quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Teste de Gravidez Caseiro

Quando a monstra ainda não deu as caras sempre bate uma vontade de fazer um teste de gravidez. Nem sempre temos disponível teste de farmácia em casa. Nessa hora pode pintar uma vontade de tentar um teste desses que são propagados pela internet, que não tem muita base científica, mas "é só para ver no que vai dar, né?" 

Confesso que não acredito nem um pouco nesses testes, mas respeito quem acredita. Em minhas buscas pela internet encontrei um teste que, segundo o site, era feito no Egito e tem 70% de taxa de acerto, também irei comentar dele ao final. Se você acredita ou se gosta de "brincar" de adivinha, vai aqui alguns testes para fazer em casa.

Teste da fervura da urina


Consiste em seu xixi numa panela (por favor que não vá usar mais!) e colocar para ferver. Se chegar ao ponto de fervura igual água (fazendo borbulhas) é negativo mas se ferver igual leite e formar aquela nata sobre o xixi, então é positivo. 

Minhas considerações a respeito: é meio nojento imaginar sua cozinha com cheiro de xixi fervido (tsc), mas gostaria de fazer algumas observações químicas a respeito. A urina tem substâncias que têm pontos de ebulição (ponto em que um líquido passa para o estado gasoso) diferentes da água. Nesse caso, ao ferver uma urina concentrada, ela irá mais facilmente parecer com o leite (dando um resultado positivo segundo o teste), a menos que seja ingerido uma grande quantidade de água, de forma a urina passar a ferver igual água (dando negativo). 

Teste da água sanitária


Consiste em juntar num recipiente (descartável de preferência) um pouco de água sanitária e um pouco de urina. Caso o xixi mude de cor, podendo escurecer ficando com tom alaranjado ou mais avermelhado, o resultado é positivo, caso não mude de cor, então o resultado é negativo. Alguns sites irão indicar que a urina deverá borbulhar para positivo e não borbulhar para negativo. 

Minhas considerações a respeito: o xixi tem ureia em sua composição, com diferentes concentrações de amônia. A água sanitária é hipoclorito de sódio. Quando são colocadas juntas, vão produzir cloramina e gás clorino. Essas substâncias são tóxicas, e assim sendo, não é difícil perceber que inalar essa substância não é nada bom! Dessa forma, o teste dará positivo dependendo da quantidade de amônia presente numa urina mais concentrada. Não vale a pena arriscar a saúde por isso. Cuidado!


Teste do óleo de pinho


Uma variação do teste da água sanitária, consiste em misturar um pouco do óleo na urina e verificar a mudança de cor. Caso mude de cor é positivo, caso contrário é negativo. 

Minhas considerações a respeito: o óleo de pinho tem substâncias que irão reagir na presença do composto da urina. De forma que dará positivo tantas vezes forem as vezes em que a urina está mais concentrada. Se você bebeu muita água antes do teste, irá conquistar mais um negativo para a coleção e ainda sem embasamento científico.

Teste da agulha


Consiste em deixar uma agulha de costura mergulhada no seu xixi a noite toda (Cerca de 8h) num potinho com tampa. Depois deverá ver se houve ou não mudança de cor. Caso tenha escurecido então é positivo, caso não tenha mudado de cor é negativo. 

Minhas considerações a respeito: eu iria ter que jogar a agulha fora depois do teste (não que tenha nojo do meu xixi, mas meu marido não me permitiria usá-la de novo rsrsrs...). Novamente, dependendo da condição da agulha e da concentração do xixi, a urina deverá mudar de cor ao ficar tanto tempo em contato com a agulha. O menor ponto de ferrugem também poderá afetar a coloração do xixi. E se tomou muita água antes de separar o potinho com urina, poderá ganhar um negativo logo pela manhã, não dá pra começar o dia assim!


Teste do cloro


Outra variação do teste da água sanitária, resume-se em misturar um pouco de cloro na urina e esperar a mudança de cor ou a borbulha. Mudando de cor ou borbulhando o teste diz que é positivo. 

Minhas considerações a respeito: o cloro é o mesmo elemento químico encontrado na água sanitária, assim sendo, as explicações do funcionamento é a mesma. As substâncias naturais da urina reagem com o cloro e produzem gases tóxicos, como a tricloramina e o cloreto de cianogênio. A mudança de cor e a produção de espuma são resultados dessa reação. Não tem nada a ver com a presença do hormônio hCG na urina. É o que ocorre quando você está numa piscina e seus olhos ficam ardendo e vermelhos! Não pense que é o cloro, mas sim a mistura do mesmo junto com suor e urina (eca!).

Teste das folhas de dente de leão


Consiste em fazer xixi sobre as folhas de dente de leão secas. Mudando de cor, é positivo. Se quiser fazer esse teste e não encontra as folhas secas, pode secá-las você mesma. Coloque algumas dentro de um saco plástico, deixe fechado e exposto ao sol até que seque. Após fazer xixi sobre as folhas, espere 10 minutos para ver o resultado. 

Minhas considerações a respeito: dependendo da concentração da urina, vai alterar o resultado do teste. De forma que me parece deixar mais em dúvida do que antes de fazer o teste. 

Teste do vinagre


Para fazer o teste você deve misturar um pouco de vinagre com a urina e aguardar a mudança de coloração. Caso mude de cor é indicativo de gravidez.

Minhas considerações a respeito: o vinagre é composto por ácido acético e igualmente a urina é levemente ácido. No geral, a mistura das duas substâncias não levará a nenhuma reação, mas dependendo da cor do vinagre escolhido e até do nível de acidez do xixi, pode ocorrer alterações da coloração. Também deve haver cuidado com algumas situações clínicas da mulher que podem levar a ter sua urina alcalina (ph não ácido) o que geraria mais reações em contato com o vinagre ácido.

Teste da pasta de dente


Deve ser feita apenas com creme dental branco! Misture um pouco dele com a urina, aguarde 2 minutos e veja a reação. Caso a pasta fique azulada ou borbulhe, indica positivo, caso contrário é negativo. 

Minhas considerações a respeito: as reações percebidas da mistura de pasta de dente e urina se dá por causa da primeira ser alcalina e a segunda ácida. Quanto mais ácida (concentrada) for a urina, maiores as chances de "receber seu positivo". 

Teste egípcio


Esse teste é datado de 1350 a.C. e estava descrito num papiro (papel feito de ervas aquáticas usados pelos egípcios). Continha instruções a serem seguidas para descobrir se havia ou não uma gravidez em curso. Para isso era necessário que a pré-mãe egípcia (hahahahaha) fizesse xixi sobre as sementes de trigo e cevada (sim tinha que ser dos dois) e aguardasse a germinação (pelo que pesquisei leva cerca de 2 a 3 dias para grãos como trigo e cevada). Caso germinasse a semente de trigo além de indicar o positivo, já indicaria inclusive que a mulher estava esperando uma menina! (seria maravilhoso isso nos dias de hoje, saber até o sexo do bebê). Caso fosse a cevada a germinar, indicaria que a mulher estava grávida de um menino! O teste seria negativo caso nenhuma semente germinasse. 

Minhas considerações a respeito: esse seria um teste que eu descartaria de primeira já que ainda deveria esperar alguns dias para o resultado (ansiosa?) mas na década de 60 foi feito um estudo com base nesse teste. Um grupo de cientista observou um grupo de mulheres que fizeram xixizinho nas sementes e pasmem, o resultado foi que o resultado estava certo em cerca de 70% dos casos! Embora chegue longe dos 99% de acerto dos testes atuais, foi encontrada explicação nos níveis de estrogênio encontrados nas grávidas. 

Com a descrição de todos esses testes você poderá fazer um deles (ou todos) para matar sua curiosidade (ou aumentá-la) ou ainda poderá também dar esse gostinho ao maridão, misturando o xixi dele com uma das substâncias e ver um lindo positivo! Brincadeiras a parte, dá pra notar que esses testes não são nada confiáveis. 

De modo geral, muitas vezes o resultado dos testes são diferentes por causa da concentração da urina e a substância escolhida para fazer o teste. De forma, que sempre haverá discrepância de resultados. Embora alguns resultados tenham dado certo, vale lembrar que as chances do teste de gravidez caseiro acertar é de 50%, já que ou você está grávida ou não!  

Deixem seus comentários a respeito dos testes e indique outros que não estão descritos. Boa sorte com os testes e espero que seu positivo chegue logo (o beta hCG!).


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Prolactina e as Tentativas de Engravidar

Nosso corpo possui uma infinidades de hormônios que ajudam  no funcionamento dele. A prolactina é um hormônio que regula a produção do leite. Apesar de ser mais ativo durante a fase de gravidez e pós parto, ele está presente no sangue, em pequena quantidade, e não apenas no corpo da mulher, mas também no do homem.

Prolactina no corpo


A prolactina é produzida pelo estímulo da hipófise, glândula localizada no sistema nervoso central. Ainda durante a ovulação, esse hormônio estimula o desenvolvimento das glândulas mamarias, de forma a preparar o corpo para gestação e para o aleitamento do bebê. Também é responsável por ajudar a controla o funcionamento de outros hormônios. 

Caso haja algum desequilíbrio no funcionamento do corpo, a hipófise pode se confundir e estimular o aumento no nível de prolactina fora do período gestacional, o que irá atrapalhar as tentativas de engravidar, pois o corpo trabalha como se já houvesse uma gravidez, de forma que há a inibição da ovulação. 

O aumento da prolactina no corpo é denominado de hiperprolactinemia e tem efeito diferente no homem e na mulher. No entanto, é mais comum em mulheres de 20 a 50 anos. 

Causa da hiperprolactinemia


Além da gestação ou amamentação, que é quando seu aumento é normal, o alto nível de prolactina pode ser causado por uso de medicamentos como antipsicóticos, os antieméticos, os antidepressivos, a ranitidina e a cimetidina, os opiáceos, os anti-hipertensivos, os estrógenos (o que inclui alguns anticoncepcionais), dentre outros, incluindo drogas de uso ilícito. O estresse e distúrbios do sono também podem causa aumento nos níveis de prolactina, bem como  hipotireoidismo, síndrome de ovários policísticos, doenças renais, alterações na molécula da prolactina, e doenças que acometem o sistema nervoso central como traumas, infecções e tumores.

Sintomas da hiperprolactinemia


Nas mulheres, o nível alterado de prolactina pode causar um encurtamento da fase lútea (período após a ovulação, que em geral dura 14 dias), anovulação (não ovular), que leva a infertilidade, ciclos menstruais irregulares ou ausentes, menor lubrificação vaginal e apetite sexual diminuído, dor durante as relações sexuais, seborreia, aumento dos pelos (hirsutismo) ou mesmo abortos espontâneos recorrentes.

Nos homens pode haver diminuição do apetite sexual, dificuldades de ereção, infertilidade causada por diminuição da quantidade de esperma (oligospermia). Pode ocorrer também o aumento da gordura abdominal, perda de força ou volume muscular (hipotrofia muscular), redução do crescimento dos pelos e aumento das mamas (ginecomastia).

Um sintoma que pode aparecer, tanto no homem quanto na mulher, mas que não é um fator determinante para diagnóstico, é a presença de leite das mamas (excluindo claro, mulheres com gestação em curso ou amamentando), onde é mais notada no homem. Outros sintomas como fadiga, ansiedade, irritabilidade, instabilidade emocional e depressão também podem ser sintomas do alto nível de prolactina.

Como detectar e tratar alterações da prolactina?


A verificação de alterações no nível de prolactina é feita com exame de sangue. O paciente deve estar a mais de 8h em jejum, e deve passar por um período de repouso (cerca de 30min) antes do exame, para que os níveis hormonais se estabilizem no corpo. Os valores de referências são entre 3,4 e 24,1ng/ml, valores que não se encaixem nesse intervalo deverão ser avaliados pelo médico. 

O tratamento depende da causa, mas quase sempre é feita com uso de medicamentos que estabilizam os níveis de prolactina, como a cabergolina (Dostinex) e a bromocriptina (Parlodel). Quando há a ocorrência de tumores, o tratamento é feito com uso de medicamentos ou casos específicos com a cirurgia hipofisária e radioterapia que normalizam os níveis de prolactina, reduzem o tumor e restabelecem as funções sexuais e reprodutivas em aproximadamente 80% dos casos.

É muito importante avaliar os níveis de prolactina quando estamos tentando engravidar. Como alguns sintomas podem ser confundidos com outras causas, poderá haver alteração na ovulação e não se conhecerá a causa sem que se faça um exame hormonal. Por isso, é muito importante que peça ao médico essa avaliação, ainda que ele ache desnecessária (muitos médicos não gostam de pacientes informadas), insista pois é melhor ter todos os fatores que possam atrasar o positivo sob controle. Espero que tenham gostado e boa sorte!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Uso prolongado de anticoncepcional atrapalha as tentativas de engravidar?

Depois de um longo período usando anticoncepcional eis que chega a hora de aumentar a família. O primeiro medo que aparece é se isso irá atrapalhar sua fertilidade. 


Desvendando o mito


Um dos métodos mais antigos para evitar a gravidez, o anticoncepcional revolucionou a forma de controlar o crescimento da família. Pode ser composta por um ou dois hormônios que se igualam aos produzidos pelos ovários durante a gravidez, o que faz com que o corpo iniba a ovulação por "acreditar" que há uma gravidez em curso. 

Cada organismo tem sua forma particular de reagir a ingestão desse(s) hormônio(s), de forma que algumas mulheres poderão sentir alguns efeitos colaterais como retenção de líquidos, dores de cabeça entre outros. Muitas mulheres por não entender direito o funcionamento do ciclo menstrual e da pílula pode então ter dúvida se o corpo não está "acostumado" a não ovular e se isso poderá ser permanente. 

Da mesma forma que cada mulher terá uma reação diferente ao uso do anticoncepcional, o retorno do ciclo menstrual, bem como a ovulação natural, levará um tempo diferente para cada pré-mãe. Em geral, o organismo poderá levar de 1 a 3 meses para deixar os efeitos do contraceptivo. Esse prazo poderá se estender em caso de uso da opção injetável de duração de 3 meses, já que o mesmo permanece longo tempo no corpo. 

Quem diz que demorou?


Muito comum ler alguns comentários de pessoas que afirmam que o uso da pílula dificultou sim engravidar. Nesse caso, a hipótese levantada por muitos médicos é o desconhecimento de outro fator de infertilidade previamente. 
Geralmente, a mulher passa a tomar contraceptivos (em pílulas ou injetáveis) no princípio da vida sexual. De forma, que não se houve uma investigação de fertilidade, já que isso era justamente o que a mulher que optou pelo anticoncepcional queria evitar(óbvio!!). 

No meu caso, por exemplo, que tenho SOP, só soube do problema alguns anos depois quando resolvi engravidar. Até então, acreditava que bastava esquecer um comprimido que engravidaria com certeza!

Algumas mulheres irão dizer que mesmo depois de parar o remédio e com exames normais demoraram mais de um ano para engravidar. Lembremos que uma gravidez pode levar um ano para que ocorra naturalmente em casais que não possuem qualquer problema de fertilidade. Soma-se a esse tempo, o período que o corpo levou para voltar a ovular normalmente (que é diferente em cada mulher e que também pode ser muito maior se foi feito uso de contracepção injetável).

Outro fator que possa estar contribuindo para a demora do positivo é que a investigação de fertilidade é feita, primeiramente, apenas pela mulher, nesse caso, até que se descubra que o problema é do parceiro aumenta a demora. 

Muitas vezes o problema está na cabeça da pré-mãe. Alguns fatores psicológicos, como culpa e até mesmo "punição inconsciente" pelo uso do contraceptivo ( pensar "antes não queria filho, então agora não conseguirá!") pode levar a alterar o ciclo menstrual, onde poderá ocorrer até a suspensão da ovulação devido a ansiedade.

E se eu não engravidar?


Essa pergunta deve ser respondida pela investigação conjunta dos pré-pais de fatores físicos que possam estar contribuindo no atraso da cegonha. E se descartando o fator físico, o casal pode optar pelo coito programado, onde haverá uma estimativa mais precisa do momento mais propício a concepção. 

São exames feitos para determinar em que data ocorrerá a ovulação (através de ultrassom seriada e níveis hormonais no sangue ou na urina), de forma a maximizar as chances de gravidez, indicando em quais dias o casal deverá namorar. É um ponto de partida e caso não haja resultado, pode-se então avaliar a opção por outros métodos de fertilização com uso de indutores ou inseminação artificial.

Ressaltamos então, que o tempo para engravidar pode ser maior devido a muitos fatores, entre eles a idade, que também deve ser levada em conta. Mas que de acordo com os médicos, o uso prolongado da pílula não é determinante para o fim da fertilidade, mas que pode atrasar a conquista do positivo, tudo dependerá de como seu corpo irá se organizar com o fim do uso do mesmo. O importante é não desistir jamais da conquista de um sonho. Quanto mais ferramentas você adicionar à caminhada pelo positivo, mais rápida chegará sua conquista. Até a próxima. 


Leia também:




Cuidados da pré-mãe

Os mitos sobre como engravidar

sábado, 26 de dezembro de 2015

Todas conseguem engravidar menos eu!


Enfrentar a maratona de eventos e festas de fim ano poderia ser uma época de diversão. Mas quando se é tentante, e principalmente, se nos encontros vão estar presentes mulheres que já exibem seu barrigão de grávida ou ostentam seus babys saudáveis e lindos, não se pode evitar a tristeza de não ter conseguido o positivo. 

Apesar de ser apaixonada pela minha família, e sofrer por não poder estar com eles, confesso que é um alívio não ter que dar explicações a respeito de famosa pergunta: "Quando vai encomendar um bebê?". Não é nada fácil ouvir questionamento de quando vamos engravidar. Principalmente por não ser uma escolha nossa o atraso da cegonha. 

Enfrentamos em cada ciclo, várias situações que nos fazem viver uma montanha russa de sentimentos. E já é muito difícil conviver com isso diariamente e quando alguém nos faz essa pergunta, é como se aflorasse todos os sentimentos num único instante. 

Muitas pré-mães sentiriam vontade de responder mais grosseiramente, ou iriam encher-se de tristeza. Tudo depende de como o tempo de espera afetou a vida de cada uma. Algumas vezes passamos a nos culpar, como se não engravidar fosse um atestado de que falhamos como mulheres, afinal, a mulher nasceu para gerar uma vida e deveria ser simples. 

Encontre quem possa te apoiar


Contudo, devemos estar conscientes que o isolamento não é uma opção saudável. Ainda que optemos por não revelar a todos o que se passa durante as tentativas, não se pode lidar com isso sozinha sempre. 

Muitas vezes não temos ideia de quanto o nosso parceiro também sofre e passa pelos mesmo questionamentos que nós. Para ele, também é difícil que seu papel de "homem" não seja cumprido. Também existe um questionamento sobre sua "virilidade", se tem condições de "deixar sua prole ao mundo". 

Conversar abertamente com o parceiro será uma forma de liberar parte da carga que a espera pelo positivo possa deixar, além de fortalecer o relacionamento do casal. 

Caso prefira conversar com alguém que te entenda pode procurar uma amiga ou parente que possa aliviar seus sentimentos. Costumamos afirmar que as pessoas julgarão nossas ações e que não conseguirão compreender tudo o que passamos, mas às vezes podemos nos surpreender ao estreitar um diálogo sincero. 

Encontre exemplos


Sei que muitas vezes vemos a grama do vizinho mais verde, mas não vemos tudo que eles passam para saber se realmente a grama é mais bonita ou apenas não estamos olhando a nossa com carinho. Procure exemplos perto de você, seja a família, vizinhos ou ainda pelas redes sociais, para que possa compartilhar experiências e ajudar a ser mais tolerante com você mesma.

Depois de passar um tempo nas tentativas (e não importa se é um mês, um ano ou dez... cada uma sentirá diferente) podemos jogar toda nossa frustração em nós mesmas, endurecendo o julgamento pela demora. 

Abrir-se para ver como cada mãe de hoje sofreu no passado para engravidar, nos ajudará a entender que o tempo passa e que por mais que pareça uma eternidade (todas as pré-mães sentiram a demora ainda que com tempos diferentes) é chegada a hora de conhecer o mundo de uma mãe, podendo ser do coração ou não. 

O mundo precisa de união e empatia. Nos colocarmos na pele do outro para tentar entender como essa pré-mãe enxerga a experiência de tentativas e aceitar o que para ela foi difícil, mesmo que  nosso limite de dor seja diferente. 

Quando você já tentou por um ano e não suporta mais, mas viu uma mãe que tentou dez anos, compreenda que a dor é comum a todas. Algumas sofrerão por mais tempo que outras, mas sempre haverá uma confusão sentimental que afeta aquela que sente. O que nós pré-mães precisamos é de carinho e aconchego, de alguém que apenas diga que entende. Olhemos com ternura e assim conseguiremos forças para continuar a jornada pelo positivo. 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

FSH e LH e seu papel no ciclo da pré-mãe


Hoje os assuntos são os outros dois hormônios que fazem parte do ciclo menstrual da pré-mãe. Depois de falar sobre Progesterona e Estrogênio, vamos conhecer um pouco sobre LH e FSH

As siglas LH são do termo inglês Luteinizing Hormone, e em português hormônio luteinizante. E as siglas do termo FSH vem do inglês Follicle-Stimulating Hormone ou hormônio folículo estimulante em português. São os responsáveis pelo desenvolvimento e liberação do óvulo. 

FSH e o LH no ciclo menstrual



No início do ciclo menstrual, a hipófise, produz o hormônio folículo estimulante, que como o nome diz, estimula o crescimento do folículo ovariano, que nada mais é que a estrutura que contém o que será o óvulo quando amadurecido. 

O FSH passa então a estimular a produção de estrogênio pelos ovários. Os folículos serão estimulados até que um deles seja dominante (maior que os demais), eles crescerão até que o nível estrógeno iniba a produção do FSH.

Como falei no post anterior, o estrogênio irá estimular o desenvolvimento do endométrio. Com a secreção de estrogênio pelos ovários, o corpo passa a enviar sinais para a hipófise que passa a secretar LH ou hormônio luteinizante para regular o crescimento dos folículos ovarianos. É o LH que determina quando o óvulo está maduro e pronto para ser liberado pelo ovário. 


Quando o óvulo está maduro, o LH então atinge seu nível mais alto no ciclo (pico do LH), informando ao cérebro que o óvulo pode ser liberado. Quando o óvulo é liberado, a membrana que o guardava, chamada de corpo amarelo ou lúteo, passa a secretar progesterona. Nesse momento, a produção de progesterona passa a ser feita em maior quantidade, é ela quem cuida de manter o endométrio estável para que o óvulo fecundado possa fixar-se. A progesterona, dessa forma inibe a ação do LH e o estrogênio inibe a produção de FSH. Quando o FSH é inibido, os demais folículos (que não cresceram suficiente) então começam a degenerar (murchando até sumir). 


O LH é que mantem a estrutura do corpo lúteo, como seu nível vai caindo, o corpo lúteo não resiste caso não haja fecundação. Então o nível progesterona, que era secretada pelo corpo lúteo, também cai. Esse processo ocorre numa média de 14 dias. 

Quando os níveis de estrogênio e progesterona caem, não é mais possível manter estável o endométrio e então ele passa a descamar (que é a menstruação).

Quando há gravidez, a manutenção do corpo lúteo passa a ser feita pelo hcg (gonadotrofina coriônica humana) secretado após a fixação do embrião, de forma que a produção de progesterona se mantem até que a placenta passe a secretar a progesterona para manutenção da gestação.

Apesar de ser um pouco confuso no início, entender o funcionamento do ciclo menstrual e as implicações do desequilíbrio hormonal no corpo ajuda muito no processo de tentativas. Espero que tenham gostado e deixem seus comentários a respeito. Até a próxima.




terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Estrogênio e seu papel no corpo da pré-mãe

No último post falei um pouco da progesterona e seu papel no ciclo da mulher. Hoje é a vez de conhecer melhor o Estrogênio, que junto com a progesterona, desempenha papel importante no corpo da pré-mãe.

Embora seja tratado como um hormônio, na verdade, o que chamamos de estrogênio é um grupo de hormônios, que são principalmente o estradiol, estriol e estrona. Também conhecido como estrógeno, é o responsável pelas características femininas pois comanda o crescimento das células, de forma a determinar o tamanho dos seios, a textura da pela e dos cabelos, o crescimento dos pelos, onde serão depositadas as gorduras corporais (sendo determinante para reduzir o risco de doença cardiovascular), protege as células nervosas e prepara o corpo para a gravidez.

Estrogênio no ciclo menstrual


No início do ciclo menstrual, a hipófise estimula a secreção de FSH que indicará a produção de estrogênio nos ovários e liberado na primeira fase do ciclo menstrual. O estrogênio é o responsável pela proliferação das células do endométrio (camada mais interna do útero) e também a estimulação do LH que irá estimular o crescimento do óvulo. O hormônio luteinizante (LH) é quem determina quando o óvulo está maduro e pronto para ser liberado. O nível de estrogênio elevado nesse período do ciclo (imagem abaixo) também originam a produção de muco cervical mais fino e transparente na altura da ovulação, o que ajuda os espermatozoides a nadarem e a sobreviverem durante mais tempo. 


Após a liberação do óvulo, o corpo amarelo (membrana que envolvia o óvulo) passa a secretar progesterona, que passará a gerar os estímulos necessários para o desenvolvimento do endométrio até que haja ou não fecundação. Caso não haja implantação do embrião (nidação), os níveis de progesterona e estrogênios caem, dando início a um novo ciclo (Leia mais detalhes do ciclo menstrual aqui) com a secreção de mais FSH que indicará a preparação de um novo óvulo para desenvolvimento. 


Para simplificar, temos o ciclo dividido em fases:
  • Fase menstrual: corresponde aos dias do ciclo em que está ocorrendo sangramento.
  • Fase proliferativa (estrogênica): período de secreção de estrógeno pelo folículo ovariano, que se encontra em desenvolvimento.
  • Fase secretora (lútea; progesterônica): Inicia-se após a ovulação e se caracteriza pela ação da progesterona. Nessa fase, o útero está pronto para receber o embrião (é a nidação).
  • Fase pré-menstrual (isquêmica): período que antecede a próxima menstrual, caracterizando-se pela redução das taxas de estrógeno e progesterona, onde o endométrio deixa de receber seu suprimento sanguíneo.

Baixo nível de estrogênio 


A baixa produção de estrogênio pode acarretar num ciclo menstrual desregular. Alguns sintomas como ondas de calor ou fogachos que são típicos da menopausa podem indicar que há deficiência do hormônio. Pode haver uma sensação de ressecamento vaginal, bem como a redução do apetite sexual, insônia, irritabilidade, dores de cabeça, palpitações cardíacas, déficit de atenção ou dificuldade de lembrar das coisas. Em alguns casos, certas condições médicas, como enxaquecas, ataques de pânico, depressão e infecções vaginais pode ser desencadeada devido a baixos níveis de estrogênio. 

Quais as causas?


O déficit de estrogênio pode ser uma causa secundária de outra doença, nesse caso, deverá ser feito um controle hormonal para descartar essa possibilidade. Normalmente, a deficiência de estrogênio em mulheres se dá por causa da menopausa. Baixo peso corporal e exercício excessivo são outras causas de baixos níveis de estrogênio. As pílulas anticoncepcionais também, eventualmente, leva à deficiência de estrogênio. Certas doenças podem levar a baixos níveis de estrogênio como a síndrome de Turner e distúrbios da tireoide. Em alguns casos, doenças da hipófise também podem levar a baixos níveis de estrogênio em mulheres.

Como tratar?

Geralmente a opção no caso de baixo nível estrogênico é a reposição hormonal, contudo, pode acarretar num círculo vicioso já que o corpo não produz naturalmente o hormônio, com o passar do tempo, pode haver necessidade de não descontinuar o tratamento. Isso aumenta também os riscos de derrame, doenças cardiovasculares e até câncer. 

Nesse caso, o melhor é optar por uma dieta que contribua para elevação dos níveis de estrogênios naturalmente. Redução do consumo de gorduras, inclusão de frutas e verduras que contenham o fito-hormônio em sua composição como a soja, são as opções mais utilizadas. 


É muito importante estar atenta aos sintomas que podem indicar um desequilíbrio hormonal que compromete as tentativas de engravidar. Muitas vezes, apenas alterações simples, como as alimentares, podem contribuir e muito para que o período de espera pelo positivo seja diminuído. Espero que tenham gostado e até a próxima. 






segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Progesterona e seu papel no corpo da pré-mãe

Em se tratando de hormônios, com certeza há uma grande confusão em como cada um deles é liberado, quando isso ocorre e qual o seu papel no ciclo menstrual. É muito importante estamos cientes do que cada hormônio faz no nosso ciclo, para que possamos entender os sinais que nosso corpo dá, assim, saber o momento exato de namorar. 

São quatro hormônios basicamente ligados ao ciclo da mulher: Estrogênio, Progesterona, FSH e LH. Eles funcionam como as peças de um relógio, e para que o relógio funcione corretamente, é necessário que eles estejam em sincronia. Hoje, falaremos da Progesterona e sua importância para a gravidez.

Progesterona no ciclo menstrual


A progesterona é produzida pelos ovários a partir da adolescência, no ciclo menstrual normal, ela ativa as células da parede uterina, onde os vasos sanguíneos do endométrio vão engrossando, de forma a preparar o útero para receber o embrião.

Para entender como ela é produzida, devemos observar outro hormônio que está mais ativo nos primeiros 15 dias do ciclo menstrual: o estrogênio. No início do ciclo, o estrogênio estimulado pela a produção de FSH, vai estimular o crescimento dos folículos ovarianos até que um ou mais óvulos estejam maduros (que é determinado pelo LH) e prontos para serem liberados para o útero. Quando o óvulo é liberado, o corpo lúteo (a membrana que protegia o óvulo), ou corpo amarelo, funciona como uma estrutura endócrina temporária que então produz progesterona.



A progesterona então passará a encorpar o endométrio, deixando mais esponjoso e permitindo que o embrião possa fixar-se nele. Ela também passa a modificar o muco cervical, que antes era mais fino e transparente para permitir que os espermatozoides passassem, tornando-o mais grosso e impenetrável. Tudo para proteger o colo do útero de ações de corpos estranhos que possam prejudicar a possível gravidez em andamento.

Quando não há fecundação, o corpo lúteo então se degenera parando a produção de progesterona, que ao ter seu nível decrescido deixa de sustentar o endométrio que passa a descamar, dando início a um novo ciclo menstrual. E quando existe uma gravidez em curso, a produção de progesterona é continuada de forma a estimular o crescimento dos seios (preparando-os para lactação) e manter a proteção e nutrição do embrião, até que a placenta formada possa assumir esse papel. É a progesterona também a responsável pelas ondas de calor sentidas na gravidez pelo alto nível dela no corpo. 

Baixa produção de progesterona


As causas da baixa produção de progesterona ainda não estão bem esclarecidas, contudo, fatores como má nutrição, estresse e vida sedentária podem comprometer o andamento geral do organismo, sendo um dos motivos de infertilidade. Isso se deve pois se não há produção adequada de progesterona, o endométrio não engrossará o suficiente para que haja a nidação (saiba mais aqui), e ainda que ocorra a fixação do embrião, o mesmo poderá não conseguir sustentar-se no útero, ocasionando aborto. Quadros como aborto de repetição também estão ligados a deficiência de progesterona.

