quarta-feira, 31 de maio de 2017

Ultrassom morfológico


Durante o pré-natal a gestante deve realizar vários exames de ultrassom para acompanhar o desenvolvimento do bebê. Dentre esses exames, há dois que servem para determinar a morfologia do bebê. O primeiro ultrassom morfológico também é conhecido como exame de Translucência Nucal, deve ser realizado entre 11 a 14 semanas de gestação e o segundo ultrassom morfológico será melhor explicado agora:

O que é ultrassom morfológico?


O ultrassom morfológico ou ultrassonografia morfológica, é um exame de imagem que permite visualizar o bebê dentro do útero, facilitando a identificação de algumas doenças ou malformações como Síndrome de Down ou cardiopatias congênitas, por exemplo.

O que pode ser identificado através do ultrassom morfológico?


  • Idade gestacional do bebê.
  • Tamanho do bebê, através da medida da cabeça, tórax, abdômen e do fêmur.
  • Crescimento e desenvolvimento do bebê.
  • Batimentos cardíacos do bebê.
  • Localização da placenta.
  • Anormalidades no bebê e possíveis doenças ou malformações.
  • Sexo do bebê (se a posição do bebê permitir!)


Como é feito o exame?


O ultrassom morfológico é realizado da mesma forma que os demais exames ultrassonográficos, por isso não existe a necessidade de se assustar com o procedimento. O profissional irá aplicar o gel normalmente na região abdominal e por meio de um transdutor acoplado à máquina de ultrassom irá visualizar com mais precisão as informações necessárias. Geralmente, a descoberta do sexo do bebê é realizada por volta dos 4 meses de gestação (ao redor de 16 semanas) no US obstétrico,  mas caso não tenha sido possível confirmar o sexo fetal nesse ultrassom, o US morfológico consegue firmar esse diagnóstico.


Vídeo de Exame Morfológico:





É importante ressaltar que a clínica de ginecologia deve fornecer todo o suporte para a gestante, explicando o procedimento e quais são as possíveis alterações identificáveis durante o exame.

Avaliação das estruturas fetais



Apenas um especialista em desenvolvimento fetal deve realizar o exame e também o feto deve estar em um posicionamento adequado. É um exame difícil e depende da "colaboração" do bebê, pois caso ele esteja em um mau posicionamento ou tenha algum fator externo que prejudique como, por exemplo, obesidade materna, o exame será tecnicamente mais difícil. A seguir as estruturas fetais avaliadas:

Anatomia fetal: crânio, cérebro, face (incluindo avaliação de perfil e dos lábios superiores – para descartar quadros de fenda palatina), coração, tórax (incluindo avaliação do diafragma), abdome (incluindo avaliação dos rins, bexiga e estômago), coluna vertebral, costelas, mãos e pés.

Biometria fetal: diâmetro biparietal, diâmetro occipto-frontal, circunferência abdominal, medida do fêmur, medida do úmero e distância biocular.

Batimento cardíaco fetal e ritmo: o batimento cardíaco fetal pode variar entre 120 a 160 batimentos por minuto. Seu ritmo deve ser avaliado de forma minuciosa.

Número de fetos: para as pacientes que não realizaram ultrassonografia precoce, essa pode ser a primeira oportunidade em diagnosticar gestações múltiplas.

Posição da placenta: a ultrassonografia deve avaliar a posição da placenta em relação ao orifício interno do colo uterino. Caso o segmento inferior da placenta esteja próximo ao colo do útero, ela é chamada de placenta de inserção baixa, existindo um risco de evoluir para placenta prévia conforme o decorrer da gestação.Cerca de 2-3% das gestações apresentam placenta de inserção baixa durante o 2° trimestre gestacional. Conforme ocorre o crescimento do útero com o decorrer da gestação, a placenta geralmente sobe e se distância do orifício interno do colo uterino. Isso significa que a maioria das placentas de inserção baixa tende a se resolver durante o 3° trimestre gestacional sem complicações ou intervenções necessárias.O médico deverá reavaliar o posicionamento da placenta no terceiro trimestre (entre 32-34 semanas) caso tenha alguma preocupação com a persistência da inserção placentária baixa.


Índice de líquido amniótico: o volume do líquido amniótico durante o 2° trimestre gestacional é avaliado de forma subjetiva, ao contrário do 3° trimestre em que são medidos os maiores bolsões verticais de líquido amniótico nos quatro principais quadrantes do abdômen materno.

Medida do colo uterino: é extremamente importante caso a paciente tenha histórico de parto prematuro, sangramento vaginal ou cólica abdominal. A medida do colo uterino não é tão importante durante o período a termo da gestação.

Avaliação uterina: sempre deve ser avaliado à procura de miomas uterinos. Caso eles estejam presentes, devem ser avaliados com relação a sua localização e ao seu tamanho. A maioria dos miomas uterinos não causa alteração durante a gravidez.

Quando deve ser feito o exame?


Geralmente esse exame é feito entre as 18 e as 24 semanas de gestação e, por isso, além de identificar malformações no feto, em alguns casos, também pode indicar o sexo do bebê. O exame também pode ser feita no terceiro trimestre, entre as 33 e as 34 semanas de gestação, no caso da gestante que não fez este exame no primeiro ou segundo trimestre de gestação, quando há uma suspeita de malformação do bebê ou se a grávida desenvolveu uma infecção na gravidez que possa prejudicar o desenvolvimento do bebê.


Quanto custa esse exame?


O preço do ultrassom morfológico varia de acordo com a região e também com a clínica selecionada. Alguns lugares podem trabalhar com os chamados "preços populares" onde há um desconto maior para a realização do exame. Normalmente custa entre 100 e 200 reais.

Posso comparar o resultado com outras mães?


Comparar os resultados do exame morfológico servirá apenas para deixar a gestante aflita e muitas vezes sem motivo. Cada gestação tem uma variação considerada normal dependendo de fatores como idade gestacional, características genéticas dos pais ou mesmo o desenvolvimento do bebê que pode variar de uma criança para outra, ainda que sejam dos mesmos pais. 

É importante que a gestante faça o exame morfológico para que, caso seja necessário, adotar a realização de tratamento precoce, quando este for disponível. Quanto mais precoce for realizado o diagnóstico, mais efetivo será o tratamento.

Fonte: bedmed


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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Distúrbios do sono na gravidez


As mudanças no padrão de sono da gestante são chamadas de Distúrbios do sono, mas não são necessariamente uma doença, mas sintomas que indicam que algo está errado e precisa ser corrigido. Esses distúrbios podem afetar muito a vida da futura mamãe pois podem causar alterações de humor, brigas com o parceiro, crises de angústias, aumento da ansiedade e até queda da imunidade da mulher. Conheça alguns deles:

Pesadelos podem surgir


A gravidez traz muitos sentimentos à tona, alguns podem nem ao menos serem notados pela gestante. Medos e dúvidas podem atrapalhar a rotina de sono, muitos deles tem origem em situações do passado ou com assuntos mal resolvidos. O sonho atua como um mecanismo do corpo para tentar entender o que estamos vivendo. Com tanta mudança ocorrendo é natural que receios e inseguranças acabem por despertar sonhos desagradáveis. Nem sempre esses medos são conscientes, muitos deles podem ter origem num passado tão distante que nem a mãe consegue entender o motivo desses acontecimentos. A gestante então deve tentar entender o que está originando suas angústias conversando com o parceiro ou com quem se sinta mais a vontade, ler livros sobre o assunto, trocar experiências com outras mães são formas de sentir-se mais segura com a transformação que está passando, de forma a deixar para trás tudo o que possa fazer com que a mãe duvide de si mesma.


Grávida ronca


É possível que com a gravidez a mulher passe a ter distúrbios respiratórios do sono. A respiração durante o sono é uma das mudanças físicas mais profundas, onde o ronco é cerca de duas a três vezes mais comuns em grávidas. Embora ninguém saiba exatamente o que leva às grávidas a roncarem, várias alterações fisiológicas podem predispor esses distúrbios respiratórios do sono. O ganho de peso, a diminuição da capacidade respiratória, devido ao deslocamento do diafragma pelo crescimento da barriga, e edemas na faringe são alguns exemplos. Esses sintomas podem estar relacionados a problemas mais graves, por isso leve sua queixa ao obstetra para que ele avalie a necessidade de tratamento específico. Contudo, essa é uma situação que tende a melhorar muito no pós-parto, onde a maioria das mães deixam de roncar. 

