segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Infertilidade Sem Causa Aparente - ISCA


Durante o processo de tentar o positivo é comum ter medo de que apareça algum resultado que indique um problema de fertilidade. Apesar de ser bem chato saber que terá que fazer algum tratamento se quiser ter seu sonho realizado é a decepção de não ter nada de errado e simplesmente a coisa não acontece. Por mais duro que seja receber um diagnóstico que irá atrasar o sonho ou mesmo que indicará que apenas a adoção é possível, pelo menos as questões do que há de errado foram respondidas. Não saber o motivo da demora só aumenta aflição e a frustração do casal. 

Então é que vem um diagnóstico que é não ter um diagnóstico. Chamado de Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA), esse diagnóstico é recebido por cerca de 10% dos casais que tentam engravidar. 

O que é Infertilidade Sem Causa Aparente?


É diagnosticado com infertilidade sem causa aparente o CASAL que após exaustiva maratona de testes, não apresentou nenhuma alteração (fisiológica ou orgânica) nos exames feitos que explique o motivo da gravidez ainda não ter ocorrido. 

Quando se recebe o diagnóstico de ISCA na verdade é recebendo a afirmação que por enquanto a medicina ainda não consegue identificar qual o fator que está dificultando a gravidez. Então é importante ter em mente que é uma limitação temporária e que pode mudar a qualquer momento. 

De cara já percebemos que para receber esse diagnóstico não basta ter feito um par de exames. Felizmente, com o avanço da medicina é mais fácil identificar o motivo do atraso no positivo. Contudo, vale lembrar que os exames devem ser feitos não apenas pela pré-mãe, mas também pelo pré-pai e também só deverá contar após o prazo de no mínimo um ano de tentativas efetivas. 

O que fazer a respeito?


Devemos ter em mente que mesmo que tenhamos feito todos os exames e nada foi encontrado, há a necessidade de refazer alguns de forma mais completa e aprofundada possível. Isso tudo por causa de que pode ocorrer falhas durante o processo que precisam ser averiguadas, como por exemplo, um médico (mesmo que competente) poderá ignorar um resultado ou apenas não dar o devido valor para uma alteração que não é ruim mas também não é boa e que merece ser reavaliada para confirmação. Pode ocorrer um equívoco de interpretação do resultado ou mesmo um erro no processo de realização do exame que poderá comprometer o resultado. Alguns laboratórios não realizam um exame mais profundo em seus processos habituais e alguns diagnósticos só podem ser realizados diante de exames mais minuciosos, então refazer o exame de forma mais cautelosa é o primeiro passo a ser seguido. 

O médico deve ter a ética de continuar a investigação enquanto houver aspectos que não foram estudados ou foram estudados superficialmente. Não se pode simplesmente dizer que não há respostas enquanto todas as possibilidades não foram exploradas. 


Ainda assim não foi identificado problema, o que fazer?


O próximo passo dependerá dos fatores relativos a idade do casal, ansiedade em ter filhos e disponibilidade econômica. Um casal jovem (menos que 35 anos) com baixa ansiedade em conseguir engravidar e/ou pouca disponibilidade econômica poderá iniciar as tentativas pelos meios mais simples (e baratos) de indução, começando com alteração do estilo de vida com implementação de alimentação saudável e atividade física, podendo chegar ao coito programado com indução de ovulação, Inseminação Intrauterina (IIU) ou Fertilização in vitro (FIV) para casais em que a paciente tem mais de 35 ou com grande ansiedade em ter filhos ou ainda que prefiram e tenham disponibilidade econômica para seguir com esses tratamentos. 



O que é o coito programado com indução de ovulação?



O coito programado nada mais é que a avaliação do período exato em que ocorrerá a ovulação. Normalmente feita através de exame de ultrassom, poderá saber a data certa para o namoro e mesmo se existe (e quantos) folículos estão se desenvolvendo. 

No caso de coito programado com indução, é dada a paciente um indutor de ovulação que aumentará a produção de folículos dominantes e haverá maiores chances de gravidez já que mais óvulos poderão ser liberados. (Saiba mais sobre indutores aqui!)

Como funciona a Inseminação Intrauterina (IIU)?



Na IIU é verificado o período de ovulação da pré-mãe e ao invés de indicar os dias de namoros, é feita uma coleta (via masturbação) dos peixinhos do pré-pai e os mesmos são preparados em laboratório (escolhidos os melhores) para então serem inseridos no fundo do útero, ficando assim mais perto das trompas e dos óvulos, aumentando de 18 a 20% as chances de gravidez. 


O que é a FIV?



A fertilização in vitro é a sofisticada forma de conseguir a gravidez, de forma que tem maiores chances de sucesso. 

É feita indução de ovulação para que haja um grande número de óvulos que serão coletados para preparação em laboratório. No laboratório será feita a fertilização (junção dos óvulos com os espermatozoides) e após alguns dias (de 2 a 5) são implantados no útero já em fase adiantada de desenvolvimento do embrião. 

Em mulheres com menos de 35 anos as chances de gravidez são de 55% dos casos. 


Caso ainda não encontre resposta para a não chegada do positivo, tenha em mente que é importante que haja uma relação de confiança com seu médico. Caso não sinta que todas as possibilidades tenham sido exploradas, o melhor é procurar um outro especialista para verificar melhor o seu caso. Mas como vimos, ainda que não haja uma resposta, existe várias possibilidades da realização do seu sonho, ainda que seja a adoção. Vale sempre lembrar que o importante é exercer o amor de mãe, seja ele vindo através da gravidez biológica ou do coração. Espero que tenham gostado, até a próxima. 




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