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terça-feira, 31 de outubro de 2017

O bebê estrela e o bebê arco-íris


A maternidade é uma experiência que é única, mesmo para uma mãe cada gestação é diferente. Algumas experiências podem ser difíceis mas outras podem simplesmente ser surpreendentes. É o caso da gestação de um bebê estrela ou a sonhada gestação de um bebê arco-íris. 


O significa bebê estrela?



A estrela é um corpo físico que vemos diariamente, apreciamos no céu, é natural, real, mas nunca a tocamos nem chegamos a tê-la por perto. De beleza extraordinária, encanta apenas com a lembrança de sua existência. Muitos apreciam de tal forma que anseiam pela noite para conseguir admirar seu brilho. Assim é uma gestação de um bebê estrela. Começa-se a esperar, tendo a certeza que iluminará nossa vida e ansiamos ver, mas é uma estrela que jamais chegará.

Um bebê estrela é aquele que vive no ventre materno, mas não chega a nascer. Esse ser sentiu o carinho de seus pais e os encheu de ilusão, mas se foi antes do previsto. Aprenda aqui como lidar um pouco com a perda.


Quem é o bebê arco-íris?



Arco-íris é um fenômeno visual e meteorológico que origina um arco com as sete cores do espectro solar. Aparece junto com o sol após a tempestade. 

O bebês arco-íris é aquele que nasce de uma mãe que sofreu anteriormente um aborto espontâneo ou que teve um filho morto prematuramente, trazendo à luz após a tempestade na vida de uma família que teve de enfrentar alguns momentos realmente muito difíceis.

Apesar de ser um acontecimento lindo, ele só aparece depois que o bebê estrela morre.

Um arco-íris é uma promessa de sol após a chuva, a calma após a tempestade, a alegria depois da tristeza e a paz depois da dor, mas acima de tudo, do amor depois de uma perda.


Vivendo a gestação estrela ou a gestação arco-íris


Lidar com qualquer uma das gestações é bastante complicado. O bebê estrela foi esperado, desejado e amado, mas partiu durante a gestação deixando um vazio e uma incerteza quanto ao futuro.

Com a chegada do bebê arco-íris a insegurança quanto ao futuro da gestação costuma afligir os pais. A mãe que então mesmo querendo vivenciar a maternidade de maneira tranquila e feliz carrega em seu peito o medo de novamente não poder ter seu filho nos braços. Por vir após uma perda, os pais sentem receio pelo que possam passar. Essa condição faz com que a maternidade seja diferente, que se exagere nos cuidados e que exista um certo pessimismo.

O arco-íris não anula os estragos, as dores, todos os danos causados por uma tempestade, mas apesar de tudo, é um recado de Deus dizendo que a vida deve continuar.


Mamãe de bebê estrela


Sou mãe de uma bebê estrela. Já a chamava assim sem nem mesmo imaginar o que significava. Durante 19 semanas e 3 dias tive o prazer de conviver com a "ma petite étoille" (minha estrelinha ou minha pequena estrela). Acredito que a vida (Deus) já pudesse estar me preparando para o que viria depois. É uma perda irreparável, JAMAIS a vida será igual. Ainda que venham 10 filhos, uma mãe sente que deveria ser 11. 

Muitas pessoas esquecem das mamães estrelas, pois ainda que o bebê não tenha nascido, a mulher se torna mãe já na concepção. Essa mãe apenas vivenciou a maternidade de forma diferente e muito difícil. O que não se pode permitir é que essa triste experiência influencie o dia a dia, afetando negativamente não apenas a mãe mas toda a família. É importante crer que a vida continua e que como cada dia, o sol voltará a nascer de novo. Assim como nasce um novo dia, a vida também sorrirá com uma nova gestação, seja ela no útero ou no coração! E que venha o arco-íris, colorindo o céu depois da tempestade. Até a próxima!

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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Nidificação na gravidez


A preparação para a chegada do bebê acontece desde a descoberta da gravidez. Com o passar dos meses essa preparação se intensifica. Embora muitas mulheres não saibam, elas passam a sentir mais fortemente o fenômeno de Nesting ou a chamada Nidificação. Trata-se de um sintoma da gravidez mas poucas conhecem pelo nome, mesmo os sintomas sendo muito comuns. Se você está grávida, cedo ou tarde poderá experimentar esses sintomas!

O que é a Nidificação?


A Nidificação ou fenômeno de Nesting nada mais é do que o impulso de arrumar a casa e deixar tudo preparado para receber o bebê. O instinto de nidificação é um sentimento comum e natural, pode atingir a maioria das gestantes mas não é uma regra, já que cada mulher tem a sua forma de sentir a gravidez.

A Nidificação também é conhecida como: Assentamento da gravidez, Instinto Nesting (em inglês Nesting Instinct), Síndrome ou Fenômeno de Nesting, ou ainda síndrome do ninho arrumado.

Quais os sintomas?


O sintoma da nidificação é o desejo de arrumar a casa. Se antes a limpeza de casa costumava ser uma tarefa árdua, agora, a futura mamãe pode querer classificar meias, organizar latas no armário e criar um berçário elaborado para o seu recém-nascido. 

A mãe pode ficar mais resguardada de certas pessoas ou situações, se afastando de situações que considera negativas e até mesmo de pessoas negativas e que em nada contribuem para o seu bem estar.

Em alguns casos pode surgir uma preocupação imensa com a limpeza e organização, levando ao exagero.

Atividades mais comuns realizadas pelas futuras mamães:


  • Limpeza da casa em geral
  • Desinfecção de chão, objetos e afins
  • Reorganização de mobílias
  • Reorganização de guarda-roupas (jogar fora o que não é desejado ou utilizado)
  • Abastecer a cozinha com alimentos
  • Cozinhar algumas refeições
  • Preparar o quarto do bebê
  • Lavar, passar e organizar toda a roupa do bebê.


Alguns futuros papais também podem sentir a vontade de limpar e organizar! Eles podem começar a procurar um novo emprego, eles podem limpar o jardim, carro e garagem. Conheça aqui algumas Dicas para nidificação.


Quando o sintoma costuma aparecer?


O desejo de nidificação costuma aparecer para maioria das mulheres grávidas perto do terceiro trimestre, de acordo com pesquisadores da Universidade McMaster. Toda mãe, no entanto, é diferente, e o relógio biológico para a nidificação pode ocorrer no início da gravidez a alguns dias antes do parto. 


Preocupação lógica


O processo de nidificação envolve uma parte lógica. Diz respeito as atividades necessárias para chegada do bebê. Vão desde a compra de roupas e mobílias até a preparação do quarto do bebê. Dessa forma, para diminuir a ansiedade é bom utilizar-se de uma lista com as tarefas que faltam concluir até a chegada do bebê. E quanto mais cedo essa lista for completada menos ansiosa a gestante ficará. 


Processo emocional


O lado emocional de se preparar para a chegada do bebê envolve medos e dúvidas com a saúde da mãe e do bebê, principalmente se há risco de um parto difícil. Essas preocupações podem ser mascaradas pela mãe com a preparação da casa. É uma forma da mãe se adaptar a esse nova fase de sua vida, ajustando tudo para proteger seu filho. 


Risco da nidificação


Nesta fase da sua vida é importante ter as coisas limpas e organizadas, mas acima de tudo a grávida não  pode se colocar em risco. O perigo da nidificação está em priorizar a organização e a limpeza da casa quando a saúde da mãe não permite isso. Assim é importante que a mãe peça ajuda ou contrate se puder uma ajuda extra para esta fase.

Atividades potencialmente arriscadas para a saúde a mãe e do bebê, como pinturas e limpezas de áreas altas, devem ser deixadas para outras pessoas. Envolver o companheiro nas atividades ajuda no desenvolvimento do sentimento de paternidade. Contudo é preciso ter atenção aos esforços físicos. A gestante deve pensar no seu bem estar e no bem estar do seu bebê mais que tudo.

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quarta-feira, 3 de maio de 2017

A Cafeína na Gravidez


Durante a gravidez é comum aumentar os cuidados com a alimentação e com a saúde da mãe e do bebê. Assim como é comum ter dúvidas quanto ao que pode ou não ser consumido durante a gestação. E muitas vezes nem sempre é fácil de tirar essas dúvidas já que uma hora algo faz mal, noutra um estudo comprova que faz bem ou não afeta como se pensava. Dentre as dúvidas, está o consumo ou não de café pela gestante. Afinal, café faz mal ou não para o bebê?

Entendendo a ação da cafeína


Uma das substâncias que mais se consome no mundo, inclusive pelas gestantes, é a cafeína. A cafeína não é encontrada apenas no café, mas também nos refrigerantes de cola, nos chás, chocolates e algumas medicações.

O organismo leva de 4 a 6 horas após o consumo da cafeína para metabolizar a substância, ou seja, leva quase 6 horas para eliminar o seu efeito no corpo. No entanto, a mulher grávida demora muito mais tempo para fazer o mesmo, cerca de 18 horas para conseguir metabolizar a cafeína.

Durante a gravidez, após a ingestão e absorção, a cafeína atravessa a barreira placentária com facilidade. Isso ocorre pois a placenta e o feto não possuem a principal enzima que é responsável por metabolizar esse composto. Dessa forma, existe uma exposição maior ao acumulo de cafeína nos tecidos fetais. 

Riscos do consumo da cafeína


Segundo especialistas, o consumo excessivo pode afetar o crescimento do bebê, o desenvolvimento das células fetais e podem alterar seu fluxo de oxigênio e sangue, podendo fazer com que o bebê nasça com alguma anormalidade.

Há estudos que sugerem que o consumo elevado de cafeína durante  a gravidez pode aumentar em duas vezes o risco de aborto espontâneo, parto prematuro, retardo  de crescimento intra-uterino do feto, bebês com baixo peso, a cafeína não é recomendado para  mulheres que estão grávidas.

A gestante deve parar de consumir cafeína?


Na verdade, o fato de que uma mulher grávida tem tomado uma ou duas xícaras de café por dia, não  significa que seu bebê terá problemas. Não há necessidade de levar tudo tão a sério. A cafeína  em pequenas quantidades não vai trazer problemas para a gravidez, nem para o  desenvolvimento do bebê. Uma mulher grávida pode consumir até 300 mg de cafeína por dia, o  que corresponderia a quatro xícaras de café instantâneo ou três de café puro, ou seis xícaras de  chá ou oito latas de refrigerante, ou 400 gramas de chocolate. No entanto, se uma mulher  consome cafeína  você deve discutir com seu médico para saber a sua opinião.
A cafeína age como um estimulante para o nível central. O primeiro sinal de toxicidade é a  sonolência. Em maior consumo, irritabilidade, stress, dores de cabeça, gastrite e anormalidades cardíacas ocorrer. No entanto, para que isso aconteça a mãe teria que consumir muita cafeína.

Moderando o consumo


Caso a gestante não consiga ficar sem seu cafezinho, o melhor é diminuir seu consumo, trocando a cafeína por chás como o de camomila ou de menta que não contém a substância. 

