quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Teste de Gravidez


Nada deixa a pré-mãe mais ansiosa do que fazer (ou pensar em fazer) um teste de gravidez. Mesmo as mais experientes no mundo das tentantes não escapam de passar por um turbilhão de sentimentos. Entender como funcionam os testes de gravidez facilitará (só um pouco) a escolha de qual fazer e quando! Seja o exame de sangue (beta hCG) ou de urina (de farmácia), eles sempre vão deixar nossos corações batendo muito rápido.

Como funcionam os testes?


Quando o óvulo é implantado no útero, a conhecida nidação, o corpo passa a produzir o hormônio Gonadotrofina Coriónica Humana ou em inglês Human Chorionic Gonadotropin de onde vem a sigla hCG. Os testes funcionam detectando a presença desse hormônio, produzido na gravidez, no sangue ou na urina. São raras as situações em que o hCG está presente no organismo sem que haja gravidez em curso (tumores germinativos ovarianos ou testiculares por exemplo).

Por serem mais facilmente encontrados, a opção pelo teste de gravidez de farmácia costuma ser a primeira feita pré-mãe para saber se o seu bebê dos sonhos está a caminho. 

Qual a confiabilidade desses testes?


O hCG se encontra no sangue e após ser filtrado nos rins vai parar na urina para ser eliminado. Dessa forma, o exame de sangue será mais confiável inicialmente que o de urina. 

Em se tratando de teste de farmácia, os fabricantes costumam apontar uma confiabilidade de 95 a 99%. Contudo, para garantir um resultado confiável é necessário que as instruções de como fazer e o tempo de espera pelo resultado seja respeitado, bem como a verificação do prazo de validade do kit e as boas condições de armazenamento também são importantes.

Já nos testes de sangue a taxa de confiabilidade é de 99%, embora cuidados como fazer o mais tarde possível (de preferência após o atraso menstrual) é importante para não se decepcionar com um falso-negativo. Existe o exame de beta-hCG qualitativo e quantitativo. No primeiro há um valor determinado para a confirmação de gravidez (dependendo do laboratório pode ser de 5 a 50 mUI/ml) e então se esse valor for encontrado o resultado é apresentado como positivo, indeterminado ou negativo. O segundo apresenta exatamente o valor encontrado como resultado, sendo assim mais significativo para saber se a gravidez ainda está muito no início, isso tudo pois se há a presença de 4mUI/mL de hCG (exemplo) o exame qualitativo apresentaria um resultado negativo ou indeterminado, deixando dúvidas se foi por causa do valor ou da invalidade do teste, já o quantitativo deixaria mais claro que embora pouco, há grande chance de ser uma gravidez no início. 

Quando fazer o teste?



A priori, o teste de gravidez pode ser feito a partir do 1º dia de atraso menstrual, contudo, alguns testes (no caso do teste de farmácia) possuem uma sensibilidade maior, podendo ser feito dias antes do atraso. Quanto mais se adia o exame de gravidez, mais confiável o teste se torna, seja ele de sangue ou de urina. A maioria dos testes de farmácia disponíveis no mercado brasileiro pode ser feita com a urina de qualquer horário do dia, no entanto, a primeira urina da manhã apresenta melhores resultados, pois é menos diluída e a concentração do hCG fica maior. Caso a ansiedade seja grande e não se possa esperar até o dia seguinte, recomendo uma pausa de 3h ou mais sem ir no banheiro para aumentar a concentração na urina. 

Fique atenta para considerar atraso apenas quando seu ciclo tiver atingido o maior período que já teve. Isso significa que uma mulher com ciclos que variam de 30 a 35 dias, só poderá considerar atraso após 35 dias, ainda que isso tenha ocorrido uma única vez. 

O teste pode dar errado?



Um teste feito muito cedo pode ainda não detectar a presença do hCG de forma que apresentará um resultado que muitos chamam de falso-negativo. Não deixar a fita em contato com a urina pelo tempo necessário, impedindo que o teste identifique o hormônio presente na urina também interfere resultando em falso negativo ou então fazer o teste em uma urina muito diluída. Por isso é recomendado utilizar a primeira urina da manhã. 

Embora é difícil de encontrar artigos científicos que abordem essa questão, há casos, muitos deles relatados em fóruns e redes sociais, onde não foi detectado hCG mesmo após um atraso significativo e mesmo tendo sido feito o exame de sangue. Infelizmente não encontrei mais a entrevista em que a médica explica que há casos em que o hormônio fica em baixa quantidade no sangue e que acaba não sendo detectado também na urina, gerando esses casos em que a mãe só descobriu a gravidez pela ultrassom transvaginal. Assim sendo, recomendo que mesmo em caso que o resultado tenha sido negativo e ainda há desconfiança de gravidez, fazer uma ultrassom transvaginal após a 1ª semana de atraso. 
Há também os casos em que o teste deu positivo (de farmácia) e depois de uns dias a menstruação veio, frustrando completamente a mulher. Algumas situações podem explicar que um teste dê positivo:

Gravidez interrompida muito cedo - o processo de fecundação e nidação não é rápido e pode ser interrompido a qualquer momento em que não ocorra tudo como esperado. Algumas vezes o embrião começa a se implantar e por qualquer motivo não completa o processo e então ocorre a expulsão do mesmo. Esse é o caso que chamamos de gravidez química. A partir do que o embrião começa a implantação, o hCG é produzido e um teste feito durante esse período inicial pode já apresentar o resultado positivo e quando há a interrupção do processo o nível do hormônio cai e passa a não se possível detectar no teste. Muitas mulheres passam por esse processo sem nem notar o que aconteceu pois não estavam esperando por uma gravidez, diferente de nós pré-mães que mal esperamos o atraso pra já fazer um exame. 

Testes inválidos ou com defeito - esse é o caso um pouco mais raro, mas que ainda é possível. Passei por essa situação mas só soube que não se tratava de gravidez química por ter vários testes de marcas diferentes e que foram feitos com a mesma coleta de urina, onde dois testes deram negativo e apenas um positivo. 

Tumores e outras doenças - nesse caso há uma alteração, que provoca a produção do hCG e que se feito um teste o mesmo dará um falso positivo. Pacientes com doenças benignas como doença inflamatória do intestino, úlceras duodenais, cirrose ou cânceres de mama, pulmão, pâncreas, ovário ou sistema gastrointestinal podem ter elevados níveis de HCG. 

Aborto recente - é comum o corpo levar um tempo para diminuir o valor do hCG após um aborto, então fazer um teste no ciclo seguinte pode ainda apresentar a quantidade de hCG da gravidez anterior. Nesse caso o melhor é fazer o exame de sangue quantitativo e repeti-lo dois dias depois para avaliar se o valor aumenta indicando uma nova gravidez ou se é resultado da gravidez anterior.

Gravidez ectópica - nesse caso não se trata de um falso positivo mas de uma gravidez inviável. Os valores (quando feito o exame quantitativo) costumam aumentar muito pouco (o normal é dobrar ou triplicar a cada 2 dias!). Será necessário um exame de ultrassom para confirmar que não se trata de gravidez tópica (no útero) e em seguida será necessário proceder com a interrupção da mesma.

Menopausa  - alterações causadas pela menopausa podem estimular a presença de hCG no organismo. 

Medicamentos - alguns medicamentos podem alterar o resultado do teste e no caso de medicamento para fertilidade pode acusar positivo sem que haja gravidez.

Como fazer o teste de farmácia?


As instruções do teste devem ser seguidas rigorosamente, incluindo o tempo em que teste deve ficar em contato com a urina e o tempo de leitura do resultado. Muitas vezes há um resultado errado pela má utilização do teste. Alguns testes indicam que a paciente urine diretamente sobre a fita, outros contem um recipiente em que deve ser coletada a urina e mergulhada a fita dentro e outros que vem com um conta-gotas para pingar a urina no teste. 


Depois do contato do teste com a urina deve-se observa pelo tempo indicado nas instruções do teste para a espera do resultado. Nesse tempo o teste indicará positivo por duas linhas (não importando a intensidade da tonalidade da linha) que podem ser paralelas ou em forma de cruz. Alguns testes são digitais e apresentam o resultado como "não grávida" ou com a indicação (estimativa) das semanas de gestação. 


Caso nenhuma linha seja mostrada ou apenas a linha do teste e não a de controle (veja no kit qual delas é a de controle) o teste será considerado inválido.



Repita o teste uma semana depois caso o resultado seja negativo ou inválido e ainda haja suspeita de gravidez. Até a próxima.





segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Infertilidade Sem Causa Aparente - ISCA


Durante o processo de tentar o positivo é comum ter medo de que apareça algum resultado que indique um problema de fertilidade. Apesar de ser bem chato saber que terá que fazer algum tratamento se quiser ter seu sonho realizado é a decepção de não ter nada de errado e simplesmente a coisa não acontece. Por mais duro que seja receber um diagnóstico que irá atrasar o sonho ou mesmo que indicará que apenas a adoção é possível, pelo menos as questões do que há de errado foram respondidas. Não saber o motivo da demora só aumenta aflição e a frustração do casal. 

Então é que vem um diagnóstico que é não ter um diagnóstico. Chamado de Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA), esse diagnóstico é recebido por cerca de 10% dos casais que tentam engravidar. 

O que é Infertilidade Sem Causa Aparente?


É diagnosticado com infertilidade sem causa aparente o CASAL que após exaustiva maratona de testes, não apresentou nenhuma alteração (fisiológica ou orgânica) nos exames feitos que explique o motivo da gravidez ainda não ter ocorrido. 

Quando se recebe o diagnóstico de ISCA na verdade é recebendo a afirmação que por enquanto a medicina ainda não consegue identificar qual o fator que está dificultando a gravidez. Então é importante ter em mente que é uma limitação temporária e que pode mudar a qualquer momento. 

De cara já percebemos que para receber esse diagnóstico não basta ter feito um par de exames. Felizmente, com o avanço da medicina é mais fácil identificar o motivo do atraso no positivo. Contudo, vale lembrar que os exames devem ser feitos não apenas pela pré-mãe, mas também pelo pré-pai e também só deverá contar após o prazo de no mínimo um ano de tentativas efetivas. 

O que fazer a respeito?


Devemos ter em mente que mesmo que tenhamos feito todos os exames e nada foi encontrado, há a necessidade de refazer alguns de forma mais completa e aprofundada possível. Isso tudo por causa de que pode ocorrer falhas durante o processo que precisam ser averiguadas, como por exemplo, um médico (mesmo que competente) poderá ignorar um resultado ou apenas não dar o devido valor para uma alteração que não é ruim mas também não é boa e que merece ser reavaliada para confirmação. Pode ocorrer um equívoco de interpretação do resultado ou mesmo um erro no processo de realização do exame que poderá comprometer o resultado. Alguns laboratórios não realizam um exame mais profundo em seus processos habituais e alguns diagnósticos só podem ser realizados diante de exames mais minuciosos, então refazer o exame de forma mais cautelosa é o primeiro passo a ser seguido. 

O médico deve ter a ética de continuar a investigação enquanto houver aspectos que não foram estudados ou foram estudados superficialmente. Não se pode simplesmente dizer que não há respostas enquanto todas as possibilidades não foram exploradas. 


Ainda assim não foi identificado problema, o que fazer?


O próximo passo dependerá dos fatores relativos a idade do casal, ansiedade em ter filhos e disponibilidade econômica. Um casal jovem (menos que 35 anos) com baixa ansiedade em conseguir engravidar e/ou pouca disponibilidade econômica poderá iniciar as tentativas pelos meios mais simples (e baratos) de indução, começando com alteração do estilo de vida com implementação de alimentação saudável e atividade física, podendo chegar ao coito programado com indução de ovulação, Inseminação Intrauterina (IIU) ou Fertilização in vitro (FIV) para casais em que a paciente tem mais de 35 ou com grande ansiedade em ter filhos ou ainda que prefiram e tenham disponibilidade econômica para seguir com esses tratamentos. 



O que é o coito programado com indução de ovulação?



O coito programado nada mais é que a avaliação do período exato em que ocorrerá a ovulação. Normalmente feita através de exame de ultrassom, poderá saber a data certa para o namoro e mesmo se existe (e quantos) folículos estão se desenvolvendo. 

No caso de coito programado com indução, é dada a paciente um indutor de ovulação que aumentará a produção de folículos dominantes e haverá maiores chances de gravidez já que mais óvulos poderão ser liberados. (Saiba mais sobre indutores aqui!)

Como funciona a Inseminação Intrauterina (IIU)?



Na IIU é verificado o período de ovulação da pré-mãe e ao invés de indicar os dias de namoros, é feita uma coleta (via masturbação) dos peixinhos do pré-pai e os mesmos são preparados em laboratório (escolhidos os melhores) para então serem inseridos no fundo do útero, ficando assim mais perto das trompas e dos óvulos, aumentando de 18 a 20% as chances de gravidez. 


O que é a FIV?



A fertilização in vitro é a sofisticada forma de conseguir a gravidez, de forma que tem maiores chances de sucesso. 

É feita indução de ovulação para que haja um grande número de óvulos que serão coletados para preparação em laboratório. No laboratório será feita a fertilização (junção dos óvulos com os espermatozoides) e após alguns dias (de 2 a 5) são implantados no útero já em fase adiantada de desenvolvimento do embrião. 

Em mulheres com menos de 35 anos as chances de gravidez são de 55% dos casos. 


Caso ainda não encontre resposta para a não chegada do positivo, tenha em mente que é importante que haja uma relação de confiança com seu médico. Caso não sinta que todas as possibilidades tenham sido exploradas, o melhor é procurar um outro especialista para verificar melhor o seu caso. Mas como vimos, ainda que não haja uma resposta, existe várias possibilidades da realização do seu sonho, ainda que seja a adoção. Vale sempre lembrar que o importante é exercer o amor de mãe, seja ele vindo através da gravidez biológica ou do coração. Espero que tenham gostado, até a próxima. 




terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Quem é a doula?


Nos dias de hoje é muito comum ouvirmos debates acirrados a respeito de como deve ser o parto, qual o melhor e o verdadeiro, quem é e quem não é uma boa mãe por ter optado por este ou aquele procedimento. Embora este seja um ótimo tema, por hoje, optei por explicar o papel de alguém que ouvimos falar mas não temos muita ideia do que ela faz: a doula! Se enfim conseguiu seu positivo e ainda quer entender um pouco a respeito desse profissional, aqui vão algumas colocações. 

O que é uma doula?


Doula é uma palavra com origem grega que significa "mulher que serve". Conhecida hoje como a pessoa que estará para dar todo o suporte durante o parto. 

Antigamente, o parto era um acontecimento que reunia as mulheres da família para ajudar a gestante a passar pelo trabalho de parto da forma mais confortável e natural possível. Eram as irmãs, tias, avós que estavam ali para oferecer travesseiros, massagens ou apenas apoio as mulheres durante o parto e também com os cuidados com o recém-nascido.

Com o passar do tempo, a medicina evoluiu e vários especialistas foram sendo formados, cada um preocupado com sua área de conhecido, prontos para cada procedimento médico necessário durante o parto. Então temos os obstetras, pediatras, enfermeiras, cada um especializado na sua área, mas que muitas vezes deixam o lado emocional da mãe para último plano e é nesse momento que a doula faz toda a diferença. 

A doula é uma profissional com alguma experiência na área da saúde mas que não se atém apenas aos aspectos clínicos da parturiente. A doula está pronta a dar todo suporte emocional, oferecer conforto, encorajamento, tranqüilidade, além de oferecer as informações sobre os procedimentos e as mudanças físicas esperadas (dilatação, posição do bebê e contrações, entre outras) durante o período de intensas transformações que mãe está vivenciando. 

Para algumas mulheres, é importante respeitar o tempo de trabalho de parto de forma mais natural possível, mas pela falta de experiência e conhecimento, não sentem-se seguras para questionar as sugestões do seu médico. Ter alguém por perto, que além de conhecimento, irá respeitar suas escolhas, traz muita tranquilidade para viver o parto de acordo com suas convicções sem arriscar o bem-estar da mãe e do bebê.

O que a doula faz?


Através de sua presença contínua ao lado da gestante, a doula irá dar todo o suporte emocional. Além de tranquilizar, encorajar e dar apoio, ela tem papel de dar carinho e acolher a gestante nesse momento tão importante. Para isso utiliza todos os recursos disponíveis para que o ambiente seja o mais silencioso e calmo ou mesmo, de acordo com a preferência da mãe, poderá ajustar a iluminação ou colocar um som ambiente que seja mais agradável.

A doula também conta com conhecimento para dar maior conforto físico para a mãe, como massagens, técnicas de respiração e relaxamento, podendo sugerir banhos e posições que aliviem as dores do parto, os desconfortos ou que possam ajudar no progresso do trabalho de parto.

Quando não se tem conhecimento dos termos médicos e dos procedimentos, a doula estará disponível para explicar como funciona e quais os efeitos na mãe e na criança. Ela também pode explicar o que o papai e a mamãe podem esperar do trabalho de parto e do pós-parto, quais procedimentos são comuns ou não, de forma que a mulher poderá se preparar física e emocionalmente para os mesmos. Mesmo em caso de cesárea, ela pode dar apoio para que a cirurgia seja uma experiência mais tranquila para a mãe.

De acordo com a escolha dos pais, poderá ser meio de comunicação entre a mãe, a família e a equipe médica, onde garantirá que os desejos da mãe sejam respeitados sempre que possível.  

A doula também ajudará para que o acompanhante tenha papel ativo durante e após o parto, com sugestões de como o mesmo pode contribuir com o conforto da gestante.

Após o parto será uma opção para ajudar com a amamentação e com os cuidados com o bebê.

Não é papel da doula


A doula é uma pessoa que dará apoio à mãe mas de forma alguma será alguém que indicará quais procedimentos médicos devem ser seguidos ou quanto ao uso de medicamentos. Também não realiza nenhum procedimento clínico como aferir pressão ou medir temperatura, aplicar medicamentos, monitoramento cardíaco da mãe e do feto, não poderá questionar os procedimentos com a equipe médica, apenas colocar qual o desejo da mãe. 

A doula não é substituta de uma enfermeira ou de um obstetra. Cada profissional tem seu papel no parto e o da doula é de apoio e esclarecimento somente. Também não substitui o pai ou o acompanhante. 

Doula na maternidade


Tanto o Ministério da Saúde quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimulam e reconhecem a importância das doulas durante o trabalho de parto. Estudos comprovam que a presença das doulas diminuem em 50% os índices de cesáreas, 25% a duração do trabalho de parto, 60% os pedidos de analgesia peridural, 30% o uso de analgesia peridural, 40% o uso de ocitocina e 40% o uso de fórceps. Fica claro, que uma pessoa com conhecimento e que respeita os desejos da mães deixam toda a experiência bem mais positiva do que jeito que deve ser. 



O Ministério da Saúde diz que "O apoio da doula, além de melhorar a vivência experimentada pelas mulheres que dão à luz, parecem ter uma influência direta e positiva sobre a saúde das mulheres e dos recém-nascidos. Devem, portanto, ser estimuladas em todas as situações possíveis." - Parto, Aborto e Puerpério - Assistência Humanizada à Mulher, 2001.

A OMS reconhece que "O apoio físico e empático contínuo oferecido por uma única pessoa durante o trabalho de parto traz muitos benefícios, incluindo um trabalho de parto mais curto, um volume significativamente menor de medicações e analgesia epidural, menos escores de Apgar abaixo de 7 e menos partos operatórios." - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. OMS. Maternidade segura. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra: OMS, 1996.

Mesmo diante desses fatos, algumas maternidades não permitem a presença da doula, de forma que você deve procurar previamente junto a maternidade que pretende dar a luz, se a mesma permite a presença da profissional. 

Onde encontro uma doula?





Felizmente hoje é relativamente simples encontrar uma doula que atue na maioria das regiões do Brasil. Basta uma pesquisa na internet, há muitas indicações em listas de discussões e blogs que incentivam parto humanizado e o apoio dessas profissionais. Para começar pode acessar o site Doulas do Brasil, e a doula pode ser contatada em qualquer período da gestação. 


Na hora de contratar essa profissional, é importante observar se há empatia entre a mãe e a doula pois a confiança e a cumplicidade é fundamental para que seu papel seja cumprido em sua essência de forma maximizada. Cada profissional tem sua forma de trabalho e este deve se encaixar nas expectativas da mãe. Vale ressaltar que a doula está como apoio ao parto de forma mais natural possível, contudo, caso haja necessidade de cesárea ela será a primeira a ajudar nessa decisão, mas com a escolha de um obstetra que apoie o parto normal será mais fácil realizar esse trabalho. Até a próxima. 

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Procedimentos desnecessários em recém-nascidos


Quando iniciamos as tentativas de engravidar imaginamos todo o processo, desde a conquista do positivo até como será a chegada do nosso rebento. Contudo, muitas pré-mães e até algumas mamães, não sabem é que alguns procedimentos adotados na hora que o bebê chega ao mundo na verdade não são necessários, podendo inclusive acarretar mais problemas para a criança do que benefícios. Mesmo que o positivo não tenha chegado (AINDA) é importante se informar a respeito pois é isso que ajudará a coibir procedimentos que poderão prejudicar mais que ajudar. Saiba quais são os procedimentos e o que fazer a respeito. Lembre-se que cada caso é um caso, e esse post foi pensando para casos em que o pré-natal, a saúde da mãe e do bebê não apresentou qualquer intercorrência durante a gravidez. 

Corte precoce do cordão umbilical



Os estudos compararam o efeito do clampeamento do cordão umbilical precocemente (como é feito de rotina) versus o tardio (somente após o cordão parar de pulsar) em termos de efeito neonatais relacionados sobretudo aos estoques de ferro e anemia 4 meses após o nascimento. Os estudos demonstraram que o clampeamento tardio do cordão umbilical resulta em maiores estoques de ferro nas crianças de 4 meses de idade e menor prevalência de anemia neonatal. A carência de ferro pode acarretar, além de fraqueza muscular e batimentos cardíacos acelerados, problemas significativos no desenvolvimento neurológico da criança, podendo causar inclusive danos permanentes. A simples realização da ligadura tardia do cordão no momento do parto (ou na cesariana) pode beneficiar milhares de crianças. Quando se assiste os programas de partos internacionais, podemos observar que o corte do cordão umbilical é feito muito tempo depois do nascimento do bebê. Isso não ocorre à toa! Após o parto, durante um tempo o cordão ainda envia sangue ao recém-nascido e esse sangue garante uma boa fonte de ferro para a criança, prevenindo a anemia. Contudo, muitos médicos não esperam até que o cordão pare de pulsar para efetuar o corte. 
Quando o cordão pára de pulsar, é porque o bebê conseguiu se estabilizar e vai conseguir respirar sozinho, sem a ajuda da oxigenação da placenta. Infelizmente, a preocupação com a rápida liberação da sala de parto é mais importante do que garantir maior benefícios ao recém-nascido. Os obstetras que o fazem alegam que o contato com o sangue da mãe pode levar ao desenvolvimento da icterícia (doença que causa um tom amarelado na pele do recém-nascido). Porém, as pesquisas recentes demonstraram que a pausa para efetuar o corte do cordão não eleva nenhum risco de saúde para mãe ou o bebê,ao contrário, traz somente benefícios. A icterícia costuma desparecer naturalmente e também é comum casos de icterícia mesmo em bebês que nasceram por cesárea (o cordão é cortado imediatamente) e naqueles que tiveram o cordão clampeado no primeiro minuto de vida.

Cordão umbilical deixando de pulsar aos poucos

É importante lembrar que todo o sangue do cordão umbilical é do bebê, não circula sangue materno no cordão umbilical. Quando o cordão é cortado precocemente (quando ainda está pulsando, ou seja, ainda está transferindo sangue para o bebê) o bebê é privado de até 40% do SEU PRÓPRIO SANGUE. Se o cordão permanece ali, intacto, ligado ao bebê e a placenta...ele vai continuar a transferir todo o sangue do bebê para ele e vai aos poucos parando de pulsar, quando o bebê tiver recebido 100% do seu sangue, o cordão fica "murcho", para de pulsar, e pode ser cortado sem trazer nenhum dano ao bebê. 

Além disso, o bebê capta oxigênio utilizando os pulmões pela primeira vez no momento que nasce e inspira o ar (até então todo o oxigênio vinha através do cordão umbilical). Não cortar o cordão precocemente permite que o bebê continue a receber oxigênio do cordão umbilical, dessa forma ele tem a chance de aprender  a respirar aos poucos, sem um corte abrupto. 

Aspiração das vias aéreas 




Após o nascimento o bebê tem as vias nasais aspiradas para remover as secreções que prejudiquem a troca gasosa do bebê. Contudo, quando o bebê passa pelo canal do parto, seus pulmões são massageados de forma que há o estímulo natural da eliminação (tossindo ou espirrando) dessas secreções. A aspiração nasal é orientada apenas em situações específicas, como quando o bebê nascer deprimido e  houver  mecônio espesso associado e quando se suspeitar de atresia de coanas ou de má formação esofágica. Então, se o bebê
nascer bem e iniciar espontaneamente os movimentos respiratórios, apresentar choro e coloração de pele rósea, o que acontece com a imensa maioria dos recém-nascidos, este procedimento, além de não ser justificado, ainda acarreta danos ao recém-nascido, que envolvem estresse, lesões na mucosa orofaríngea, dificuldade para mamar, laringoespasmo, e até arritmias cardíacas. O bebê saudável tem plena condição de eliminar líquidos após o parto, principalmente aqueles que nasceram de parto normal e sofreram as contrações vaginas do período expulsivo do parto. 

Aspiração das vias gástricas




A prática de aspiração gástrica rotineira foi introduzida após uma sugestão não-testada, de que a angústia respiratória de lactentes de mães diabéticas frequentemente era causada por regurgitação e, sendo assim, a aspiração desse vômito poderia ser evitada por aspiração gástrica. A introdução do tubo no bebê recém-nascido pode causar bradicardia, laringoespasmo e pertubação do comportamento alimentar. Não existe nenhuma justificativa para a realização da aspiração gástrica rotineira. Apenas em casos em que o bebê nascer deprimido e com muito mecônio pode vir a ser necessário, ou até manter a sonda aberta  para saída dos  gases que serão usados via oral para reanimação. 

Sondagem anal





Apesar de conhecer os procedimentos de aspiração das vias orais e nasais, não sabia que era comum introduzir uma sonda no ânus do bebê para verificar se a passagem está desobstruída. Não precisa nem dizer o incomodo que esse procedimento deve ser para o recém-nascido. Segundo algumas fontes pesquisadas, uma alternativa seria aguardar ao menos 24 horas para ver se o bebê faz cocô e só depois observar se é necessário fazer o procedimento. 

Colírio de Nitrato de Prata



Consiste na aplicação de uma gota de nitrato de prata 1% em cada olho do recém-nascido em até uma hora após o nascimento. Ele foi introduzido na prática clínica em 1881, como profilaxia e controle da oftalmia gonocócica do recém-nascido, muito comum na época e que pode levar a cegueira da criança, filhas de mães portadoras de gonorreia. Mesmo com o aprimoramento da medicina, os novos recursos de tratamento com antibióticos, o procedimento ainda é previsto em lei, ainda que o parto tenha sido por cesárea onde não há risco de contrair a bactéria (que pode estar presente apenas nas secreções vaginais). Ainda que o procedimento seja obrigatório pelo Ministério da Saúde, a opção de não aplicar o colírio no bebê é dos pais, podendo os mesmos exigirem que outra opção de medicamento seja utilizada, ou ainda, apresentarem exame endovaginal para gonorreia (pode ser pedido para o obstetra no pré-natal) comprovando que não há risco de contágio para o bebê. Há um risco de 20% da criança desenvolver, por causa do nitrato de prata, conjuntivite química. Caso seja necessária a aplicação do colírio (preferencialmente não cáustico) pode se solicitar que a primeira hora de vida seja respeitada e que o bebê fique com você sem perturbação neste período.

Vitamina k



Como forma de prevenir a doença hemorrágica, é administrada uma injeção intramuscular na coxa do recém-nascido com vitamina k. É um procedimento invasivo e doloroso que, apesar de eficaz, não é a única forma de garantir que o bebê receba essa importante vitamina. Podem-se obter índices semelhantes de proteção contra a doença administrando a vitamina K via oral, em doses repetidas (no dia do nascimento, e após 1 ou 2 semanas de vida). 

A doença hemorrágica do recém-nascido é rara, porém de grande gravidade, podendo ser fatal. Todo recém-nascido tem deficiência em vitamina K, pois a mesma tem baixa capacidade para atravessar a barreira placentária e passar para a circulação materno-fetal. O leite materno contém vitamina K, portanto, quanto antes iniciar a amamentação mais cedo o bebê começará a receber a tal vitamina. Além disso, a vitamina K também é sintetizada por bactérias do trato gastrointestinal, bebês que nascem de parto normal são colonizados com estas bactérias. 

Há casos em que deve-se preferir a administração via intramuscular, como em casos de maior risco de doença hemorrágica, prematuridade com baixo peso, complicações perinatais, partos com fórceps, quando as mães fizeram uso de anti-convulsivos, anticoagulantes e tuberculostáticos durante a gestação. Caso seja necessário ou caso os pais escolham a administração intramuscular pode-se optar para que a injeção seja feita com o bebê no colo da mãe, com o bebê mamando, onde se aproveita a produção de endorfinas no bebê, pois é o momento em que o recém-nascido estará mais tranquilo. 

Tanto a vitamina K como a vacina contra hepatite B podem esperar a primeira hora de nascimento do bebê e seu contato inicial com a mãe para serem administradas. 

Bebê no berçário longe da mãe



Se não bastasse o bebê ser virado, revirado, ter todos seus orifícios examinados, ele ainda é privado do único lugar em que se sente seguro: o colo da mãe! Depois de alguns minutos na sala de parto para algumas fotos após os procedimentos realizados, o bebê é levado para o berçário para ficar em observação por algumas horas (de 2 a 6 horas, podendo ser mais!). Ainda que após o nascimento seja o melhor momento para a amamentação, para que seja aproveitado que o bebê está mais ativo, ele é separado da mãe. Nesse momento, o protocolo deve ser respeitado, dizem os médicos! Ou seja, é o hospital que determinará quanto tempo o bebê ficará longe da mãe. Não importa que o bebê esteja saudável, sem qualquer necessidade de ser afastado da mãe. 

O nascimento é para ser um momento natural, onde começa a relação mãe-filho efetivamente. Onde os vínculos afetivos são estreitados e onde o recém-nascido pode olhar demoradamente os olhos de sua mãe, adaptando-se com mais tranquilidade ao novo ambiente menos quente, mais barulhento e com maior força de gravidade do que o uterino. 

Dar banho e fórmulas ao recém-nascido


Bebê coberto de vérnix

Sabe aquela substância esbranquiçada que cobre a pele da alguns bebês? Ela não precisa ser retirada imediatamente! Trata-se do vérnix, uma substância oleosa que é absorvida pela pele nas primeiras horas de vida do bebê. Sabendo disso, não há necessidade e dar banho no bebê assim que nasce. Da mesma forma, a família pode (e deve) pedir que o pai ou outro familiar (acompanhante) dê o banho no bebê de forma tranquila e mais carinhosa no momento que julgar melhor. 



As enfermeiras em geral estão tão habituadas com nascimentos que não terão os mesmos cuidados que a família terá nesse momento. Já vi videos (imagem acima) em que a enfermeira jogava shampoo várias vezes na cabeça da criança para "limpar" os resíduos do parto! Imagina a criança já deixou um lugar quentinho e escuro para ficar embaixo de uma torneira, sendo esfregada sem nenhum dó, sem ao menos serem manuseadas com mãos quentinhas e sem luvas! 



Não bastasse um banho traumático, ainda há a introdução de fórmulas ou soro glicosado, que muitas vezes são ministrados sem qualquer conhecimento ou mesmo consentimento da família. O Ministério da Saúde enfatiza a importância da amamentação mas os hospitais deixam as crianças nos berçários e introduzem líquidos para saciar a fome das crianças, enquanto as mães normalmente estão lá disponíveis e desejosas de ficar amamentando as crias em tempo integral! Que grande contrassenso! 

Enquanto as leis permitam tais paradoxos, e os hospitais não sejam voltados para o parto humanizado, infelizmente, estaremos à mercê dos médicos. Contudo, podemos nos resguardar através do conhecimento dos nossos direitos. Pesquisar a respeito de cada procedimento a ser realizado e também da necessidade (ou não) do mesmo. E use sua voz! Pergunte sobre cada coisa e caso não esteja de acordo deixe isso claro e informe que poderá contestar os mesmos na justiça! Ainda não estou grávida, mas procuro sempre me informar a respeito para que no momento certo possa saber o que é ou não importante para o meu bebê. Busque conhecer antecipadamente a rotina de parto nos hospitais próximos a você e quais procedimentos são seguidos e se é aceito um plano de parto. Procure grupos de apoio na sua região ou ainda em redes sociais e se informe quais profissionais são mais atentos ao desejo de um parto mais natural possível. É importante que a transição da gravidez para a vida pós parto seja o menos traumática possível. 

Apesar de ainda não existir uma lei aprovada, há em tramitação um projeto de lei 7633/2014 que garante um atendimento mais humanizado para a gestante e para o bebê, dentre eles, está o direito da mãe de ter um Plano de Parto (documento ou carta em que a mãe diz o que permite ou não que seja feito no pré-parto, parto e pós-parto) com descrição dos procedimentos aceitos ou não para ela e para o recém nascido. Espero que seja aprovado! No que puder, estarei compartilhando aqui o que poderá ajudar você quando chegar seu grande momento a fim de que ele não se torne um sonho destruído. Até a próxima!

Fonte: Pesquisas diversas e blog Parir e Nascer.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Zika virus e microcefalia


De repente um mosquitinho muito conhecido nosso por transmitir a dengue se apresenta trazendo um novo vírus mas com consequências muito sérias. De nome engraçado, o Zika se mostra mais preocupante do que poderíamos imaginar, principalmente para as gestantes devido ao risco de microcefalia do feto e, para as pré-mães, a recomendação é esperar um pouco para engravidar. 



O que é o Zika?


O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.

Quais os sintomas?


Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

Como é transmitido?


O principal modo de transmissão descrito do vírus é pela picada do Aedes aegypti. Outras possíveis formas de transmissão do vírus Zika precisam ser avaliadas com mais profundidade, com base em estudos científicos. Não há evidências de transmissão do vírus Zika por meio do leito materno, assim como por urina, saliva e sêmen. Conforme estudos aplicados na Polinésia Francesa, não foi identificada a replicação do vírus em amostras do leite, assim como a doença não pode ser classificada como sexualmente transmissível. Também não há descrição de transmissão por saliva.

Qual o tratamento?



Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.

Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida.

Cuidados a seguir


Para se prevenir do contágio utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas. Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis. Cuidados especiais com recém-nascidos, crianças e idosos. Utilize repelentes especiais para crianças e idosos, no caso de recém-nascido mantenha-o em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.

Caso observe o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para atendimento. Não tome qualquer medicamento por conta própria. Caso seja pré-mãe procure orientação sobre planejamento reprodutivo e os métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.

Gestantes: Inicie o pré-natal assim que descobrir a gravidez e compareça às consultas regularmente. Vá às consultas às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê. Tome todas as vacinas indicadas para gestantes. Em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde. Não tome qualquer medicamento por conta própria.

O que é microcefalia?

Microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. As investigações sobre o tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

Existe tratamento para microcefalia?


Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). 

É importante que o bebê com microcefalia seja estimulado desde cedo para que seu desenvolvimento seja maximizado. Normalmente esse estímulo é feito desde o nascimento até os 3 anos de idade, momento em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente. A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia.

Informações pela internet


Infelizmente a internet algumas vezes é utilizada de forma a difundir mais rapidamente boatos que são um risco para a saúde. Dessa forma, é importante pesquisar as informações que aparecem pela internet, mesmo que sejam links de sites que aparentemente são idôneos. Dentre os boatos estão:

A microcefalia foi causada por vacina vencida: primeiro, a vacina cujo o boato diz é a Rubéola, que não está presente nas vacinas que as gestantes devem tomar. Segundo é que a vacina contém a forma atenuada do vírus, ou seja, apenas uma parte para que o corpo consiga identificar a doença e se proteger (é assim que as vacinas funcionam). Terceiro: o surto não é apenas no nordeste e não é apenas no Brasil! Embora tenha sido feito a relação a partir dos casos ocorridos no nordeste do Brasil, já havia relatos de microcefalia na Polinésia Francesa, contudo, ainda não haviam feito a relação com o surto do vírus Zika. Quarto: a Rubéola é que pode causar microcefalia, e não apenas isso,  mas pode ocorrer outras deficiências como a cegueira! Por último: segundo a OPAS (Organização Pan-americana de Saúde) não há registro de casos de Rubéola no continente americano desde 2009 e para que haja a má formação do feto, a mãe deve passar o vírus para o bebê, se não há registro desde 2009, não há como uma mãe passar para o bebê em 2015!

Zika pode causar microcefalia até os 7 anos de idade: esse foi um boato que foi difícil de ler, pois não consigo imaginar como alguém não pensa um pouco a respeito. O cérebro começa a ser formar a partir da 3 semana de gestação e tem sua formação completa com 28 semanas. O que muita gente confunde a formação com o desenvolvimento. Passando da 28ª semana, o cérebro irá crescer e se desenvolver. A microcefalia é diagnosticada pelo perímetro da cabeça do bebê, então não sei como pode um bebê, que ao nascer, mede 34 cm de circunferência da cabeça possa diminuir esse tamanho por "pegar" o Zika vírus com 1 ano ou mais! 

O que ainda não foi confirmado é a ligação do vírus Zika com a síndrome de Guillain-Barré. Essa é uma doença autoimune (o sistema de defesa do corpo ataca o próprio corpo) que pode causar fraqueza muscular, paralisia que começa nos olhos e atingem outras partes do corpo, Neuropatia Motora Axonal Aguda e Neuropatia Motor-sensorial Axonal Aguda. Contudo, o que temos que salientar é que a síndrome pode ser desencadeada por qualquer doença infecciosa mas que não há uma faixa etária para isso!

Devemos tomar cuidado sim com o Zika vírus, mas não apenas com ele, como também com qualquer doença que possa afetar um bom desenvolvimento gestacional. Reforce os cuidados em casa para afastar o mosquito, passe repelente, use sempre que possível roupas com mangas compridas (o repelente pode ser passado em cima da roupa também!) e usar mosquiteiros ou outras barreiras para os mosquitos. Cuide-se e se puder esperar um pouco para engravidar caso esteja em área de risco, espere. E caso veja uma notícia a respeito de doenças ou qualquer outra coisa pela internet busque várias fontes para tentar saber a respeito. Se perceber que o texto é igual ao de outra fonte, talvez seja apenas um boato. Sites como e-Farsas e Boatos.org também são úteis para descobrir se a notícia é verdadeira ou não. Boa sorte e até a próxima.


Leia também: 


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Ovarium e Folliculinum para engravidar


                                        

A homeopatia é a forma mais antiga de tratamento da saúde. Não se trata apenas de tratar os sintomas das doenças mas trata também do reequilíbrio das energias do corpo. Algumas pré-mães me pediram informações a respeito de Ovarium e Foliculinum. Busquei na internet e aqui está os benefícios de cada um.



Ovarium 


É um composto de vários homeopáticos que tratam da fertilidade feminina, ajudando nas condições do útero, na ovulação e consequentemente regulando os ciclos menstruais agindo diretamente no controle dos hormônios envolvidos no processo. 

Ovarium estimula as funções glandulares, age no tecido conjuntivo (fornece força, elasticidade e sustentação; remover células sanguíneas desgastadas (baço) e micróbios (linfonodos); permite a distensão de órgãos; contribui para o movimento articular e ainda com a flexibilidade e sustentação; etc.), ajuda com as cólicas menstruais, inflamações no útero, endometriose, distúrbios da hipófise, dor nas mamas (mastodinia), sangramentos menstruais longos ou intensos, ajuda com problemas e desconfortos do ciclo menstrual, distúrbios metabólicos, entre outros.


                     



Folliculinum 


Feito a partir de estrona (estrogênio sintético) para ajudar com problemas menstruais, emocionais e outros problemas físicos.

No início do ciclo menstrual, o nível de estrogênio deve ser alto para que os folículos possam crescer adequadamente. Esse é o papel do Folliculinum, já que algumas pré-mães tem níveis baixos de estrogênios e por consequência podem ter problemas de ovulação.  

É indicado para o tratamento de síndrome pré-menstrual, ou dor durante a menstruação, cistos ovarianos, policístico ovários e miomas. Também serve para tratamento de desiquilíbrios emocionais (depressão, esgotamento, fadiga mental, alterações de humor e pânico). Amenizar sintomas como inchaço, dores de cabeça, diarreia, prurido, baixo libido, libido alto, vômitos, náuseas e dor de peito. Sintomas de menopausa como ondas de calor e suores noturnos também podem ser aliviados com o uso do medicamento. Outras indicações seriam no tratamento de tontura , secura vaginal, desmaios e hipersensibilidade ao calor, ruído ou toque, também em casos de doenças cardiovasculares e problemas como angina, taquicardia, palpitações ou às vezes pode ser sanado com o suplemento . Também pode ser útil no tratamento de perturbações alimentares. Doença de Raynaud, um distúrbio no qual os membros exteriores adquirir uma frieza e insensibilidade, é outra condição tratável pela medicina homeopática. Outros semelhantes distúrbios vasculares pode ser facilitado por ele também. Alguns profissionais homeopatas indicam também para melhorar a auto-estima e sensação de bem-estar. 

Como tomar?


Geralmente os dois medicamentos são tomados em conjunto. Algumas pessoas tomam do 1º ao 15º dia do ciclo e outras não fazem pausa no tratamento. Pode ser manipulado os dois juntos para facilitar o consumo. Pode ser consumido em gotas ou em glóbulos (de 3 a 5 vezes ao dia).

O melhor é procurar um profissional antes de iniciar o tratamento com qualquer homeopatia, pois apesar de ser natural, nem sempre o resultado é o mesmo da sua amiga que indicou. Muitas vezes também começamos um tratamento sem saber ao certo se aquele é realmente o nosso problema, portanto faça uso dos mesmo com bastante atenção e responsabilidade, pois o mesmos ajudam mas quando utilizados adequadamente. Boa sorte e até a próxima.