sexta-feira, 11 de março de 2016

Sua História...Priscila e a conquista do positivo após 3 perdas

Apenas quem passou pela terrível sensação de perder um bebê pode ter uma ideia da enorme dor e vazio que ficam no coração. Não gostaria de sentir isso mais de uma vez. Esse é o depoimento de uma guerreira que conseguiu não apenas continuar sua luta pelo positivo apesar de passar por tanta dor como também conseguiu vencer a SOP conquistando seu positivo. Essa é a história da Priscila:


"Então tive três gestações e dois abortos. O primeiro foi em 2009 e o segundo foi em 2012. Depois do primeiro aborto fiquei um tempo tomando remédio e em 2011 decidi parar, só que não conseguia engravidar... foi quando, depois de uns exames, fui diagnosticada com SOP [Síndrome dos Ovários Policísticos].


Depois disso fiquei um ano tomando remédio e depois engravidei, mas infelizmente perdi. Foi quando fiquei quase um ano sem menstruar e fazia vários exames e não tinha nada. Foi quando coloquei na mão de Deus e em 2015 nasceu minha princesa, sem medicamentos sem nada, só por Deus mesmo. Mas minha gestação foi meio complicada, nos primeiros meses tive hematoma e tive que fazer repouso absoluto, mas valeu a pena.

A vida de mãe no começo é muito difícil. Meus pontos inflamaram, meu peito rachou, mas agora estou tirando de letra rs. Minha bebê está com dois meses e é muito gratificante cuidar dela. Não desista, pois no tempo de Deus cada uma vai ter seu tão sonhado positivo."

Priscila Acioli


Muitas vezes nós cansamos e pensamos em desistir mas devemos continuar em frente para realizar esse sonho e são pessoas como a Priscila que nos inspiram a continuar, pois se ela conseguiu você também consegue! Até a próxima.


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SOP - Síndrome dos Ovários Policísticos

quarta-feira, 9 de março de 2016

Como engravidar de gêmeos



Sonhar com um lindo barrigão ostentando uma gravidez mais que desejada é o que muitas pré-mães fazem no dia a dia. Outras entretanto sonham com uma gravidez em dose dupla!! Engravidar naturalmente de gêmeos nem sempre é possível para aquelas que não tem histórico de gravidez gemelar na família mas que com a ajuda de algumas técnicas isso é possível. Veja aqui quais sãos!

Gravidez gemelar naturalmente




Há quem pense que basta existe casos de gêmeos na família (tanto do pai quanto da mãe) é suficiente para que suas chances de ter filhos gêmeos seja maior. Na verdade não é bem assim... Vamos entender como ocorre:

Caso haja histórico de gravidez gemelar por parte da família da mãe há mais chances de ovular mais ou ovular dos dois ovários ao mesmo tempo, o que aumenta a chance de conceber gêmeos fraternos (bivitelinos ou falsos gêmeos), ou ainda, maior probabilidade de que haja a alteração genética que faz com que a divisão celular seja duplicada gerando os gêmeos univitelinos (idênticos) embora esse seja um ponto controverso entre os estudiosos, não havendo confirmação se essa alteração partiria da mãe ou do pai ou mesmo se há mesmo alguma determinação genética para casos de gêmeos idênticos.

Indutores de Ovulação


          

Quando não se tem predisposição genética para desenvolver mais de um óvulo no ciclo menstrual ou ovular nos dois ovários, há uma forma de induzir que o corpo ovule mais e essa forma é utilizando os indutores de ovulação. Ele estimula que mais folículos sejam desenvolvidos e dessa forma há a liberação de mais de um óvulo no ciclo menstrual, havendo mais de um óvulo as chances de mais de um ser fecundado é maior. Os indutores mais conhecidos são os compostos de Citrato de Clomifeno como Clomid e Indux. Embora os indutores sejam uma ótima forma de aumentar as chances de gravidez devem ser utilizados com acompanhamento médico pois podem ocasionar efeitos colaterais como hiperestimulação ovariana.

Fertilização in vitro 



A fertilização in vitro é uma técnica que consiste na manipulação dos gametas em laboratório e após fecundação, introdução do embrião no organismo materno. Como é feita uma seleção dos embriões mais viáveis a implantação, as chances que mais de um se implante (geralmente são implantados 2 ou 3 embriões) são maiores, sendo essa técnica a mais utilizada por quem deseja ter filhos gêmeos. (Conheça mais da técnica aqui!)

Consumir laticínios 




Segundo alguns estudos mulheres que consomem todos os dias produtos lácteos como leite, queijo e iogurte, têm cinco vezes mais chances de engravidar de gêmeos naturalmente do que as mulheres que não seguem essa dieta. Apenas deve-se ter cuidado para não consumir demais e nem exagerar nas calorias, pois se você ganhar muito peso, suas chances de engravidar diminuirão.  

Comer mandioca, inhame e batata doce



Alguns afirmam que a mandioca contém substâncias naturais que ajudam na ovulação, assim como o inhame e a batata doce que contêm diosgenina, uma substância que estimula a produção de vários óvulos durante o período fértil da mulher. Inclusive encontra-se com facilidade a citação da tribo Yorubá, nativa da Nigéria, cuja base da alimentação é a mandioca e que tem bastante casos de gêmeos nascidos na tribo (a cada 11 nascidos, 2 são gêmeos). 

Também conhecida como macaxeira ou aipim, a mandioca pode ser adicionada sem dificuldade à dieta pois o alimento é facilmente encontrado em supermercados e feiras brasileiras. Da mesma forma, o inhame e a batata doce também podem ser encontrados com facilidade.


Não tema a idade



Estudos afirmam que com o passar do tempo as chances de gravidez gemelar aumentam. Segundo alguns desses estudos, mulheres com mais de 35 anos possuem níveis mais elevados de um hormônio folículo-estimulante (FSH) que favorece a liberação de mais de um óvulo no mesmo ciclo menstrual. Dessa forma, é importante cuidar da saúde já que alguns médicos tem mais receio de gravidez em idade mais avançada. Estando com boa saúde e com bom acompanhamento, a gravidez pode se desenvolver muito bem mesmo não sendo mais tão jovem.

Outros fatores que contribuem para gravidez gemelar


Peso - mulheres obesas, com índice de massa corporal acima de 30, são mais propensas a conceber gêmeos do que mulheres com IMC normal.

Altura - mulheres mais altas que a média têm um risco aumentado de conceber gêmeos. Um estudo descobriu que mulheres com média de 164,8 centímetros de altura tinham maior probabilidade de conceber gêmeos do que as mulheres com média de 161,8 centímetros.

Número de filhos - gêmeos são mais comuns em mulheres que já engravidaram mais vezes e têm famílias grandes.

Raça - mulheres negras são mais propensas a conceber gêmeos do que as mulheres brancas. As asiáticas são as menos propensas a conceber gêmeos.


Amamentação - mulheres que engravidam durante a amamentação são mais propensas a conceber gêmeos.

Claro que não há garantias de conseguir uma gravidez gemelar, mas toda ajuda é bem vinda! Lembre-se apenas que da mesma forma que a felicidade é duplicada, os cuidados também, então se conseguir realizar seu sonho de engravidar de gêmeos, o pré-natal é primordial em qualquer gravidez. Até a próxima.


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segunda-feira, 7 de março de 2016

Conhecendo o recém nascido



Dizem que bebê recém nascido tem cara de joelho, mas não se pode negar que é a carinha de joelho mais linda do mundo! Sou suspeita para falar pois sempre que vejo um bebê tenho que me controlar para não alcançar um tom que ultrapasse a estratosfera... Muitas mamães e papais ao lidar com o bebê percebem algumas características que podem causar preocupações desnecessárias pois é bem normal para um recém nascido. Vamos conhecer algumas delas e já nos prepararmos para entender um pouco mais do universo lindo (e trabalhoso... rsrs) que é ter um bebê em casa.

Tamanho do bebê


É normal preocupar-se se o bebê tem peso e altura dentro do esperado, e isso irá variar de acordo com a genética (estrutura física dos pais), tempo de gestação e com inúmeras circunstâncias ambientais (alimentação da mãe, hábito de fumar ou não, possíveis complicações ao longo da gravidez...). Contudo, há um padrão estabelecido do que é dito "normal" para o tempo de gestação, mas lembre-se sempre de considerar os outros fatores antes de se preocupar com o tamanho do seu bebê... Uma criança que tenha os pais baixinhos poderá ter o tamanho de um bebê mais prematuro e ainda assim ser normal para ela... 


A mesma situação acontece com todas as dimensões do corpo do recém-nascido, tendo sempre em conta a idade da gravidez. A altura dos recém-nascidos, ou seja, a medida da parte superior da cabeça à planta dos pés, oscila entre os 48 e os 52 cm, em média 50 cm para os meninos e 49 cm para as meninas. O perímetro craniano mede, em média, 34 cm, enquanto que o perímetro torácico é de cerca de 32 cm. 

Pele do bebê




Após o nascimento, a pele do bebé encontra-se revestida por uma substância esbranquiçada untuosa, denominada vérnix caseosa, especialmente abundante nas pregas da pele, protegendo o feto do contínuo contato com o líquido amniótico, sendo também uma proteção nas primeiras horas de vida independente. Apesar de grande parte desta substância sair com as primeiras lavagens, os restos acabam sempre por secar e desaparecer de maneira espontânea nos primeiros dias de vida. 

Algumas vezes pode ocorrer de haver uma fina camada de penugem escura chamada lanugo que normalmente some antes do nascimento, mas caso ocorra de ainda haver ao nascer não há motivos para preocupação pois some com o passar dos dias. Assim como pequenos pontos esbranquiçados correspondentes a acumulações de secreções nas glândulas sebáceas, denominadas millium, que desaparecem espontaneamente ao fim de algumas semanas. 

                       

Também pode haver manchas roxas devido as pressões ou traumas do trabalho de parto (uso de instrumentos como fórceps por exemplo) que somem em alguns dias. 

Cabeça e a moleira do bebê


Algumas vezes as cabeça pode apresentar uma forma assimétrica devido a passagem do bebê pelo canal do parto, por lógica o mesmo não se observa no caso de cesárea, onde os bebês terão a cabeça arredondada e simétrica. Isso ocorre pois os ossos do crânio não estão fechados e ficam mais suscetíveis a mudança de forma, assumindo uma forma alongada do canal de parto.




Muitas pessoas tem medo de mexer na moleira do bebê, aquela parte molinha da cabeça, pois parece que a qualquer momento ela vai rasgar. Claro que a fontanela, como os médicos chamam, merece cuidados e reconhecer suas características ajuda a entender essa parte do corpinho do bebê. Sua função é permitir que os ossos do crânio se contraiam na hora do parto e também proteger o cérebro da criança até que eles se unam (cerca de 10 a 15 meses). É tão resistente quanto uma lona e também pode pulsar (o que assusta muita gente!) mas que é totalmente normal, devendo apenas os pais ficarem alertas em caso de apresentar pulsação forte com outros sinais como febre. O que muitos não sabem é que o bebê tem duas moleiras, a outra menor na parte de trás, quase sempre passa desapercebida. 

Seio e genitais



Pode ser observada um aumento dos seios ou da genitália dos bebês, tanto da menina quanto do menino, devido aos efeitos dos hormônios que passaram da mãe para o bebê durante a gestação e que podem ainda estar circulando na criança depois do nascimento. Também pode ocorrer de haver uma secreção semelhante leite (conhecido como leite de bruxa) saindo da mama da criança que não apresenta gravidade e que deverá sumir depois de alguns dias. Nos meninos o escroto poderá apresentar-se inchado com a pele do prepúcio (pele da cabeça da genitália masculina) unida e que não deve ser forçada para desunir. Nas meninas a vulva também pode apresentar-se inflamada e também é normal que uma secreção esbranquiçada saia da vagina nos primeiros dias, podendo até estar cheia de sangue, assemelhando-se a uma pequena menstruação. (Saiba mais sobre o sangramento vaginal em recém-nascidas)

Umbigo do bebê



O cordão umbilical era o elo de ligação entre a mãe e o bebê. Através dele a mãe fornecia oxigênio e todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável do bebê. Após o nascimento o cordão é cortado com uns dois centímetros da barriga do bebê. Apesar de dar um certo medo de machucar o bebê, a mãe deve ficar despreocupada pois o mesmo não tem terminações nervosas, ou seja, não irá doer. Ainda que o bebê chore, não pense que seja por dor mas apena pelo incomodo do frio do álcool. Pode levar cerca de 7 a 15 dias para cair mas que em casos dele ser mais grosso, a espera pode durar uns 25 dias. Deve ser bem higienizado e secado para acelerar o processo de cicatrização e também evitar infecções. Secreção ou sangramento em excesso requerem cuidados médicos imediatos. 


Mecônio



O mecônio é o nome  que as primeiras fezes do recém nascido recebem. Ela tem coloração preta-esverdeada, com aspecto grudento e espesso. Quando o bebê está pronto para nascer, o intestino passa a funcionar bem e o organismo então libera essa substância indicando que o bebê alcançou a maturidade. Em caso de haver sofrimento fetal, o mecônio também é liberado devido a má oxigenação que faz com que haja um aumento da contração dos intestinos e um relaxamento dos esfíncteres (estrutura composta por músculos que controlam o grau de amplitude de determinado orifício).

Quando ocorre a aspiração do mecônio, situação grave, o bebê pode ter problemas no pulmão, como a falta de surfactante pulmonar (líquido que atua nos alvéolos de forma a permitir a respiração) e inflamação nas vias respiratórias, gerando dificuldade em respirar. Se o bebê não respira há falta de oxigênio no cérebro, causando danos irreversíveis. Nesses casos os médicos fazem a sucção das secreções das vias nasais e orais para a retirada de qualquer resíduo. 

Nem sempre a presença de mecônio durante o trabalho de parto significa que o bebê irá aspirar o mesmo pois se houver uma boa oxigenação para o bebê durante o mesmo e um bom volume de líquido amniótico, esse material tende a ficar diluído. 

Embora possamos nos preparar para a maternidade é óbvio que viver isso é completamente diferente. O melhor é se informar o máximo que puder e tentar lembrar de tudo quando uma "anomalia" dessas aparecer. No mais confie nos seus extintos e tente aproveitar tudo da melhor forma. Até a próxima.


sexta-feira, 4 de março de 2016

Fertilização in vitro - FIV


Nem sempre o caminho até a maternidade é fácil, para grande parte das tentantes, é um caminho muito muito difícil. Por vezes o tempo é o maior obstáculo a ter que superar. Quando os primeiros tratamentos para engravidar (indução de ovulação, coito programado ou outros) não funcionam ou quando o tempo é um fator que não pode ser ignorado, a solução está em fazer uma fertilização in vitro (FIV). Entenda um pouco mais sobre essa opção para a conquista do positivo.

No que consiste a FIV?


A FIV é uma técnica de fertilização que consiste na manipulação dos gametas em laboratório e após fecundação, introdução do embrião no organismo materno. Isso significa que os óvulos previamente induzidos à ovulação são captados e em laboratório são fecundados com os peixinhos (espermatozoides) do pré-pai, daí o termo "in vitro" (no caso no vidrinho do laboratório). Depois é feita uma seleção dos embriões que são mais viáveis (os que tem maiores chances de implantar) e são colocados na cavidade uterina para a nidação (implantação no útero).

Quais são as etapas da FIV?


Indução da ovulação - Num ciclo menstrual normal há apenas um óvulo que cresce o suficiente para ser liberado para a fecundação. No caso da FIV, por razões obvias, é necessário que haja um número maior de óvulos para serem fecundados a fim de que as chances de sucesso sejam maiores. Nesse caso então é feito a estimulação dos ovários (indução) onde é administrado o hormônio FSH para crescimento dos folículos do ovário, para que mais óvulos sejam desenvolvidos e aptos à fecundação. Normalmente esse estímulo é feito através de injeções, por cerca de 9 a 12 dias, que aumentam a quantidade dos folículos e também melhora sua qualidade. 



Monitoramento do crescimento dos folículos - Com a utilização de ultrassonografias transvaginais é possível acompanhar o crescimento dos folículos e assim prevenir os efeitos colaterais da medicação (Hiperestimulação Ovariana por exemplo) e saber qual o melhor momento para a coleta dos óvulos. Com cerca de 18 a 20 mm os óvulos são considerados maduros para a coleta e então é feita a administração de hCG (Gonadotrofina Coriônica Humana) que irá desempenhar o papel do LH (hormônio responsável por indicar a maturação do óvulo) indicando assim ao organismo que libere os óvulos. 


Coleta dos óvulos - A maturação dos óvulos marca a hora da coleta dos mesmos para a fertilização. A paciente então é colocada sob sedação endovenosa ou anestesia local, com auxílio de uma ultrassom de alta frequência, uma sonda ecográfica acoplada à uma agulha especial para punção é introduzida na vagina e são recolhidos os folículos ovarianos, que ocorre geralmente entre 32 a 36 horas após a injeção do hCG. Múltiplos óvulos podem ser coletados em cerca de 30 minutos. Posteriormente, os óvulos são colocados em um líquido nutritivo (meio de cultura) e mantidos em estufa até o momento adequado para realizar a fertilização in vitro

Classificação dos óvulosCom o auxílio de um estereomicroscópio sob fluxo laminar (espécie de capela onde flui ar estéril de dentro para fora, evitando a contaminação do material), o conteúdo líquido destes folículos obtidos no centro cirúrgico, é transferido para uma placa de meio de cultura (meio que imita ao máximo o ambiente das tubas) e examinado à procura do óvulo. Uma vez identificado, o óvulo é transferido para outra placa contendo apenas meio de cultura, onde será classificado. Os óvulos são classificados como imaturos ou em prófase, metáfase I e metáfase II ou maduros. Apenas os óvulos na fase metáfase II apresentam estado de maturação suficiente para ser fertilizado.







Coleta dos espermatozoides - Esse é o momento da participação do futuro papai (ou do doador de esperma se for o caso). Enquanto os óvulos estão sendo classificados é feita a coleta dos peixinhos de forma manual (desculpe o trocadilho rs) através de masturbação. Após a coleta da amostra de sêmen os espermatozoides serão preparados através da lavagem com meio de cultura de células e centrifugação, onde ocorre a separação do plasma seminal, cujo resultado é um preparo de espermatozoides com maior motilidade e capacidade para fertilização. É durante esta etapa que é removida substâncias químicas e bactérias que podem causar reações adversas ou contrações uterinas, sendo então uma etapa muito importante para o sucesso da fertilização. 

Fertilização - Durante esta etapa os espermatozoides e os óvulos são mantidos juntos em um ambiente que imita as condições da trompa uterina. 

Numa incubadora à 37ºC com 5% de CO2 são mantidos por cerca de 12 a 18 horas até que possam ser observar sinais de fertilização, que nada mais é do que a presença dos 2 pró-núcleos, conforme imagem abaixo:

Fertilização normal

   2 Pro-núcleos 
Fertilização Anormal

1 Pro-núcleo
Fertilização Anormal

3 Pro-núcleo 

Classificação pré-transferência - Antes da transferência embrionária, os pré-embriões em fase de clivagem (3 dias após a fertilização) ou em estágio de blastocisto (6 dias após a fertilização) são classificados morfologicamente, levando em consideração a velocidade de divisão celular, o número de blastômeros, a simetria e a forma dos blastômeros, a presença ou ausência de fragmentação.

Antes de se transferir os embriões para o útero, é recomendado fazer o Diagnóstico pré-implantação (PGD) para casais que apresentam um risco de transmitir doenças genéticas para seus futuros filhos.

Transferência - Com certeza essa é a etapa mais esperada pela futura mamãe, pois é ela que representa a realização do sonho de forma concreta. A pré-mãe fica em posição ginecológica, em área física próxima ao laboratório onde se encontram os embriões. Os embriões são transferidos para o útero através de cateter especial com monitoramento ultrassonográfica trans abdominal para correto posicionamento do cateter. Após a transferência a paciente fica em repouso por cerca de uma hora onde foi feito a transferência e depois assumir um repouso relativo por 2 dias, evitando realizar exercícios físicos, carregar pesos, subir ou descer escadas ou manter relações sexuais. O uso dos medicamentos receitados para suporte da gravidez deve continuar até segunda orientação. A verificação da gravidez pode ser feita dentre 9 a 15 dias após a transferência dos pré-embriões, dosando-se a concentração de hCG no sangue ou mesmo com teste de urina.


Atualização da FIV


Na Fertilização in vitro tradicional para a formação do embrião, os espermatozoides são colocados juntos com o(s) óvulo(s) e então esperassem que ocorra a fecundação naturalmente. Contudo, novas formas de aprimorar a técnica foram criadas, uma delas é a ICSI – sigla em inglês para Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides, é a introdução de um espermatozoide no óvulo usando-se um microscópio especial com sistema específico, o micromanipulador, no qual pode-se segurar o óvulo com uma agulha bem fina e com outra introduzir o espermatozoide. A vantagem desta técnica é que se
obtém uma taxa de fertilização bastante superior à Fertilização in vitro Convencional, sendo necessário somente um espermatozoide para cada óvulo.

Outro avanço ocorreu também com a ICSI, onde é feito uma avaliação morfológica do espermatozoide muito superior à ICSI Convencional, que recebeu o nome de ICSI Magnificada ou SUPER ICSI, no qual, com um aumento superior a 6.300 vezes, possibilita a escolha de melhores espermatozoides, resultando em maiores taxas de gravidez.

Quais complicações podem ocorrer com a FIV?



A Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO) é uma complicação decorrente do estímulo ovariano com indutores de ovulação, podendo levar a quadros graves e, em casos extremos, até à morte. Geralmente é decorrente de uma resposta exacerbada dos ovários ao estímulo hormonal e resulta em um número grande de oócitos. 



Os sintomas são:

  • Dor abdominal leve 
  • Inchaço 
  • Náuseas 
  • Vômitos 
  • Diarreia

Apesar de muitos médicos mencionarem a ocorrência de gestação múltipla como uma complicação potencial da FIV, confesso que não seria problema para alguém tão louca para ser mãe como eu. 




O risco de gestações múltiplas ocorre em casos em que mais de um embrião é transferido para o útero. Gestações múltiplas apresentam um risco maior de parto prematuro e baixo peso ao nascer quando comparadas com gestações únicas.

A FIV pode falhar?


Infelizmente muitos são os fatores que podem causar o insucesso da fertilização in vitro, dentre eles:

Alterações do embrião - A principal razão de um embrião não implantar é o fato de que grande parte dos embriões estão alterados (genética ou morfologicamente).

Alterações do sêmen - Fatores como fragmentação do DNA do espermatozoide, alterações importantes da motilidade, morfologia, alterações cromossômicas são algumas das causas de falha na FIV.

Alterações do óvulo - A qualidade dos óvulos é um dos principais fatores de sucesso da FIV. Os protocolos de indução de ovulação e as drogas utilizadas podem ter influência direta no número e na qualidade dos óvulos e embriões.