Dificuldade de respirar


Não é apenas durante o sono que a respiração pode ser mais difícil para a gestante. Geralmente, há um esforço maior no final da gestação (por volta do 3º trimestre) onde o tamanho do bebê no útero faz com que os outros órgãos fiquem comprimidos, dificultando a respiração, principalmente quando a mulher está deitada. Uma forma de aliviar o peso da barriga e melhorar a respiração é deitar-se do lado esquerdo usando alguns travesseiros como apoio. Quando esse tipo de medida não ajuda, o ideal é conversar com o obstetra a esse respeito já que pode ser sinal de dispneia noturna, que é uma falta de ar que costuma aparecer em gestantes hipertensas ou com pré-eclâmpsia

Dificuldade para dormir


Diante de tantas mudanças e muitas preocupações com o bem estar da criança e da família, pode acontecer de haver uma dificuldade maior para conciliar o sono. É muito comum relatos de pacientes com insônia durante a gravidez. A insônia na gravidez não prejudica o bebê, no entanto, é importante para a saúde da grávida dormir no mínimo 10 horas por dia e não dormir de barriga para cima após os 5 meses de gestação.


A gestante pode tomar remédio para dormir?


Essa é uma questão que deve ser avaliada com muita calma, principalmente se a gestante ainda estiver no primeiro trimestre de gravidez, já que há grande preocupação com o desenvolvimento do bebê. O uso de medicamentos podem interferir no desenvolvimento fetal, causando malformações. Dessa maneira, deve-se avaliar o risco e o benefício de adotar medicamentos que interfiram no sono, ainda que a mulher já estivesse habituada a qualquer medida assim. Qualquer medicamento, sendo para o sono ou não, deve ser liberado pelo obstetra durante a gestação. O ideal é adotar medidas naturais que ajudem a relaxar e assim, contribuir para um sono tranquilo. Conheça algumas dicas para dormir bem na gravidez.

Medidas que ajudam a dormir bem


Para que a grávida possa dormir melhor, é importante identificar o que está causando as alterações do sono, de forma a controlar sua causa. Utiliza-se assim o pré-natal para que fatores que contribuem para o bem estar da gestante sejam monitorados como manter pressão e peso estáveis, seguindo uma dieta adequada, praticando exercícios físicos, e, se necessário, administrando medicamentos para ansiedade.

Até a próxima!






domingo, 21 de maio de 2017

Gravidez: Como dormir bem


Sono muito sono! É o que todos imaginam que a gestante sente durante os 9 meses da gravidez. Embora seja verdade, muitas mulheres podem sentir dificuldade nesse simples tarefa. Mas afinal, qual o problema de dormir quando se tem sono? Apenas quem já passou por isso entende que mesmo para aquelas que sentem muito sono, essa não é uma atividade simples de ser executada, principalmente no final da gestação. Saiba agora algumas dicas que irão ajudar com noites mais tranquilas!


O sono no início da gravidez



É natural ter muito sono no início da gravidez. Essa é uma fase de mudanças no corpo da mulher e os hormônios trabalham a todo vapor para garantir o bom desenvolvimento do bebê. Por causa desse trabalho todo, o sono passa a ser um mecanismo do corpo para que a mulher reponha suas energias. Então não tenha receio de escolher uma posição confortável e descansar sempre que puder!

Adaptações do sono



A sonolência excessiva costuma desaparecer a partir do segundo trimestre gestacional pois a produção de hormônios se estabiliza e a mulher costuma estar mais tranquila com a gravidez. 

Não há necessidade de mudar a posição em que a mãe goste de dormir desde que o crescimento da barriga assim o permita. Em geral, até a 20ª semana a mulher consegue dormir em sua posição preferida. Depois disso, a posição de lado é a mais confortável. Alguns obstetras aconselham dormir do lado esquerdo para melhorar a respiração.

A partir do terceiro trimestre o formato e o tamanho da barriga podem começar a atrapalhar, além da preocupação com o momento do parto e a ansiedade de conhecer o bebê não ajudam a relaxar na cama.

Por que dormir é uma tarefa difícil?


Ainda que dormir bem seja o sonho de toda gestante, esse é um dos principais desafios da gravidez. Isso ocorre pois acompanhada do sono vem as dores nas costas e nas pernas, além de que fica difícil encontrar uma posição em que o tamanho e o peso da barriga não incomode. Soma-se a isso tudo um bebê mexendo no momento em que tudo o que a mãe deseja é descansar! 


Algumas mulheres podem apresentar um sintoma que pouco é mencionado, que é a insônia na gravidez. Quando há a necessidade de acordar cedo para trabalhar esse pode ser um fator muito estressante para a mulher. 

Preparando-se para dormir



O corpo costuma responder muito bem à rotina. Por isso, o ideal é que você estabeleça uma rotina regular de descanso e preparação antes de dormir, de modo a garantir que seu corpo e o bebê desacelerem e se preparem para uma noite tranquila.

Quando for chegando a hora de dormir, tome um banho morno, use roupas confortáveis e comece a relaxar. Também é benéfico que você vá se deitar e acorde todos os dias no mesmo horário, já que o corpo começa a se acostumar. Com o hábito, dormir e acordar se torna mais fácil e as noites são mais revigorantes.

Crie um ambiente relaxante



Lembre-se que um ambiente arejado, roupas de cama e pijamas limpos e cheirosos ajudam também a relaxar. 

É normal a gestante sentir mais calor que o habitual, então deixe o quarto o mais fresco possível. Se possível, evite estímulos visuais como eletrônicos, celular, tablets, abajures ou mesmo as luzes de standby dos aparelhos de TV podem atrapalhar (nada que uma fita isolante não resolva!).

O quarto deve ser um santuário de descanso e prazer. Deixe que outras atividades sejam feitas em outros ambientes, assim o cérebro associa melhor a ida ao quarto como momento de relaxamento.

Aprenda a relaxar



É importante aprender e praticar técnicas que ajudam no relaxamento. Meditação e Alongamento são ótimas! Ao alongar-se a mulher alivia as tensões e ainda elimina algumas dores comuns nas costas e nas pernas. Com a meditação a mulher relaxa a mente e fica mais tranquila, facilitando que o sono apareça. Técnicas de respiração, de automassagem e de alívio da ansiedade em geral também são bem-vindas para que a noite de sono seja mais tranquila.

Faça refeições leves



Apesar de que algumas grávidas podem sentir desejo de comer uma bela feijoada, antes de dormir, essa não é a melhor opção. Quanto mais pesada a refeição, maior será o trabalho que o corpo terá para fazer a digestão, o que resultará em uma noite mal dormida. 

Alguns alimentos podem fazer com que o bebê se mexa excessivamente — e, com isso, descansar torna-se mais difícil. Por isso, o melhor é fazer um lanche leve antes de se deitar. E vale ressaltar: evite ir dormir sem comer, já que pode causar náuseas e atrapalhar o sono da mesma forma.

Evite beber muita água antes de dormir



Sabemos que é muito importante que a mãe beba muita água durante a gravidez. Contudo, antes de dormir deve-se evitar consumir muito líquido já que eles farão com que a mãe tenha que acordar mais vezes para ir ao banheiro devido ao aumento da quantidade de líquidos circulando e à compressão da bexiga pelo útero em expansão.

Uma forma de evitar levantar muito durante a noite é fazer xixi assim que o sono chegar, adiando dessa forma a ida regular ao banheiro.

Não se estresse com a insônia



É natural que a ansiedade e o medo do que está por vir possam tirar seu sono (apesar dele ser abundante nessa época). Uma boa maneira de lidar com as emoções é ficar bem informada sobre o assunto para ter mais segurança sobre a própria gestação. Converse com seu médico, com amigas que já passaram por isso, leia livros e sites especializados. Mas, tudo isso durante o dia. À noite, relaxe, leia um bom livro ou assista uma comédia romântica.



