segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Perfume pode causar alergia em bebês


Existe coisa mais gostosa que cheirinho de bebê? Hoje em dia, há uma grande variedade de produtos para o bebê como xampus, sabonetes, perfumes, loções, cremes e hidrantes... Um mais cheiroso que o outro... Embora muitas marcas ofereçam produtos feitos especialmente para o seu bebê, deve-se ter muito cuidado, inclusive com os produtos que a mamãe e o papai usam, pois ainda assim a criança pode sofrer com alergias aos perfumes e maquiagens! 

Qual o problema de usar perfume?


O bebê é ainda sensível, mesmo o cheiro do perfume da mãe pode desencadear processos alérgicos. O uso de perfumes deve ser evitado enquanto estiver amamentando, já que o cheiro do produto pode atrapalhar a mamada. Caso não esteja amamentando, o uso do perfume pode ser feito desde que em pequenas quantidades e cuidando para não passar em áreas que entrem em contato com o bebê. O uso de desodorante e cosméticos devem ser feitos distante da criança, pelo menos até ela completar 3 meses, sendo 6 meses um período mais seguro. 

Os cuidados também se estendem para os produtos de limpeza, já que os aromas artificiais podem causar intoxicação. Da mesma forma, amaciantes com cheiro também podem causar reação respiratória ou na pele.

O que pode acontecer?


A reação de um bebê pequenininho ao contato com perfumes fortes e maquiagem por parte da pessoa que o segura no colo depende muito de cada criança. Pode simplesmente não acontecer nada ao bebê, na maioria dos casos. Em alguns casos ele pode apresentar alguma manifestação alérgica ao perfume ou maquiagem (tosse, chiado no peito, espirros, coriza ou manchas vermelhas na pele).

Há casos em que o bebê não apresenta nenhuma manifestação alérgica em um primeiro contato (ou vários contatos), mas ficar sensibilizado à alguma substância da maquiagem ou do perfume, podendo manifestar alguma reação alérgica em qualquer contato futuro do bebê com a mesma substância.

Cabe ressaltar que bebês com antecedentes alérgicos na família têm mais chances de desenvolver manifestações alérgicas. 

Além da questão da alergia, há que se considerar que o olfato do recém-nacido é muito sensível, e ele pode estranhar cheiros fortes a que não esteja acostumado.

Sinais de possível reação alérgica



Entre os principais sintomas de alergia estão congestão nasal, irritação na garganta, tosse, chiado no peito, dificuldade respiratória por fechamento da glote, diarreia (algumas vezes com sangue nas fezes, principalmente se for alergia à proteína do leite de vaca), coceira no nariz e nos olhos e lesões de pele (urticária).

Mesmo os produtos específicos para crianças podem irritar a pele e causar alergias, por isso devem ser usados sempre com cautela. E a maioria deles só tem a indicação para crianças a partir de seis meses, não para recém-nascidos.

Conselhos para perfumar o bebê


Evite contato direto com a pele do bebê - Tenha cuidado na hora de aplicar o produto. Caso a mãe deseje usar colônia, perfume ou fragrância, não use diretamente sobre a pele ou cabelo do bebê, aplique uma  pequena quantidade sobre a roupa que o bebê vai vestir. Não é recomendado o uso por longos períodos nem durante a noite.

Escolha com cuidado - É fundamental que a colônia não tenha álcool e que seja hipoalergênica. Conserve o produto em local seco e arejado. Existe uma lista de 26 aromas naturais e sintéticos considerados alergênicos pelo Comitê Científico da Comunidade Européia, são eles: Cinamal amílico - Álcool bencílico - Álcool cinamílico - Citral - Eugeno - Hidroxicitronelal - Isoeugenol - Álcool amilcinamílico - Salicilato bencílico - Cinamal - Cumarina - Geraniol - Hidroximetil-pentil¬ciclohex-enocarbal¬dehído - Álcool 4-metoxibencílico - Cinamato bencílico - Farnesol - 2-(4-terc-butilbencil) propionaldehído - Linalol - Benzoato de bencilo - Citronelol - a-hexilcinamaldehído - d-limoneno - Heptino carbonato de metil - 3-metil-4-(2,6,6-trimetil-2-ciclohexen-1-il)-3-buten-2-ona - Evernia prunastri, extrato - Evernia furfuracea, extrato.

Cuidados no banho - O ideal é usar xampus e sabonetes neutros, pois os que contém perfumes e corantes aumentam os riscos de irritação da pele. 

Uso de hidrantes - Os hidratantes específicos para bebês (a partir dos 6 meses) estão liberados, independente de prescrição médica. Especialmente no inverno, quando os banhos mais quentes acabam deixando a pele mais ressecada, a hidratação precisa ser reforçada. Lembre-se apenas de usar de acordo com a faixa etária descrita na embalagem. Alguns bebês nascem com a pele um pouco ressecada parecendo estar descamando nos pés e nas mãos e isto é absolutamente normal, acontece principalmente quando o bebê nasceu um pouquinho depois do tempo e não há necessidade de passar creme hidratante a pele vai trocando sozinha e em pouco tempo o bebê já estará com a pele lisinha.

Filtro solar - O filtro solar é recomendado a partir dos seis meses. Ainda assim, o sol nessa faixa etária deve ser restrito – antes das 10h e após às 16h – e nunca deve ser uma exposição prolongada, pois bebês apresentam desidratação mais facilmente. 

Outro cuidado importante é evitar produtos com aditivos que simulem cores e aromas de fruta e doces, pois podem estimular a criança a ingerir os cosméticos.

Alternativas para perfumar o bebê


É preciso ter muito cuidado ao usar talco, quando a mãe vai passar no bebê o talco produz uma névoa que quando aspirada pela criança pode causar ou piorar problemas alérgicos e respiratórios, além disso o talco resseca a pele, por isso deve ser usado apenas em locais específicos. O amido de milho pode ser usado no lugar do talco, pois é mais natural e não tem aroma. Para hidratar, a dica é o óleo de girassol.

Posso usar gotas de lavanda na banheira? 


Deve-se evitar qualquer tipo de perfume para o bebê. Se desejar um cheirinho gostoso, faça um chá forte de camomila e misture na água do banho. Além de perfumar, acalma. Mas, sempre converse com o pediatra do seu bebê.


O cheiro aumenta o vínculo mãe e bebê


O vínculo entre mãe e bebê também se cria pelo cheiro. Isso mesmo! O bebê aprende a reconhecer a mãe pelo toque, pelo tom da sua voz, pelo jeito de pegar no colo e de embalar, pelo cheiro que o corpo da mãe tem, por isso é importante que a mamãe evite perfumes, cremes e desodorantes com cheiros fortes.

Se a mamãe desejar muito usar uma colônia ou perfume no bebê espere ele completar seis meses e mesmo assim não passe o produto direto na pele do bebê, procure passar na roupinha e de preferência na peça que não está em contato com a pele do bebê. Além disso, os bebês têm um cheirinho naturalmente gostoso, diferente de qualquer outro no mundo, um cheirinho natural, curta esse momento! Até a próxima!







sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Engravidar sem muco fértil é possível?


Um grande aliado para quem deseja engravidar é o muco fértil. Conhecido como muco clara de ovo, ele é responsável por ajudar o espermatozoide a alcançar o útero durante o período fértil da mulher. Assim sendo, podemos imaginar o quanto ele é importante para quem sonha com o positivo! Contudo, algumas mulheres sofrem por não conseguir visualizar esse muco durante o período fértil. Será que isso atrapalha ou mesmo impede a gravidez? Qual a relação do muco fértil com a fertilidade? Não ver o muco fértil significa que a mulher não está ovulando? Pode-se fazer algum tratamento para melhorar a produção do muco fértil? Essas e outras questões serão tratadas mais adiante.

O que é muco fértil?



O muco fértil nada mais é do que o muco produzido no canal cervical. Também chamado de muco cervical, ele é considerado muco fértil quando se apresenta no período em que a fertilidade da mulher está mais alta, ou seja, quando as chances de engravidar são grandes. 

A função do muco fértil é de sustentar, nutrir e proteger o espermatozoide, a pouca quantidade ou mesmo a sua ausência dificulta a sobrevida do mesmo, nesta circunstância o casal terá poucas chances de conseguir engravidar.

Problemas na produção do muco fértil


A produção de muco é variável.  Existem casos de mulheres que não produzem muco cervical, contudo apresentam ciclo ovulatório com padrão hormonal normal. Nesses casos, torna-se muito difícil que os espermatozoides sobrevivam ao ambiente vaginal, já que o mesmo é bastante hostila menos que adotem medidas de auxílio à produção do muco fértil, que veremos mais adiante. Em outros casos, as mulheres ovulam normalmente mas produzem muco somente em alguns ciclos e outras que ovulam normalmente mas produzem pouco volume de muco, tão pouco que a sua visualização é imperceptível. 