Alterações anatômicas do útero  - Alterações anatômicas do útero também podem prejudicar o embrião a se implantar, e o tratamento destas lesões pode melhorar a chance de sucesso. O diagnóstico pode ser sugerido por ultrassom transvaginal e histerossalpingografia, mas a confirmação diagnóstica se faz por vídeo-histeroscopia. Muitos serviços realizam de rotina a histeroscopia antes da FIV. Se não foi realizada, vale a pena ser indicada após uma falha. As alterações que podem estar associadas a falha de FIV são: septo uterino, pólipos, sinéquias uterinas e miomas submucosos. A exérese destas lesões pode aumentar a chance de implantação.


Alterações funcionais do endométrio - Muitas vezes, mesmo sem uma lesão anatômica na cavidade endometrial, pode haver alguma alteração da receptividade endometrial, estando envolvidos múltiplos fatores: hormonais, imunológicos e vasculares. 

Problemas na transferência - A dificuldade na transferência dos embriões muitas vezes causa traumas no endométrio e atrapalha a implantação do embrião, principalmente quando este ato for acompanhado de dor. Caso haja dificuldade na passagem do cateter de transferência, a vídeo-histeroscopia com a dilatação do colo ou simplesmente a dilatação do colo uterino isolada beneficia a próxima tentativa. Uma opção ainda é realizar a transferência com sedação. 


Alterações Imunológicas - Os problemas imunológicos têm sido responsabilizados por alguns casos de insucesso na fertilização in vitro e por abortos de repetição, dentre eles estão: Cross-match (abortos muito precoces durante a fase de implantação) ou mesmo Autoimunidade. 


Trombofilia - São doenças que provocam alterações de coagulação do sangue e, quando existem, aumentam a chance de formar coágulos sanguíneos e causar tromboses mínimas nos vasos placentários, capazes de provocar abortos. Alguns autores associam ainda com falhas de implantação, apesar de isso ser um assunto controverso.



Endometriose - quando a FIV é indicada, é questionável se deve-se submeter a paciente a uma cirurgia, havendo uma tendência a indicá-la somente em casos sintomáticos (para melhora da qualidade de vida) e/ou de endometriomas volumosos que possam atrapalhar a captação oocitária. Frente a falhas da FIV, uma opção é tratar a endometriose antes de uma nova tentativa, uma vez que a doença interfere na receptividade endometrial pela ação de citocinas como LIF (Leukemia Innibitory Factor), que atrapalham a implantação do embrião.



A verdade é que mesmo havendo chances de falhas, o mais importante é não desistir jamais de um sonho tão lindo quanto a gravidez. A FIV apresenta uma probabilidade de gravidez que variam entre 20 e 35% em mulheres de até 35 anos. A partir dos 40 anos, quando os óvulos já perderam parte da vitalidade, a taxa de gravidez cai para 15%. Contudo, não se deve ater-se ao cálculo matemático se ser mãe é seu maior sonho, procure um bom médico e lute sempre pelo seu positivo. Até a próxima.



Fontes pesquisadas: site do Centro de Reprodução Humana do IPGO, ghente.org e outras fontes da internet.




terça-feira, 1 de março de 2016

Maca Peruana para engravidar


Quando se fala de apressar a chegada da cegonha, o tratamento natural é a alternativa mais procurada por quem não pode ou não quer passar por um tratamento convencional. Uma das opções de tratamento para casos em que há uma alteração hormonal é a conhecida Maca Peruana.

O que é Maca Peruana?


A Maca peruana é uma planta originária do Peru, que parece um rabanete e cresce no alto das cordilheiras dos Andes. Conhecida como um super alimento, ela traz vários benefícios à dieta alimentar, dentre eles seu potencial como afrodisíaco, mas que vai além, aumentando a contagem de espermatozoides nos pré-pais e diminui a mortalidade dos embriões nas pré-mães, ou seja, contribui muito para a fertilidade. 

Como a Maca Peruana funciona?


Ela atua como um repositor hormonal, equilibrando os níveis de estrogênio de forma a proporcionar o aumento de LH que é responsável pela liberação do folículo ovariano. Isso ocorre pois estamos constantemente expostos a grande quantidades de fito estrógeno que ocupam os receptores de nossas células contribuindo para o desequilíbrio hormonal, ou seja, há uma deficiência no processo ovulatório. Quando o estrogênio aumenta ou abaixa muito nos períodos errados, ele impede a mulher de ficar grávida ou de levar sua gestação até ao fim. O excesso de estrogênio também faz com que a progesterona fique baixa demais. Tomar maca pode ajudar a aumentar os níveis de progesterona que são essenciais para uma gestação saudável (sem precisar ficar tomando hormônios).

A Maca peruana então ajuda a equilibrar os níveis hormonais nas mulheres, além de aumentar a libido tanto no homem quanto na mulher. Também contribui para a melhora da saúde dos óvulos e aumenta o volume de líquido seminal, contagem de espermatozoides por ejaculação e motilidade dos espermas.

Onde encontrar e como tomar?


É encontrada facilmente em farmácias de manipulação ou casa de produtos naturais. Algumas farmácias também já vendem o produto em cápsulas ou em pó. Outra forma de adquirir é através de sites especializados em produtos naturais. 

No caso de cápsulas, recomenda-se ingerir 2 por dia, juntamente com algum líquido, podendo ser no café da manhã e no fim da tarde. Para quem prefere a farinha de maca, recomenda-se consumir uma colher de sopa (10g) ao dia. Como seu sabor não é marcante pode ser adicionada a sucos ou a alimentação normalmente. Uma dica é utilizar a maca com cacau em pó ou ainda com canela, proporcionando assim um maior aporte de antioxidantes, e com isso consegue-se até mesmo diminuir a compulsão por doces, controlando a glicemia. Embora não haja nenhum estudo que mostre que a utilização da maca peruana em comidas quentes preserve suas propriedades, então o ideal é utilizá-la em alimentos frios.


Para quem é indicado?


É indicado para mulheres que tem uma má qualidade dos óvulos, também nos casos de endometriose, SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) ou para quem sofre de abortos de repetição ou está em preparação para FIV (Fertilização in vitro) ou ainda nos caso de infertilidade devido ao estresse ou de causas desconhecidas (ISCA). 

Não existe nenhuma contraindicação com relação à maca, no entanto, como ela age estimulando a produção hormonal, sua administração não é indicada para gestantes, para quem esteja amamentando e, claro, para crianças. Também não há contraindicação para casos de pré-mães ou pré-pais hipertensos. 

Eu ainda não tentei a Maca Peruana mas sempre gosto de ter opções de tratamentos naturais. E você já tomou? Conte sua experiência com ela... Até a próxima. 

Leia também:








Resistência à Insulina atrapalha engravidar

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ácido Fólico e sua importância antes e durante a gravidez


Todas as tentantes (ou quase todas) sabemos da importância da alimentação e de seus cuidados na gravidez. O que poucas sabem é que alguns desses cuidados devem ser iniciados antes da chegada do positivo. A suplementação de Ácido Fólico é uma delas. Algumas pré-mães ficam preocupadas se podem fazer uso do ácido fólico ou se o mesmo irá ajudar a engravidar ou ainda se ele engorda. Essas e outras questões serão respondidas nesse post.

O que é Ácido Fólico?


O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, também chamada de B9, é a forma mais eficiente de prevenir a má formação no tubo neural do feto. O tubo neural é a estrutura embrionária que dá origem ao sistema nervoso central do bebê. Durante as primeiras 4 ou 5 semanas de gestação que o sistema nervoso primitivo do feto se desenvolve, com a formação do cérebro e da medula espinhal do bebê. Após esse período, o tubo neural se fecha na presença do ácido fólico, é daí que vem sua importância já nos meses anteriores a concepção. 

Existe contra-indicação no consumo?


Lembre-se que consumimos ácido fólico diariamente na nossa alimentação. Contudo, a suplementação de Ácido Fólico não é terapia apropriada para anemia perniciosa e anemias megaloblásticas causadas por deficiência de vitamina B12. É preciso lembrar sempre do potencial de tratar erroneamente um paciente que tenha deficiência de vitamina B12 com o ácido fólico. O folato não impede nem elimina os defeitos neurológicos da deficiência de vitamina B12, que podem progredir e se tornar irreversíveis.

Um estudo realizado em 2013 por pesquisadores brasileiros do Centro de câncer AC Camargo, em São Paulo (Brasil), diz que o consumo de ácido fólico pode ajudar a prevenir o câncer colorretal, mas se esta vitamina é ingerida em EXCESSO, especialmente sob a forma de suplemento alimentar, o ácido fólico pode promover o câncer colorretal. É aconselhável procurar um médico ou um nutricionista para saber a dose recomendada de ácido fólico de acordo com as necessidades do seu organismo. O uso de ácido fólico durante a gravidez é prescrito e aconselhado por todos os médicos.

O que a falta de ácido fólico causa?


A simples ingestão do ácido fólico serve para prevenir a anencefalia (ausência parcial do encéfalo e da calota craniana e/ou de estruturas como as meninges). Outro problema que pode ser evitado é a espinha bífida (doença em que o canal espinhal não é fechado), que pode provocar paralisia de membros inferiores, incontinência urinária e intestinal e até diferentes graus de retardo mental e dificuldades de aprendizagem escolar. 

O suplemento ajuda também na formação da placenta e no desenvolvimento do DNA do bebê, além de diminuir o risco de pré eclampsia (cerca de 70%) durante a gestação.



Onde encontrar e como tomar?


O suplemento pode ser encontrado facilmente em farmácias e também é distribuído gratuitamente nos postos de saúde. A indicação é que seja ingerido 1 comprimido (4 ou 5mg) de 2 a 3 meses antes de engravidar até o 3º mês de gestação ou de acordo com a indicação do obstetra. 

O ácido fólico pode ser tomado diariamente em forma de comprimidos, mas também através da ingestão de alimentos ricos em B9.

Alimentos ricos em ácido fólico



Vegetais escurosRicos em fibras, os vegetais escuros possuem também alimentos ricos em ácido fólico. É importante incluir na alimentação vegetais como espinafre, couve, brócolis, nabo e alface.

Aspargos - O aspargo é talvez um dos alimentos mais ricos em nutrientes dentre todos os alimentos do reino vegetal. Consumir apenas uma xícara de aspargos cozidos pode fornecer 262 mcg de ácido fólico, que corresponde por aproximadamente 65% de suas necessidades diárias.

Frutas cítricas - Muitas frutas contêm ácido fólico, mas frutas cítricas tem teor ainda mais alto. As laranjas são uma fonte especialmente ricas em ácido fólico. Uma laranja detém cerca de 50 mcg de ácido fólico e um grande copo de suco pode conter ainda mais. Outras frutas ricas em folato incluem mamão, uva, banana, melão e morangos.

Feijões, lentilhas, ervilhas e grão de bico - Sabe-se que uma tigela pequena de qualquer tipo de grãos pode fornecer a maioria de suas quantidades diárias recomendadas de ácido fólico. Os grãos podem ser consumidos em sopas, cozidos e misturados em saladas ou como acompanhamentos.

Abacate - Além de ser um dos melhores alimentos ricos em ácido fólico, é também uma excelente fonte de ácidos graxos, vitamina K e fibras alimentares. Pode ser consumido com leite em alguma vitamina, em forma de guacamole e colocado em sanduíches e saladas, bem como utilizado em sobremesas.

Quiabo - O quiabo também se destaca como uma grande fonte de vitamina. Apenas uma xícara de quiabo cozido pode fornecer cerca de 37 mcg de ácido fólico.

Couve de Bruxelas - Além de uma boa fonte de ácido fólico (cerca de 25% da dose diária recomendada), a hortaliça é rica em vitamina C, vitamina K, vitamina A, manganês e potássio.

Sementes e Nozes - Pode ser de abóbora, gergelim, girassol ou sementes de linhaça, consumir sementes cruas, germinadas ou salpicadas sobre uma salada irá adicionar uma porção saudável de ácido fólico à sua dieta alimentar. As nozes também são muito ricas em ácido fólico, bem como as amêndoas.

Abóbora - A abóbora contém 57 mcg de ácido fólico (14% do valor diário recomendado) em uma xícara, já a abobrinha contém 36 mcg de ácido fólico (9% do valor diário recomendado) em uma xícara. 

Cenoura - Muito popular nos lares brasileiros, as cenouras são vegetais facilmente encontrados nas feiras livres e supermercados. Apenas uma xícara de cenouras cruas fornece quase 5% de suas necessidades diárias recomendadas de ácido fólico.

Aipo - Conhecido por auxiliar na eliminação de pedras nos rins, pode ser uma boa fonte de ácido fólico. Apenas uma xícara de aipo cru fornece cerca de 34 mcg, sendo responsável por 8% das suas necessidades diárias da vitamina.

Milho - Uma xícara de milho cozido possui cerca de 76 mcg da substância, respondendo por quase 20% de suas necessidades diárias. Evite as versões enlatadas e opte pelos frescos e orgânicos, prefira o consumo do milho cozido do que a pipoca que pode vir acompanhada de muito óleo, sal ou manteiga, sendo um inimigo para a saúde.

Beterraba - Uma xícara de beterraba cozida irá fornecer cerca de 136 mcg de ácido fólico, sendo responsável por 34% de suas necessidades diárias, além de ser fonte de antioxidantes e também ajudam no processo de desintoxicação, tornando-os um dos melhores purificantes naturais do fígado do mundo. 

Couve-flor - É considerado como um dos melhores alimentos com vitamina C, mas também é uma grande fonte de ácido fólico. Ingerir apenas uma xícara de couve-flor pode fornecer ao seu corpo cerca de 55 mcg de ácido fólico, sendo responsável por 14% de seu valor diário recomendado.


Tabela com algumas fontes de ácido fólico e seus valores


Desde 2002, as farinhas de trigo e de milho também são obrigatoriamente fortificadas com ácido fólico por determinação da  Anvisa. Mas a quantidade de vitamina fornecida por essas fontes é insuficiente e, para complicar, o processo de cozimento dos alimentos ainda diminui o teor da vitamina. De forma que além do consumo de alimentos a suplementação com comprimidos é de grande importância para a futura mamãe e principalmente para o bebê. Até a próxima!