O aumento de peso é um grande problema para boa parte das mulheres. Normalmente, muitas dessas mulheres gostaria de perder de 2 a 5 quilos. Esses quilinhos a mais não afetam em nada a conquista do positivo. Mas a obesidade é um fator que influencia e muito as tentativas para aumentar a família. Infelizmente o aumento excessivo de peso muitas vezes não é levado a sério quando o assunto é engravidar. Embora a maioria das pacientes obesas não seja infértil, pode-se dizer que esse grupo tem menos chances de conceber por ciclo pois normalmente enfrentam mais distúrbios no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, no ciclo menstrual, e têm até três vezes mais chances de sofrer de anovulação.
Relação da obesidade com a infertilidade
Quando se está acima do peso, o corpo passa a produzir mais leptina, hormônio que está relacionado a dificuldade em engravidar. Não se trata apenas da fecundação que é prejudicada, mas também o processo de implantação pode ser prejudicado pelo excesso de peso.
O tecido adiposo age sobre a fertilidade principalmente por efeitos hormonais. A célula adiposa consegue provocar alterações no padrão de hormônios sexuais por possuir enzimas como a aromatase, que converte a testosterona em estrógeno. Em homens, o excesso de estrógeno age sobre o hipotálamo e a hipófise, impedindo a liberação de hormônios gonadotrópicos como o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) que controlam a produção de espermatozoides.
Em mulheres, além desse mecanismo, outras enzimas como a leptina e uma maior produção de substâncias andrógenas, como a testosterona, também são responsáveis pela alteração na liberação de LH e FS e, consequentemente, na liberação de óvulos.
Sem ação do FSH e do LH a liberação do óvulo fica inibida, gerando uma oligo ou anovolação crônica com ciclos menstruais irregulares. Sem óvulos, não há fecundação e a mulher não consegue engravidar. É isso que ocorre nas pacientes com Síndrome do Ovário Policístico (SOP) que é altamente relacionada a obesidade, diabetes e infertilidade em mulheres.
O diabetes tipo II e a resistência insulínica, comuns em pessoas obesas, também parecem agir sobre esse eixo hormonal, por meio de substâncias inflamatórias, reduzindo a fertilidade.
Posso engravidar mesmo obesa?
Ainda que a obesidade possa dificultar a gravidez não significa que a pré-mãe com essa dificuldade deve desistir do seu sonho. Hoje em dia há formas de se prevenir que a obesidade atrapalhe a gestação. O primeiro e importante passo é ter controle sobre o peso durante a gravidez, uma responsabilidade da mãe. A obesidade é uma doença de vários fatores, portanto nem sempre apenas o controle da alimentação é suficiente. A condição genética pode ser um fator determinante para a obesidade, mas além dela, a idade, as condições climáticas, que alteram o metabolismo, vícios e quadros clínicos pré-existentes, como a diabetes por exemplo.
Não espere até a segunda-feira para começar a reeducação alimentar e a fazer atividade física. Ainda que sejam 20 minutos todo dia, já refletirá numa grande melhora da saúde e com isso da fertilidade. Adotar uma vida mais saudável com alguma atividade física, ainda que uma simples caminhada, irá contribuir e muito para que as dificuldades de engravidar e até com a futura gestação sejam vencidas.
Deve-se vencer o nosso próprio preconceito com o corpo pois sempre há como melhorar nossa saúde e com isso alcançar o tão sonhado positivo. Até a próxima!
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