Quem ainda não está grávida mas já está preocupada com esse assunto, a indicação é diminuir o consumo da cafeína antes mesmo de engravidar para não sofrer depois e para que seu organismo se habitue com a menor quantidade.
Agora se a gestante decidiu que o melhor é esquecer o café pelo menos até o bebê nascer, vá diminuindo o consumo ao poucos para evitar sinais de abstinência, como cansaço e dores de cabeça. 

O consumo de cafeína deverá ser limitado também quando a mãe está amamentando, porque pode passar ao bebê. Nesse caso, a mãe deverá substituir a cafeína por água, sucos naturais de fruta e leite. 

Quantidade de cafeína em alguns alimentos e bebidas



Consumir cafeína é bem mais fácil do que parece por ser um ingrediente super comum em uma série de alimentos e bebidas.

Confira a seguir um guia básico de dosagens presentes em produtos comumente encontrados nas prateleiras das nossas casas (lembrando que a quantidade de cafeína muda muito conforme se faz um café mais forte ou fraco, e dependendo da marca e do lugar, em especial no caso do café expresso): 

1 xícara (50 ml) de cafezinho coado = 25 mg a 50 mg
1 xícara (50 ml) de cafezinho expresso = 50 mg a 80 mg
1 xícara (80 ml) de café instantâneo = 60 mg a 70 mg
1 xícara (80 ml) de capuccino = 80 mg a 100 mg
1 xícara grande (180 ml) de chá preto ou mate coado = 30 mg a 100 mg
1 lata de 300 ml de refrigerante à base de cola = 30 mg a 60 mg
1 lata de 250 ml de bebida energética = 80 mg
1 barra de 60 g de chocolate ao leite = até 50 mg

Com a ajuda das medidas acima dá para ver como somando apenas duas xícaras de café, uma latinha de refrigerante e um tablete de chocolate já é possível ultrapassar a dose máxima recomendada por dia.

Para reduzir o consumo procure bebidas alternativas às com cafeína: em vez de um refrigerante a base de cola, você pode tomar uma água com gás com rodelas de limão, por exemplo. Chás de ervas como camomila, erva doce e erva cidreira não contêm cafeína. 

Até a próxima!

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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Engravidar grávida é possível?


Uma notícia que tem deixado muitas grávidas preocupadas afirma que uma mulher, mesmo grávida, pode desenvolver uma nova gestação. Será possível engravidar já estando grávida? Sim é possível! Entenda como uma outra gravidez pode ocorrer mesmo com uma gestação em curso.

Como ocorre a gravidez dupla?


Sabemos como ocorre a fecundação (se não souber, clica aqui para conhecer...) e após a implantação do embrião, ou seja, quando a mulher engravida, o corpo inibe que ocorra nova ovulação. Dessa forma, o corpo garante que apenas uma gestação se desenvolva. Contudo, algumas mulheres podem passar pelo fenômeno conhecido como superfetação. Nesse caso, a mulher pode ovular mais de uma vez por mês, e caso haja uma nova fecundação, pode haver nova implantação, onde a mulher passa a ter duas bolsas, com dois fetos em idades gestacionais diferentes. 

O que é superfetação?


A superfetação, que segundo a Scientific American, é o aparecimento de uma gravidez subsequente durante uma gestação em curso. A superfetação já foi reportada em várias espécies de animais. Texugos, martas, panteras, búfalos, lebres europeias e alguns cangurus apresentam casos de superfetação e é provável que existam muitas outras espécies que, pelo menos ocasionalmente, tenham proles com filhotes com idades gestacionais diferentes. 

Mas antes de ficar paranoica e proibir o marido de chegar perto até o fim da gravidez, saiba que para que isso ocorra é necessário que uma série de eventos improváveis aconteçam:

Liberação de mais de um óvulo - os ovários devem liberar mais de um óvulo, o que normalmente não ocorre numa gravidez normal. 
Rompimento dos bloqueios - sabe-se que o caminho até o óvulo é um caminho árduo para os espermatozoides. E com uma gravidez, esse bloqueio é mais intenso, já que o corpo age de forma a proteger a gravidez em curso. A progesterona atua sobre o muco localizado na abertura do útero (cérvix), que se torna viscoso, impedindo assim a penetração de outros micróbios e de espermatozoides no interior uterino.
Implantação do embrião - e depois de toda essa batalha, há ainda a necessidade de implantação do embrião, afinal, já existe um bebê crescendo e ocupando uma parte da parede do útero.

Assim, a superfetação depende da ocorrência de algo que o ciclo reprodutivo feminino está intrinsecamente programado para evitar.

Os casos de dupla gestação, com idades gestacionais diferentes, foram comprovados com base em métodos científicos apenas 11 vezes em toda a literatura. Contudo, uma pequena pesquisa pela internet, há alguns relatos de mulheres que afirmam terem descoberto um segundo feto após terem feito novos exames de ultrassom

Superestímulo ovulatório


Alguns dos casos de superfetação já descrito ocorreram em mulheres que se submeteram a procedimentos de estimulação ovulatória. Como o tratamento para a fertilidade altera o delicado equilíbrio hormonal associado à reprodução é natural que isso ocorra. 

Normalmente os casos de múltiplas ovulações se dá com dias de diferença e estão associadas ao uso de medicamentos que induzem esse processo para fins reprodutivos em pacientes que tenham problemas reprodutivos. Já os episódios com diferença de vários dias ou mesmo de semanas são episódios raríssimos. Talvez o mais famoso desses eventos seja a gravidez da estadunidense Julia Grovenburg, que concebeu em 2009 duas crianças com duas semanas e meia de diferença.