Se ainda assim não conseguir dormir levante-se e ande um pouco. Vá para outro cômodo, ouça uma música suave ou leia um livro. Não se preocupe com as interrupções do sono pois são perfeitamente normais na gravidez. Assim que sentir-se sonolenta, volte para a cama. 

Deixe os maus hábitos



Alguns hábitos, além de fazerem mal ao bebê costumam comprometer uma boa noite de sono. É importante se livrar desses "inimigos" durante a gravidez (ou mesmo antes de engravidar). Aproveite esse momento para deixar o cigarro e cortar o consumo de álcool. 

Evite o excesso de cafeína na gravidez, bebidas como café, alguns chás e refrigerantes devem ter o consumo reduzido principalmente a noite. 


Durma sempre que puder



Quanto mais cansada a gestante chega para dormir à noite, menos reparador será o seu sono. Com a gravidez é comum ter dores nas costas, nos pés e nas pernas, enjoos e indisposições. Manter uma rotina sem descansar pode afetar o sono noturno. 

Dessa forma, a gestante deve descansar durante o dia sempre que puder. Isso pode significar colocar os pés para cima ou cochilar por 30 minutos. Seja como for, pequenos momentos de descanso ajudam seu sono a vir mais rápido e a acontecer de maneira mais confortável.

Encontre posições confortáveis para dormir



A melhor posição para dormir é aquela que a mãe se sinta confortável. Isso pode mudar de pessoa para pessoa. Há mulheres que preferem dormir de bruços e isso não tem problema nenhum desde que a mãe se sinta confortável e não tenha problemas com dores ou para respirar. 


Algumas mulheres podem preferir dormir com a barriga para cima e até certo tempo de gravidez é até uma posição confortável. Ocorre que ao final da gestação essa posição tende a comprimir a veia cava, tornando o sono mais difícil. 

Ao final da gravidez, dormir do lado esquerdo costuma ser mais confortável pois é a posição que ajuda a transportar melhor os nutrientes para o bebê, de forma que ele tende a ficar mais calmo, possibilitando assim a mãe dormir melhor independentemente do tamanho da barriga. 

Use os travesseiros a seu favor



Os travesseiros são os grandes amigos de toda gestante na fase final da gravidez. A quantidade necessária quem decide é a gestante. 

As melhores posições para o terceiro trimestre são:


  • Colocar um travesseiro a mais na cabeça – para algumas mulheres, isso equilibra a posição do corpo na cama, além de ajudar na respiração;
  • Usar um travesseiro entre as pernas, para que o quadril fique mais encaixado;
  • Apoiar um travesseiro embaixo da barriga para "segurá-la" durante o sono;
  • Lançar mão de um travesseiro para abraçar toda a lateral do corpo – já existem no mercado travesseiros em formato de rolo para essa finalidade.

Travesseiro especial para o final da gestação

Eventualmente, mais perto do final da gravidez, esses travesseiros terão outra utilidade: eles formarão uma pilha para que você durma razoavelmente sentada. Para muitas gestantes, essa é a única posição adequada para o momento e, se for o seu caso, pode ser a forma de dormir bem — ou, ao menos, melhor do que de outros modos.

Respeite seu tempo


Vale lembrar que as vezes a gestante quer manter a mesma rotina de antes da gravidez e é normal que tudo seja mais lento do que o usual e não há motivos para ficar mal com isso. Respeite o limite do seu corpo e essa nova fase de vida. Estar grávida não significa estar doente, no entanto, não significa ter que se transformar numa super mulher que deve fazer tudo como qualquer pessoa. 

Se a gestante sentiu sono após o almoço, não há motivos para não tirar um cochilo, mesmo que ela nunca tenha feito isso antes de engravidar. 

Mantenha uma rotina de sono de 8 a 10 horas por noite, pode incluir, se possível, algumas sonecas curtas durante o dia. Até a próxima!






sexta-feira, 19 de maio de 2017

Trompas Obstruídas: O que é e como tratar?


Motivo de infertilidade, cerca de 35% dos casos, as trompas obstruídas e aderências tubárias, podem dificultar ou mesmo impedir o encontro de óvulo e espermatozoide anulando as chances de gravidez.  A obstrução nas trompas é um problema que pode ocorrer em apenas uma trompa ou nas duas. Contudo, muitas mulheres desconhecem que esse diagnóstico nem sempre é definitivo, ou seja, pode-se tentar a desobstrução. 

Entendendo a função das trompas



As trompas são duas estruturas finas e delicadas situadas na região superior do útero, tem como função receber o óvulo liberado durante a ovulação e permitir o seu encontro com os espermatozoides, pois é nas trompas que a fecundação acontece, após a fecundação devem fazer com que o embrião recém-fecundado seja nutrido e role em direção a cavidade uterina. 

A estrutura do espermatozoide permite que ele se mova dentro da trompa, pois ele tem a cauda, um "rabinho" que se move de um lado para o outro rapidamente, responsável pelo movimento do espermatozoide no interior da trompa. Já o óvulo, depende dos cílios existentes no interior da trompa, para se movimentar. Esses cílios se movimentam em direção ao útero, carregando o óvulo. Se o óvulo fecundado descer rápido demais para o útero, se dará um aborto, se ele se move muito lentamente, ocorrerá uma gravidez na trompa. Os cílios ditam o ritmo, permitindo o embrião chegar na hora certa, com um número de células exato, permitindo a sua implantação no útero. 


Óvulo sendo movimentado pelos cílios das trompas

Nas extremidades das trompas, existem as famosas fímbrias, que são como "mãozinhas" das trompas, que permitem que ela "segure" o ovário, no momento da ovulação, facilitando a captação do óvulo pela trompa. No caso das fímbrias aglutinadas, ou deformadas (fimose da trompa), a captação do óvulo estará dificultada. 




No caso das trompas estarem totalmente obstruídas, não há como o óvulo encontrar o espermatozoide e tão pouco chegar ao útero para implantação. 

Porque as trompas ficam obstruídas?


Uma das principais causa da obstrução tubária é a endometriose, pela formação de aderências, infecções pélvicas ocasionadas por micro-organismo, como clamídea ou pela laqueadura tubária, DIU (dispositivo intra-uterino) o DIU pode causar infecções que causam a obstrução, Fibromas ou miomas, Doença de Chron (infecção crônica na parede do intestino que pode causar sapingite - infecção nas trompas), Gravidez ectópica, Aborto, principalmente sem assistência médica, apendicite com rompimento do apêndice, pois pode causar infecção nas trompas e cirurgias ginecológicas ou abdominais.

As obstruções podem ser unilateral (em uma trompa) ou bilateral (nas duas trompas), parcial (quando a passagem não é totalmente fechada) ou total (quando não há nenhuma passagem).

Outro problema observado com a obstrução das trompas é a perda da capacidade da extremidade tubária de se voltar para o ovário e "abraçá-lo", não podendo assim receber o óvulo por este liberado. O que se vê muitas vezes são trompas fixas e distantes dos ovários, direcionadas para um sentido oposto ao que eles se encontram. As alterações podem ser leves e responsáveis por uma demora maior para engravidar. Mas, frequentemente, as lesões são severas e impedem completamente a ocorrência da gestação.


Quais os sintomas e como diagnosticar?


Infelizmente, a maioria das mulheres não apresenta qualquer sintoma além da dificuldade de engravidar quando há um problema de obstrução nas trompas. Raras são as mulheres que podem sentir alguma dor ou incômodo causado por trompas obstruídas, geralmente sentidos quando envolve algum processo infeccioso ou inflamatório.


Para diagnosticar o problema é feito o exame de Histerossalpingografia. Através desse exame, em que é injetado contraste por via vaginal, pode-se perceber se o mesmo preenche toda a cavidade uterina até subir pelas trompas. 



A Histerossalpingografia também permite diagnosticar anomalias uterinas, pólipos e miomas que possam a dificultar engravidar. Conheça mais sobre esse exame aqui.

Outra maneira de diagnosticar a obstrução das trompas é através de laparoscopia, que é um procedimento em que o médico consegue ver as trompas através de um pequeno corte que é feito na barriga, identificando a presença de obstrução ou outros problemas.

Problemas com os cílios no interior tubário


interior da trompa, com aderência frouxa, já sem os cílios


Algumas vezes, mesmo com as trompas desobstruídas há um problema para engravidar, isso ocorre quando um germe "ataca" a trompa, destruindo os cílios sem obstruir as trompas. Com isso, o movimento do óvulo até o útero não ocorre, impedindo a gravidez. A destruição dos cílios no interior da trompa só pode ser confirmado através da retirada da mesma para realizar um exame histopatológico. Nesse caso, o método de Hidrotubação é a indicação de tratamento. 

Existe tratamento para desobstrução das trompas?


De acordo com o tipo de obstrução das trompas e da idade da mulher, diferentes tratamentos podem ser indicados para tratar a infertilidade, inclusive a cirurgia.

No entanto, quando a obstrução não pode ser resolvida por meio de cirurgia ou a mulher prefere usar outras alternativas para engravidar, pode optar por:

Tratamento com hormônios: utilizado quando apenas uma trompa é obstruída, pois estimula a ovulação e aumenta as chances de gravidez através da trompa saudável.

Fertilização in vitro: usada quando os outros tratamentos não funcionaram, pois o embrião é formado em laboratório e depois implantado no útero da mulher. Veja mais detalhes sobre o procedimento de Fertilização in vitro.

Tratamentos com ervas naturais:  existem muitos relatos de mulheres que conseguiram remover aderências  através de métodos naturais. Dong Quai, raiz de gengibre, raiz de paeonia e Hawthorn são as ervas mais indicadas para limpeza das trompas de Falópio.

Massagem da fertilidade: usada para soltar aderências e ajudar no combate de inflamações. Deve ser feita 1 vez ao dia, a partir do 1º dia da menstruação até o 14º dia do ciclo ou até o dia da ovulação. (Aprenda a fazer a massagem da fertilidade aqui!)

Deite-se de forma confortável e dobre os joelhos. Com as mãos úmidas com óleo faça movimentos circulares ao redor do umbigo de forma que toda a área abdominal seja massageada. Repita o movimento por no mínimo 30 vezes.

Tratamento com óleo de Rícino: use compressas umedecidas com óleo de Rícino sobre o ventre por cerca de 45 a 60 minutos. Cubra a compressa com filme plástico para não suja e aqueça o local com uma cinta térmica ou uma garrafa de água quente. Para não se queimar proteja o local com uma toalha por baixo da cinta. O tratamento deve ser feito do 1º dia da menstruação até a ovulação.

Método de Hidrotubação: é um tratamento de ação química que através de uma enzima que irá "corroer" o tecido que obstrui, a cortisona que irá diminuir as células inflamatórias, e permitir a ação das células regenerativas da membrana basal na regeneração dos cílios, e um antibiótico potente, que evita a infecção da trompa pelo método. 

Vale à pena operar as trompas?


Após a cirurgia, a trompa frequentemente volta a ficar permeável, mas não consegue ter o mesmo desempenho (normalidade anatômica e funcional) que apresentava antes. Por este motivo, muitas vezes a repermeabilização das trompas ocorre, mas a gestação não. Existe também a possibilidade de ocorrer, em um curto intervalo, nova obstrução, desta vez por fibrose (cicatrização) e um risco maior de gestação ectópica (tubária).


Veja a desobstrução das trompas:



No passado, quando as taxas de sucesso com a fertilização in vitro (FIV) eram bem mais baixas, muitas vezes optava-se pela cirurgia. Hoje em dia, com melhores resultados através da FIV, cada vez menos se realiza a cirurgia tubária. Esta ainda encontra seu espaço nos casos em que a mulher é bem jovem e o casal não tem recursos para custear a FIV. Importante salientar que após a realização da cirurgia faz-se necessário aguardar vários meses ou, até mesmo, alguns poucos anos para verificar se a gravidez ocorre ou não. O surgimento de uma gestação é única prova efetiva de que o tratamento cirúrgico de desobstrução das trompas realmente foi efetivo.

Apenas um médico especialista em fertilidade poderá indicar o melhor tratamento em caso de obstrução das trompas, contudo, se ainda não tiver o diagnóstico, pode optar pelos tratamentos naturais com ervas e massagem para ajudar no processo. Converse com seu médico para avaliar como está a saúde de suas trompas. Até a próxima!







quarta-feira, 17 de maio de 2017

Translucência Nucal - Importância do exame de TN


Todas sabemos da importância dos cuidados pré-natais para garantir que o bebê e a mamãe estejam bem. Há alguns exames que são feitos por especialistas durante toda a gestação que podem dizer se está ou não tudo bem com o bebê em desenvolvimento. Um desses exames é a medida de Translucência Nucal (TN).

O que é Translucência Nucal?


A translucência nucal (ou TN) é uma medida realizada na região da nuca do feto. Esta medida ajuda a estimar o risco do feto ter algumas doenças, entre elas a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Fetos com malformações ou doenças genéticas possuem uma tendência a acumular liquido na região da nuca. Portanto uma medida aumentada significa um aumento de risco.

Quando e como é feito o exame de TN?


A Translucência Nucal é medida durante a ultrassonografia realizada entre a 11ª e 13ª semana gestacional. Alguns médicos permitem que se faça o exame até a 14ª gestacional, contudo, como a medida da TN deve ser realizada quando o feto tem entre 45 e 84 mm de comprimento (medindo da cabeça à nádega), o exame poderá não ser feito se o bebê cresceu muito.  A ultrassonografia geralmente é abdominal, mas se a medida não for possível, pode ser necessária a realização da ultrassonografia transvaginal.  Se houver um acúmulo excessivo de líquido na região da nuca do feto, aumenta o risco do bebê ter uma alteração cromossômica, mal-formações ou alguma síndrome genética.

Quais os valores normais?



Os valores abaixo de 2,5 mm são considerados normais. Alguns softwares utilizam outros parâmetros além da medida da translucência nucal e, nestes casos, o resultado não é dito como positivo ou negativo, mas representam numericamente qual a porcentagem de risco de ter Síndrome de Down.

A taxa de eficácia do exame de translucência nucal está entre 80 e 90%. Contudo, vale lembrar que esta análise não traz diagnóstico, apenas avalia o risco. Fatores como doenças genéticas ou de alterações cromossômicas na família, além da idade da mãe são importantes para calcular o risco de o bebê apresentar alguma síndrome. Por isso, mamães, não deixem de relatar nada que julguem importante sobre seu histórico familiar.

O que fazer se a TN estiver aumentada?


No caso de alterações, sempre é indicado à gestante realizar outros exames mais específicos para comprovar ou não o diagnóstico. Os mais comuns são: amniocentese ou biópsia de vilosidades coriônicas. Estes exames permitem que seja feita uma análise dos cromossomos do bebê chamado cariótipo. O cariótipo permite diagnosticar não só a síndrome de Down mas uma série de outras doenças dos cromossomos. Caso o resultado do cariótipo seja normal, ainda assim o bebê pode ter outras doenças (como por exemplo malformações cardíacas). Portanto a conduta sugerida nestes casos é realizar um exame morfológico detalhado entre 20 a 24 semanas e um exame do coração do bebê chamado ecocardiografia fetal.

O exame de TN é confiável?


O exame de TN não tem fiabilidade total, ou seja, ele ajuda apenas a classificar como baixo ou alto risco para Síndrome de Down. O que isso significa? Isto significa que um exame "normal" não garante que o bebê é normal, apenas significa que o risco para a Síndrome de Down é baixo. Da mesma forma um exame "alterado" informa que o risco é alto, porém mesmo quando a translucência nucal está aumentada encontramos fetos normais.

O exame de TN é simples e não há riscos para a mãe ou para o bebê, portanto é muito importante que todas as gestantes façam o exame. Além disso, o exame permite verificar com mais precisão a idade gestacional da mulher, facilitando o acompanhamento do crescimento fetal. Até a próxima!

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Ultrassom Morfológico