Causas da ausência do muco fértil


A ausência do muco pode ocorrer sem razão aparente, e é um problema que se observa também em mulheres jovens. Estudos hormonais com padrões ovulatórios normais, demonstram que a cérvix simplesmente não respondeu aos estímulos hormonais em alguns ciclos, comprometendo a produção de muco. A outra causa comum relacionada na falha da resposta cervical é o seu envelhecimento, situação comum da pré-menopausa em diante.

A produção do muco está relacionada ao hormônio estrogênio e sua baixa pode levar a pouca ou nenhuma produção do muco fértil. A utilização de alguns medicamentos, como indutores de ovulação, podem afetar a produção do muco fértil. 

Procedimentos cirúrgicos na cérvix como cauterização, conização e criocirurgia, podem danificar ou "arrancar" as glândulas cervicais, eliminando a produção de muco e causando infertilidade. Em geral nesses procedimentos, as glândulas que estão localizadas na parte superior da cérvix, responsáveis pela  produção do muco que realiza o transporte dos espermatozoides, são preservadas, porém se observa uma redução significativa no volume do mesmo.

Nas condições de diminuição do volume de muco ou falha na sua produção em alguns ciclos, o Método de Ovulação Billings pode colaborar significativamente para a mulher reconhecer seus sinais de fertilidade.

Posso engravidar sem ver o muco fértil?


A gravidez sem a presença de muco fértil é possível embora um pouco mais difícil. Uma das funções do muco cervical do período fértil é proteger o espermatozoide da acidez vaginal. Quando a quantidade de muco é diminuída, é possível que um número reduzido de espermatozoides consigam chegar às trompas, diminuindo as chances de gravidez. Contudo, é importante lembrar que nem sempre o muco fica visível sem que se faça a colheita direto do colo do útero. Então pode ser que se tenha muco fértil mas não consiga visualizar.


Identificando a fertilidade sem a presença do muco fértil


Mesmo sem a presença do muco fértil é possível identificar os sinais que o corpo emite durante o período fértil.

É importante estar muito atenta em seu ciclo, para conseguir identificar as mudanças que ocorrem na vulva, que ajudam a reconhecer melhor a fertilidade, são elas:

  • Umidade (mesmo que pequena, é perceptível que algo mudou na sensação)
  • Sensação de lubrificada (algo escorregadio), ainda que não consiga visualizar o muco
  • Inchaço na região vulvar, apesar de fácil identificação, pode ser ocasional e de curta duração
  • Maciez vulvar, ao perceber a região vulvar inchada e palpá-la, se observa que essa está "molinha", em mulheres mais velhas se reconhece uma diminuição da flacidez
  • Desenvolvimento de um linfonodo palpável e sensível na virilha/ sinal do linfonodo (um gânglio inchado/ um carocinho)


Todos estes são indicadores valiosos da fertilidade.

Podemos utilizar-se de outros métodos para saber se estamos ovulando, como:



Como melhorar a produção de muco fértil


Existem algumas medidas que podemos tomar para ajudar nosso corpo com a produção de muco fértil:

Beber água - O muco cervical é basicamente composto de água, sem hidratação não existe produção de muco cervical. Aumente a sua ingestão de líquidos, especialmente água (pelo menos 2 litros), e colha os frutos da hidratação adequada do seu organismo.

Alimentos saudáveis - uma boa alimentação ajudará o corpo a manter-se funcionando corretamente. Linhaça, inhame, óleo de prímula, óleo de copaíba, óleo de gérmen de trigo são algumas das boas alternativas que estimulam a produção de muco cervical. 

Lubrificante amigo da concepção


Quando há pouca ou nenhuma produção de muco fértil, a alternativa é o uso de lubrificantes feitos especialmente para as mulheres que desejam engravidar. Diferente dos lubrificantes comuns, que criam uma barreira e impossibilitam a movimentação dos espermatozoides e fazem com que morram mais rápido, os lubrificantes para concepção tem uma fórmula que os deixam com a mesma consistência do muco fértil, ajudando os espermatozoides a chegarem vivos e bem mais rápido ao útero. Entenda em detalhes como eles funcionam nesse post
Como vimos, mesmo que haja pouca ou nenhuma produção de muco fértil, sempre se pode fazer algo a respeito. O importante é manter o foco e seguir em frente na conquista do positivo! Até a próxima!

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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O que é folículo ovariano?


Entender os pormenores da ovulação ajuda muito nas tentativas de engravidar. Algumas pessoas, embora saibam o que é ovulação, nem sempre conhecem mais detalhadamente como acontece esse processo. Vamos falar mais a respeito da ovulação e dos folículos ovarianos neste post.

O que é um folículo ovariano?


O folículo é a unidade básica do sistema reprodutor feminino. Um folículo é um óvulo revestido que se desenvolve a partir das células germinativas que revestem a superfície do ovário. O número e o tamanho dos folículos irá variar de acordo com a idade e o estado de reprodução da mulher. Com o passar dos anos o número de folículos vão diminuindo devido a ocorrência da apoptose que nada mais é do que a morte de células, mas este processo é normal e ocorre em todos os seres humanos. Também chamado de folículo de Graaf, folículo ovariano se maturam na fase secretora para que ocorra o ciclo reprodutivo da mulher.

Etapas de desenvolvimento do folículo ovariano


A formação do folículo começa antes mesmo do nascimento, ainda na formação dos ovários. Nessa fase, os ovários contêm os chamados folículos primordiais. Quando a mulher nasce, sua reserva ovariana contém todos os óvulos que liberará durante toda sua vida fértil. Os folículos permanecem num estágio "adormecido" até que passem pelo desenvolvimento da ovulação. Leva de seis meses a um ano para que um folículo primordial chegue a um folículo maduro preparado para a ovulação. Em cada fase do desenvolvimento folicular, muitos dos folículos param o desenvolvimento e morrem. Nem todo folículo primordial passará por cada estágio. Menos de 1% consegue liberar um óvulo maduro.  A cada ciclo menstrual vários óvulos imaturos são perdidos.

Recrutamento folicular


Poucos dias antes e durante a menstruação, alguns hormônios produzidos pelo nosso cérebro enviam um comando ao ovário para que os folículos se desenvolvam, cresçam e ovulem. Isto é denominado recrutamento folicular. Mensalmente cerca de 100 folículos respondem a esse estímulo hormonal, apesar de vermos menos deles ao ultrassom, pois a maioria ainda é microscópica. Porém, apenas um deles irá conseguir crescer adequadamente e ovular. Este é o folículo dominante, o melhor selecionado pela natureza naquele mês.

O que é folículo dominante?


O ciclo menstrual é dividido em duas partes: fase folicular (que vai da menstruação até a ovulação) e fase lútea (após a ovulação).

Durante a fase folicular o corpo vai fazer com que os folículos cresçam para que um (ou dois) deles esteja maduro o suficiente para liberar um óvulo. Cada folículo vai crescendo de forma independente. Isso significa que a uma certa fase do ciclo um deles estará maior que os outros. Esse folículo que cresceu mais é chamado de folículo dominante. Apenas em casos especiais, como quando há o uso de medicamentos indutores de ovulaçãoé que vários folículos podem crescer até o estágio ovulatório. É a chamada Ovulação Dupla ou Múltipla

Quanto mede um folículo dominante?


O folículo ovariano pode ser medido durante o controle de ovulação, através de um exame de ultrassom. Normalmente seu tamanho é determinado em milímetros (mm). 

Os folículos crescem em média 2mm por dia e se rompem em média entre 19 e 23mm. Quando se utiliza um indutor de ovulação, esse valor pode aumentar para cerca 28mm a 31mm ou até mais.

Através do controle da ovulação além de avaliar se há algum folículo dominante, pode-se indicar a data da provável ovulação e também é possível induzir a liberação do embrião com injeção de gonadotrofina coriônica (hCG).

Os estágios do desenvolvimento folicular são:



Folículo primordial - todos os folículos que estão dentro dos ovários de uma menina recém-nascida. 

Folículos primários - este folículo começa a surgir após a puberdade, por ação dos hormônios, quando se inicia o ciclo sexual.

Folículos secundários - que envolvem a adição de células que iniciarão a produção hormonal.

Folículos terciários - também chamados de folículos antrais (possuem uma cavidade cheia de líquido conhecida como antro) que permitem saber se a reserva ovariana é satisfatória. 

Folículo de Graaf ou folículo dominante - é aquele que está maduro o suficiente para a ovulação.

Ruptura do folículo - o pico do hormônio LH faz com que ocorra liberação do óvulo pelo folículo dominante.

Corpo Lúteo ou Corpo amarelo - é a estrutura que envolvia o óvulo antes da sua liberação. Sua função é enviar progesterona para nutrir o endométrio e consequentemente o embrião implantado.

Corpo Albicans ou Corpo branco - é a cicatriz que permanece após a regressão do corpo lúteo, que ocorre caso não ocorra a gestação.


Visualização de um folículo dominante com ultrassom:



Os cistos foliculares


Se um folículo ovariano não liberar um óvulo durante a ovulação, e continuar a crescer dentro do ovário, torna-se um cisto. Os folículos que liberam o óvulo podem também tornar-se cístico, se o saco não se dissolver e o fluído ficar retido, sob a parede celular. Os cistos ovarianos são normalmente benignos e bastante comum em mulheres após a puberdade, geralmente causando pouco ou nenhum desconforto e muitas vezes desaparecendo sem tratamento. Saiba mais sobre os Cistos Foliculares.



Se cistos ficam muito grande, eles podem empurrar o ovário fora de sua posição normal, o que aumenta as chances dele se torcer. Isso causa uma dor extrema, e requer tratamento cirúrgico para corrigir.

Estimular naturalmente o crescimento folicular


Quando não se pode ou não se quer estimular com medicamentos a ovulação, com injeções ou pílulas, pode-se optar pelo tratamento natural. Alimentos à base de inhame por exemplo, o elixir, chá ou preparados do legume, assumem um papel indutor muito eficiente em quase todos os organismos. Outro alimento rico em estrogênio também, a soja. Mulheres que desejam engravidar devem consumir regularmente principalmente na fase de estímulo da ovulação. Até a próxima!


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Ciclo Menstrual Curto





segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Ultrassom é confiável para saber o sexo do bebê?


A gravidez chega trazendo muitas dúvidas, não apenas para os pais que passam a pensar no sonho se realizando ou ainda na situação financeira, como para aos envolvidos, avós, tios, parentes e amigos que desejam participar desse momento junto com a gestante. Nesse caso, a pergunta que não cessa é se será menino ou menina.

Contudo, a próxima dúvida que chega é se o resultado é confiável! Há muitas histórias de pais que achavam que iam ter uma menina, mas depois descobriram que era menino e vice-versa. A grande questão é se o ultrassom pode errar? Sim! Na verdade existem alguns fatores que contribuem para uma exatidão menor do exame. Vejamos o que pode fazer o ultrassom ser menos confiável:

Qualidade do aparelho


É importante contar com um aparelho de ultrassom que ofereça a melhor qualidade para que o diagnóstico seja o mais assertivo possível. Tal qual todo tipo de aparelho, o equipamento de ultrassom também é passível de ajustes, manutenção e falhas. Pois isso também interfere no resultado do exame. 

Experiência médica


Poucas pessoas sabem mas o médico que realiza o exame de ultrassom deve ser especialista em exame de ultrassom obstétrico. Quanto mais experiência médica em conjunto com um bom aparelho de ultrassom, o resultado é menos suscetível a erros. 

No Brasil, por determinação do CFM – Conselho Federal de Medicina, somente um médico ou uma médica podem realizar e interpretar os exames de ultrassom, sendo especialista na área de ultrassonografia, profissionalmente preparado para utilizar as principais técnicas necessárias para a realização deste exame.

Outras situações que dificultam um exame de qualidade


Devido à fragilidade do feixe ultrassonográfico, à medida que ele penetra camadas e mais camadas dos tecidos, vai perdendo sua energia e a resolução da imagem vai se deteriorando progressivamente, motivo pelo qual a qualidade do exame quando há muitos fetos, muitos miomas grandes ou quando a paciente está muito obesa é pior do que quando está magra e não tem nenhuma das situações mencionadas. Cirurgias abdominais prévias, posição uterina e posição fetal também pode atrapalhar a visualização do sexo do feto. A experiência do médico que executa o exame ultrassonográfico e o tipo de equipamento utilizado também influencia a qualidade do procedimento.

Idade Gestacional


Quanto mais tarde é feito o exame de ultrassom menos chances há de "indicar" errado o sexo do bebê. Isso acontece pois os primeiros exames, feito antes de 14 semanas, não consegue confirmar o sexo do bebê pois nesta fase da gravidez o bebê ainda não tem a genitália totalmente formada. 


Na verdade, o que se vê nessa fase é uma estrutura chamada tubérculo fetal, a qual, dependendo da posição em relação ao tronco do bebê, sugere que seja menina ou menino. Contudo, é importante saber que existe 20% de chance de erro. Os médicos analisam o ângulo em que o tubérculo genital se encontra, como abaixo:

Tubérculo Genital masculino (XY) e feminino (XX)



Lembre-se que dependendo da posição do bebê ou da experiência do médico, essa análise pode ser incorreta.

Quando a ultrassom é mais confiável


A partir da 16ª semana é a época ideal para conhecer o sexo do bebê, pois os órgãos sexuais já estão bem desenvolvidos. Quanto mais tempo aguardar melhor! A posição do pequeno dentro da barriga pode dificultar a visão, mas, com um pouquinho de paciência na hora do ultrassom, o médico pode conseguir fazer com que ele se vire. Alguns truques como comer chocolate e refrigerante antes do exame também ajuda para que o bebê se movimente mais. Mesmo que o médico dê seu palpite, o melhor é sempre confirmar no ultrassom morfológico do 3º trimestre. 


Veja como é formado o sexo do bebê:




Dessa forma, não exija de seu médico uma resposta caso ele esteja com dificuldades pois realmente pode estar difícil e uma resposta precipitada pode levar a sérios problemas no futuro, como ter que trocar o enxoval do bebê e ter que explicar para todos que o sexo estava errado. Lembre-se de aguardar a confirmação com um segundo, terceiro e até quarto exame! Caso a curiosidade e a ansiedade sejam maior, a mamãe pode optar pela sexagem fetal. (Saiba mais a respeito aqui!) E deixe as compras de roupas e decoração em rosa ou azul apenas para o final da gravidez, enquanto isso investir em cores e tons neutros é uma maneira sábia de arrumar o enxoval sem ter que trocar tudo depois! Até a próxima!

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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Ovulação Dolorosa


Os incômodos do ciclo menstrual são diferentes para cada mulher. Algumas terão a felicidade de passar pelo período sem qualquer sintoma significativo, outras poderão sentir apenas os incômodos pré-menstruais. Algumas vezes mesmo o período ovulatório é acompanhado de dor. Entenda a causa e quais os tratamentos que podem ser feitos para aliviar a dor durante a ovulação. 

O que é ovulação dolorosa?


A ovulação é liberação do óvulo pelos ovários para possibilitar a fecundação e assim acontecer a gravidez. Depois de liberado, o óvulo tem uma sobrevida de 12 a 24 horas, após esse tempo começa a desintegrar-se se não for fertilizado por um espermatozoide. Normalmente a mulher ovula cerca de 2 semanas depois da chegada da menstruação. Na maioria das vezes as mulheres não sentem nada durante a ovulação e, portanto tem que confiar em outras maneiras de determinar o seu dia da ovulação. No entanto, existem muitas mulheres que experimentam a dor em seu abdômen inferior bem como na região pélvica quando ovulam. Esta é uma ocorrência muito comum e isto é quase 20% das mulheres que sofrem esse problema. 


O que causa a ovulação dolorosa?


O termo médico para este problema é Mittelschmerz que é uma palavra alemã que significa "dor do meio" ou "dor de ciclo médio". Durante a ovulação, juntamente com o óvulo, algum  fluido folicular, bem como uma pequena quantidade de sangue é liberado do ovário. Embora este sangue seja absorvido pelo corpo, por vezes pode irritar a parede abdominal causando a dor no estômago. A dor de ovulação pode ser um sintoma secundário de outras causas, as mais comuns são:

Cistos nos ovários - os cistos podem se formar ou se romper durante o período ovulatório. Mulheres com SOP (Síndrome de Ovários Policísticos) podem ter dor devido aos múltiplos cistos. 

Endometriose - trata-se de uma doença inflamatória que afeta os ovários e as trompas de Falópio. Ela também pode causar dor durante a ovulação. Conheça mais sobre Endometriose aqui

Aderências de cirurgia prévia - algumas cirurgias, como a apendicite, podem deixar aderências e tecidos com cicatrizes que causam dor, limitação dos ovários e estruturas adjacentes. 


Infecção ou inflamação - infecções e inflamações na região pélvica podem causar dor durante a ovulação. Um exemplo é a clamídia, que pode provocar inflamação dos tubos, cicatrizes e doença inflamatória pélvica. Ela também pode causar uma condição conhecida como hidrossalpinge, em que as trompas de Falópio são obstruídas. 

Medicamentos para indução de ovulação - os medicamentos indutores de ovulação poderão causar dor por causa do estímulo maior dos folículos ovulatórios. 


Quais os sintomas da ovulação dolorosa?


A dor durante a ovulação pode se apresentar semelhante às cólicas menstruais e pode ocorrer tanto do lado direito como do lado esquerdo, na direção dos ovários. Dependerá de qual ovário liberou o óvulo. Além disso, a dor pode mudar de um lado para o outro em cada ciclo. A dor pode ser sentida também como pontadas finas na região pélvica, algumas vezes se apresenta com um leve sangramento de ovulação

Uma forma de identificar se a dor é realmente decorrente da ovulação é observar se ela se repete na maioria dos ciclos, desaparecendo dentro de um dia e não se repetindo até a próxima ovulação. 


Ovulação dolorosa é normal?


Contanto que os sintomas não sejam graves, uma ovulação dolorosa é inofensiva. Isso significa que ela deve ser considerada apenas um incômodo e não algo que atrapalhe as atividades diárias. Qualquer intensificação da dor ou o prolongamento do tempo (mais que um dia) deverá ser informada ao médico para que seja avaliada outras possíveis causas.

Procure imediatamente um médico caso a dor venha acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Dor ao urinar
  • Vermelhidão ou inflamação da pele no abdômen ou da pélvis
  • Náusea ou vômito grave
  • Sangramento vaginal intenso
  • Corrimento vaginal anormal
  • Inchaço abdominal


Quando tratar e quais os tratamentos?


Caso os sintomas sejam pequenos ou durem apenas alguns minutos, não há necessidade de nenhum tratamento. Caso os incômodos sejam mais fortes, algumas medidas ajudarão no alívio das dores:

Analgésicos - alguns analgésicos podem ajudar aliviar os sintomas, claro que apenas aqueles que não necessitam de receita devem ser utilizados. Pode-se optar pelos mesmos utilizados para alívio das cólicas menstruais.

Compressas quentes - assim como ajuda com as cólicas menstruais, as compressas quentes ajudam na circulação sanguínea do abdômen, aliviando as dores da ovulação.

Banhos quentes - um banho morno ou quente pode funcionar como a compressa quente, ajudando a relaxar e aliviar os sintomas.

A ovulação dolorosa é uma ocorrência normal (quando a dor não for intensa e prolongada!) e mesmo as mulheres que nunca tiveram sintomas antes podem perceber os sintomas da ovulação dolorosa a partir dos trinta anos. Se os sintomas forem suaves e não acompanhados de nenhum dos sinais listados acima, isso não é um motivo para preocupação. Até a próxima!

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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O que é reserva ovariana?


Com o passar dos anos, ter filhos é deixado cada vez para mais tarde. Embora emocionalmente e até financeiramente essa seja uma escolha sensata, biologicamente, nem tanto. Isso porque as mulheres detém melhores taxas de fecundidade até os 35 anos de idade. Após esse período, alguns fatores naturais, como o envelhecimento, começam a influenciar o organismo, diminuindo as chances de gestação. Um desses fatores é a ovulação, já que com passar dos anos a mulher tem a reserva ovariana diminuída. Entenda como isso influencia a fertilidade:

O que é reserva ovariana?



A reserva ovariana é a quantidade de óvulos que a mulher possui quando passa a planejar uma gravidez ou inicia um tratamento para engravidar. Diferente dos homens, que tem uma produção constante de gametas masculinos (espermatozoides), a mulher já nasce com uma contagem de óvulos que, ao longo de sua vida, vai diminuindo.

Reserva ovariana e a fertilidade


O envelhecimento ovariano (também conhecido como reserva ovariana) pode ser definido como a perda da saúde reprodutiva dos ovários e óvulos (oócitos) e está associado a um declínio no número de folículos ovarianos. Os hormônios tornam-se insuficientes, falta ovulação, diminui a fertilidade, as menstruações se tornam irregulares, depois escassas, vão cessando gradualmente e, finalmente, desaparecem completamente de forma irreversível. Este fenômeno é conhecido como menopausa e geralmente ocorre em uma idade média de 51 anos.


As mulheres não fazem novos óvulos após o nascimento. A reserva ovariana decresce com a idade e para algumas mulheres a fertilidade já começa a diminuir a partir dos 30 anos. O grau de declínio varia de mulher para mulher, mas este envelhecimento começa após os 35 anos e permanece de forma contínua até a menopausa.

Conhecendo os números


A mulher nasce com um número determinado de folículos nos dois ovários, cerca de 6 a 7 milhões de folículos, diminuindo gradualmente esse número, por envelhecimento dos óvulos e/ou recrutamento dos folículos para ovulação.

O período de vida intrauterino é marcado por uma perda rápida de folículos, cerca de 50 mil diariamente. Depois até a puberdade este consumo diminui para uma média de 1000 folículos dia. A mulher inicia sua vida reprodutiva então com uma população em torno de 400 mil folículos.

Assim, em uma mulher com 50 anos, com ciclos menstruais ainda regulares, cada ovário contém entre 2.500 a 4.000 folículos residuais já insensíveis às gonadotrofinas.

Como avaliar a reserva ovariana?