Casos de dupla gestação


Pete e Kate Mills tiveram duas meninas geradas com 10 dias de diferença. O caso aconteceu na Austrália em 2015. 
Gêmeas geradas com dias de diferença

A americana Julia Grovenburg, de 31 anos, ao fazer um ultrassom de rotina na 11a. semana de gestação, descobriu que havia um outro bebê concebido alguns dias depois do primeiro, o feto seria duas semanas e meia mais novo.

Ultrassom constatando a gravidez com idade gestacional diferente

Riscos da superfetação


Além da dificuldade de fixação do novo embrião ao engravidar, a falta de espaço é um complicador para essa nova gravidez.

Diferentemente da gestação de gêmeos, onde o óvulo se divide em dois ou dois deles são fecundados ao mesmo tempo, no caso de uma gravidez em gestante há uma diferença de idade entre os bebês, podendo gerar problemas, a depender da diferença. 

Há um risco maior de o novo ovócito fecundado não se implantar no local correto, já ocupado pelo primeiro embrião. Desse modo, há um risco de uma gravidez ectópica, na tuba uterina ou em outro local incorreto, gerando aborto espontâneo e risco de morte para a mãe. 

Normalmente são realizados dois partos cesarianos, em datas diferentes, expondo um pouco cada bebê, mas com grandes chances de ambos sobreviverem.

Até a próxima!








sexta-feira, 24 de março de 2017

Tampão Mucoso


Logo nas primeiras semanas de gravidez o corpo trabalha para proteger o bebê. Assim, é criado um monte de estruturas que irão ajudar no desenvolvimento da gestação e do bebê. O útero é um lugar que deve ser muito bem protegido e para isso o corpo cria uma substância que sela o útero. O tampão mucoso tem como finalidade impedir que bactérias atinjam o útero e o bebê em desenvolvimento. Conheça mais a respeito do Tampão Mucoso.

O que é o Tampão Mucoso?



Também chamado de "Rolha de Schröder", o tampão mucoso se forma a partir da secreções das glândulas cervicais do útero, que, por ação da progesterona, tornam-se mais espessas durante a gestação. Este tampão tem a função de isolar e proteger o feto em seu ambiente intra uterino do ambiente externo. 

Qual o aspecto do tampão mucoso?



O aspecto do tampão mucoso é bem variável. É como um corrimento mais grosso, um catarro, mas pode ser em pouca ou em muita quantidade, é opaco esbranquiçado, e até mesmo com coloração rosa, marrom ou vermelha, com sangue ou sem sangue. Também pode sair tudo de uma vez ou ficar saindo por alguns dias. O sangue no tampão pode ocorrer devido ao sangramento de pequenos vasos sanguíneos, algo que se deve às alterações no útero. 

É importante reconhecer as características do tampão mucoso, pois caso haja sangramento, mas não com aparência de corrimento/catarro, a gestante deve ser examinada, pois o descolamento prematuro da placenta causa sangramento e é motivo de uma cirurgia cesariana de emergência.

Quando o tampão mucoso deve sair?


A saída do mucoso varia de gestante para gestante. Normalmente o tampão é liberado até 2 semanas antes do nascimento do bebê. Existem mulheres que pularão esta etapa, outras que sairá apenas pequenos pedacinhos da mucosa, e outras que sairão grandes pedaços do tampão.

Como notar a saída do tampão mucoso?


O tampão mucoso pode sair quando se limpa depois de ir ao banheiro, sair na calcinha ou no protetor diário, ou mesmo pode acontecer da gestante nem perceber a saída do tampão.

O que fazer ao notar a saída do tampão mucoso?


O momento em que o Tampão mucoso sai ainda não é a hora da aflição. Este sinal representa que está quase na hora, mamãe! É importante manter a calma pois a saída não indica necessariamente que o trabalho de parto irá começar. A gestante deverá ficar atenta a outros sinais de trabalho de parto como contrações ou o rompimento da bolsa. (Conheça mais sobre o trabalho de parto.)

Qualquer dúvida em relação a saída do tampão deve ser tirada junto ao médico. Lembre-se que no final da gestação é preciso estar atenta a tudo que acontece com o seu corpo, pois a qualquer momento o seu bebê pode chegar. Não custa nada a mãe checar na maternidade caso em caso de haver sangramento sem as características do tampão mucoso. Até a próxima!

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Ocitocina e sua importância


Conhecida por trazer bem-estar, prazer e equilíbrio emocional além de outros benefícios para o corpo, a Ocitocina é um hormônio muito importante no momento do parto. Entenda melhor sobre esse hormônio e saiba como estimular sua produção naturalmente.

O que é Ocitocina?



A ocitocina ou oxitocina é um hormônio presente no organismo, tanto do homem como da mulher, popularmente conhecido como o hormônio do amor. Esse hormônio é liberado no nosso corpo nos momentos de prazer como num beijo, ao comer uma barrinha de chocolate ou quando somos acariciados. Também pode ser encontrada em forma de medicamento, sendo muito utilizada para induzir partos.

A ocitocina apresenta dois sítios de origem: um ovariano e outro hipotalâmico sendo assim responsável por desempenhar um importante papel no processo reprodutivo no sexo, parto e aleitamento. 

Ocitocina no sexo



A ocitocina é o hormônio que faz com que um indivíduo se sinta atraído por outro específico, que o deseje, que sinta vontade de ficar com ele, de estar próximo. Também é o hormônio da fidelidade, responsável pela capacidade de manutenção de um parceiro fixo.

A ocitocina é liberada durante o orgasmo, tanto feminino quanto masculino. Na mulher promove contrações uterinas e no homem contração dos ductos seminíferos e ejeção do sêmen. Dessa forma facilitam o transporte do esperma para o oviduto durante o período fértil. (Entenda Como Ocorre a fecundação)

Ocitocina no parto



O parto é o momento em que ocorre a maior liberação de ocitocina corporal, sendo o hormônio responsável pelo parto em mamíferos. 
Na parturiente ela promove as contrações uterinas, que provocam a dilatação do colo uterino e a descida do bebê no canal da pelve feminina.

Ocitocina no aleitamento



O papel da ocitocina é essencial na liberação de leite pelas glândulas mamárias. Quando o bebê está mamando, estimula a liberação de mais hormônios a partir do movimento de sucção. Eles fazem com o que o leite saia com mais facilidade, além de aumentar o vínculo afetivo entre mãe e filho. 

Também causa profunda sensação de prazer e relaxamento materno, pois a ocitocina age nas células cerebrais do sistema límbico – relacionado às emoções. É por isto que as mamíferas se entregam aos bebês de uma maneira tão instintiva durante o período de lactação.



Algumas mães podem precisar fazer uso do spray hormonal, que os médicos recomendam tomar cinco minutos antes de cada mamada ou de retirar leite. No entanto, esse tipo de reposição é indicado apenas quando há dificuldade na amamentação, ou então para mães adotivas.

Ocitocina sintética



Com o avanço tecnológico foi possível fabricar em laboratórios a Ocitocina Sintética. Com ela foi possível ajudar mulheres com problemas no trabalho de parto, já que ela acelera as contrações e a dilatação. A ocitocina também é usada logo após o parto para controlar uma possível hemorragia interna.

Então a ocitocina sintética é uma maravilha para ser usada no parto, não é? Não!

Problemas com o uso da ocitocina sintética


O uso de ocitocina sintética, feita de forma indiscriminada por muitos obstetras pode ser arriscado. Se, por um lado, o uso do hormônio artificial é capaz de corrigir partos disfuncionais, por outro, pode causar disfunção em partos fisiológicos que evoluiriam perfeitamente com o hormônio natural.

Infelizmente, o que antes era utilizado apenas em casos em que a mulher necessitava entrar em trabalho de parto mas evitava-se partir para a cesariana, induzindo um parto de maneira similar ao trabalho de parto espontâneo, passou a ser utilizado para acelerar partos que estavam progredindo normalmente. O uso indiscriminado da ocitocina artificial, com o objetivo de acelerar partos fisiológicos, promoveu aumento nas taxas de complicações e cirurgias intra-parto. Isto porque a ocitocina aumenta a intensidade e potência das contrações uterinas, aumentando o risco de alterações na frequência cardíaca fetal e no aporte de oxigênio para o feto, durante o trabalho de parto.



Quando se utiliza o hormônio artificial, o corpo deixa de liberar o hormônio de forma natural, com isso as demais ocorrências que seriam desencadeadas pelo hormônio deixam de ocorrer aumentando riscos de hemorragia pós parto, pois como sua produção corporal de ocitocina não foi a responsável pelo parto, seu corpo também não produzirá a quantidade necessária de ocitocina para contração do útero após a saída da placenta, o que causa sangramento aumentado. 

Simplificando, o corpo diminui a produção do hormônio pois ele "já tem", não precisa produzir mais... Além de que a ocitocina natural faz com que outros hormônios essenciais para o momento do parto sejam liberados como endorfina e adrenalina, muito importantes para o trabalho de parto. 

É comum problemas no processo de aleitamento materno e o aumento dos índices de depressão pós-parto nas sociedades industrializadas com uso indiscriminado de ocitocina artificial para acelerar o trabalho de parto.


Estimular a produção da ocitocina


A grande resposta aos problemas causados pelo uso excessivo da ocitocina sintética é o estímulo natural. Como fazer isso? Não é complicado. Na verdade a produção da ocitocina é facilmente conseguida com adoção de algumas medidas simples:

Ambiente privado: o momento do parto é muito intenso para a gestante. Passam-se muitas dúvidas, medos e ansiedades. Imagina passar por isso e ainda ter que lidar com pessoas andando para lá e pra cá e ainda por cima tendo acesso a sua intimidade sem qualquer escolha que se possa fazer? Impossível relaxar num ambiente assim, dessa forma a ocitocina tem sua liberação dificultada. A simples garantia de privacidade e pouca interferência, aumentam a intensidade das contrações uterinas, sugerindo aumento da ação do hormônio nas fibras musculares do útero.

A mesma regra vale para a iluminação ambiente, odores fortes e outros estímulos que fazem com que o neocórtex – porção do cérebro responsável pelo raciocínio complexo dos humanos – diminuam a velocidade de progressão do trabalho de parto, provavelmente por interferir na produção e/ou liberação de ocitocina.

Respeito a parturiente: nada causa mais temor do que não saber o que estão fazendo conosco no momento do parto. Toda ação deve ser explicada e, se possível, ser respeitado o desejo da mãe. Muitos são os procedimentos que são feitos sem que a mãe não saiba de nada e nem ao menos o motivo por que estão sendo feitos. Ao invés de relaxar, a mãe passará a ficar cada vez mais tensa com qualquer pessoa que entrar no quarto, diminuindo assim as chances de progresso do trabalho de parto. 

Alívio do estresse: a adoção de atividades relaxantes seja nos dias que antecedem o parto como no próprio trabalho de parto, ajudam na liberação da ocitocina. Atividades como acupuntura ou massagens são causam grande alívio nas gestantes, por consequência, mais chances de entrarem em trabalho de parto de forma natural. O sexo também é relaxante, e ainda ajuda com a produção de prostaglandina, que ajuda no amadurecimento do colo do útero e o incentiva a se abrir. Pode-se também estimular o mamilos que ajudam nas contrações uterinas, bastando fazer movimentos semelhantes ao de sucção diariamente, massageando a área por cerca de cinco minutos. Banhos quentes além de relaxantes podem estimular a produção de ocitocina, promovendo bem estar para mãe, também é uma ótima forma de seguir com o trabalho de parto.

Como vemos, a ocitocina é um hormônio chave para a mulher que deseja ser mãe. E é claro que não somos contra o uso do alívio artificial, quando necessário, mas se pode ser estimulado naturalmente, qual o motivo para não fazê-lo? Quanto mais soubermos sobre o assunto, melhor. É importante não ter pressa no que se trata do trabalho de parto e também preferir a utilização de ações que promovam ao próprio corpo condições ideais para que tudo ocorra da melhor maneira. Somos capazes de produzi-la em nossos cérebros e em nossos laboratórios. O grande desafio é não atrapalhar nossos cérebros e nossos corpos com o uso exagerado da nossa tecnologia laboratorial, respeitando a beleza da fisiologia reprodutiva de nossa espécie, que funciona perfeitamente na grande maioria das vezes. Até a próxima!

Fonte:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O que NÃO dizer a uma gestante


Ao preparar-se para a gravidez a mulher muitas vezes não imagina que além das diversas mudanças físicas e emocionais terá que lidar com o aumento da atenção de todos a sua volta. E muito mais do que isso, as pessoas não sabem lidar com essas mesmas alterações. Infelizmente, o que acaba ocorrendo é um monte de palpites sobre como a gestante deve ou não se comportar. É uma carga emocional que nem sempre a pessoa tem ideia que está depositando na futura mamãe. Dessa forma, o post foi criado com algumas dicas para que tanto a gestante como os amigos e familiares possam passar por essa linda fase sem machucar (mesmo sem querer) a gestante. Isso vale também para aqueles que encontram a grávida e desejam embarcar num bate-papo sem constranger com comentários embaraçosos. 


Palpitar sobre quando contar da gravidez



"Conta só para o pai..."

"Nossa... é cedo pra contar?!"

"Antes dos 3 meses não pode contar!"

"Espera para ver se vinga..." 

Embora muitas pessoas queiram apenas ajudar a gestante, deve-se ter noção que quando e para quem contar é escolha da própria mãe em conjunto com o pai do bebê. Muitas mulheres tem receio de contar da gravidez antes dos 3 meses de gestação pois esse é o período com um risco maior de aborto. Contudo, algumas mulheres estão tão felizes que não veem a hora de contar a grande novidade e tudo bem com isso! Cada uma conta no momento que quiser e quando sentir-se mais confortável com a notícia. Não é uma regra que deve-se esperar pelos 3 meses para informar aos amigos e familiares.

Palpitar no tipo de parto



"Parto normal pode matar a criança, cesárea é melhor..."

"Não escolha por cesárea pois demora a recuperação..."

"Parto normal de Gêmeos? Não pode! Tá doida?"

"Devia fazer cesárea já que é um avanço da tecnologia..."

"Parto normal é coisa de pobre..."

"Parto normal? Vai acabar com o playground do teu marido..."

"Parto normal é horrível! O filho de fulana ficou com paralisia cerebral por causa de um parto normal..." 

"Parto normal? Mas tu é muito pequena! Se fosse eu fazia logo uma cesárea"

"Parto normal!? Sabe que o bebê pode morrer e a culpa vai ser tua."

"Parto humanizado? Você é doida?"

"Para quê morrer de tanta dor no parto normal? Você vai se arrepender!"
É importante que a gestante escolha o tipo de parto que melhor lhe convém. Sabemos que há defensores de cada modalidade, contudo é melhor que a mãe chegue ao final da gravidez segura e feliz com sua escolha. O que se pode indicar é apenas que a grávida tenha acesso às informações sobre os benefícios e riscos de cada tipo de parto e que  
tenha um médico que aceite os desejos dela e que a acolha em sua decisão!


Falar sobre o peso da gestante



"Você já está toda redondinha, com cara de mãe..."

"Nossa, como você engordou!" 

"Tem certeza que não são dois?"

"Você está enorme! Na minha gravidez não fiquei assim!"

"Você está gorda ou grávida?"

"Se sua barriga crescer mais um centímetro você vai explodir."

"Não pode engordar mais..."

"Olha a dieta. Neném já vai nascer com obesidade."

"Você está tão gorda que nem parece que está grávida"

Gravidez é o momento em que a mulher encontra-se extremamente sensível. E muita delas já encontram-se diariamente se questionando a respeito de sua aparência física. Ainda que possa parecer um elogio, como dizer que está com carinha de grávida, falar do peso da mulher, além de indelicado é deixar a grávida ainda mais fragilizada. Mesmo que lhe pareça um elogio ou preocupação genuína, não fale a respeito do peso dela, deixe isso para seu obstetra!

Contar histórias de partos ou gravidez que não terminaram bem



"Sabe a amiga/vizinha/prima/irmã/conhecida de fulana que perdeu o bebê durante o parto?"

"Fulana esperou demais e o bebê morreu..."

"Com esse tempo de gravidez o coração do bebê de fulana parou..."

"Minha amiga descobriu que o bebê tava morto na ultra..."

Ao ter uma conversa com a gestante tenha em mente que contar as piores e mais assustadoras não é o melhor tema. Na verdade, ainda tenho dúvidas se esse é realmente o tipo de conversa que se queira ter com alguém! Não importa o lugar, mas principalmente, nada de investir em histórias de partos traumáticos, violentos e com desfechos terríveis durante a espera da consulta e exames pré-natais. 

Infelizmente existem pessoas que se sentem confortáveis em compartilhar esse tipo de história com mulheres num momento tão delicado. A gravidez deveria ser um momento de felicidade e planejamento de um futuro familiar tranquilo. Embora existam, infelizmente, situações que não acabam bem, esse não é um tópico que uma mãe queira imaginar para sua gravidez. Além disso, esse tipo de relato traz uma carga muito negativa e faz com que a mãe possa transmitir sua ansiedade para a criança. 

Já passei por uma situação em que uma senhora me relatou sobre a sobrinha, que perdeu o bebê por sofrer um descolamento de placenta. Imagina minha alegria com tal história, sendo que me encontrava na fila para atendimento para perícia médica pois estava com descolamento de placenta e deveria ficar um tempo em repouso absoluto! 

Assim, não puxe esse tipo de tema ao conversar com uma grávida. Existem muitos outros temas mais alegres que a gestante ficará muito mais animada em conversar! Se ainda não tem ideia do que falar tente:
  • Roupinhas
  • Decoração do quarto
  • Nomes
  • Desejos de grávida
  • Partos com finais felizes!

Dar palpite na vestimenta



"Essa roupa não ta apertando a barriga?"

"Grávida não deve mostrar a barriga!"

"Grávida tem que mostrar o barrigão!"

"Tem que comprar roupa de grávida!"

"Não gasta dinheiro com roupa de grávida!"

Parece até piada mas há sempre quem é a favor ou contra determinada roupa. A grande questão é que a gestante é a única que deve decidir se um tipo de roupa está ou não confortável para ela! Ainda que a roupa pareça curta ou apertada, não é da conta de ninguém! Quanto a gastar ou não com roupas especiais de grávida, essa decisão cabe apenas a ela e ao bolso dela. Pessoalmente eu acho roupa de grávida lindas e se tivesse condições (e grávida!) compraria para mim também! Caso você ache que não pode usar roupa curta ou não pode mostrar (ou pode mostrar) a barriga, só não fazer ou fazer isso quando estiver grávida! Portanto, a menos que seja a gestante a pedir opinião, deixe esse assunto na gaveta!

Dar "dicas" sobre gravidez



"Ahhh, cuidei do meu filho assim e deu certo..." 

"Não passa em cima do fio se não o cordão vai pro pescoço..."

"Não bota amarelo pois o bebê nasce com icterícia"

"Você tá com mau olhado."

"Tem que tomar canjica, sopa ou caldo senão teu leite vai ser fraco."

"Você precisa comer em dobro! São dois agora!"

"Tem que aproveitar, nunca mais vai poder viajar, sair, vida social já era..."

Essa é uma das questões mais delicadas, já que se a grávida não aceitar a "sugestão" pode ser taxada de grossa. Mas a verdade é que é muito chato ouvir uma opinião que não foi pedida. Deve-se ter em mente que a mãe já está fazendo o pré-natal (e tem que fazer!) e seu médico irá orientar em todos os cuidados, vitaminas e tudo mais para que o bebê tenha a melhor saúde possível. Muitas dicas são mais crendices e costumes antigos sem qualquer fundamento científico. Então o melhor é apenas opinar se esse for o desejo da grávida!


Duvidar da gravidez



"Tem certeza que está grávida? Sim.
Cadê a barriga?"

"O exame não tá errado?"

"Pode ser gravidez psicológica."

"Sua barriga devia estar maior..."

Salvos alguns casos de problemas psicológicos, uma gestante não irá sair por ai anunciando uma gravidez que ela não tenha certeza. Conheça mais sobre a Gravidez Psicológica.
Em grupos de mulheres que desejam engravidar é comum que haja dúvida quanto ao exame mas se a mãe já confirmou a gravidez não há motivos para duvidar da sua palavra.

Discutir o sexo do bebê



"Como assim ainda não sabe o sexo?..."

"Não sabe o sexo? Deve ser menina você está preguiçosa."

"É menino ou menina?... como assim você não quer saber? E o enxoval?!" 

"Tomará que você seja abençoada e que agora tenha um menino, pra formar um casalzinho"

"Ah que pena... ia ser legal se fosse uma menina né?" 

"Que chato que é menino... menina é melhor pois é mais calminha"

Não se deve julgar a felicidade dos pais baseados naquilo em que você deseja! Não importa se é menino ou menina desde que venha com saúde. Ainda que os pais tenham alguma preferência não se deve opinar na situação, até mesmo por que não irá mudar em nada. Ter um filho é uma benção e não importa se é menino ou menina ou se você prefere um ao outro. É muito triste (e chato) alguém diminuindo o valor da criança com base no sexo do bebê. 

Falar da disposição física da gestante



"Para de frescura que quando eu tava grávida não passava mal."

"Gravidez não é doença não!!!"

"Larga de ser mole! Você quase nem tem barriga ainda e esta reclamando. Quem vê pensa que está com um barrigão enorme!" 

"Nossa mas você não deve ficar deitada não, tem que se mexer..."

"Na minha gravidez eu trabalhei até os 9 meses..."

"Enjoo nem é tão ruim assim..."
Quando não estamos vivenciando uma situação fica fácil julgar e dizer que a situação não é tão chata ou complicada quanto parece. Cada mulher é única e da mesma forma, cada gravidez é única. Mesmo uma mulher pode vivenciar gravidezes diferentes. E como não estamos vivendo a situação, não se pode dizer se a gestante está ou não consumida pelo cansaço ou se ela poderia se "esforçar" mais. Simplesmente não tente se por no lugar dela pois será bem difícil de entender a situação. Outro ponto é que o fato de alguém ter trabalhado até o final da gestação a outra pessoa deveria aguentar e viver a mesma coisa. Há muito mais implicações que podem complicar a gestação do que uma barriga grande, por exemplo. Haverá situações médicas específicas que não se enquadrarão em todas as gestações.

Falar do tempo de gravidez



"É para quando?... Ainda tudo isso?"

"Não tá passando da hora?" 

"Tá passando da hora desse bebê nascer! Vai ver, vai nascer com paralisia cerebral e você vai viver com a culpa por não agendar a Cesárea."

"Cuida pra não passar da data!"

"Nossa, ainda não nasceu?"

"Nossa, ainda grávida. Esse bebê não vai nascer não?"

Uma vez li uma frase que dizia: Bebê não é bolo para passar do ponto! E essa é uma verdade. Cada bebê tem seu tempo de desenvolvimento e de atingir o tempo do parto. Há bebês que com 39 semanas estão bem desenvolvidos, outras gestações irão chegar a 42 semanas. Não se deve apressar um nascimento só porque um bebê veio a óbito com determinada semana de gestação. Ao final da gravidez deve-se apenas monitorar como está o bebê e esperar até que ele possa nascer... Apenas em casos em que o bebê não esteja bem é que se deve apressar o parto. Muitos são os fatores que podem complicar um parto e não apenas o tempo de gestação.

Palpitar sobre a barriga



"Nossa, mas já tá assim sua barriga? Vai dar estria heim?"

"Sua barriga tá muito grande heim?? Melhor fazer cesárea, pois essa criança aí não nasce de parto normal!!!"

"Nossa que barriga pequena, será que não errou nas contas?"

"Nossa, tua barriga tá tão baixa..."

Não importa o que a pessoa acredita mas sempre haverão diferenças na barriga das gestantes pois são pessoas diferentes. Comparar o crescimento ou a forma da barriga só deixará a gestante alarmada acreditando que há algo de errado e não é assim! Nem todo mundo é igual e ainda bem que é assim pois seria muito chato um mundo sem que houvesse qualquer surpresa, inclusive com uma diversidade de barrigões por ai!

Amedrontar a gestante



"Agora você vai ver o que é bom!"

"Você vai ter normal?! Corajosa!"

"Quero só ouvir os gritos, quando ele for nascer...."

"A mãe de fulana quase morreu quando teve filho..."

"Nossa a dor do parto normal é a dor da morte, cuidado para não desmaiar..."

"Nossa... cesárea é tão arriscado, você pode morrer de hemorragia..."

"Na sua idade gravidez é muito perigoso, não pode ter normal..."

"Não compra nada cedo, espera vê se vinga..."

"Dorme agora, pois depois o bebê não deixa!"

"Cuidado...gravidez com certa idade a criança pode nascer doente."

"Sua bacia é muito estreita. O bebê não vai conseguir passar e terá que fazer uma cesárea."

Felizmente, nada na gravidez e após ela acontecerá da mesma forma para todo mundo. Nem todo parto normal será dolorido, nem todas terão hemorragias ao fazer cesárea, muitas mulheres com mais de 40 conseguem ter uma gravidez totalmente saudável e muitas de 25 passam a gravidez sob cuidados médicos por risco de parto prematuro. Muitos tem a tranquilidade de dormir bem pois os bebês dormem a noite todas e outros precisam de mais tempo até conquistar uma rotina. Dar ouvidos aos falatórios sobre o que acontecerá na gestação só deixará a mãe sobressaltada e muita coisa pode nem chegar a acontecer ou ser completamente diferente do que descreveram... E vale ressaltar que dilatação só é possível avaliar no momento do parto, dessa forma, não há como dizer que uma pessoa conseguirá ter parto normal ou não apenas com base na sua estrutura óssea. Assim sendo o melhor é evitar esse tipo de comentário enquanto estiver conversando com a gestante pois nada é 100% garantido.

Questionar sobre a família



"Vai parar nesse?"

"Cadê o pai do bebê?"

"Por que separou do pai do bebê?"

"Se não queriam casar deveriam ter se prevenido..."

"Cuidado para não engravidar de novo..."

"Nossa, com dois filhos nessa idade? Vê se fecha a fábrica..."

"Você é muito nova para engravidar, mas agora já foi, né?"

"Agora vai fechar a fábrica né?"

"Nossa engravidou com 40 depois de uma filha criada?"

"Esse é o nome? Acho mais bonito ...."

Solteira, casada, tico-tico no fubá, enrolada, com filho, sozinha... Não interessa a mais ninguém! Não podemos viver a vida de outra pessoa e apenas a ela cabe definir como quer viver e se está bom um filho ou cinco. Se engravidou com 18 ou com 40 anos também não é da conta de ninguém. E tratar um filho como um simples produto (fechar a fábrica) é errado. Caso a mãe queira discutir esse aspecto da vida dela deixe que ela pergunte a sua opinião. Embora ao final deste post possa parecer que a grávida é um ser intocável que não se pode conversar sobre nada, a verdade é que se deve ter bom senso e saber quais aspectos dizem respeito apenas a gestante e o que ela quer ou não debater. E grávida ama sim falar sobre a gravidez mas deixe que ela faça isso! Se deixar a futura mamãe a vontade, sem perguntar nada ela dirá tudo o que planeja e ai... caso pergunte... você poderá contribuir com sua opinião a respeito. Bom senso e ponderação são palavras de ordem! Até a próxima!