segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Animais sentem que uma mulher está grávida?


Quem tem um animal de estimação sabe que o vínculo com eles é muito especial. Muitas mulheres relatam um comportamento diferente dos pets antes mesmo de descobrirem que estavam grávidas. Mas será que os animais conseguem mesmo detectar a gravidez de uma mulher? Existe uma explicação científica para o comportamento deles? 

Mudanças de comportamento


Quando se convive com um bichinho de estimação é normal que tenhamos um determinado comportamento e é claro que um dono atento vai perceber qualquer ação diferente de seu pet. Segundo relatos, alguns cães passam a ficar mais protetores com as gestantes. Outros dizem que houve um afastamento do animal. Conheci mulheres em que o bichinho passou a ficar muito tempo deitado sobre a barriga ou com a cabeça sobre a barriga. Essa seria a indicação que eles sentem mesmo a gravidez antes dos humanos.

O que a ciência diz?


Já foi comprovado pela ciência que os cães podem farejar muitas coisas como pessoas desaparecidas, bombas, drogas e até conseguem detectar câncer nos humanos! Contudo, a ciência ainda não comprovou se os bichos de estimação pressentem, antes mesmo do que nós, quando a sua "mãe humana" está grávida. 

A verdade é que há muitos indícios que podem explicar as mudanças de comportamentos dos animais perto de mulheres gestantes. Vejamos a seguir:


Odor hormonal 


Os animais são mais sensíveis aos odores, especialmente os cães que são capazes de identificar cheiros que os humanos nem sequer percebem. Isso ocorre porque eles possuem cerca de 200 milhões de receptores para odores, enquanto que os humanos possuem apenas 5 milhões. Além disso, possuem uma área cerebral dedicada ao olfado cerca de 40 vezes maior do que a dos humanos. Então, para alguns especialista, uma alteração hormonal na mulher, o que ocorre na gravidez, altera sensivelmente o cheiro do seu corpo e essa mudança seria bem acentuada para os animais. 

Audição mais apurada


Outro fator que pode explicar essa présciência sobre o estado gravídico tem relação com a audição dos bichinhos. Os cães, por exemplo, tem um espectro auditivo muito desenvolvido, podendo ouvir tempestades ou terremotos muito antes dos seus donos. Enquanto o espectro auditivo do cão é de 20 a 65.000 hertz, o nosso fica entre 20 a 20.000 hertz. Sua capacidade de ouvir um som fraco a distância é cerca de 4 ou 5 vezes maior do que o nosso. Assim, ele seria capaz de ouvir o coraçãozinho do bebê bem antes da futura mamãe. Passando a adotar uma postura instintivamente mais protetora com o "novo filhote".

Comportamentos da gestantes


Mesmo que para nós as mudanças de comportamentos sejam insignificantes, para os animais, qualquer mínima mudança de humor ou na linguagem corporal será notada pelo seu bichinho. A mulher pode ficar mais vagarosa ou mais protetora com a barriga (ainda que nem ela se dê conta disso!). Os animais passariam então a notar esse novo comportamento e passariam a relacionar com a gestação. 

Os hábitos diários também são notados pelos pets. Então a alteração da rotina (sono maior ou cochilos extras) são facilmente percebidos pelos animais.

Chamando a atenção



A mudança de comportamento do seu pet pode não ser apenas por causa da gravidez em si mas também é uma forma de chamar a atenção dos donos. Ele pode começar a se comportar mal para receber a atenção que antes era toda dedicada a ele. O animal pode sentir que não é mais o "queridinho" da família, pode ficar com ciúmes e demonstrar sinais de carência. Nesse caso, é sempre bom buscar ajuda profissional, principalmente para tentar preparar o animal para a chegada do bebê. Os exemplos de comportamentos relatados por pessoas que viveram essa experiência, são:

  • Alguns animais que preferiam o homem da casa, de imediato o deixam de lado para se dedicarem a grávida.
  • Tornam-se mais protetores e ficam muito próximos da mulher. É comum ouvirmos casos como o cão ficar aguardando atrás da porta quando a dona vai ao banheiro,  dormem perto da cama dos donos e  outras demonstrações de aproximação.
  • Latem e emitem gemidos a todas as pessoas que querem se aproximar da "protegida". E alguns chegam até a avançar nas pessoas que querem se aproximar da futura mãe.
  • Finalmente, sinalizam o começo do trabalho de parto da dona, inclusive antes que ela o faça.
  • Passam a lamber ou cheirar o ventre que está crescendo. Essa é uma demonstração de carinho e é absolutamente normal!


Dicas para a chegada do bebê


Há muitos especialistas em comportamento animal que podem ajudar os donos a preparem o seu bichinho de estimação para a chegada do bebê. Contudo, daremos algumas dicas para que a chegada do bebê ocorra da melhor forma para toda a família:

Prepare o ambiente


Qualquer mudança na rotina do pet pode fazer com que ele fique sensível, carente ou estressado. Dessa forma, o melhor é alterar a rotina antes do nascimento do bebê para que não haja uma associação entre a mudança de rotina e a chegada do bebê. Pode-se proibir o acesso ao quarto do bebê, ou ainda mudar o horário de passeio, além de usar um boneco de treino (usando as roupas do bebê) para que o bicho se acostume com a atenção dividida. 

Tutores de gatos devem ter cuidado adicional de incluir uma proteção no berço do bebê para evitar que o gato fique dentro (se assim desejarem!)

Conhecendo o bebê


Apresentar o novo membro da família para o seu pet é uma etapa importante. Deixe que o animal sinta o cheiro do bebê através de uma roupinha usada. Para que associe a um momento agradável, os donos podem incluir um pestico durante o processo ou uma sessão de carinhos extras. Isso pode ser feito ainda quando a mãe e o bebê estão na maternidade.

Quando o bebê chegar, deixe que o pet cheire o pezinho do bebê enquanto os donos fazem afagos nele. As primeiras interações entre o bichinho e o bebê devem ser feitas sempre com supervisão dos pais, de preferência com o dono que o pet mais gosta. 

Vale salientar que a convivência com animais é super positiva para toda a família, inclusive o bebê que irá criar uma imunidade maior durante o convívio. Muitas pessoas acham que devem abandonar o animal por causa do bebê e na verdade, há estudos que mostram que o convívio com animais melhora o humor, reduz depressão, melhora pressão arterial e ainda pode prolongar a vida. Então, essa é uma ótima oportunidade de ter uma vida muito mais saudável em companhia do seu bichinho. E você? Já viveu uma experiência parecida? Conte para gente! Até a próxima!



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