A não ser que a paciente peça, normalmente os ginecologistas costumam indicar a avaliação da reserva ovarina à mulheres inférteis com idade de acima de 35 anos ou àquelas em que haja suspeita de baixa reserva como:
  • Um único ovário
  • Cirurgia ovariana prévia
  • Má resposta a estimulação exógena com gonadotrofinas
  • Exposição a agentes quimioterápicos e radiação


A avaliação é feita através de exames simples de sangue e de imagem por ultrassom. São utilizados métodos de dosagem do FSH, Estradiol, Hormônio Anti-Mülleriano – AMH, Inibina B e Progesterona, além do exame de ultrassom:

Hormônio folículo-estimulante - FSH - Alguns estudos sugerem que o valor de FSH é um importante prognóstico quanto ao sucesso da fertilização in vitro (FIV), baixa resposta à estimulação ovariana e de não gravidez.

Estradiol (E2) - O estradiol é um hormônio secretado pelas células granulosas dos folículos ovarianos e a sua determinação complementa a avaliação da reserva ovariana. Indica-se dosar o estradiol em seus níveis mais baixos, nos primeiros dias do ciclo menstrual. Os valores variam de acordo com a fase do ciclo menstrual. Em um ciclo natural, o E2 tem um pico próximo à ovulação. Porém, os estudos sobre os valores que representam índices de sucesso na FIV são controversos e sugerem que o E2 tem baixo valor preditivo. E2 também pode ser útil na avaliação da Síndrome de hiperestimulação ovariana.

Hormônio Anti-Mülleriano – AMH - O AMH é secretado também pelas células granulosas dos folículos ovarianos. Em geral, concentrações mais elevadas correlacionam-se com boa reserva ovariana. Alguns grupos têm demonstrado correlação entre baixos níveis e menopausa. 

Inibina B - produzida nos folículos, assim com o AMH, e sua concentração oscila no ciclo menstrual. Atua inibindo a produção de FSH na hipófise. Com o envelhecimento, os níveis de FSH aumentam e os níveis de Inibina B e AMH diminuem. Portanto, é um marcador tardio e não deve ser utilizado para avaliar a reserva ovariana ou menopausa

Progesterona - A progesterona eleva-se continuamente com o aumento do LH e permanece baixa durante toda a fase folicular. A sua determinação é também uma avaliação prática da função ovariana, realizada tipicamente 01 semana antes do período menstrual estimado, quando os níveis são fisiologicamente mais altos. Os valores de progesterona inferiores a 3 ng/mL sugerem anovulação, exceto imediatamente após ovulação ou antes da menstruação.

Ultrassonografia transvaginal - Método prático, deve ser feito nos primeiros dias do ciclo menstrual. Por meio da imagem, o especialista conta quantos folículos a mulher tem naquele mês. Menos de dez, indicam baixa reserva; mais de 20, alta. É coberta pelo SUS e por convênios. Conheça o controle de ovulação com ultrassom neste post aqui.


Como engravidar com baixa reserva ovariana?


Caso haja um diagnóstico de baixa reserva ovariana pode-se optar por um tratamento de reprodução assistida:

Mini-FIV: trata-se de um procedimento bastante semelhante à FIV (Fertilização in Vitro), mas com o objetivo de estimular a produção de poucos óvulos (da própria mulher) com mais qualidade do que de grande quantidade, como acontece na FIV. Essa técnica é muito bem aceita, pois não apresenta os efeitos da hiperestimulação ovariana, além de ser mais acessível.

Doação de óvulos: Um procedimento cada vez mais comum entre as famílias que se submetem a um tratamento de reprodução assistida, a doação de óvulos é um tratamento em que uma mulher doadora anônima oferece seus óvulos ao casal, por meio da clínica de reprodução humana que está intermediando o tratamento. Esse óvulo doado é fecundado em laboratório pelo espermatozoide do parceiro da receptora e, após gerar embriões, transferido para o útero da futura mamãe. 


Para as mulheres que querem engravidar mas desejam que isso seja feito mais tarde, há a possibilidade de armazenar os óvulos ou mesmo embriões. Essa alternativa é feita com a indução da ovulação, seguida pela coleta dos óvulos podendo ou não fertilizar esses óvulos e então armazená-los congelados.

Há variações dentre os tratamentos de reprodução assistida, é importante que o especialista consultado determine a melhor opção para a paciente. Cada caso deverá ser analisado individualmente. Embora a baixa reserva ovariana requeira medidas imediatas, felizmente hoje há muitas opções para realizar o sonho da maternidade. É importante lembrar também que mesmo diagnóstico de baixa reserva ovariana, nada impede que ocorra uma gravidez de maneira natural. Jamais perca as esperanças. Até a próxima!