Embora os sinais de baixa progesterona possam ser confundidos com outras patologias, o ideal é verificar junto ao médico seu nível hormonal caso apresente mudanças de apetite,  alterações de humor (depressão, ansiedade, irritabilidade), alterações de peso, cansaço excessivo, menstruação irregular, dores de cabeça, pouca libido, dor durante as relações sexuais, secura vaginal, síndrome do ovário policístico, falta de concentração e insônia.

O que fazer em caso de má produção de progesterona



Atualmente o tratamento para quem tem deficiência de produção de progesterona é a reposição hormonal através de medicamentos de progesterona natural ou sintética, ou ainda cremes ou géis a base de progesterona.

Lembre-se que por ser muito complicado diagnosticar o baixo nível hormonal apenas com a descrição dos sintomas, o ideal é compartilhar com seu médico sua suspeita e fazer um exame de dosagem hormonal no período do ciclo em que deveria haver uma maior concentração do hormônio (entre 21 ou 23 dia do ciclo). 
Uma forma de auxiliar na elevação da progesterona mas de forma natural é através do consumo de alimentos como Cará ou Inhame. Podendo ser feito em forma de chás, elixires ou ainda seu consumo in natura, sozinho ou como acompanhamento alimentar. 

Fazendo o que estiver ao seu alcance, logo seu positivo chegará. Até a próxima.


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sábado, 19 de dezembro de 2015

Coisas que atrapalham engravidar

Não é novidade que a busca pela gravidez faz com que a gente procure os mais diversos tratamentos, naturais ou não, alimentos ou exercícios que contribuam com a fertilidade e ajudem a Cegonha a achar o endereço da nossa casa. Contudo, algumas coisas que costumamos fazer cotidianamente podem, sem que saibamos, está atrasando o tão sonhado positivo. 

Muitas vezes a mulher assume a maior parte da responsabilidade de cuidar da saúde e do tratamento necessário para possibilitar a gravidez. Contudo, devemos lembrar que é o casal que engravida, de maneira que o homem precisa assumir 50% da responsabilidade do casal com a gravidez futura. 

Alguns fatores podem estar prejudicando os esforços do casal, então vou listar algumas coisas que devem ser observadas enquanto estão tentando engravidar:

Fumo e outras drogas


Esse é um item que realmente deve estar fora dos hábitos do casal. Não apenas a mulher pode afetar o desenvolvimento do feto pelo uso do tabaco ou outras drogas, como as chances de engravidar podem ser mínimas já que seu uso afeta a contagem de espermas no homem. 


Uma conversa sincera entre o casal é muito importante para que possam lidar com algumas decisões importantes, como cortar tabaco e outras drogas, que vão ser decisivas nas chances de encomendar um rebento. Aproveite a fase de tentativas para abandonar gradativamente o fumo, ficará mais fácil e saudável para você e para seu bebê.

Vida Estressante e Ansiedade


Embora muitas vezes já estejamos habituados a lidar com a correria diária e o estresse da vida moderna, esse é um fator que limita muito as chances de engravidar.

Isso tudo se deve ao fato de que o estresse contribui com o desequilíbrio hormonal da mulher. O ciclo menstrual é determinado pelo bom funcionamento da hipófise, e o estresse atrapalha a secreção dos hormônios que controlam a ovulação. Durante longos períodos de estresse, o corpo pode alterar a liberação dos hormônios, podendo assim atrasar a ovulação ou ainda inibi-la. 


Alguns sinais podem indicar que os seus níveis de estresse estão altos (não que seja difícil de perceber), pois afetará diretamente seu apetite sexual e a lubrificação natural. O muco cervical deixa de ser abundante, dando uma sensação de secura (mesmo que seja no período fértil). O corpo sempre mostrará que algo não está bem, ouça-o com atenção.

A ansiedade de conseguir o positivo afeta muito o casal. Muitas vezes, são anos tentando, e é muito fácil que a relação deixe de ser prazerosa para tornar-se uma obrigação do período fértil. Quando o casal deixa de se conectar um ao outro, o melhor é dar um tempo para que os dois voltem a perceber os levou a decidir aumentar a família. Sei que essa é a parte difícil, mas um filho deve, antes de tudo, ser consequência do amor do casal, embora os dois possam querer apenas que a gravidez chegue, o melhor é viver as tentativas como elas devem ser encaradas: um namoro. 

Produtos químicos (limpeza ou beleza)


Não é novidade que a exposição prolongada à produtos químicos interferem no funcionamento do corpo. Algumas pré-mães poderão se intoxicar com alguns produtos e alguns pré-pais poderão ter a contagem de esperma comprometida, bem como o tamanho dos testículos afetados.

Para prevenir possíveis problemas, leia com atenção os rótulos do produtos, dando preferências aos mais naturais. Os de fragrâncias suaves ou neutros costuma dar menos alergias. Pesquise sobre o produto no site do fabricante ou ainda obtenha informações de outros usuários (perguntar às mamães que utilizaram durante a gravidez podem ser uma boa forma de conhecer a marca.)


Consumo de peixes 


O mercúrio é um metal pesado que afeta diretamente o sistema nervoso. Provoca tremores e irritabilidade, alterações na visão e na audição, além de trazer problemas de memória. Alguns peixes como peixe-espada, a cavala e o atum, podem apresentar grande concentração de mercúrio, segundo estudos, pois foram expostos ao metal proveniente de indústrias. Realizado em diferentes regiões da Espanha, entre 2004 e 2008, o estudo mediu a quantidade de mercúrio no sangue do cordão umbilical de 1.883 mulheres das Astúrias, Guipuzcoa, Sabadell e Asturias, e foi constatado que os limites de mercúrio eram superiores aos considerados admissíveis ou recomendados pelos cientistas. 


Os bebês são muito sensíveis aos efeitos desse neurotóxico. O mercúrio, quando ingerido por um ser vivo, adquire a forma biológica do metilmercúrio, um elemento muito tóxico que, em quantidades excessivas, chega à cadeia alimentar e se acumula no organismo do bebê. Por essa razão, os especialistas alertam que o consumo de produtos com alto teor de mercúrio deve ser vigiado durante a gravidez. 

O consumo não deve ser eliminado totalmente pois o peixe é fonte importante de omega-3, onde os ácidos gordos contribuem no desenvolvimento fetal. Restrinja o consumo de peixe a duas vezes por semana, o melhor é garantir, né?

Remédios e Auto-medicação


Esse é um hábito muito comum da população brasileira, e pode atrapalhar o desejo de engravidar. Primeiramente, jamais faça uso de remédios sem conhecimento de seu médico, mesmo aqueles de venda permitida, pois alguns podem afetar diretamente a preparação do útero e ovários para possibilitar a gravidez. Pergunte sempre ao seu médico quais remédios afetam o ciclo menstrual, quais deverão ser substituídos ou retirados. 


Remédios como anti-inflamatórios podem desfavorecer o desenvolvimento do endométrio (parede interna do útero), prejudicando assim a fixação do embrião (nidação), medicação para malária afeta a formação do feto, além de alto risco de promover o aborto. Se você estiver fazendo uso de remédios para tratar acne, epilepsia, hipertensão arterial, enxaquecas, malária, lupus ou infecções, informe imediatamente ao seu ginecologista, mesmo que não tenha engravidado ainda. 

Vale a pena repetir: qualquer medicação deve ser tomada APENAS com orientação médica!

Lubricantes íntimos


Já comentei aqui com vocês a respeito do uso de lubrificantes que atrapalham engravidar (veja o post aqui). Não são todos os que facilitarão a chegada do positivo. 

Durante o período fértil, há a produção de grande quantidade de muco cervical, isso se deve ao fato de que ele é uma secreção alcalina (básica). Isso ocorre pois a vagina tem o pH ácido, o que faz com que os esperma morram antes mesmo de chegar ao útero. Para driblar essa situação, que se dá para proteger a vagina (leia o post), o corpo libera grande quantidade de muco que irá proteger os peixinhos até que possam chegar ao útero. Mas nem sempre essa quantidade é suficiente, e é nessa hora que muitas recorrem ao uso de lubrificantes que ao invés de ajudar, prejudicam a motilidade (velocidade) dos peixinhos, de maneira que eles não consegue nadar até o útero. Muitos vão inclusive matá-los (leia mesmo o post rsrs), ainda que sejam a base de água.

A falta de lubrificação podem facilmente ser contornada com o uso de lubrificantes (já sabe onde ler a respeito, né?... leia o post) especialmente criados para ajudar na concepção, mas não deixe de lado as preliminares com muito carinho, beijos e carícias, 15 ou 20 minutos de muita cumplicidade são fundamentais para animar qualquer um.

Cafeína


Tomar cafezinho pela manhã ou depois do almoço é um hábito muito comum. Contudo, estudos tem mostrado que a cafeína em excesso pode estar ligada ao risco de aborto, além de interferir na maturação do óvulo (o que compromete a fecundação), de forma que sem ovular você tem chance 0 de engravidar. 

Da mesma forma que o tabaco, você pode optar por ir deixando de consumir a cafeína aos poucos, evitando assim os sintomas de abstinência. Trocar o café comum pelo descafeinado também é uma boa saída. Lembre-se que não é apenas o café que contém cafeína, mas também chocolates, alguns medicamentos, chás e outras bebidas. 


Bebidas Alcoólicas


Embora não exista um estudo que determine qual a quantidade segura ou não de consumo alcoólico, o melhor é eliminar totalmente os chopps, cervejinhas, vinhos e afins da vida de pré-mãe. Além de evitar o risco de aborto, poderá também evitar que o álcool possa atrapalhar o bom desenvolvimento do feto. 

Lembre-se que tudo é por uma boa causa: ser mãe e ser pai! 

Ambientes quentes e uso de roupas íntimas apertadas


Esse é um item especial para o pré-pai, pois disso depende o bom desenvolvimento dos peixinhos dele. Você sabia que os espermatozoides necessitam de um ambiente com temperatura mais baixa que a do corpo humano? (Confesso que nem eu sabia!) E essa é a razão pela qual os peixinhos são guardados nos testículos, fora do corpo do homem. Se eles fossem produzidos em um lugar dentro do corpo, como ocorre no nosso caso com os ovários, os espermatozoides não se desenvolveriam (divina natureza!). 

Sabendo disso, você agora passa a entender o quanto o uso de cueca apertada pode prejudicar seu sonho de ser mãe pois afetam a contagem do esperma e sua qualidade. Da mesma forma, o homem precisa evitar ambientes quentes como saunas e também evitar banhos em banheiras quentes, para ajudar no amadurecimento e desenvolvimento saudável do esperma que leva em média de 2 a 3 meses.  


Esses são alguns cuidados que toda pré-mãe e todo pré-pai devem estar atentos para que o tempo de chegada do positivo seja o mais curto possível. Espero que tenham gostado e até a próxima!


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