sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Às vezes o caminho é longo


Depois de uns meses começamos a ficar preocupadas caso ainda não tenhamos realizado o grande sonho de engravidar. Os médicos recomendam esperar um ano antes de investigar possíveis dificuldades. Pois esse é o tempo em que um casal pode levar para conseguir engravida. Mas ansiedade é o segundo nome de toda tentante rsrs. Então se você tem o perfil de pré-mãe irá correr atrás do que há de errado no segundo mês que não veio o positivo.

Muitos casais enfrentam essa dificuldade, mas só temos noção do quanto é comum, quando passamos por isso. Comigo não foi diferente, abaixo vou listar alguns problemas e possíveis tratamentos, são eles:

Endometriose


O tecido do endométrio (camada interna do útero que "descama" mensalmente, a cada menstruação) cresce fora do útero; é uma das principais causas de infertilidade feminina.


Alguns sintomas que podem levar a pré-mãe a desconfiar de endometriose é quando a mostra vem acompanhada de  muita cólica, ou costuma ser irregular ou com forte sangramento; em muitos casos, há abortos espontâneos de repetição.
Para tratar a endometriose normalmente opta-se pela laparoscopia para a retirada dos tecidos anormais ou aderências, também pode utilizar-se de tratamentos de reprodução assistida como indução de ovulação, inseminação intra-uterina, fertilização in vitro (FIV) ou ICSI.

Em estágios leves da doença, a utilização da inseminação intrauterina aumenta a possibilidade de resultados mais favoráveis. Quando isso não ocorre, o tratamento laparoscópico da infertilidade por endometriose, resulta na melhora das taxas de gravidez.

A fertilização in vitro e a injeção intra-citoplasmática de espermatozoides (ICSI) seriam as últimas medidas terapêuticas indicadas, essenciais para as mulheres com endometriose em estágios avançados quando o tratamento cirúrgico não resulta em gestações espontâneas ou eventualmente em mulheres que apesar de terem endometriose avançada só tem infertilidade e não tem dor.

Saiba mais sobre Endometriose

Problemas de ovulação


Os problemas de ovulação, geralmente de origem hormonal, causam dificuldades ou mesmo impedem que o óvulo fique maduro e seja liberado para a fecundação.

Nós pré-mães devemos desconfiar de problemas caso a monstra esteja irregular, com fluxo fraco demais ou muito forte.

A opção de tratamento seria com indutores de ovulação, hormônios para estimular os folículos, hCG e quando não houverem resultados satisfatórios partir para a fertilização in vitro (FIV).

Outra questão envolvendo a ovulação é a qualidade do óvulo. Infelizmente, não se pode saber a respeito sem investigar. Geralmente, quando partimos para a fertilização in vitro (FIV), que é o método em que há o exame mais minucioso das condições do óvulo. Nesse caso, apenas a doação de óvulos pode resolver. A idade é um fator que altera a qualidade dos óvulos, geralmente, a partir de 35 anos, essa qualidade é comprometida (to quase lá... mas não desanimo não!). As anomalias cromossômicas podem também comprometer a qualidade dos óvulos.

Síndrome dos ovários policísticos


Eis aqui um assunto bem familiar para mim. A danada da SOP! Se caracteriza por um quadro de anovulação crônica e hiperandrogenismo, normalmente acompanhado por ovários de aspecto multifoliculares. Mas o que significa isso? Simplificado, a pré-mãe que como eu tem SOP, não irá ovular todo o mês, terá problemas com o nível de testosterona, fazendo com que precise fazer a barba (ou quase) e seus ovários estão cheios de cistos (folículos que não amadureceram e não liberaram os óvulos).

A pré-mãe com SOP poderá apresentar a monstra irregular, excesso de pelos e acne, além do excesso de peso.

Para tratar a SOP devemos mudar os hábitos alimentares e diminuir o peso (como se fosse fácil), tratar a resistência à insulina com medicação, a mais conhecida é a metformina. Pode-se fazer uso de indutores de ovulação, mas com acompanhamento médico. Mas muitos médicos preferem tratar com anticoncepcionais, o que significa adiar o sonho de engravidar.


Trompas Obstruídas


A trompa é o caminho que o óvulo percorre até chegar ao útero. Algumas vezes esse caminho é obstruído parcial ou totalmente. Nesse caso, não há como óvulo chegar ao útero e nem os peixinhos chegarem ao óvulo.



As principais causas são doenças inflamatórias na região pélvica, doenças sexualmente transmissíveis, com clamídia, e laqueadura anterior.


Para descobrir se existe alguma obstrução nas trompas é feita a  histerossalpingografia que é um exame de radiografia usando-se contraste, para verificar as condições anatômicas do útero e das trompas.

O tratamento é feito através de Laparoscopia para abrir as trompas, se possível (quando a área obstruída é pequena); se a operação não der certo, a fertilização in vitro (FIV) é uma opção.

Problemas no homem


Nem sempre somos as culpadas na demora da chegada do rebento, embora muitas vezes achamos que sim. As vezes o problema pode estar com o maridão.

Qualquer obstrução nos vasos deferentes, (que transportam os peixinhos). Varicoceles (varizes) nos testículos são a causa mais comum. DSTs como clamídia ou gonorreia também estão entre as causas. Esses casos podem ser tratados com cirurgia para as varicoceles ou outro tipo de obstrução. Avaliação cromossômica e genética para detectar a chance de transmitir doenças ao bebê.
Outro problema que pode interferir no tempo de espera do bebê é a contagem baixa ou inexistente de espermatozoides, assim como pouca mobilidade ou formato anormal, podem causar infertilidade. (Saiba mais a respeito nesse post!) O tratamento é feito com medicamentos que podem aumentar a produção de espermatozoides; outras opção são inseminação artificial com espermatozoides de um doador ou FIV com injeção dos espermatozoides diretamente no óvulo (ICSI).

Contrariando o que os médicos recomendam, eu como pré-mãe louca para aumentar a família, digo que o quanto antes insistir com seu médico para analisar tudo o que possa atrapalhar ou atrasar seu sonho de ser mãe. O quanto antes descobrir melhor. Até a próxima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário