sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Ovários Policísticos e Multifoliculares: Entenda a diferença.


Ovários com cistos, ovários policísticos, ovários micropolicísticos, síndrome dos ovários policístico (SOP), síndrome dos ovários micropolicísticos (SOMP), ovários multifoliculares... Com frequência esses termos são usados e muitas pessoas não conseguem entender o que cada expressão significa, se são as mesmas coisas ou se são coisas diferentes. Muitas mulheres que tiveram cistos nos ovários podem acreditar que tem a síndrome dos ovários policísticos (SOP), embora isso nem sempre seja correto.  Vamos tentar esclarecer esses termos e diferenciá-los. 

O que é cisto?


O cisto é uma espécie de bolsa de tecido, que pode ser cheia de ar, líquido, pus ou outro fluido. Tem um crescimento lento e normalmente não apresenta sintomas. 

Os cistos ovarianos são bolsas cheias de líquidos que se formam sobre ou dentro do ovário. Existem vários tipos de cistos conheça quais são aqui


Cistos nos ovários X ovários policísticos



A primeira grande confusão é acreditar que quem tem cistos nos ovários tem a síndrome dos ovários policísticos. A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico está no tamanho e no número de cistos. Na verdade, na síndrome existem de 10 a 20 pequenos cistos com meio centímetro de diâmetro, os cistos de ovário são únicos e bem maiores, medindo de 3 a 10 cm. Essa é a grande diferença. Mesmo que uma pessoa um dia apresente o ovário policístico não significa que esta tenha a síndrome. Para que haja um diagnóstico da síndrome, sintomas como menstruação irregularobesidade, resistência à insulinaacne entre outros devem ser averiguados. Saiba mais sobre a síndrome dos ovários policísticos aqui!

SOP X SOMP


Síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou Síndrome dos ovários micropolicísticos (SOMP) são na verdade duas nomenclaturas para a mesma patologia. Ou seja, alguns profissionais podem descrever o problema como SOP e outros vão preferir utilizar o termo SOMP. Em ambos os casos referem-se aos múltiplos cistos pequenos (daí o termo micro!) causados pela síndrome. 


Ovários policísticos X Ovários multifoliculares



Dentro dos ovários existem vários folículos, que se desenvolvem, dando origem aos óvulos. Em condições normais, a mulher ovula quando um folículo cresce dentro do ovário e libera um óvulo maduro. 

No ovário multifolicular há mais folículos se formando, contudo isso não afeta o tamanho do ovário. Os folículos não se desenvolvem e permanecem nos ovários, isto ocorre por um desajuste hormonal. Os folículos se encontram em menor número e espalhados de forma mais organizada, e os distúrbios hormonais são menos significativos em relação aos ovários policísticos.


A SOP impede que os folículos cresçam. Eles vão se acumulando no ovário e formam múltiplos cistos pequenos e benignos (folículos não rotos), mas que ficam liberando estrogênio. Esses folículos não desenvolvidos ficam espalhados de forma irregular e na maioria dos casos (embora não seja uma regra), as taxas hormonais são alteradas. Conheça mais sobre os Cistos Foliculares.

Como vimos os termos às vezes podem confundir e é importante saber o que cada um significa. Em resumo, as diferenças são:

Ovários com cistos - são os que apresentam 1 ou 2 cistos nos ovários com tamanho um pouco maior.

Ovários policísticos - são vários microcistos que não se desenvolvem e ficam durante um tempo nos ovários. Ter microcistos nos ovários não significa que a mulher tenha a SOP.

Síndrome dos ovários policísticos ou micropolicísticos - um dos sintomas da síndrome é a presença de microcistos nos ovários. Contudo, para que seja considerado como síndrome, outros sintomas precisam se constatados. É possível ter SOP sem que os ovários se apresentem com micropolicísticos.

Ovários multifoliculares - presença de múltiplos folículos do que normalmente mas com tamanho do ovário normal. 


Lembre-se que independente do tipo de cisto ou microcisto, se o desejo é engravidar, quanto antes buscar um tratamento melhor! Até a próxima!

Leia também:





quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A rotina de sono do bebê


"Aproveite para dormir antes do bebê nascer, pois depois não vai dormir mais!" Essa costuma ser uma das frases que muitas gestantes ouvem bastante. Mas será que a hora do dormir pode ser realmente um problema para os pais ou será que há alguma coisa que possa ajudar a enfrentar a hora de dormir de forma mais tranquila? Vamos passar algumas dicas para tornar a hora do soninho mais um momento feliz junto ao bebê.


Por onde começar?


O primeiro passo é estabelecer uma rotina para o bebê. Essa é uma importante estratégia que irá organizar não apenas a rotina do bebê como também facilitará o dia dos pais. 

Ao contrário do que se possa imaginar, bebês gostam de rotina, gostam de saber o que irá acontecer a seguir. Ao criar uma rotina passamos a indicar ao bebê o que virá a seguir e ele entenderá que está chegando a hora de dormir. 


Por que a rotina é importante?


Quando se cria um ritual para dormir, informamos ao cérebro que é hora de diminuir o ritmo para descansar. E isso também acontece com a criança. Com o tempo o sono será mais fácil, acordando menos a noite e dormindo melhor. Quando o bebê tem um horário para dormir sempre igual, ele entra naturalmente na rotina durante o dia, e a maneira mais fácil de estabelecer esse horário é criando uma rotina noturna que você e o bebê possam seguir facilmente todas as noites. 


Criando a rotina do sono



É importante ressaltar antes de tudo que a rotina é algo pessoal. Isso significa que mesmo que seja sugerido um roteiro, o mesmo pode e DEVE ser alterado de acordo com a personalidade da criança. A recomendação básica é que a rotina da hora de dormir seja simples com um banho quentinho e relaxante, vestir um pijama, mamar e ir para a cama. Algumas crianças podem ficar mais agitada após o banho e nada impede que os pais alterem a rotina com uma massagem após o banho, por exemplo. Nesse momento, a intuição dos pais é que vai definir o que atende melhor às necessidades do filho. Estas são apenas sugestões que poderão ser testadas até que se encontre a melhor.


Diferenciando dia da noite



Antes de nascer, o bebê está habituado a viver num determinado ambiente, ao seu próprio ritmo. Ele não conhece ainda as diferenças entre dia e noite. É importante que durante o dia a rotina da casa seja mantida. Abrir as janelas, deixar a TV ligada e tudo como acontece normalmente. Muitos mudam a rotina da casa com a chegada do bebê, deixando o ambiente tranquilo durante o dia e é isso que confunde a criança já que dia e noite passa a ser igual. 

Durante o dia, é importante que o bebê tire suas sonecas com a menor alteração possível no ambiente, o que significa que a claridade deve ser mantida, bem como o ritmo da casa com os ruídos normais (telefone, televisão, aspirador de pó), mesmo que o bebê estiver dormindo. A providência ajuda eles a entender que o sono do dia é diferente do da noite, o que facilita a adoção de bons hábitos para dormir.

Quando a noite for chegando o ritmo vai diminuindo naturalmente, diminuindo os estímulos, criando um ambiente tranquilo e agradável, propício ao sono, evitando barulho e claridade. Esse é o primeiro indicativo que a hora de dormir se aproxima. Estabeleça qual a sequência que funciona melhor para que a criança relaxe. Pode-se incluir na rotina básica (banho, pijama e cama) uma música calma, massagem relaxante (Conheça aqui a massagem ideal para bebês: Shantalaou mesmo uma historinha para dormir. 


Com que idade se pode começar com a rotina de sono?


Nos primeiros meses não tem muito como forçar uma rotina. Nessa fase o melhor é apenas a indicação de quando é dia e quando é noite, através da rotina do ambiente. Nada impede que se faça todas as noite o roteiro banho, pijama e cama, mas você pode começar a treinar com seu bebê a partir dos 2 meses de idade. 

Com o tempo, as rotinas vão ajudá-lo a perceber que existe o dia e a noite e que se espera atividade numa altura do dia e repouso na outra.


Qual horário começar a rotina de sono?


A rotina deve começar por volta do mesmo horário. Contudo, isso não requer pontualidade britânica! Não precisa ser muito rígido com o horário do bebê. Observe se o bebê está mais cansado ou mais animado, de forma que talvez haja necessidade de antecipar ou atrasar por 15-30 minutos, mas não passe muito disso. O ideal é que a criança durma antes das 21h, pois este é o período que biologicamente sentimos mais sono. Depois disso, a criança volta a ficar alerta e fica mais difícil para ela adormecer.

Os especialistas aconselham a deitar o bebê sonolento, mas ainda acordado, para que se vá habituando a adormecer sozinho (o que não quer dizer que tenha que sair do quarto ou não mexer no bebê se ele chorar).

Os horários vão ficando cada vez mais certos, no começo pode ser um pouco difícil, podendo levar uns 15 dias para que o bebê se acostume com a nova rotina, mas com paciência e insistência, tudo entra no eixo.

Roteiro do sono


Como falamos anteriormente, a rotina do sono deve ser criada com base nas características de cada bebê. A seguir deixamos algumas dicas para a criação da roteiro do sono:

Diminuindo o ritmo - As atividades serão menos estimulantes conforme se aproxima a hora do soninho. Deixe as atividades mais agitadas para o dia! Aproveite esse momento para bater um papo com seu bebê e conte como foi seu dia e pergunte como foi o dele. Uma "conversa" olho no olho é sempre relaxante!

Banho relaxante - Nada mais gostoso e relaxante do que um banho quentinho. Esse momento também é ideal para que os pais sintam-se mais próximos aos filhos. Contudo, se o bebê fica agitado demais no banho ou simplesmente odeia a banheira, não use essa estratégia. Em vez disso, dê o banho bem mais cedo, e no ritual noturno passe algum tempo juntinho dele ou leia uma história. 


Massagem acalma - Se a criança relaxa durante uma massagem, essa pode ser uma boa forma de ajudar na chegada do sono. Caso esse não seja o caso, pule esse item. Aprenda a fazer massagem aqui



Colocando o pijama - Embora muitas pessoas não deem importância ao pijama, é ele quem ajuda ao bebê a sentir-se confortável e relaxado. Deve ser adequado a temperatura do ambiente, sem apertar e que não deixe que a criança sinta frio ou calor. É um bom momento para dar carinho ao bebê, aproveite para deixá-lo seguro e sentindo-se amado! Aprenda como agasalhar o bebê

Ler historinha - Se a massagem não funciona ou se preferir ler uma história para a criança, nada melhor que fazer isso antes dela dormir. Além de estreitar os laços com os filhos, isso também ajudará no aprendizado da criança. Outra atividade que pode ser feita é o canto. Aproveite para ninar o bebê ou mesmo deixar uma musiquinha tranquila tocando baixinho. 

Amamentação - A mamada antes de dormir vai entrar na rotina conforme a mãe sinta essa necessidade. Alguns especialista dizem que a criança não deve adormecer no peito mas no berço. Entretanto, ninguém melhor do que a mãe para entender essa característica do bebê. 

Naninha na caminha - A naninha nada mais é do que um objeto que ajude o bebê a sentir-se seguro. Além disso fica mais fácil associar o objeto com a hora de dormir. Pode ser uma fraldinha, um bonequinho ou bichinho de brinquedo. Ao se encontrar com ele, o bebê sabe que é hora de dormir. 


Perseverança e paciência


Em se tratando de criança, nada dito aqui é definitivo. Algumas vezes a expectativa é muito grande com relação a rotina. Alguns bebês irão se adaptar mais facilmente que outros e é preciso muita perseverança e paciência dos pais em manter a constância na rotina do sono. Tenha em mente que não há tempo certo para que a rotina funcione. O importante é manter a rotina como um ritual de carinho e aproximação com a criança. Por isso lembre de envolver o papai nesse momento! E mesmo depois da rotina estabelecida é bom ter mente que ela mudará! Isso mesmo! A medida que a criança vai crescendo mudanças na rotina serão necesárias, seja porque bebê vai pular uma soneca, ter mais fome ou acordar antes de o sol nascer. Em alguns momentos a rotina pode ficar de pernas pro ar. Use o amor pelo seu filho para que as interações possam ser adaptadas sem muito estresse. Até a próxima!

Leia também:






sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Bebê no 2º mês


Passado o medo inicial da chegada do bebê, a família já encontrou seu ritmo. Mamães e papais conseguem entender a linguagem do bebê e a vida, embora agitada, segue com mais confiança nas atividades diárias. Vamos conhecer um pouco de como se dá o desenvolvimento do bebê nessa fase. 


O sono do bebê



Com o passar do tempo as horas de sono vão encontrando seu ritmo. Em média nessa fase, o sono diário é de cerca de 14 a 17 horas. O bebê de 2 meses já consegue dormir por períodos mais longos à noite. 

A maioria dos bebês ainda requer uma ou mais mamadas durante a noite. Mas a boa notícia é que ele já deve estar dormindo por períodos maiores, assim como ficando acordado por mais tempo. 

Grande parte dos bebês de 2 meses dorme em ciclos de duas a quatro horas e permanece acordada por até dez. 


A mobilidade do bebê



A mobilidade do bebê vai aumentando lentamente à medida que as semanas passam. Aos 2 meses ele já experimenta abrir e fechar os dedos e tenta tocar com as mãos os objetos suspensos no berço. Seus movimentos parecem mais controlados. Percebe-se que o uso descoordenado de braços e pernas dos dias de recém-nascido deu lugar a movimentos mais serenos e arredondados. Essa aptidão vai se aprimorando até que consiga segurar o que quiser.


As competências motoras nessa fase são:

  • Gira a cabeça a 90 graus.
  • Reage ao som e à voz dos pais e gira a cabeça em direção do som.
  • É capaz de agarrar o dedo do adulto.
  • Quando colocado sobre a barriga, tenta levantar o queixo.
  • Agarra objetos que lhe são colocados na mão.


O sorriso intencional



Logo ao nascer o sorriso do bebê é um ato de reflexo, ocorrendo aleatoriamente. Aos 2 meses o bebê está na fase do sorriso real. É o momento em que os pais podem perceber que o sorriso vem de estímulos como ouvir a voz da mamãe ou do papai. Mesmo em dias difíceis, tudo será recompensado com lindos sorrisos sem dentes. 


As interações sociais



O bebê nessa fase pode sorrir e emitir sons para as pessoas quando falam com ele, mostrar sua alegria ao balançar pernas e braços. As interações podem se seguir de uma longa "conversa" que mesmo sem um tradutor, é recheada de muito amor e carinho. Ele também passa a aprender que um evento segue outro, vira-se em direção a um som, mas só conseguirá localizar sons que estiverem na frente dele. O bebê fixa e segue a vista na horizontal ou no rosto da mãe (esta é a primeira reação social) e pode começar a descobrir como fazer as coisas acontecerem.


Peso do bebê com 2 meses


Esta tabela indica o peso ideal do bebê para esta idade, no entanto, o peso pode variar ligeiramente, podendo o bebê ter mais ou menos peso:



Em média, os bebês nesta fase do desenvolvimento mantém um padrão de aumento de peso de 750 g por mês. Porém pode acontecer o peso estar bem acima dos valores aqui indicados, e nesse caso é possível que o bebê esteja com excesso de peso, sendo recomendado consultar o pediatra.


Brincadeiras aos 2 meses de idade


Nessa fase é importante haver muito estímulo nas interações com a criança. Além de aumentar o vínculo ela ajudam no desenvolvimento dele:

  • Pendurar objetos, figuras coloridas, móbiles no berço ou no local onde ele fique durante o dia, para que o bebê possa acompanhar seus movimentos.
  • Tornar o quarto do bebê claro, com gravuras coloridas e espelhos.
  • Olhar diretamente em seus olhos, a 30 cm da sua face, sorrir, fazer caretas ou imitar a sua expressão facial.
  • Cantar alegrar ou entreter o bebê.
  • Falar bastante e repetir os sons que ele faça.
  • Deitar o bebê de costas, cruzar seus braços sobre o peito e depois esticá-los para fora, para cima e para baixo.
  • Massagear a pele do bebê após o banho com uma música relaxante.
  • Agitar um chocalho próximo ao bebê, aguardar seu olhar e agradecer com um tom de voz suave e agudo.
  • Realizar passeios diários, de preferência logo pela manhã, por volta das 8h, ou no final da tarde, a partir das 17h. 


Como deve ser a alimentação?


Até os 6 meses de idade, o bebê deve, preferencialmente, se alimentar apenas de leite materno. (Entenda a importância do leite materno aqui!) Caso a mãe tenha dificuldade para amamentar, é recomendado que suplemente a alimentação com leite em pó próprio para a idade, de acordo com as indicações dadas pelo pediatra.

Bebês que tomam mamadeira tem mais chances de ter cólicas. Aqui você encontra dicas para aliviar as cólicas do bebês


Desenvolvimento do recém-nascido


Caso o bebê seja prematuro, provavelmente ele levará um pouco mais de tempo para fazer as mesmas coisas que os bebês que nasceram na data prevista. Por esse motivo, os pediatras costumam dar aos prematuros duas idades: a cronológica (guiada pelo aniversário) e a corrigida (calculada como se ele tivesse nascido no dia em que a gestação completaria 40 semanas).

Você deve comparar seu bebê com a idade corrigida, e não com a cronológica. E não se preocupe, a maioria dos médicos avalia o desenvolvimento do prematuro contando a partir da data que era prevista para o nascimento, e acompanha todo seu progresso levando isso em conta. 


Como saber se o desenvolvimento do bebê é normal?


É importante lembrar que cada criança se desenvolve no seu próprio tempo e conquista vitórias em épocas diferentes. Os pontos mencionados aqui no post são apenas direcionamentos aproximados. Se você tem alguma dúvida sobre o desenvolvimento do seu filho, consulte um médico. Até a próxima!

Leia também:





quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Síndrome do Folículo Não Roto – LUF


Há alguns anos atrás, quando ouvia os conselhos da minha mãe para ter cuidado para não engravidar, sempre me pareceu que era incrivelmente fácil conseguir. A verdade é que depois de algum tempo tentando, percebi que muitas são as variáveis que podem dificultar o tão sonhado positivo. Assim como eu, muitas mulheres descobrem, depois de um tempo tentando, que engravidar não é tão simples assim. 

Faz pouco tempo que ouvi pela primeira vez a respeito da Síndrome do Folículo Não Roto (LUF). Confesso que mesmo vivenciado esse mundo das tentantes a algum tempo, percebi que ainda há muito o que aprender. 

O que é LUF?



A Síndrome do Folículo Luteinizado Não Roto (LUF) é quando o folículo ovariano desenvolve-se normalmente, mas não rompe para liberar o óvulo. Depois disso, as células que o compõe iniciam a secreção de progesterona, tal como um folículo que rompeu e se transformou em corpo lúteo. Caso a mulher faça acompanhamento hormonal, dosando a progesterona, por exemplo, pode não conseguir identificar problema já que as dosagens de progesterona irão parecer normais. 

Qual a causa da LUF?


Os médicos ainda não identificaram as causas dessa síndrome. Contudo, uma possível causa seria o baixo nível do hormônio LH responsável pelo rompimento do folículo, causando a anovulação. Entenda melhor os ciclos anovulatórios neste post

Quais os sintomas da LUF?


A LUF é uma síndrome silenciosa. Assim, não há nada que ocorra durante o ciclo menstrual que possa fazer com que a mulher desconfie que não está ovulando. Os sintomas comuns no período pós ovulatório de mulheres sem a síndrome, são os mesmos daquelas que sofrem com a LUF. Tal como os níveis hormonais, a fase lútea apresenta-se absolutamente normal aos olhos clínicos. 


Como saber se a mulher tem LUF?


O diagnóstico da síndrome é feito através do controle de ovulaçãoAtravés do exame de ultrassom seriado, é possível observar a evolução do folículo e identificar se houve ou não o rompimento do mesmo. Quando o folículo não rompe pode tornar-se um Cisto Folicular.

É importante ressaltar que um único exame não é suficiente para o diagnóstico da LUF. Isso porque a mulher pode passar por um ciclo onde o folículo não se rompa mas em outros romper-se normalmente. 


Qual o tratamento para LUF?


Quando se está tentando engravidar, o tratamento pode ser feito com o coito programado que inclui induzir a ovulaçãomonitorando com ultrassom e medicação à base de hCG para induzir o rompimento ou Inseminação Artificial. 

Ainda que a mulher prefira não induzir a ovulação, pode-se optar apenas pelo monitoramento da ovulação seguido por injeção para o rompimento do folículo, que será feito assim que o mesmo estiver no tamanho ideal. 

Algumas vezes passa-se meses e até anos tentando engravidar sem que um especialista seja consultado. Claro que um casal saudável pode levar até 1 ano para engravidar naturalmente, contudo, quanto mais cedo procurar ajuda e INSISTIR numa investigação da fertilidade, mais cedo chegará o positivo! Até a próxima!

Leia também:





segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Perfume pode causar alergia em bebês


Existe coisa mais gostosa que cheirinho de bebê? Hoje em dia, há uma grande variedade de produtos para o bebê como xampus, sabonetes, perfumes, loções, cremes e hidrantes... Um mais cheiroso que o outro... Embora muitas marcas ofereçam produtos feitos especialmente para o seu bebê, deve-se ter muito cuidado, inclusive com os produtos que a mamãe e o papai usam, pois ainda assim a criança pode sofrer com alergias aos perfumes e maquiagens! 

Qual o problema de usar perfume?


O bebê é ainda sensível, mesmo o cheiro do perfume da mãe pode desencadear processos alérgicos. O uso de perfumes deve ser evitado enquanto estiver amamentando, já que o cheiro do produto pode atrapalhar a mamada. Caso não esteja amamentando, o uso do perfume pode ser feito desde que em pequenas quantidades e cuidando para não passar em áreas que entrem em contato com o bebê. O uso de desodorante e cosméticos devem ser feitos distante da criança, pelo menos até ela completar 3 meses, sendo 6 meses um período mais seguro. 

Os cuidados também se estendem para os produtos de limpeza, já que os aromas artificiais podem causar intoxicação. Da mesma forma, amaciantes com cheiro também podem causar reação respiratória ou na pele.

O que pode acontecer?


A reação de um bebê pequenininho ao contato com perfumes fortes e maquiagem por parte da pessoa que o segura no colo depende muito de cada criança. Pode simplesmente não acontecer nada ao bebê, na maioria dos casos. Em alguns casos ele pode apresentar alguma manifestação alérgica ao perfume ou maquiagem (tosse, chiado no peito, espirros, coriza ou manchas vermelhas na pele).

Há casos em que o bebê não apresenta nenhuma manifestação alérgica em um primeiro contato (ou vários contatos), mas ficar sensibilizado à alguma substância da maquiagem ou do perfume, podendo manifestar alguma reação alérgica em qualquer contato futuro do bebê com a mesma substância.

Cabe ressaltar que bebês com antecedentes alérgicos na família têm mais chances de desenvolver manifestações alérgicas. 

Além da questão da alergia, há que se considerar que o olfato do recém-nacido é muito sensível, e ele pode estranhar cheiros fortes a que não esteja acostumado.

Sinais de possível reação alérgica



Entre os principais sintomas de alergia estão congestão nasal, irritação na garganta, tosse, chiado no peito, dificuldade respiratória por fechamento da glote, diarreia (algumas vezes com sangue nas fezes, principalmente se for alergia à proteína do leite de vaca), coceira no nariz e nos olhos e lesões de pele (urticária).

Mesmo os produtos específicos para crianças podem irritar a pele e causar alergias, por isso devem ser usados sempre com cautela. E a maioria deles só tem a indicação para crianças a partir de seis meses, não para recém-nascidos.

Conselhos para perfumar o bebê


Evite contato direto com a pele do bebê - Tenha cuidado na hora de aplicar o produto. Caso a mãe deseje usar colônia, perfume ou fragrância, não use diretamente sobre a pele ou cabelo do bebê, aplique uma  pequena quantidade sobre a roupa que o bebê vai vestir. Não é recomendado o uso por longos períodos nem durante a noite.

Escolha com cuidado - É fundamental que a colônia não tenha álcool e que seja hipoalergênica. Conserve o produto em local seco e arejado. Existe uma lista de 26 aromas naturais e sintéticos considerados alergênicos pelo Comitê Científico da Comunidade Européia, são eles: Cinamal amílico - Álcool bencílico - Álcool cinamílico - Citral - Eugeno - Hidroxicitronelal - Isoeugenol - Álcool amilcinamílico - Salicilato bencílico - Cinamal - Cumarina - Geraniol - Hidroximetil-pentil¬ciclohex-enocarbal¬dehído - Álcool 4-metoxibencílico - Cinamato bencílico - Farnesol - 2-(4-terc-butilbencil) propionaldehído - Linalol - Benzoato de bencilo - Citronelol - a-hexilcinamaldehído - d-limoneno - Heptino carbonato de metil - 3-metil-4-(2,6,6-trimetil-2-ciclohexen-1-il)-3-buten-2-ona - Evernia prunastri, extrato - Evernia furfuracea, extrato.

Cuidados no banho - O ideal é usar xampus e sabonetes neutros, pois os que contém perfumes e corantes aumentam os riscos de irritação da pele. 

Uso de hidrantes - Os hidratantes específicos para bebês (a partir dos 6 meses) estão liberados, independente de prescrição médica. Especialmente no inverno, quando os banhos mais quentes acabam deixando a pele mais ressecada, a hidratação precisa ser reforçada. Lembre-se apenas de usar de acordo com a faixa etária descrita na embalagem. Alguns bebês nascem com a pele um pouco ressecada parecendo estar descamando nos pés e nas mãos e isto é absolutamente normal, acontece principalmente quando o bebê nasceu um pouquinho depois do tempo e não há necessidade de passar creme hidratante a pele vai trocando sozinha e em pouco tempo o bebê já estará com a pele lisinha.

Filtro solar - O filtro solar é recomendado a partir dos seis meses. Ainda assim, o sol nessa faixa etária deve ser restrito – antes das 10h e após às 16h – e nunca deve ser uma exposição prolongada, pois bebês apresentam desidratação mais facilmente. 

Outro cuidado importante é evitar produtos com aditivos que simulem cores e aromas de fruta e doces, pois podem estimular a criança a ingerir os cosméticos.

Alternativas para perfumar o bebê


É preciso ter muito cuidado ao usar talco, quando a mãe vai passar no bebê o talco produz uma névoa que quando aspirada pela criança pode causar ou piorar problemas alérgicos e respiratórios, além disso o talco resseca a pele, por isso deve ser usado apenas em locais específicos. O amido de milho pode ser usado no lugar do talco, pois é mais natural e não tem aroma. Para hidratar, a dica é o óleo de girassol.

Posso usar gotas de lavanda na banheira? 


Deve-se evitar qualquer tipo de perfume para o bebê. Se desejar um cheirinho gostoso, faça um chá forte de camomila e misture na água do banho. Além de perfumar, acalma. Mas, sempre converse com o pediatra do seu bebê.


O cheiro aumenta o vínculo mãe e bebê


O vínculo entre mãe e bebê também se cria pelo cheiro. Isso mesmo! O bebê aprende a reconhecer a mãe pelo toque, pelo tom da sua voz, pelo jeito de pegar no colo e de embalar, pelo cheiro que o corpo da mãe tem, por isso é importante que a mamãe evite perfumes, cremes e desodorantes com cheiros fortes.

Se a mamãe desejar muito usar uma colônia ou perfume no bebê espere ele completar seis meses e mesmo assim não passe o produto direto na pele do bebê, procure passar na roupinha e de preferência na peça que não está em contato com a pele do bebê. Além disso, os bebês têm um cheirinho naturalmente gostoso, diferente de qualquer outro no mundo, um cheirinho natural, curta esse momento! Até a próxima!







sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Engravidar sem muco fértil é possível?


Um grande aliado para quem deseja engravidar é o muco fértil. Conhecido como muco clara de ovo, ele é responsável por ajudar o espermatozoide a alcançar o útero durante o período fértil da mulher. Assim sendo, podemos imaginar o quanto ele é importante para quem sonha com o positivo! Contudo, algumas mulheres sofrem por não conseguir visualizar esse muco durante o período fértil. Será que isso atrapalha ou mesmo impede a gravidez? Qual a relação do muco fértil com a fertilidade? Não ver o muco fértil significa que a mulher não está ovulando? Pode-se fazer algum tratamento para melhorar a produção do muco fértil? Essas e outras questões serão tratadas mais adiante.

O que é muco fértil?



O muco fértil nada mais é do que o muco produzido no canal cervical. Também chamado de muco cervical, ele é considerado muco fértil quando se apresenta no período em que a fertilidade da mulher está mais alta, ou seja, quando as chances de engravidar são grandes. 

A função do muco fértil é de sustentar, nutrir e proteger o espermatozoide, a pouca quantidade ou mesmo a sua ausência dificulta a sobrevida do mesmo, nesta circunstância o casal terá poucas chances de conseguir engravidar.

Problemas na produção do muco fértil


A produção de muco é variável.  Existem casos de mulheres que não produzem muco cervical, contudo apresentam ciclo ovulatório com padrão hormonal normal. Nesses casos, torna-se muito difícil que os espermatozoides sobrevivam ao ambiente vaginal, já que o mesmo é bastante hostila menos que adotem medidas de auxílio à produção do muco fértil, que veremos mais adiante. Em outros casos, as mulheres ovulam normalmente mas produzem muco somente em alguns ciclos e outras que ovulam normalmente mas produzem pouco volume de muco, tão pouco que a sua visualização é imperceptível. 

Causas da ausência do muco fértil


A ausência do muco pode ocorrer sem razão aparente, e é um problema que se observa também em mulheres jovens. Estudos hormonais com padrões ovulatórios normais, demonstram que a cérvix simplesmente não respondeu aos estímulos hormonais em alguns ciclos, comprometendo a produção de muco. A outra causa comum relacionada na falha da resposta cervical é o seu envelhecimento, situação comum da pré-menopausa em diante.

A produção do muco está relacionada ao hormônio estrogênio e sua baixa pode levar a pouca ou nenhuma produção do muco fértil. A utilização de alguns medicamentos, como indutores de ovulação, podem afetar a produção do muco fértil. 

Procedimentos cirúrgicos na cérvix como cauterização, conização e criocirurgia, podem danificar ou "arrancar" as glândulas cervicais, eliminando a produção de muco e causando infertilidade. Em geral nesses procedimentos, as glândulas que estão localizadas na parte superior da cérvix, responsáveis pela  produção do muco que realiza o transporte dos espermatozoides, são preservadas, porém se observa uma redução significativa no volume do mesmo.

Nas condições de diminuição do volume de muco ou falha na sua produção em alguns ciclos, o Método de Ovulação Billings pode colaborar significativamente para a mulher reconhecer seus sinais de fertilidade.

Posso engravidar sem ver o muco fértil?


A gravidez sem a presença de muco fértil é possível embora um pouco mais difícil. Uma das funções do muco cervical do período fértil é proteger o espermatozoide da acidez vaginal. Quando a quantidade de muco é diminuída, é possível que um número reduzido de espermatozoides consigam chegar às trompas, diminuindo as chances de gravidez. Contudo, é importante lembrar que nem sempre o muco fica visível sem que se faça a colheita direto do colo do útero. Então pode ser que se tenha muco fértil mas não consiga visualizar.


Identificando a fertilidade sem a presença do muco fértil


Mesmo sem a presença do muco fértil é possível identificar os sinais que o corpo emite durante o período fértil.

É importante estar muito atenta em seu ciclo, para conseguir identificar as mudanças que ocorrem na vulva, que ajudam a reconhecer melhor a fertilidade, são elas:

  • Umidade (mesmo que pequena, é perceptível que algo mudou na sensação)
  • Sensação de lubrificada (algo escorregadio), ainda que não consiga visualizar o muco
  • Inchaço na região vulvar, apesar de fácil identificação, pode ser ocasional e de curta duração
  • Maciez vulvar, ao perceber a região vulvar inchada e palpá-la, se observa que essa está "molinha", em mulheres mais velhas se reconhece uma diminuição da flacidez
  • Desenvolvimento de um linfonodo palpável e sensível na virilha/ sinal do linfonodo (um gânglio inchado/ um carocinho)


Todos estes são indicadores valiosos da fertilidade.

Podemos utilizar-se de outros métodos para saber se estamos ovulando, como:



Como melhorar a produção de muco fértil


Existem algumas medidas que podemos tomar para ajudar nosso corpo com a produção de muco fértil:

Beber água - O muco cervical é basicamente composto de água, sem hidratação não existe produção de muco cervical. Aumente a sua ingestão de líquidos, especialmente água (pelo menos 2 litros), e colha os frutos da hidratação adequada do seu organismo.

Alimentos saudáveis - uma boa alimentação ajudará o corpo a manter-se funcionando corretamente. Linhaça, inhame, óleo de prímula, óleo de copaíba, óleo de gérmen de trigo são algumas das boas alternativas que estimulam a produção de muco cervical. 

Lubrificante amigo da concepção


Quando há pouca ou nenhuma produção de muco fértil, a alternativa é o uso de lubrificantes feitos especialmente para as mulheres que desejam engravidar. Diferente dos lubrificantes comuns, que criam uma barreira e impossibilitam a movimentação dos espermatozoides e fazem com que morram mais rápido, os lubrificantes para concepção tem uma fórmula que os deixam com a mesma consistência do muco fértil, ajudando os espermatozoides a chegarem vivos e bem mais rápido ao útero. Entenda em detalhes como eles funcionam nesse post
Como vimos, mesmo que haja pouca ou nenhuma produção de muco fértil, sempre se pode fazer algo a respeito. O importante é manter o foco e seguir em frente na conquista do positivo! Até a próxima!

Leia também: