quarta-feira, 13 de julho de 2016

Como parar a menstruação


Algumas vezes a menstruação vem em momentos que preferíamos que não viesse. É comum as mulheres interromperem a menstruação, principalmente quando aparece um compromisso importante ou até mesmo naqueles momentos em que a última coisa que a mulher deseja se preocupar é com as cólicas e outros incômodos, como quando há um passeio para a praia, por exemplo. Nesse caso, algumas medidas podem ser tomadas para adiar por alguns dias a chegada da menstruação. 


Métodos para parar a menstruação


O tratamento mais indicado e também o mais comum para fazer a menstruação parar é através de anticoncepcionais ou medicamentos hormonais. Contudo, é importante que esse método seja acompanhado pelo médico, já que a manipulação de hormônios precisa ser adequado a cada pessoa individualmente. 

Outro método utilizado por muitas mulheres é através de chás e infusões. Muitos chás influenciam os hormônios femininos, ajudando dessa forma a interromper a menstruação. 

Independente do método escolhido é importante observar que o uso exagerado, seja de chás ou medicamentos, pode ser prejudicial a saúde, bem como alterar totalmente o equilíbrio hormonal da mulher, interferindo no ciclo menstrual.

Tem como parar a menstruação imediatamente?


Se a menstruação já tiver descido, mas, por alguma razão, a mulher quiser interrompê-la, também é possível. Talvez o efeito não seja tão rápido quanto desejado, mas isso pode ser conseguido com uso de hormônios, contudo, só devem ser utilizados com a orientação de um médico, pois todo medicamento possui efeitos colaterais, que vão depender do tipo de hormônio, da dose e da duração do tratamento.

Desta forma, caso a mulher tenha algum compromisso e deseje não estar menstruada naquele dia, isto é parar a menstruação por um dia, o que se pode fazer é iniciar o uso de anticoncepcional uma semana antes da data prevista da menstruação e, assim não ter a menstruação nesse dia.

Chás para parar a menstruação


O chá do fruto Bakula ingerido durante o período menstrual pode acelerar a interrupção da menstruação. 

O chá da folha de framboesa vermelha também é utilizado para parar a menstruação e pode ser encontrado com facilidade.

Anticoncepcionais para parar a menstruação


O uso de anticoncepcionais hormonais é geralmente a forma mais eficaz de reduzir ou parar a menstruação. As opções disponíveis são:
  • Contraceptivos que contenham estrógeno e progestágeno na fórmula, seja comprimidos, anel vaginal ou adesivo transdérmico;
  • Injeção de Medroxiprogesterona (Depo Provera®);
  • DIU (dispositivo intra uterino) hormonal.

Os anticoncepcionais que contém apenas progestágeno também são capazes de suprimir a menstruação, porém, nos primeiros meses de uso apresentam chance maior de ocorrência de sangramentos não programados e escapes. (Progesterona e seu papel no corpo da pré-mãe)

Outras medicações que não são contraceptivos hormonais podem parar a menstruação (Danazol, análogos do hormônio de crescimento, antagonistas e moduladores do receptor de progesterona, etc), mas normalmente são indicados quando há alguma patologia associada que está sendo tratada e a ausência de menstruação é um efeito colateral do uso dessa medicação. Esses medicamentos não são usados para finalidade exclusiva de suprimir a menstruação.

O uso de anticoncepcionais hormonais apresenta algumas contraindicações e deve ser prescrito pelo médico.

Situações em que é indicado parar a menstruação


O médico pode achar que é necessário interromper a menstruação por algum período quando a perda de sangue é desaconselhada. Algumas situações em que isso pode acontecer são anemia, endometriose e alguns miomas.

Muitos médicos só concordam com a interrupção em casos extremos de mulheres que sentem dores intensas ou possuem patologias que agravam os sintomas da menstruação (fluxo intenso por exemplo!) 
Porém, caso a mulher desejar parar de menstruação pelos seus incômodos, também se pode avaliar a necessidade do uso de outros métodos anticoncepcionais, como anel vaginal ou implante.


Como parar o incômodo causado pela menstruação


Para parar os incômodos causados pela menstruação, como tensão pré menstrual, enxaqueca, dor abdominal, inchaço, irritabilidade e indisposição, pode-se recorrer a remédios caseiros e naturais, como:

  • Consumir mais alimentos ricos em ômega 3, 6 e 9;
  • Tomar um suco de laranja natural todas as manhãs;
  • Comer mais banana e soja;
  • Tomar o chá de camomila ou de gengibre;
  • Tomar o suplemento de vitamina B6 ou de óleo de prímula;
  • Fazer exercícios físicos diariamente.
  • Além disso, pode-se optar por tomar medicamentos de de uso livre e que são grandes aliados contra as cólicas. 

Escondendo a menstruação



Em alguns casos, nem mesmo tomando medicamento, a ação será tão rápida a tempo de ir a um compromisso. Se a menstruação desceu no momento em que saia para o clube, por exemplo, existe a opção de esconder a menstruação sem uso de absorvente (interno ou externo). Através de um coletor menstrual para esconder sua menstruação. Os coletores menstruais se ajustam no colo do útero e são como tampões, prevenindo que escape qualquer fluído. Entretanto, enquanto um tampão absorve o sangue, um coletor menstrual simplesmente o pega. Você pode usar um por 12 horas, e conseguir esconder bem até conseguir parar seu período com medicação.

Acelerando o fluxo menstrual



Existe a opção de "apressar" a saída do fluxo menstrual. Essa opção é uma boa medida se menstruação veio dias antes de um compromisso importante, mas a mulher não deseja usar medicamentos ou chás para interromper o fluxo. 

Com uso de bolsa de água quente na região do ventre, o calor faz com que os fluídos saíam de seu corpo mais rapidamente. 

Fazer massagens no baixo ventre também ajudará a reduzir a dor das cólicas e incentivará seu corpo a liberar sangue. 

Outra opção seria namorar durante o período menstrual. As contrações do orgasmo empurram os fluídos do seu corpo com maior rapidez. Certifique-se de que seu parceiro esteja de acordo com a possibilidade de se sujar. Ponha uma toalha em baixo de você ou faça sexo debaixo do chuveiro, para diminuir a bagunça e sujeira.

Leia também:




segunda-feira, 11 de julho de 2016

Ciclos anovulatórios - O que é anovulação?




Um ciclo menstrual regular representa que todo mês ovulamos e temos chances de engravidar, correto? Não! Muitas mulheres não sabem mas nem sempre ovulamos no ciclo menstrual. Isso pode ocorrer por vários fatores. Anovulação é uma condição que afeta a mulher ao menos um ciclo vez ou outra. É importante saber identificar os sintomas e também saber quais tratamentos podemos seguir para permitir que o positivo chegue.

O que é anovulação?


Um ciclo anovulatório é aquele ciclo em que a mulher deixou de ovular por algum motivo no qual os ovários falharam em liberar um oócito. A maioria das mulheres que tem anovulação, simplesmente deixam de menstruar ou enfrentam irregularidades (conheça mais sobre menstruação irregular aqui) quando passam por ciclos anovulatórios, de forma que é fácil deduzir que algo pode estar errado. 

Existe também um número menor de mulheres que menstruam com regularidade todos os meses, mas não ovulam, e por terem sua menstruação regrada, sequer suspeitam do problema. Muitas dessas mulheres ficam meses e meses tentando engravidar, sentindo-se frustradas sem saber que aqueles ciclos não resultariam na tão sonhada gravidez. 

Causas da anovulação


Existem várias causas de anovulação, a maioria dos quais são os desequilíbrios hormonais que interrompem o ciclo reprodutivo da mulher. Outras causas da anovulação podem ser coisas como subjacentes problemas de fertilidade, fatores de estilo de vida, SOP - Síndrome dos ovários policísticos,  problemas da tireoide ou da hipófise, excesso ou baixo peso, exercícios físicos muito intensos (típico de atletas e competidoras) entre outros. 


Anovulação decorrente de desequilíbrio hormonal ou químico


O desequilíbrio químico ou hormonal é a causa mais comum de anovulação, responsável por em torno de 70% dos casos. 
  • Em torno de metade das mulheres com desequilíbrio hormonal não produzem folículos suficientes para assegurar o desenvolvimento de um óvulo. Isso pode ser causado por pouca secreção hormonal da glândula pituitária ou do hipotálamo. 
  • A glândula pituitária controla a maioria das outras glândulas hormonais no corpo humano. Desta forma, qualquer mal funcionamento da glândula pituitária afeta outras glândulas sob a sua influência, das quais os ovários. Isso ocorre em torno de 10% dos casos. Glândulas mamárias também são controladas pela glândula pituitária, o que pode então afetar também a lactação. 
  • O hipotálamo controla a glândula pituitária. Em 10% dos casos, alterações nos sinais químicos do hipotálamo podem facilmente afetar os ovários e provocar anovulação. 
  • Existem outras anormalidades hormonais sem ligação direta às mencionadas acima que também podem afetar a ovulação. Mulheres com hipotiroidismo ou hipertiroidismo algumas vezes têm problemas de ovulação. Disfunções da tireoide podem provocar anovulação ao perturbar o equilíbrio dos hormônios naturais da reprodução. Síndrome do ovário policístico e hiperprolactinemia também podem causar anovulação através de desequilíbrios hormonais.


Anovulação decorrente de problemas funcionais


  • Os ovários podem parar de funcionar em torno de 5% dos casos. Isso pode ser devido aos ovários não conterem ovos. Porém, um bloqueio completo dos ovários raramente é causa de infertilidade. Ovários bloqueados podem começar a funcionar novamente sem explicação médica clara.
  • Um choque emocional significativo pode temporariamente afetar o funcionamento do cérebro e ocasionar disfunções do hipotálamo. Porém, isso não é muito comum.
  • Em alguns casos, o ovo pode amadurecer apropriadamente, porém o folículo pode não romper. Isso é chamado de síndrome de folículo luteinizado não roto. Em casos em que continua crescendo sem romper formam um Cisto Folicular.
  • Danos físicos aos ovários, ou ovários com múltiplos cistos, podem afetar a sua capacidade de funcionar. Isso é chamado distrofia ovariana. Mulheres com síndrome do ovários policístico também pode causar anovulação.
  • Perda de peso ou anorexia também podem causar desequilíbrio hormonal, ocasionando ovulação irregular. Por outro lado, excesso de peso também pode ocasionar disfunções ovarianas.


Anovulação Crônica


A anovulação crônica caracteriza-se pela ausência persistente de ovulação, ou seja, ciclo após ciclo, a mulher não ovula. Atinge cerca de 15 a 20% da população feminina em idade fértil e pode ocorrer em condições fisiológicas (início da puberdade, perimenopausa, amamentação, puerpério, pós-abortamento). Nos primeiros meses após a menarca, a anovulação pode persistir por até 2 anos em decorrência da imaturidade do eixo córtico-hipotálamo-hipófisegonadal. Adicionalmente à alteração dos períodos menstruais e infertilidade, anovulação crônica pode causar ou exacerbar outros problemas de longo prazo, como hiperandrogenismo e osteopenia. Anovulação crônica desempenha um papel central em desequilíbrios múltiplos e disfunções da síndrome do ovário policístico. 

Sintomas da anovulação


A anovulação é geralmente associada a sintomas específicos. Porém, é importante notar que eles não necessariamente são mostrados simultaneamente.
  • Amenorreia (falta de menstruação) ocorre em torno de 20% das mulheres com disfunção ovulatória.
  • Menstruação não freqüente e leve ocorre em torno de 40% das mulheres com disfunção ovulatória.
  • Menstruação irregular, quando 5 ou mais ciclos menstruais no ano são 5 ou mais dias menores ou maiores que a média.
  • Falta de mastalgia (dor ou sensibilidade nos seios) ocorre em torno de 20% das mulheres com disfunção ovulatória.
  • Aumento de pelos no corpo e na face.


Tratamento da anovulação


É possível restaurar a ovulação usando medicação apropriada. A anovulação é tratada com sucesso em aproximadamente 90% dos casos. O primeiro passo é diagnosticar anovulação. A identificação da anovulação, ao contrário do que comumente acredita-se, não é fácil. Mulheres com anovulação ainda assim podem ter ciclos menstruais regulares. Em geral, as pacientes somente notam que há problema quando resolvem engravidar. O acompanhamento do gráfico de temperatura basal é uma forma útil de dar pistas precoces sobre anovulação e ajudar o diagnóstico. (Conhecendo a temperatura basal) Outra forma de observar se o ciclo é ovulatório é utilizando testes de ovulação caseiros. (Como sei se estou ovulando?)

Os testes de ovulação devem ser feitos em intervalos de 10 horas e a temperatura basal deve ser medida com o máximo de disciplina para que não ocorram erros de interpretação.



Na falta de positivos nos testes e com a ausência de uma temperatura mais elevada, uma possível anovulação deve ser considerada.

O tratamento da anovulação deve buscar a mono-ovulação e não super-estimular os ovários. Os riscos associados à gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos, etc.) são bem maiores do que a gravidez de um único filho. Desta forma, é importante adaptar o tratamento a cada paciente individualmente. (Saiba mais sobre indução de ovulação!)

O que fazer se tiver ciclo anovulatório?


É possível diminuir e até reverter um quadro de anovulação através de uma mudança no estilo de vida. Lembre-se que nem sempre um ciclo anovulatório é um problema, mas em caso de mais ciclos sem conseguir determinar a ovulação, procure incorporar na rotina, exercícios, uma dieta saudável e abolir o stress, drogas, álcool, fumo, além de excessos alimentares. Além de adotar hábitos mais saudáveis, uma visita ao médico é indispensável, bem como seguir o tratamento sugerido.


Óvulo liberado


Lembre-se de não desanimar! A anovulação pode ser tratada o mais importante é identificar o problema. Faça de tudo para que possa realizar seu sonho de ser mãe. Até a próxima!

Leia também:



O que são indutores de ovulação?


Conhecendo a temperatura basal

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Quanto tempo vive o espermatozoide?



Os espermatozoides são células reprodutivas masculinas e nos seres humanos são bem menores do que a célula reprodutiva feminina, o óvulo. São dotados de estruturas que permitem o máximo de eficiência de deslocamento e ainda permite a resistência aos diversos obstáculos que precisa sofrer para chegarem ao óvulo. 


Ambiente nada agradável



Chamados carinhosamente pelas tentantes de peixinhos, eles enfrentam um caminho hostil até que consigam chegar ao óvulo. Mas isso não significa que seja uma super-célula capaz de vencer barreiras físicas como um tecido de uma roupa, por exemplo.

Ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, o ambiente vaginal não é nada hospitaleiro para os peixinhos. Grande parte dos espermatozoides ejaculados morrem na vagina antes de chegar às tubas uterinas (trompas de Falópio), dado o ambiente ácido que enfrentam. Entre 200 a 500 milhões de espermatozoides que são depositados na parte posterior da vagina humana, cerca de apenas 300 a 500 conseguem alcançar o local da fecundação. Por isso um homem que conte com menos de 20 milhões de espermatozoides por ejaculação é considerado infértil. (Espermograma: Avaliação da Fertilidade Masculina)

O ambiente da vagina é programado para impedir o acesso de qualquer "intruso" no organismo da mulher. Contudo, a natureza precisa permitir a propagação da espécie, de forma que, uma vez ao mês, ela permite que esse ambiente se torne mais acessível. Quando a mulher vai se aproximando do dia da ovulação, o corpo transforma o muco cervical, fazendo-o mais fluido e menos alcalino. Assim os peixinhos conseguem sobreviver por mais tempo do que em outros períodos do ciclo fértil. (Conheça mais sobre o ciclo menstrual)


Como é formado o espermatozoide?


O espermatozoide é formado nos Túbulos Seminíferos, pequenos canais contidos nos testículos, a partir de uma célula primária chamada espermatogônia. Diferente dos ovários, que tem uma quantidade determinada de óvulos para a vida toda, o testículo fabrica os espermatozoides constantemente. Ela começa na puberdade e continua até o final da vida. A espermatogênese, ou seja, a produção de espermatozoides demora cerca de 70 dias. A espermatogônia é uma célula redonda, grande e com núcleo volumoso. Durante sua transformação o núcleo é condensado, a célula se reduz e alguns órgãos se transformam no "motor" e outros na cauda do espermatozoide.

Um homem saudável produz entre 100 e 200 milhões de espermatozoides por dia, todos os dias. O processo se inicia com células espermáticas imaturas que se desenvolvem e, uma parte delas chegam ao estágio de células espermáticas maduras (ou espermatozoides). Nesta etapa eles migram para o epidídimo,  que são os órgãos que ficam sobre os testículos, - pode ser traduzido como "sobre os gêmeos", por estar sobre os testículos -, onde após 18 a 24 horas ganham a capacidade de se locomover, chamada de motilidade. 

Nos epidídimos o espermatozoide sofre o seu "acabamento" e, agora já aptos a se moverem, são levados pelo Vaso Deferente próximo da Próstata, numa região chamada Ampola, até chegarem à vesícula seminal, onde ficam armazenados até o momento da ejaculação.




O líquido seminal


As vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inativos e mataria os espermatozoides.

No momento da ejaculação os líquidos produzidos pelas Vesículas Seminais (70%) e pela Próstata (30%), se juntam aos espermas e são eliminados na ejaculação. Uma ejaculação contém milhões de espermas, sendo considerados indivíduos férteis, aqueles que ejaculam mais de 20 milhões de espermas por mililitro. O líquido ejaculado contém uma substância chamada Espermina, cujo odor é similar  ao da água sanitária (Cândida).



Onde surgiu o nome "Testículo"?


O nome testículo vem de Testis ou pequenos testamentos. Duas histórias são conhecidas para a origem desse nome. A primeira, conta que os gladiadores romanos faziam o juramento de fidelidade ao imperador segurando um dos Testículos. A segunda, mais aceita, diz respeito a eleição do Papa. Na idade média, uma Papisa (Lucrécia Borgia) foi eleita para o Papado, e para evitar que o fato se repetisse os cardeais instituíram um método para saber se o escolhido era realmente um homem. Os candidatos se sentavam em uma cadeira especial com um buraco no assento, e os outros cardeais apalpavam os Testículos do pretendente confirmando sua masculinidade. Após a confirmação do eleito, era liberada a fumaça e a famosa frase "Habemus Papa" era dita aos populares.


Tempo de vida do espermatozoide



Se a ejaculação acontece fora da vagina, a expectativa de vida do espermatozoide é muito curta, mesmo com a proteção do líquido seminal. Dependendo da umidade e da temperatura, podem durar apenas alguns minutos. Porém em um ambiente estéril, protegido da desidratação, como em um frasco coletor de exames ou uma camisinha, o sêmen pode manter os espermatozoides vivos por alguns minutos até cerca de 2 horas. 

Após a ejaculação, dentro do corpo da mulher, os espermatozoides podem sobreviver de 2 a 3 dias. Mas nem todos vivem durante tanto tempo. Em uma ejaculação saudável, um homem pode liberar cerca de 300 milhões de espermatozoides que precisam sobreviver às barreiras do corpo da mulher como, por exemplo, o muco do canal cervical que é espesso e tem um pH diferenciado dificultando muito o deslocamento das células. Ao final de tudo, só chegam às trompas, onde a fecundação acontece apenas algumas centenas deles. Algumas pesquisas garantem que em situações raras espermatozoides podem se manter vivos dentro do corpo da mulher por até 7 dias, mas a média de sobrevivência não passa de 72 horas.



Depois de introduzir no corpo da mulher, o esperma costuma seguir fértil entre 48 e 72 horas, mas só nas condições favoráveis e ideais, isto é, durante os dias da ovulação, que é quando o pH vaginal está acima de 6. O grau de acidez do ambiente ideal para um espermatozoide é de 7-7,5, e a temperatura: entre os 37 ºC e os 37,5 ºC. 

Há outros fatores que poderiam influir na sorte dos espermatozoides. Por exemplo, um estudo realizado pelos pesquisadores britânicos Robin Baker e Mark A. Bellis, ainda que não concludentes, sugerem que o orgasmo oferece às mulheres uma forma de controlar o esperma masculino. Se houver orgasmo, atrai-se mais esperma; se não há, se repele em certa medida. 



Existem dois tipos de espermatozoides normais, os que carregam o cromossomo X, responsáveis pela formação de bebês do sexo feminino, e os que carregam o cromossomo Y, responsáveis pela formação de bebês do sexo masculino. É o homem quem define o sexo do bebê e não a mulher como se acreditava há muitos anos atrás. Até a próxima!

Leia também:

Como engravidar de menina

Como engravidar de menino

Como ocorre a fecundação

Qual a melhor frequência sexual para engravidar?

Espermograma: avaliação da fertilidade masculina

Obesidade e Fertilidade

Crianças que parecem clones de famosos

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Como é produzido o leite materno


O leite materno é produzido devido à ação de hormônios que começam a agir no corpo da mulher ainda na gravidez, onde os seios vão sendo preparados para essa tarefa tão especial. É em função dos hormônios estrógeno e progesterona - liberados pelo estímulo do hCG e depois pela placenta -, que ocorre as transformações físicas como seios mais sensíveis, inchados e com mamilos mais escuros e aréolas maiores. Essa fase pode ser chamada de pré-produção do leite, já a produção do leite propriamente dito só tem início após o parto, quando outros hormônios, como a prolactina e a ocitocina, entram em cena.

Mudanças dos seios na gravidez


Logo após a confirmação da gravidez, e em alguns casos antes mesmo disso, a mulher poderá notar um escurecimento do bico dos seios. Especialistas acreditam que a mudança de cor do mamilo, possa ajudar na futura amamentação, já que seria uma forma de ajuda da mãe natureza na orientação do recém-nascido. 

Outra mudança que pode ser notada é o aparecimento de pequenas bolinhas ao redor da aréola do seio, também com papel vital na amamentação. Essas bolinhas produzem uma substância oleosa responsável por limpar, lubrificar e proteger o seio de infecções durante a amamentação.

O Lactogênio placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica contribuem para a aceleração do crescimento mamário. A secreção de prolactina aumenta de 10 a 20 vezes na gravidez. No entanto, a prolactina é inibida pelo lactogênio placentário, não permitindo que a mama segregue leite durante a gravidez.

Olhando por dentro



As mamas são formadas por uma combinação de tecidos, glândulas mamárias e gordura (a quantidade de tecido adiposo difere de mulher para mulher, daí a enorme variedade de tamanhos e formatos de seios). 

Uma curiosidade é que os seios já estão se preparando para uma gravidez desde a época de embrião, com 6 semanas no útero da mãe. A criança já nasce com os principais ductos mamários formados. 

As glândulas mamárias ficam quietinhas até a puberdade, quando uma enxurrada do hormônio feminino estrogênio faz com que os seios cresçam e inchem. 

Sistema de amamentação



As glândulas mamárias trabalham a todo vapor durante a gestação. No momento em que o bebê nasce, o tecido glandular das mamas possuem o dobro de tamanho de antes da gravidez, explicando o motivo de muitas mães terem uma mudança radical no número do sutiã! 

Em meio às células adiposas e ao tecido glandular localiza-se uma rede de canais, chamados ductos. Os hormônios da gravidez fazem com que esses ductos aumentem de quantidade e tamanho e se dividam em canais menores perto da região peitoral. Na extremidade de cada um deles há uma aglomeração de pequenos sacos, semelhante a um cacho de uvas, conhecidos como alvéolos. 

Um conjunto de alvéolos forma um lóbulo, e uma reunião de lóbulos é um lobo. Cada seio contém de 15 a 20 lobos. 

O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por diminutos músculos que pressionam as glândulas e empurram o leite para os ductos. Os cerca de nove ductos lactíferos de cada seio são como canudos isolados que chegam à extremidade do mamilo, formando vários furinhos que levam o leite para a boca do bebê. 

O sistema de distribuição do leite fica completamente pronto já no segundo trimestre de gravidez, para que a mulher possa amamentar o bebê mesmo que ele seja prematuro. 

Produção de leite e prolactina


Cerca de 24 a 48 horas após a mãe dar a luz, começa a produção de leite em grande escala, período esse chamado de lactogênese. 

Após a retirada da placenta, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona começam a declinar. O hormônio prolactina, cuja quantidade vinha aumentando durante toda a gestação, é então liberado, para sinalizar ao corpo que é hora de produzir bastante leite. 

De acordo com pesquisas, a prolactina é também responsável por fazer com que a mãe tenha uma maior sensação da maternidade, sendo chamada por alguns especialistas de hormônio do instinto materno. Em geral, o leite demora mais para "descer" no primeiro filho. 

À medida que seu corpo se prepara para a lactação, ele libera mais sangue para a região dos alvéolos, deixando os seios firmes e cheios. Vasos sanguíneos meio inchados, combinados com a abundância de leite, podem deixar as mamas temporariamente doloridas, quentes e cheias demais, e provocar um ingurgitamento mamário, porém a própria amamentação ajudará a aliviar o desconforto inicial. 

A descida do colostro


Nos primeiros dias de aleitamento, o bebê será alimentado por uma substância viscosa, meio transparente e rica em proteínas conhecida como colostro. É possível que nas últimas semanas de gestação a mãe note o vazamento de gotas deste líquido esbranquiçado, e para algumas mulheres isso ocorre já no segundo trimestre. 

O colostro é um líquido muito importante para a saúde do bebê pois é cheio de anticorpos chamados de imunoglobulinas, fortificantes naturais para o sistema imunológico. O leite materno se transforma no decorrer da amamentação a fim de suprir todas as necessidades da criança. 

Os estímulos para amamentação


Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, a mama passa a produzir leite sob a ação da prolactina. A ocitocina age na contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, provocando a saída do leite. A prolactina e a ocitocina são reguladas por dois importantes reflexos maternos: o da produção do leite (prolactina) e o da ejeção do leite (ocitocina). Tais reflexos são ativados pela estimulação dos mamilos, sobretudo pela sucção. O reflexo de saída do leite também responde a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a factores de ordem emocional, tais como motivação, autoconfiança e tranquilidade.

Por outro lado, a dor, o desconforto, o stress, a ansiedade, o medo e a falta de autoconfiança podem inibir o reflexo da saída do leite, prejudicando a lactação.

Para que o bebê possa mamar, é preciso que o leite "desça" dos alvéolos. O processo funciona assim: o bebê suga o mamilo, o que estimula a hipófise a liberar os hormônios ocitocina e prolactina para a corrente sanguínea. Ao alcançar seu seio, a ocitocina provoca a contração dos pequenos músculos ao redor dos alvéolos cheios de leite. O líquido passa então para os ductos, que o transportam para os ductos que ficam pouco abaixo da aréola do seio. Ao sugar, o bebê faz com que o leite dos ductos chegue à sua boca. 

Para uma boa amamentação:

  • Roupas da mãe e do bebê adequadas, sem restringir movimentos.
  • Mãe confortavelmente posicionada, bem apoiada, não curvada.
  • Corpo do bebê todo voltado para a mãe, o apoio do bebê deve ser feito nos ombros e não na cabeça, que deve permanecer livre para inclinar-se para trás.
  • Braço inferior do bebê ao redor da cintura da mãe, corpo dobrado sobre ela, quadris firmes, pescoço levemente estendido.
  • Bebê ao mesmo nível da mama, sustentada por fralda se necessário, boca centrada em frente ao mamilo.
  • Comprimir a mama suavemente enquanto o bebê abocanha, entre polegar e indicador, atrás da auréola, não entre indicador e dedo médio.
  • Encorajar abertura grande da boca, língua bem abaixada, estimulando o lábio inferior com o mamilo; repetir até conseguir boa abertura da boca.
  • Levar o bebê ao peito, não o peito ao bebê; tórax com tórax.
  • O bebê deve abocanhar uma boa porção da mama além do mamilo.
  • Verificar se o queixo está bem de encontro à mama.
  • O bebê mantém a boca ampla colada na mama, lábios não apertados.
  • Lábios do bebê curvados para fora, não enrolados.
  • Língua do bebê sobre a gengiva inferior, algumas vezes visível. Verificar voltando-se suavemente o lábio inferior para baixo.
  • O bebê deve manter-se fixo sem escorregar ou largar o mamilo.
  • A mama não deve parecer esticada ou deformada.
  • Frequência rápida de sucção (>2 por segundo), caindo para cerca de 1 por segundo, pois o volume de leite por sucção aumenta após o reflexo da saída; pausas ocasionais; maior irregularidade no final da mamada.
  • Bochechas do bebê não se encovam a cada sucção; não deve haver ruídos da língua; a deglutição, entretanto, pode ser barulhenta.
  • Bebê mamando ativamente trabalha pesadamente; mandíbulas e frequentemente toda a cabeça se move; orelhas podem  mexer-se.
  • Logo depois que o bebê larga a mama, o mamilo parecerá alongado; o trauma é indicado por mamilo com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas.
  • Amamentação com posicionamento e pega bons não deverá doer.  

As fissuras de mamilo são muito comuns e bastante dolorosas, podendo culminar com a interrupção da amamentação. Para prevenir é importante garantir a técnica correta de amamentação, manter os mamilos sempre secos e se houver necessidade de interromper a mamada, introduzir o dedinho (limpo) na boca do recém-nascido. Evitar o ingurgitamento mamário (leite empedrado) por meio de mamadas frequentes e expressão manual (ou por bomba de sucção) das mamas, quando necessário.


Nos primeiros dias de amamentação, a mãe pode sentir alguma contração no abdome, na forma de cólicas, bem na hora em que o bebê estiver mamando. A sensação sinaliza a liberação da ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal (esse mesmo hormônio provocou a contração do útero durante o trabalho de parto). 

Também pode ser que junto com a contração venha um fluxo vaginal mais intenso de sangue, necessitando que a mãe use um absorvente para fluxos intensos. 

A sensação de calma, satisfação e alegria ao amamentar é devido a ação da ocitocina, conhecida como o hormônio do amor! 

Com o aumento do fluxo de leite, é possível que a mãe também sinta formigamento, queimação ou ardor nos seios. É fundamental estar tranquila durante a amamentação para que o leite desça com facilidade. 

Dar de mamar é uma atividade física intensa, por mais que não pareça. É um esforço tremendo para o organismo produzir até 800 mililitros de leite por dia! Para se ter uma ideia, uma mulher amamentando gasta por dia cerca de 500 calorias a mais que uma mulher normal.

A maior parte do leite é produzido durante a mamada, sob o estímulo da prolactina. A secreção de leite aumenta em média de 50 ml no segundo dia pós-parto para 500 ml no quarto dia. O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo com a procura da criança.

E o que muitas mães não sabem, é que mesmo que não tenha passado por uma gestação, a mulher pode amamentar. No caso das mães que adotam, é possível estimular a produção de leite, bastando conversar com seu médico a respeito. A amamentação é um aprendizado que pode ser complicado no começo, mas, que pode ser aprimorado com muita paciência, carinho e amor. Até a próxima!





sexta-feira, 1 de julho de 2016

Chás para fazer descer a menstruação


A irregularidade no ciclo menstrual está entre as primeiras reclamações de quem é pré-mãe. Afinal, sem um ciclo regular como namorar no período certo? A menstruação pode atrasar em períodos de muito estresse, alterações hormonais e até devido ao consumo excessivo de bebidas com cafeína, como colas ou café, por exemplo, mas se o atraso da menstruação for frequente, é recomendado a mulher consultar um ginecologista para saber o que está provocando a menstruação irregular que pode ser a síndrome do ovário policístico, por exemplo e fazer o tratamento.

Antes de recorrer a qualquer remédio, mesmo que natural, para que a menstruação desça, é importante descartar definitivamente gravidez. Como o teste de gravidez de farmácia nem sempre é exato, dê preferência pelo beta hCG ou ainda, se possível, recorra ao exame de ultrassom. Sempre faça exames antes! (Primeiros Sintomas de Gravidez)

Chá de Agoniada 


O chá de Agoniada devido à sua propriedade de acelerar a menstruação é eficaz para provocar a menstruação que está atrasada.

Ingredientes

5 g de flores de agoniada
500 ml de água

Modo de preparo: Colocar a água para ferver e depois de fervida, adicionar as flores de agoniada. Deixar amornar, coar e beber cerca de 2 a 3 xícaras do chá por dia até a menstruação descer.


Chá de Angélica 


O chá de Angélica é excelente para descer a menstruação atrasada, pois esta planta medicinal ajuda a provocar a menstruação.

Ingredientes

10 g de raiz de angélica
500 ml de água

Modo de preparo: Colocar a água para ferver e depois de fervida, adicionar a raiz de angélica. A seguir, coar e beber o chá 3 vezes por dia.


Chá de Orégano


Utilizado para descer a menstruação, o chá de orégano também reduz as dores menstruais e diminui todos os sintomas da Tensão Pré-menstrual, a conhecida TPM.



Ingredientes

2 colheres (chá) de orégano
200 ml de água

Modo de preparo: Ferva a água e logo depois acrescente as duas colheres (chá) de orégano. Tampe e deixe abafado por alguns minutos. Tome apenas uma xícara ao dia.

Chá de Arruda


A arruda estimula as fibras musculares do útero, provocando contrações uterinas que podem causar sangramentos e, se a mulher estiver grávida, aborto e morte do feto. Caso não ocorra um aborto, pode haver anomalias ou malformações fetais.

Ingredientes

2 colheres de folhas e flores de arruda
200 ml de água

Modo de preparo: Acrescente as flores e folhas de arruda em um pilão e soque. Após isso, deixe a erva triturada em uma vasilha com uma xícara de água fria, durante uma noite. No outro dia, coe e tome.

Chá de canela


Para o preparo do chá, coloque um litro de água para ferver. Quando alcançar fervura, adicione uns cinco paus de canela e açúcar. Deixe no fogo por mais alguns minutos, e tome-o quente.

A canela possui benefícios para muitos tipos de problemas, agindo contra infecções, dores de garganta, enjoos e azias, sendo muito eficaz também contra gripes e resfriados.

Muitas mulheres recorrem à canela, mais especificamente ao chá de canela, para adiantar 1 ou 2 dias da menstruação, ou mesmo para estimular quando a menstruação está atrasada por, no máximo, 1 mês. Por conta desde hábito acabam tomando o chá sem saber que estão grávidas. Se for o seu caso suspenda o consumo imediatamente e procure um médico para iniciar o pré-natal.

Um estudo publicado no American Journal of Epidemiology indicou que os filhos de mulheres que ingeriram canela em grandes quantidades durante a gestação, tendem a apresentar déficit de atenção, hiperatividade e comportamento agressivo. Segundo o professor Jonathan Seckl, da Universidade de Edimburgo, isto mostra que o excesso de consumo da canela durante a gestação afeta o QI da criança, além de permitir que os hormônios do estresse da mãe passem para o filho, interferindo no desenvolvimento cerebral do feto e gerando problemas comportamentais em crianças.

Todos os remédios, inclusive os naturais, devem ser tomados com supervisão médica. Se os sintomas persistirem procure orientação. Lembre-se que nenhum remédio, erva ou chá deverá ser tomado para estimular o aborto porque incidirá em grande risco à vida da gestante. Para evitar uma gravidez indesejada procure métodos anticoncepcionais como camisinha, pílula entre outros que o seu médico poderá lhe informar e indicar a melhor opção para o seu caso. Até a próxima!

Leia também: