do trabalho de parto em mulheres colonizadas pelo Estreptococos B. Trabalhos de parto prolongados, com várias horas de duração, ou casos de roturas prematuras da bolsa, são aqueles com maior risco. Todavia, a corioamnionite pode surgir antes da rotura da bolsa d’água, como nos casos de grávidas com infecção urinária, principalmente pielonefrite.

Infecção do útero pelo Estreptococos B


A infecção da parede do útero, chamada de endometrite, é uma complicação que pode ocorrer após o parto das gestantes contaminadas pelo Estreptococos do grupo B. Dor abdominal, febre e sangramento uterino são sinais e sintomas que sugerem uma infecção no período pós-parto.

Infecção do recém-nascido pelo Estreptococos B


Apesar dos riscos da mãe desenvolver complicações pelo Streptococcus agalactiae, a grande preocupação é sempre a contaminação do bebê durante o parto. A transmissão da bactéria se dá habitualmente após a rotura da bolsa ou durante a passagem do bebê pelo canal vaginal.

As complicações derivadas da infecção neonatal podem ocorrer precocemente, nas primeiras horas de vida do bebê, ou tardiamente, somente semanas depois do parto.

A infecção precoce do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre dentro dos primeiros 7 dias de vida, habitualmente dentro das primeiras 24 horas, e se manifesta como um quadro de pneumonia, meningite ou sepse sem ponto de partida definido.

Febre, dificuldade para mamar e dificuldade respiratória são os sintomas mais frequentes neste tipo de infecção. Crise convulsiva, fraqueza ou rigidez muscular também podem ocorrer. A mortalidade nos casos precoces é de cerca de 3% nos bebês nascidos com mais de 37 semanas e de 20% nos bebês prematuros.

A infecção tardia do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre após a primeira semana de vida. Sepse e meningite são as apresentações mais comuns. A mortalidade nos casos tardios é de cerca de 2% nos bebês nascido com mais de 37 semanas e de 6% nos bebês prematuros.

É importante destacar que nem todo bebê nascido de mães colonizadas pelo Estreptococos do grupo B irá apresentar problemas. Na verdade, apenas 1 em cada 200 são infectados e desenvolvem doença.


Como fazer o exame?


A realização do exame do cotonete deve ser solicitada pelas gestantes aos médicos que realizam o acompanhamento pré-natal. Normalmente o exame é feito entre a 35ª e a 37ª semana de gestação, já que a bactéria pode surgir e desaparecer várias vezes ao longo da gravidez, mas só é preocupante se for detectada no período próximo ao parto.

A coleta do material vaginal e retal é indolor e o resultado fica pronto em 2 ou 3 dias. Não é recomendado banho ou higiene íntima antes da coleta.


Por que é chamado de exame do cotonete?



O nome do teste é relativo ao equipamento utilizado para coletar o material do canal vaginal e da região anal, que é semelhante a uma haste flexível. O material é enviado a um laboratório, que faz análise rápida para evitar que o parto ocorra antes de a mãe ter o resultado.


Se o exame der positivo?


O resultado positivo indica que a mãe está colonizada com a bactéria. Estar colonizada pelo Streptococcus agalactiae significa apenas que será necessária a administração de antibiótico durante o parto para impedir a transmissão da bactéria para o feto.

A mãe que tem o resultado positivo no teste, mesmo que tenha realizado os tratamentos preventivos, deve ficar atenta aos sinais do bebê nos primeiros sete dias. Desconforto respiratório, temperatura corporal muito alta ou muito baixa, frequência cardíaca acima de 90 BPM, choque séptico, pneumonia e meningite são sintomas indicados pela Sociedade Brasileira de Pediatria.


Pode ser tratado logo no início da gravidez?


O teste do cotonete só é feito no final da gravidez porque a colonização da vagina pelo Estreptococos B pode desaparecer sozinha ao longo da gestação. E mesmo que ele seja tratado no início da gravidez, a bactéria pode retornar ao longo dos meses. Além disso, excetuando-se os casos de infecção urinária, a grande maioria das mulheres colonizadas não apresenta complicações durante a gravidez. Por isso, se o exame de urina for negativo, ter a bactéria durante a gestação não acarreta em maiores problemas. O importante mesmo é saber se o Estreptococos do grupo B está presente na hora do parto, e não meses antes.


Como é feito o tratamento?


Durante o trabalho de parto é administrado antibiótico por via venosa. Os dois mais usados são a penicilina ou a ampicilina, que devem ser administradas a cada 4 horas até o nascimento do bebê.

O tratamento com antibióticos não precisa ser feito se o parto for cesariano e não houver rompimento da bolsa d’água, chamado de Parto Empelicado. Neste caso, não há risco das bactérias presentes no canal vaginal chegarem até o bebê. Entretanto, se a bolsa romper antes da cesariana ser iniciada, a administração de antibiótico está indicada.

Tanto a ampicilina quanto a penicilina são antibióticos seguros para o bebê.

Ainda que seu médico não tenha pedido o exame você poderá solicitar que seja feito. Converse com seu médico a respeito. Até a próxima!

Fonte: MDSaude

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