quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Estresse pode atrasar a menstruação


Infelizmente, quando menos se espera pode ocorrer um atraso da menstruação. E o pior é que nem sempre ele é em decorrência de uma gravidez. Alguns dias o atraso da menstruação são considerados normais, e uns dos motivos para isso tem relação com o fator emocional. Muitas vezes esses atrasos geram levam as mulheres (e seus companheiros) a loucura. Sim! A ansiedade pode ser a culpada pelo atraso.

Como estresse afeta o ciclo menstrual?


São inúmeras as pesquisas que afirmam que o atraso causado pelo estresse ocorra pelo excesso de produção de cortisol (hormônio responsável por sentimentos de depressão e ansiedade).

Quando os níveis de cortisol estão elevados, as pessoas às vezes se sentem ansiosas demais. Embora outras condições fisiológicas podem causar a superprodução de cortisol, o estresse é geralmente uma das causas mais comuns.

O estresse é um fator que pode frequentemente causar desequilíbrio em outros hormônios além do cortisol. Os níveis estrogênio (que possui a função de controlar a ovulação e desenvolver o organismo feminino) também podem ser afetados pelo estresse. Se os níveis hormonais ficam desequilibrados, a sua menstruação pode ficar irregular, ou, em casos severos, a menstruação pode parar completamente. Além disso, o estresse pode inibir a produção de serotonina, o hormônio que se acredita ser responsável pela sensação de felicidade e bom humor.


O estresse pode comprometer a função menstrual


As fortes alterações emocionais, como os que ocorrem em situações de estresses, podem interferir no ciclo menstrual.

O sistema nervoso central apresenta áreas ligadas à reprodução, além do hipotálamo. Estas áreas, denominadas de supra-hipotalâmicas, estão situadas principalmente no sistema límbico. Embora o conhecimento sobre os neurotransmissores envolvidos nas alterações psicológicas e gonadotróficas ainda seja parcial, está comprovado que o sistema nervoso central estimula o hipotálamo e pode também interferir na sua ação sobre a hipófise¹.




Logo, a função menstrual normal depende das ações dos ovários, da hipófise, do hipotálamo e do sistema nervoso central. Não é à toa que mulheres sensíveis apresentam, frequentemente, irregularidades quando submetidas a situações estressantes. Os distúrbios emocionais levam mais frequentemente à amenorreia (ausência da menstruação), mas o sangramento disfuncional também pode ocorrer depois de alterações emocionais importantes¹.

Sintomas da Ansiedade em Mulheres


Os sintomas da ansiedade podem ser facilmente percebidos entre as mulheres, afinal o corpo começa a dar sinais de que alguma coisa não está bem. Esses sintomas variam muito de pessoa para pessoa, mas alguns deles são comuns:

Queda de cabelo: presente na maioria das mulheres. A queda de cabelo em grande quantidade e com frequência é um dos sintomas da ansiedade e deve ser tratado o quanto antes;

Unhas quebradas: se as unhas estão quebrando com facilidade e descamando é preciso ficar atenta;

Perda ou ganho de peso: se você está emagrecendo ou engordando rapidamente sem ter feito nenhum tipo de mudança na alimentação, é hora de averiguar o que está acontecendo, pode ser um sinal de ansiedade e estresse;

Náuseas: mal estar, náuseas, vômitos e até mesmo diarreia pode ser sintoma de ansiedade;

Dores de cabeça: se as dores passaram a ser frequentes e sem motivo aparente, pode ser um sintoma que o seu corpo está emitindo;

Irritabilidade: nervosismo e irritabilidades frequentes é sintoma de ansiedade;

Atraso menstrual: as alterações de humor podem atrasar o seu ciclo em até 10 dias, por isso, é preciso ficar atenta aos sinais.



Fatores externos que podem afetar a menstruação


Algumas vezes as alterações na rotina podem gerar uma carga de estresse elevada, seja uma mudança de cidade ou de escola, de residência, ou mudanças no ciclo de amizade contribuem para a elevação da ansiedade que eleva o estresse. Qualquer situação que possa causar um trauma emocional como mudanças de ambiente de trabalho, busca por um emprego, problemas financeiros ou amorosos, situações negativas afetam profundamente o sistema nervoso influenciando assim o ciclo menstrual.

Atraso pode gerar mais atraso


Quando se está tentando engravidar é comum esperar ansiosa pelo dia em que a menstruação não deveria vir. Mesmo que não se esteja tentando, se a menstruação é esperada com ansiedade gera-se estresse aguardando se engravidou. 

Quanto maior é a ansiedade maior é a chance de desequilibrar os hormônios fazendo com que ocorra atraso. Ou seja, a ansiedade gera atraso que gera mais ansiedade. Por isso é comum ouvir mulheres que conseguiram engravidar contando que assim que relaxaram a gravidez ocorreu. 

O melhor a fazer em casos de atrasos menstruais, é realizar o teste de gravidez, seja ele de farmácia ou de sangue. Se o resultado for positivo, um obstetra deverá ser procurado para  iniciação do pré-natal, mas se for negativo, tente relaxar e pensar em outras coisas, e caso o atraso persista procure um médico para avaliar o motivo do atraso.

Como amenizar os sintomas?


Para amenizar os sintomas da ansiedade e sua menstruação voltarem ao normal é preciso desacelerar. Se você está sobrecarregada no trabalho, em casa, com os filhos ou as tentativas de engravidar, marido, no estudo, ou seja lá qual atividade você desempenhe, é hora de avaliar quais são as suas prioridades.

Praticar atividade física diariamente e manter uma alimentação saudável é a melhor forma de diminuir essa carga de estresse e mandar a ansiedade embora, pois só assim seu corpo voltará às funções normais e a sua menstruação será regulada novamente.

Alguns especialistas acreditam que mudanças na dieta podem ajudar algumas mulheres a combater os efeitos do estresse sobre a menstruação. Consumo de carboidratos, especialmente se aproximando da época da menstruação, pode ajudar a manter os níveis de serotonina altos. Pães integrais e cereais, além de nozes e vegetais ricos em fibras, também são recomendados. Não são apenas esses alimentos considerados saudáveis, mas eles tendem a manter os níveis de serotonina mais altos por longos períodos de tempo do que os carboidratos mais processados.

Para as mulheres que estão tentando engravidar, a data da menstruação não é apenas um dia a mais no ciclo. Mas é assim que deveria ser visto! Muitas vezes algumas amigas disseram não estar nem um pouco ansiosas mas viviam contando dos dias que faltavam para a menstruação atrasar ou ainda os possíveis sintomas que estavam tendo. Entenda que ainda que diga para todos que não está ansiosa, não há como enganar seu corpo. Ele reagirá de acordo com o que você sente. Entender quando os sintomas podem aparecer pode ajudar. Mas acima de tudo, acredite que tudo ocorre na hora certa! Até a próxima!

Referências:
1) Beznos GW. Distúrbios menstruais. RBM. 2002. ago; 38(8):372-375.

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Tempo de Gestação


Quando a mulher resolve comunicar sua gravidez para a família e amigos, a primeira informação que todos esperam que esteja na ponta da língua é quantos meses de gravidez você está. Contraditoriamente, esse é o assunto que mais gera dúvidas nas mamães. Uma busca pela internet não facilitará as coisas, isso por causa da grande quantidade de tabelas e formas de contar. Não há nada que facilite a vida da gestante, mesmo se usar uma calculadora online, dependendo do tipo de conta, não haverá consenso. Entenda a causa de tantas variedades de conversões de semanas para meses.

A conta em semanas


Toda mãe de primeira viagem, que não tenha hábito de ler a respeito, pode chegar na consulta pré-natal e se depará com a surpresa do médico não revelar o tempo de gestação em meses. Sim, não conta-se o meses mas as semanas de gravidez! 

O motivo para que seja adotado esse tipo de contagem tem relação com as mudanças do feto, principalmente na primeira metade da gravidez. Em um único mês, acontecem dezenas de alterações importantes, e a contagem em semanas nos permite definir com mais exatidão o tempo de cada uma.

Por exemplo, o zigoto (óvulo fecundado) implanta-se na parede do útero na 3ª semana, o coração forma-se na 4ª, o embrião passa a ser visível à ultrassonografia na 5ª, os olhos surgem na 6ª e o futuro bebê já começa a se movimentar na 7ª semana (a mãe não nota porque ele ainda é muito pequeno). Ao adotar a contagem de semanas é mais fácil determinar os marcos que aquela gestação deveria passar. Sabe-se por exemplo que ao final de 8 semanas e ainda não ouve-se o coração do bebê, pode significar um aborto retido. 



Por que contava-se em meses?


Antigamente essa conta era feita observando o calendário lunar. Nesse caso, a data prevista para o parto é o dia que entra a mesma lua da data da concepção, pela nona vez. Por exemplo, quando a mulher engravida na lua cheia, começando a contar da lua cheia do mês seguinte, até completar as nove luas. Assim, ainda que a contagem eram nove luas, pode-se notar que a conta não incluia o primeiro mês. É o mesmo que ocorre quando atrasa a menstruação hoje. No mês em que se percebe o atraso, já conta-se a gestação como 4 semanas, ou seja, um mês. Como pode isso? Para entender a contagem em semanas, deve-se entender como se conta o início da gravidez.



Começo da gravidez


É claro que sabemos que o início da gravidez é o momento em que o óvulo fecundado se implantou no útero. Mas dizer quando isso ocorreu é que causaria problemas para determinar o tempo de gestação. 

Mesmo para quem tem controle do seu ciclo menstrual e também de sua ovulação, não se pode determinar quanto tempo levou entre a ovulação, fecundação e implantação do embrião, já que não há um tempo certo e cada mulher levará mais ou menos tempo nesse processo.

Assim, era preciso de uma data que toda mulher poderia identificar e, a partir dela, contar o tempo de gravidez. Essa é a Data da Última Menstruação, conhecida como DUM, que corresponde ao primeiro dia de sangramento do último episódio de menstruação antes da gravidez.

Contagem da DUM


A gestação é datada do início do ciclo menstrual em que será liberado o óvulo a ser fecundado por um espermatozoide dando origem ao embrião, que formará o futuro bebê. Pode parecer estranho, mas é assim mesmo – a gravidez é contada mesmo antes do embrião ter sido formado; é por isso que você nunca conheceu alguém no primeiro mês de gravidez – só é possível saber que se está grávida a partir do atraso menstrual, normalmente 4 semanas após a DUM. 

É importante lembrar que mesmo que a mulher só tenha tido uma única relação sexual no mês que engravidou, isso não significa que a concepção tenha ocorrido neste dia. Os espermatozoides podem permanecer viáveis dentro do aparelho reprodutor feminino por 5 a 7 dias, dependendo da vitabilidade dos mesmos. Portanto, se a mulher teve relações no dia 16, mas só ovulou no dia 19, a concepção ocorreu somente 3 dias depois da cópula.


Se a mulher tiver tido mais de uma relação sexual no mesmo mês, aí mesmo é que fica quase impossível descobrir qual foi o exato dia da fecundação. Como o óvulo fica viável por 24 horas e os espermatozoides por até 7 dias (em geral 3 a 5), se a mulher engravidou em um mês que teve relações nos dias 12, 14, 17 e 19, isso significa que a fecundação do óvulo pode ter ocorrido entre os dias 12 e 26 do mesmo mês. Ou seja, um imenso intervalo de 2 semanas.

Portanto, como é quase impossível descobrir o dia exato que ocorreu a fecundação, de forma a tornar o cálculo mais simples, convencionou-se designar o primeiro dia da gravidez como o primeiro dia da última menstruação. É muito comum os médicos se referirem a este dia como DUM (sigla para Data da Última Menstruação).

A confusão da conversão


Por usar a contar o primeiro mês com 4 semanas como referência do tempo de gestação, é comum que a mãe adote essa contagem para os próximos meses. Como comentado anteriormente, antigamente a gravidez era contagem com base no calendário lunar. Contudo, o calendário gregoriano que usamos não define todos os meses com o mesmo número de dias. Há meses de 28, 29, 30 ou 31 dias. Portanto, não há sincronicidade com as semanas, da mesma forma quando adotamos o mês lunar, que dura 28 dias ou 4 semanas. 

Esse é o motivo de tanta diferença entre as tabelas de conversão encontradas na internet. 

Contagem Lunar


O calendário lunar conta 1 semana lunar = 7 dias. O mês lunar então é formado por 4 semanas de 7 dias = 28 dias. 

Como o período compreendido entre o início da gestação e o dia do parto tem cerca de 280 dias, podemos perceber que esse valor corresponde a 40 semanas.

A gravidez estará completa ao término do 9º mês lunar, porém o bebê nascerá ao longo do 10º mês lunar. Foi daí que surgiu o conhecimento popular de que a gravidez dura 9 meses. Na verdade o bebê está pronto pra nascer após 9 meses, mas nascerá ao longo do 10º mês lunar de gestação.

Uma vez que um mês lunar tem 4 semanas, 40 semanas de gravidez correspondem a 10 meses lunares. 

Variedade de tabelas


Pesquisando na internet encontramos tabelas que convertem semanas e outro mês com 5 semanas. Outras que alternam um trimestre com todos os meses com 4 semanas e o trimestre seguinte com meses com 5 semanas. Outras que é até difícil compreender como seria a contagem. 









Mes lunar e Mes Gregoriano


Essa tabela é a melhor (para mim) para entender a diferença entre os tipos de contagem, ficando mais fácil entender a transição de um mês para outro:



Calcular a data do parto


Quando calculado pela DUM, uma gestação normal (ou a termo) é aquela que dura entre 37 a 41 semanas. Se o bebê nascer antes da 37ª semana, ele é considerado prematuro. Se nascer após a 42ª semana, ele é chamado de bebê pós-termo.

Na maioria dos casos, os bebês nascem ao redor da 40ª semana de gravidez. Portanto, quando o obstetra lhe diz a data prevista para o parto (DPP), ele simplesmente contou 40 semanas após a sua DUM. Uma forma rápida de estimar a DPP sem ficar contando os dias no calendário é através  da fórmula de Naegele:

1º – Pegue o primeiro dia da sua última menstruação (DUM) e adicione sete dias.
2º – Diminua três meses.
3º – Some um ano.

Exemplo:

DUM = 05 de Maio de 2014
Some 7 dias = 12 de Maio de 2014
Subtraia 3 meses = 12 de Fevereiro de 2014
Some um ano e obtenha a DPP = 12 de Fevereiro de 2015

Obviamente, isso é apenas uma estimativa. O objetivo não é tentar adivinhar o dia do parto, mas, sim, informar a mãe da época provável do nascimento, caso a gravidez vá até as 40 semanas. Na verdade, somente cerca de 5% dos bebês realmente nascem na data estimada no início do pré-natal. Uma gravidez pode ir até 42 semanas de gestação sem problemas.

Caso não saiba a DUM


Várias situações podem levar a mulher a não lembrar o dia exato da sua menstruação. Por exemplo, mulheres com ciclo menstrual muito irregular, mulheres que só descobrem a gravidez já com várias semanas de gestação, mulheres que tiveram sangramento de escape no início da gravidez e o confundiu com a menstruação, etc.

Nestes casos, a ultrassonografia transvaginal é a forma usada para estimar o tempo de gravidez. A partir da 5ª semana de gravidez, o embrião já pode ser identificado pelo ultrassom. Este exame tem uma acurácia muito elevada se for feito ainda no primeiro trimestre.

Nas primeiras semanas (até a 12ª), todos os bebês têm tamanhos muito parecidos entre si. Com o ultrassom, o médico dará a você uma data prevista para o parto.

A partir daí, a cada novo ultrassom que você fizer, pode aparecer uma data prevista para o parto diferente. Lembre-se que a mais confiável sempre será a que você obteve primeiro. 

E se o tempo de gravidez no ultrassom não bater com o tempo calculado pela DUM?


Mesmo em mulheres que tenham ciclos regulares, mas principalmente em mulheres com ciclos irregulares, um exame de ultrassom deve ser feito para confirmar a datação da gravidez no início da gestação, de preferência em torno de 9 semanas. Geralmente a data do ultrassom não bate exatamente com a DUM:

  • Quando essa diferença é menor que uma semana, você deverá datar a gravidez pela DUM;
  • Se a diferença for maior que uma semana, então o ultrassom é mais fiel para a datação.


Converse sempre com seu médico a respeito.

Quando insistem em saber o tempo da gestação em meses?


É complicado quando a gestante é questionada quanto tempo de gestação e mesmo respondendo as semanas, é insistido por saber o tempo em meses. Nesse caso, um truque que ensinado é usar a data prevista do parto para marcar a virada de cada mês. Dessa forma, no mês anterior a data do parto, a gestante entra no nono mês. Ou seja, se a data do parto é 26/07/2017, a cada dia 26 a gestante contará como mais um mês de gestação.

Divisão da gravidez em trimestre


A gestação é dividida em três trimestres, onde cada um tem suas características e marcam as 3 grandes transformações da gravidez.

Primeiro trimestre é a fase do começo da gestação, do sono, dos enjoos.

1 a 4 semanas de gestação: 1 mês
5 a 8 semanas de gestação: 2 meses
9 a 12 semanas de gestação: 3 meses

Segundo trimestre uma fase que costuma ser ótima, boa para fazer compras, investir na vida sexual e até viajar.

13 a 16 semanas de gestação: 4 meses
17 a 20 semanas de gestação: 5 meses
21 a 24 semanas de gestação: 6 meses

Terceiro trimestre é quando a mulher fica mais inchada e pesada.

25 a 28 semanas de gestação: 7 meses
29 a 32 semanas de gestação: 8 meses
33 a 36 semanas de gestação: 9 meses
37 a 40 semanas de gestação: 10 meses.

Mesmo a divisão em trimestres apresenta algumas variações de quando começa ou termina. Dessa forma, não fique surpresa se encontrar sites com datações diferentes.

Calculadora do DPP



Como se pode ver, é normal que quando se pretende converter as semanas de gestação para meses, haja algumas diferenças entre o tempo de gestação que você chegou ao tempo que sua amiga calculou. Tudo dependerá da tabela adotada. O melhor mesmo é continuar contando em semanas. Até a próxima!!!

Leia também:

O que NÃO dizer a uma gestante

Dores na gravidez

Como aliviar os enjoos na gravidez

As fases do trabalho de parto

Curiosidades sobre a gravidez

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O que pode alterar o resultado do teste de gravidez?


Quem nunca teve dúvidas após fazer um teste de gravidez? Principalmente os de farmácia que dependem de muitos fatores para que seja confiável. Embora muitos profissionais, fabricantes de testes e alguns médicos digam que é improvável um teste de gravidez dar um resultado errôneo, é muito fácil encontrar pessoas cujo exame não deu certo, seja dando positivo ou negativo. Afinal, há alguma doença ou medicamento que interfira no resultado? A seguir doenças e medicamentos que podem interferir no teste.

Exame de farmácia 



O teste de farmácia embora muito usado não é 100% eficiente.

Para saber se está grávida ou não é preciso checar as taxas do hormônio Beta hCG, isso por que, esse hormônio é produzido  durante a gestação para não permitir que o ovário desidrate, é muito importante também, na manutenção de progesterona, que durante a maturação do feto sofre baixas substanciais.


Teste de Farmácia x Teste de Sangue 




O teste de farmácia não é o mais eficiente dos métodos, contudo, é o mais usado, isso por que lhe dá privacidade, além de ser fácil e rápido de executar. O problema do diagnóstico desse método é que ele é varia de acordo com o nível da taxa de hCG no corpo e por isso, as vezes a erros. A maioria das mulheres que já usaram recomenda que se faça o teste duas a três vezes em dias dispares, aumentando as chances de acerto do produto.

O exame de sangue é o mais indicado para quem quer ter certeza, sendo que é quase impossível que este de errado, pois, este faz um balanço total da concentração de hCG no organismo não importando o  período. Entenda melhor como funciona o exame de Beta hCG.

Remédios podem alterar o teste de gravidez?


O que ocorre é que alguns medicamentos podem esconder a o verdadeiro resultado de um exame de gravidez. Medicamentos como tranquilizantes, hipnóticos,  anticonvulsivo e para tratamento de Parkinson podem causar erros nos resultados. Algumas drogas, infecções urinarias, excesso de líquidos antes do exame e compostos que envolvam hCG podem também influir no teste.


Medicamento para fertilização 



Alguns medicamentos utilizados nos procedimentos de fertilização como FIV, indução de ovulação e até para que o óvulo seja liberado, tem como base o hormônio hCG. Acontece que dessa forma, após o uso de algum deles é normal que o teste de gravidez tenha resultado positivo. Nesse caso é importante que após utilizar qualquer medicamento que tenha gonadotrofina coriônico é preciso esperar 15 dias para realizar um teste de gravidez com segurança.


Outros medicamentos 


Alguns medicamentos também podem mascarar um resultado positivo, como remédios a base de prometazina e diuréticos, já que eles fazem com que a mulher excrete a urina diluída.

Remédios como analgésicos, antibióticos ou mesmo anticoncepcionais não interferem com o resultado.

Doenças que podem interferir no teste de gravidez


Hepatite, cistos, tumores no ovário, infecções urinárias, sangue ou proteínas na urina, ovarianos também podem causar alterações no resultado dos testes.

Outro interferente importante é a presença de hematúria ou sangue na urina, contaminação bacteriana e proteinúria (presença de proteínas na urina), podem determinar resultados falso-positivos, ou seja, resultado de exame positivo na ausência da gravidez.


O importante é estar atenta ao tempo adequado para verificar o resultado do teste de gravidez. A urina não deve ser introduzida em um recipiente contaminado ou sujo. Muitos testes já disponibilizam um recipiente apropriado, caso contrário, a urina pode ser introduzida em um copo descartável. Não se deve guardar a urina para realizar o teste em outro momento. É muito importante ler com cuidado a bula do produto antes de começar o processo. Quando o risco aparece na janela de resultado, mesmo que seja bem clarinho, é indicação da existência de gravidez. Apesar disso, quando a utilizadora fica com dúvidas, o teste deve ser repetido. Até a próxima!






quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Medicamento para fertilidade


Faz pouco tempo que descobri um medicamento que auxilia na fertilidade e como esse é um dos principais interesses de toda tentante, resolvi pesquisar a respeito e hoje vou contar um pouco mais sobre Inositol ou Mio-inositol (Myo-inositol), que recebe alguns nomes comerciais como INOFOLIC, PREGNITUDE, OVUSITOL e no Brasil é conhecido como FertiSop. 

Qual a função do mio-inositol?


Mio-inositol é um composto fisiológico que pertence ao complexo vitamínico B. Ele pode ser sintetizado pelo corpo humano e também esta presente numa grande variedade de alimentos como cereais com alto conteúdo de fibras, nozes, carnes, frutas e vegetais. É considerado um mensageiro secundário de regulação de muitos hormônios, tais como: TSH, FSH e insulina. O mio-inositol no organismo é responsável por regular a captação de glicose e sinalização de FSH. Estudos mostram que a presença de níveis elevados de enzimas mio-inositol no fluido folicular é considerado um marcador de boa qualidade dos óvulos.

Como esse medicamento ajuda na fertilidade?


Trata-se de uma substância que é mediadora de vários processos celulares, com efeitos positivos no metabolismo das mulheres. Como resultado, melhora as desordens metabólicas e hormonais, regula o ciclo menstrual e, por isso, também melhora a fertilidade. Este medicamento é indicado principalmente a mulheres com a síndrome dos ovários policísticos (Conheça mais sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos).

Ação no organismo


Recentes estudos têm demonstrado que a qualidade dos óvulos e dos embriões depende não só da formação genética e cromossômica, mas também do ambiente onde os óvulos se desenvolvem (fluido folicular que envolve os oócitos antes da ovulação). Muitas vezes, esse ambiente pode ter variações importantes. O INOSITOL faz parte deste ambiente e dados da literatura médica demonstram que a presença de altos níveis de MIO-INOSITOL no fluido folicular está relacionada com boa qualidade dos óvulos e sua suplementação nos tratamentos melhoram a divisão celular e os resultados de gravidez.
Mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) costumam ter deficiência da enzima que produz o inositol no corpo. Assim, neste grupo de mulheres, a suplementação de mio-inositol apresenta os melhores resultados, tanto na regulação do ciclo menstrual (normalmente alterado nas mulheres com SOP) como na fertilidade.


Mio-inositol no organismo


O mio-inositol provoca a diminuição de hormônios como LH, androgênios, glicemia e HOMA IR (indica se o corpo apresenta algum nível de resistência à insulina), e aumenta a sensibilidade à insulina, melhora a atividade ovariana, diminui a quantidade necessária do FSH (Hormônio Folículo Estimulante) na estimulação ovariana e melhora a qualidade e a quantidade dos óvulos coletados, além de proporcionar maior taxa de gravidez e menor incidência de abortos.


Mio-inositol nos tratamentos de fertilização


Se utilizado durante o tratamento de fertilização (Conheça mais sobre FIV - Fertilização in Vitro) ajuda a restaurar a função ovariana induzindo a ovulação. Segundo alguns especialista, trata de um medicamento que é 100% seguro em caso de ocorrência de gravidez. Também ajuda a reduzir as chances de hiperestimulação ovariana. Outros benefícios são a redução da quantidade de FSH necessária para estimulação ovariana e também a reduz o número de dias de estimulação. Além de melhorar a qualidade dos óvulos e embriões.

Mio-inositol para quem tem SOP


A Síndrome de Ovário Policístico é uma desordem hormonal e metabólico que está associada à disfunção ovariana e à irregularidade menstrual, causas comuns de infertilidade. A hiperinsulinemia (excesso de hormônio insulina na corrente sanguínea), consequência da resistência insulínica, contribui para o desenvolvimento de hiperandrogenismo (excesso de andrógenos como a testosterona), típico marcador da SOP.



No ovário de mulheres portadoras da SOP, ocorre um aumento da atividade da enzima epimérase, o que leva a uma diminuição de mio-inositol. Este desequilíbrio pode ser a causa de má qualidade dos oócitos e do prejuízo na sinalização de FSH.

Os benefícios para quem tem síndrome dos ovários policísticos é a redução da resistência insulínica (grande problema de quem sobre com SOP), redução de hiperandrogenismo (excesso de hormônios masculinos), restaurando o equilíbrio hormonal e o equilíbrio metabólico. Auxilia também na redução do hirsutismo (excesso de pelos) e acne.

Onde encontrar o medicamento?



Embora este medicamento não esteja disponível nas drogarias brasileiras, ele poderá ser manipulado em farmácias de manipulação com receituário médico ou comprado pela internet proveniente de outros países. 

Nos Estados Unidos é vendido como Mio–Inositol e pode ser associado em separado com o ácido fólico.

Os nomes comerciais mais conhecidos são INOFOLIC, PREGNITUDE, OVUSITOL e no Brasil é encontrado com o nome FertiSop. Em pesquisas nas drogarias onlines encontra-se entre 77 e 200 reais, dependendo da região. 

Tratamento natural


É possível encontrar Inositol naturalmente na alimentação. Vários tipos de alimentos como fígado, lecitina (principalmente de soja), trigo integral, germe de trigo, levedura de cerveja, amendoim, batata doce, repolho, melão e laranja contém essa substância, contudo, deve-se dar preferência aos alimentos que não foram industrializados, já que o processo destrói essa substância.

Fonte de pesquisa: Site IPGO e outros artigos da internet.





segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Cordão Umbilical Enrolado e Parto Normal


Falar de cordão enrolado no pescoço do bebê e parto normal ainda rende algumas discussões. Algumas delas pela falta de informação ou mesmo confusão quanto ao impedimento de realizar um parto normal cujo bebê tenha o cordão umbilical enrolado no pescoço. É muito importante que a gestante conheça mais a respeito desse assunto, assim pode-se ter uma clara ideia do que é ou não perigoso para esse momento tão lindo que é o parto.

O que é circular de cordão?


A chamada "circular de cordão", alça de cordão umbilical em torno do pescoço do feto, pode ocorrer ao longo de toda a gestação. A circular é resultado da própria movimentação do feto, que pode fazer com que o cordão se enrole e desenrole diversas vezes. E, ao contrário do que prega o senso comum, ele não "enforca" a criança, e pode ser facilmente desenrolado pelo médico durante o parto, depois da passagem da cabeça do bebê.

O que causa a circular de cordão?


O cordão umbilical enrolar no pescoço do bebê usualmente ocorre quando o cordão é comprido e, com a movimentação ativa do feto, ele envolve-se o pescoço da criança.

Isso acontece porque o bebê se mexe constantemente dentro da barriga da mãe, nadando no líquido amniótico. Ele toca, mexe e brinca com o cordão, enrolando-se e desenrolando-se nele em qualquer parte do corpo.

Qual é o tamanho do cordão umbilical?


O comprimento do cordão umbilical varia de criança para criança e de gestação para gestação. O cordão é composto de duas artérias e uma veia, e é preenchido por um tecido conjuntivo indiferenciado chamado de "Geléia de Whartonh". Em média tem 59 cm podendo variar entre 40 cm ou até 71 cm ou mais.

Além do pescoço, o cordão pode dar voltas em outras partes do corpo do bebê, como pés, abdome, braços e, em alguns casos, em todos os membros em conjunto.

É possível ter parto normal?


Muitos profissionais da saúde lutam hoje para mudar a ideia de que circular de cordão impede parto normal. A ocorrência de circular de cordão não é indicação de cesárea. O que vai definir o tipo de parto é a vitalidade do feto.

A identificação desta situação em um ultrassom não é motivo para marcar cesariana, afinal, isso ocorre em 20% ou 30% dos partos, e os bebês nascem muito bem.

Quando essa situação apresenta riscos?


Muitas vezes, a ultrassonografia identifica problemas que podem não ser verdadeiros. Por isso, muitos profissionais recomendam que o laudo do exame, que é compartilhado entre médico e paciente, traga apenas informações que são úteis, para não preocupar, sem necessidade, os pais.

Durante o trabalho de parto é importante um acompanhamento dos batimentos cardíacos do feto por meio de um sonar e também ao exame de cardiotocografia, durante as contrações da mãe para evitar complicações, que em conjunto com a circular possam causar problemas, pois é durante o momento do parto que há a real compressão do cordão umbilical, que encosta na parede do útero da mãe. Nesse caso, o cordão está enrolado no bebê ou com nó, eventualmente a frequência cardíaca será alterada, causando danos à respiração da criança.

Com o acompanhamento dos batimentos do bebê, o médico pode avaliar se há alterações, agindo rapidamente e adotando então a cesárea como melhor opção para aquela situação específica.

De forma simples, não é o cordão enrolado que prejudica o bebê mas a alteração cardíaca que diz se a circulação de sangue pelo cordão está comprometida e que, em algum momento, a criança vai entrar no que os médicos chamam de sofrimento fetal.

Todo bebê com circular de cordão umbilical terá problemas no parto?


Em casos raros, se o cordão for muito pequeno ou estiver muito enrolado, ele pode ficar "curto" para a descida do bebê pelo canal de parto. Com isso, ele se torna cada vez mais apertado, compromete a circulação de sangue e, consequentemente, reduz a frequência cardíaca da criança.

Esse quadro, onde a circular compromete o fluxo sanguíneo não é comum e, na maioria dos casos, a circular de cordão não influencia no bom andamento do parto normal. Além disso, se a cesárea for realmente necessária, essa decisão será tomada apenas durante o trabalho de parto. Por isso, uma circular identificada no pré-natal não deve preocupar a gestante nem dissuadi-la de dar à luz pela via natural.

Até mesmo nos serviços de obstetrícia mais humildes é possível monitorar esta situação, desde que na falta de um aparelho de cardiotocografia haja a monitoração por sonar. Se o cordão estiver apertado, causando prejuízo no ritmo do batimento cardíaco do feto, como bradicardia persistente ou arritmia, opta-se pela cesariana.

É importante lembrar que o bom profissional irá esclarecer qualquer dúvida e dê preferência para um médico que não tenha um grande histórico de cesáreas. Até a próxima!

Leia também:


Exame de Toque: o que é e serve para quê?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Resistência à insulina atrapalha engravidar



Quem tem a Síndrome dos Ovários Policísticos provavelmente já ouviu falar que o aumento dos níveis de insulina causado pela SOP dificulta a ovulação e faz com que o organismo produza hormônios masculinos. Isso ocorre devido à resistência à insulina que é um sintoma da SOP. Para entender como isso interfere na vida da pré-mãe e principalmente, nas tentativas de engravidar, montamos esse post. Conheça melhor o que é e como tratar esse problema.


O que é a insulina?


A insulina é um hormônio produzido naturalmente pelo seu pâncreas. Ela ajuda a mobilizar o açúcar no sangue, ou a glicose, em suas células. Como o corpo utiliza o açúcar no sangue como combustível, fica fácil entendermos porque a insulina é um hormônio tão importante.

Sem a quantidade certa de insulina, o açúcar que está no sangue não pode entrar em suas células. Neste caso, ela permanece em sua corrente sanguínea. Quando os níveis de açúcar no sangue estão muito altos, ocorre o que chamamos de hiperglicemia.

A hiperglicemia pode levar a sinais e sintomas de diabetes, como perda de peso, sentir muita sede ou fome, ou a necessidade de ir ao banheiro com mais frequência. Se estiver sentindo estes sintomas procure um médico tão cedo quanto possível.

O que a insulina faz no nosso corpo?


A insulina tem várias e amplas ações no corpo como por exemplo:

Com aumento do açúcar no sangue, causado pela alimentação, nosso corpo começa a produzir e secretar insulina. Por sua vez o fígado responde a este excesso de açúcar no sangue convertendo em glicogênio. Glicogênio é uma fonte de energia que pode ser convertida de novo em glicose, quando necessário. O glicogênio é armazenado no fígado e nas células musculares.
A insulina também evita a utilização de gordura como fonte de energia. Na ausência de insulina ou em condições em que a insulina é baixa a glicose não é absorvida pelas células do corpo, e o corpo começa a usar a gordura como fonte de energia. É por isso que algumas pessoas treinam em jejum para emagrecer. 
A insulina controla também outros sistemas do corpo e regula a absorção de aminoácido pelas células do corpo. Tem vários efeitos anabólicos em todo o corpo também.

O que é Resistência à insulina?



A resistência insulínica é uma situação onde há um desequilíbrio entre a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas e o funcionamento desta quantidade de insulina. Para simplificar, em uma pessoa sem resistência insulínica, é como se uma molécula de insulina tivesse a capacidade de colocar uma molécula de glicose dentro da célula, porém, na pessoa com resistência, fosse necessário duas ou mais moléculas de insulina para realizar o mesmo trabalho. No organismo, a conta não é bem esta, mas a perda de funcionamento de insulina ocorre de forma bem semelhante quando esta resistência aparece.


Quais as causas?


A principal causa da resistência insulínica é o ganho de peso. Com o ganho de peso e o aumento do tecido adiposo, há maior necessidade do pâncreas produzir insulina e, com isso, o ciclo da resistência insulínica se inicia. Quanto mais insulina é produzida, mais as células tendem a se proteger do excesso dela, e mais aumenta a resistência insulínica. Em determinado momento o pâncreas não consegue produzir mais insulina, e é neste ponto que os níveis de açúcar no sangue começam a ficar elevados e o diabetes tipo 2 surge.

Outras condições como gestação, síndrome metabólica, hipertensão arterial, colesterol elevado, síndrome do ovário policístico, esteato-hepatite não alcoólica (esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado) também podem levar à resistência insulínica ou serem consequência dela.


Quais os sintomas?


Geralmente a resistência insulínica é assintomática, porém se está associada com outras causas, pode vir a ter sintomas.

Se está associada com ovário policístico, a resistência insulínica pode se apresentar como a Síndrome Hair-na, que é caracterizada por:

  • Aumento de pelos pelo corpo
  • Acne e oleosidade na pele
  • Escurecimento da pele em regiões de dobras de braço, axilas e pescoço, chamado de acantose nigricans.

A acantose nigricans não é um achado restrito da síndrome Hair-an, ela pode ser vista em casos de resistência insulínica sem associação com ovário policístico.



Outro achado bastante comum é a presença de pequenas protuberâncias de pele, chamadas de acrocórdons, vistas mais comumente em axilas e na região posterior do pescoço. Elas são frequentemente confundidas com pequenas verrugas, mas na verdade são pequeninas estruturas formadas por crescimento da pele em excesso, ocasionadas pela resistência insulínica.




Como diagnosticar?


A resistência insulínica é geralmente identificada nos exames laboratoriais de rotina, e também nos casos em que há suspeita clínica. Nos pacientes que estão com sobrepeso e obesidade, ou que apresentam alterações de colesterol, pressão alta e nos casos de gestantes com alterações de glicemia, a resistência insulínica deve ser sempre pesquisada.

Os exames de sangue são os principais aliados no diagnóstico da resistência insulínica. A dosagem de glicose de jejum, insulina de jejum e o cálculo do marcador chamado de HOMA-IR fazem com que o diagnóstico seja relativamente simples.

O HOMA-IR consiste em uma fórmula padronizada que calcula o nível de resistência insulínica de uma pessoa a partir dos valores de glicemia, insulina e uma constante.

Um outro teste bastante usado é o teste oral de tolerância à glicose, que vai nos mostrar a resposta do pâncreas em produzir insulina a partir da sobrecarga com glicose. Nele a pessoa recebe uma quantidade predeterminada de glicose e são dosados os níveis de glicemia, e se necessário de insulina em tempos predeterminados após a ingestão da glicose.

Como fazer o tratamento?


O tratamento começa com mudanças no estilo de vida. A primeira delas é a troca dos alimentos de alto índice glicêmico por alimentos de baixo índice glicêmico. Ou seja trocar alimentos que fornecem açúcar rapidamente para a corrente sanguínea, como os pães brancos, batatas e açúcar refinado, por alimentos que a fornecem mais lentamente, como o pão integral, arroz integral, vegetais como brócolis ou cenoura, entre outros.

Além da troca de alimentos, deve-se evitar o ganho de peso ou, se necessário, buscar manter o peso dentro do índice de massa corporal adequado, que é entre 18,5 e 25 kg/m2.

A prática de atividades físicas é essencial para o controle da resistência insulínica. As células musculares são grandes utilizadoras da glicose no sangue, e quando fazemos exercícios estas células absorvem a glicose muitas vezes, até sem precisar de insulina. Quando o músculo fica em repouso, ele precisa de uma quantidade menor de glicose e passa a depender da insulina para absorvê-la. Com menos atividade física, gera-se um ciclo vicioso que vai fazer com que a célula muscular precise cada vez mais de insulina.

Em alguns casos, há possibilidade do uso de medicamentos para melhorar o funcionamento da glicose no organismo e também para o controle do peso. A avaliação médica será fundamental para definir qual o tratamento mais adequado caso a caso.

Melhorando a sensibilidade à insulina:

Use e abuse da Canela



A canela é uma ótima opção para temperar muitos alimentos. A boa notícia é que a canela pode aumentar a sensibilidade à insulina e manter níveis mais baixos de glucose no sangue.

Você pode adicionar a canela nos alimentos de muitas maneiras diferentes. Você pode adicionar na sua aveia, no seu shake de proteína, no café, enfim, use a criatividade.

Torne o exercício físico parte do seu estilo de vida



Estudos apontam que o exercício físico provoca uma redução da glicose no sangue e também dos níveis de insulina após dias da prática de atividade física.


Coma carboidratos de baixo índice glicêmico



Para quem não conhece ainda o termo, o índice glicêmico é uma medida para o impacto de um determinado alimento sobre a glicemia. Alimentos com alto índice glicêmico provocam um rápido aumento da glicose no sangue fazendo com que seu corpo libere rapidamente grandes quantidades de insulina.

Se você costuma comer muitos alimentos com alto índice glicêmico, você está liberando altas cargas de insulina no corpo fazendo com que seu corpo se torne insensível aos efeitos da insulina ao longo do tempo – o que significa mais e mais insulina é necessária para alcançar um resultado similar.

Comer uma dieta de baixo índice glicêmico pode melhorar a captação de glicose e aumentar a sua sensibilidade à insulina, é o que diz um estudo publicado na Europe PubMed Central.

Garanta o ômega 3 na sua alimentação



Os ácidos graxos essenciais não podem ser fabricados pelo corpo, por isso eles precisam ser ingeridos através de sua dieta.

O ômega 3 tem efeitos na inflamação, nos hormônios, no humor, no metabolismo, no comportamento e em muitos outros fatores. Uma dieta suplementada com ácidos graxos ômega 3 melhora a sensibilidade à insulina e reduz os níveis de triglicerídeos.

Alimentos como salmão, atum, semente de linhaça, nozes e ovos são ótimas opções para incluir na alimentação. 

Beba chá verde



Chá verde é uma opção excelente para melhorar sua sensibilidade a insulina.

Semelhante ao exercício, o chá verde reduz significativamente a absorção de glicose pelo tecido adiposo, e estimula significativamente a captação de glicose no músculo.

Evite gordura trans



As gorduras trans usadas ​​para aumentar a vida útil de produtos na prateleira e também para mudar a consistência de gorduras insaturadas tornando-as mais saturadas.

As gorduras trans causam ganho de gordura abdominal – mesmo quando o alimento é baixo em calorias, e estão associados com a resistência à insulina.

Consuma vitamina E



A vitamina E é um antioxidante solúvel em gordura que elimina os radicais livres. Pessoas que têm baixas concentrações de vitamina E no sangue têm um maior risco de resistência à insulina.

A suplementação de vitamina E aumenta a disponibilidade de glicose e melhora a ação da insulina. A boa notícia é que você não tem que tomar suplementos para a obtenção de vitamina E. Você pode obtê-lo comendo alimentos integrais, como nozes e sementes.

Limite o consumo de frutose



A maioria das pessoas conhece a frutose como sendo o "açúcar da fruta". A grande verdade é que a fruta contém quantidades variáveis ​​de frutose.

No entanto, também é ingerida frutose a partir de fontes de alimentos processados ​​que contenham xarope de milho com alto teor de frutose, e também a partir do próprio açúcar. O açúcar é feito de frutose e glicose, e é uma fonte importante de consumo de frutose.

A frutose é metabolizada pelo fígado. Expondo o fígado em grandes quantidades de frutose leva a uma rápida estimulação de lipogênese (formação de gordura) e de acumulação de triglicerídeos, o que por sua vez contribui para a reduzida sensibilidade à insulina.

Não vá largar de mão as frutas da sua dieta. Pequenas quantidades de frutose são benéficas, e pode diminuir o índice glicêmico da sua refeição.

Evite alimentos processados, e você deverá estar salvo dos efeitos negativos da frutose.

Evite Fast Food




Nem precisa dizer que o consumo de fast-food é fortemente associado com o ganho de peso e resistência à insulina, ou seja, o fast-food aumenta o risco de obesidade e diabetes tipo 2.

Praticamente todo Fast food é rico em gorduras trans e carboidratos com alto índice glicêmico – ambos os quais reduzem a sensibilidade à insulina através de diferentes métodos. 

Aumente a ingestão de fibras



Segundo estudo publicado no American Diabetes Association, aumentar a ingestão de fibra alimentar insolúvel durante 3 dias já pode melhorar significativamente todo o corpo com relação a sensibilidade à insulina.

Ingestão de fibras também possui uma relação inversamente proporcional com o risco de desenvolvimento da resistência à insulina e diabetes tipo II, é o que aponta o estudo publicado no American Medical Association .

Em outras palavras, quanto maior a ingestão de fibras, melhor sensibilidade à insulina menor o risco de diabetes você terá. E para quem luta a muito tempo contra a SOP, nada melhor que aumentar as chances de conquistar o positivo! Até a próxima!

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