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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Grávidas com testes negativos: por que acontece?


Quem nunca ouviu uma história de alguém que fez o teste de gravidez e apesar de estar grávida o resultado foi negativo? Muitos especialistas explicam essa situação como sendo em casos em que o exame é feito muito cedo e por isso o resultado foi negativo, pois não foi possível detectar o hCG por estar muito baixo no organismo. Mas e quando a mulher está com mais tempo de gestação e ainda assim os testes são negativos? Há uma explicação para isso? Sim! Conheça a explicação do porquê que alguns exames irão dar resultados negativos mesmo depois de um tempo de gestação.


A primeira explicação para o resultado falso negativo


Os testes de gravidez tanto na urina quanto no sangue (tecnicamente referidos como soro) são baseados na detecção de gonadotrofina coriônica humana (hCG). Há sempre um tempo de atraso entre a concepção e a produção de hCG, por isso, não importa o teste que você usa, é possível que a gravidez seja muito cedo para ser detectada. Os testes de urina geralmente se tornam positivos cerca de 12 dias após a concepção (a sensibilidade varia de acordo com a marca), quando a concentração de hCG na urina atinge um certo limiar. Portanto, qualquer teste de gravidez na urina feito muito logo após a concepção pode dar um resultado falso negativo porque o nível de hCG não será suficientemente alto para se registrar. Mas existem outras situações em que o resultado do teste também pode ser um falso negativo, como se a urina é tão diluída que o hCG não está concentrado o suficiente para se registrar. Conheça neste post outros fatores que podem alterar o resultado do teste de gravidez.

O efeito gancho pode resultar em falso negativo


Existem casos em que a mulher pode ter um teste de gravidez de urina falso negativo, porque há muito hCG ou uma variante de hCG na amostra (estranho, certo?). Em essência, o hCG inunda e cobre a parte que reage do teste, deixando nenhuma parte disponível para se ligar ao papel onde os resultados são exibidos. Isso é conhecido como efeito de gancho. Quando os níveis hormonais são extremamente altos, ocorre saturação na ligação de anticorpos, o que pode produzir uma leitura falsamente baixa. Observe a imagem abaixo:



De forma simples, para entendermos o efeito gancho, tenha em mente que temos o anticorpo de captura, que irá determinar a quantidade hormonal capturada. Em seguida temos o hormônio hCG que terá a quantidade determinada em conjunto com os anticorpos de sinais, formando os "sanduíches". Num exame com concentração normal, os hormônios irão se unir a alguns anticorpos de captura juntamente com os anticorpos de sinais formando os sanduíches. Olhando para a primeira figura, vemos que há um número elevado de "sanduíches", resultando assim num resultado POSITIVO pela alta concentração de hCG capturada. Na segunda imagem, o número hormonal é extremamente maior, se ligando aos anticorpos de sinais e fazendo com que quase não sobrasse deles para se unir com os anticorpos de captura. Assim, apenas um anticorpo de captura foi formado o sanduíche, de forma que observando, será um resultado baixo ou NEGATIVO, mesmo com o alto nível hormonal. Embora nesse último caso houvesse muitos anticorpos de captura, o número de anticorpos de sinal era menor que os hormônios, não sendo possível a formação de "sanduíches" suficientes para a interpretação dos resultados. 

E quanto aos testes de hCG de sangue? 


Estes são mais precisos do que os testes de urina, mas ainda há espaço para erros dependendo do tipo de teste selecionado. A maioria dos laboratórios oferece testes de hCG séricos qualitativos e quantitativos. Embora o teste qualitativo de hCG sérico seja mais sensível do que o teste de urina, porque também possui um limiar, também está sujeito aos mesmos problemas de diagnóstico errado se a concentração do hCG não for alta o suficiente para atingir o limiar.

O teste quantitativo de hCG sérico é o teste mais sensível e geralmente pode detectar a gravidez dentro de uma semana de concepção. É o padrão-ouro para testes de gravidez. É importante notar que os testes de gravidez séricos qualitativos podem ocasionalmente ter os mesmos problemas de diagnóstico errôneo do que os testes de gravidez na urina quando os níveis de hCG são muito altos, mas este é um problema muito mais raro e não vi nenhum relatório confirmado sobre isso acontecendo com o teste quantitativo de hCG.

Então, o que fazer se você tiver um teste de gravidez na urina negativo, mas 
ainda está desconfiada que possa estar grávida? 

Suas opções são basicamente:
1) Espere por semana e repita o teste; 
2) Obter um teste quantitativo de gravidez de sangue; 
3) Fazer um exame de ultrassom. 

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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Ultrassom morfológico


Durante o pré-natal a gestante deve realizar vários exames de ultrassom para acompanhar o desenvolvimento do bebê. Dentre esses exames, há dois que servem para determinar a morfologia do bebê. O primeiro ultrassom morfológico também é conhecido como exame de Translucência Nucal, deve ser realizado entre 11 a 14 semanas de gestação e o segundo ultrassom morfológico será melhor explicado agora:

O que é ultrassom morfológico?


O ultrassom morfológico ou ultrassonografia morfológica, é um exame de imagem que permite visualizar o bebê dentro do útero, facilitando a identificação de algumas doenças ou malformações como Síndrome de Down ou cardiopatias congênitas, por exemplo.

O que pode ser identificado através do ultrassom morfológico?


  • Idade gestacional do bebê.
  • Tamanho do bebê, através da medida da cabeça, tórax, abdômen e do fêmur.
  • Crescimento e desenvolvimento do bebê.
  • Batimentos cardíacos do bebê.
  • Localização da placenta.
  • Anormalidades no bebê e possíveis doenças ou malformações.
  • Sexo do bebê (se a posição do bebê permitir!)


Como é feito o exame?


O ultrassom morfológico é realizado da mesma forma que os demais exames ultrassonográficos, por isso não existe a necessidade de se assustar com o procedimento. O profissional irá aplicar o gel normalmente na região abdominal e por meio de um transdutor acoplado à máquina de ultrassom irá visualizar com mais precisão as informações necessárias. Geralmente, a descoberta do sexo do bebê é realizada por volta dos 4 meses de gestação (ao redor de 16 semanas) no US obstétrico,  mas caso não tenha sido possível confirmar o sexo fetal nesse ultrassom, o US morfológico consegue firmar esse diagnóstico.


Vídeo de Exame Morfológico:





É importante ressaltar que a clínica de ginecologia deve fornecer todo o suporte para a gestante, explicando o procedimento e quais são as possíveis alterações identificáveis durante o exame.

Avaliação das estruturas fetais



Apenas um especialista em desenvolvimento fetal deve realizar o exame e também o feto deve estar em um posicionamento adequado. É um exame difícil e depende da "colaboração" do bebê, pois caso ele esteja em um mau posicionamento ou tenha algum fator externo que prejudique como, por exemplo, obesidade materna, o exame será tecnicamente mais difícil. A seguir as estruturas fetais avaliadas:

Anatomia fetal: crânio, cérebro, face (incluindo avaliação de perfil e dos lábios superiores – para descartar quadros de fenda palatina), coração, tórax (incluindo avaliação do diafragma), abdome (incluindo avaliação dos rins, bexiga e estômago), coluna vertebral, costelas, mãos e pés.

Biometria fetal: diâmetro biparietal, diâmetro occipto-frontal, circunferência abdominal, medida do fêmur, medida do úmero e distância biocular.

Batimento cardíaco fetal e ritmo: o batimento cardíaco fetal pode variar entre 120 a 160 batimentos por minuto. Seu ritmo deve ser avaliado de forma minuciosa.

Número de fetos: para as pacientes que não realizaram ultrassonografia precoce, essa pode ser a primeira oportunidade em diagnosticar gestações múltiplas.

Posição da placenta: a ultrassonografia deve avaliar a posição da placenta em relação ao orifício interno do colo uterino. Caso o segmento inferior da placenta esteja próximo ao colo do útero, ela é chamada de placenta de inserção baixa, existindo um risco de evoluir para placenta prévia conforme o decorrer da gestação.Cerca de 2-3% das gestações apresentam placenta de inserção baixa durante o 2° trimestre gestacional. Conforme ocorre o crescimento do útero com o decorrer da gestação, a placenta geralmente sobe e se distância do orifício interno do colo uterino. Isso significa que a maioria das placentas de inserção baixa tende a se resolver durante o 3° trimestre gestacional sem complicações ou intervenções necessárias.O médico deverá reavaliar o posicionamento da placenta no terceiro trimestre (entre 32-34 semanas) caso tenha alguma preocupação com a persistência da inserção placentária baixa.


Índice de líquido amniótico: o volume do líquido amniótico durante o 2° trimestre gestacional é avaliado de forma subjetiva, ao contrário do 3° trimestre em que são medidos os maiores bolsões verticais de líquido amniótico nos quatro principais quadrantes do abdômen materno.

Medida do colo uterino: é extremamente importante caso a paciente tenha histórico de parto prematuro, sangramento vaginal ou cólica abdominal. A medida do colo uterino não é tão importante durante o período a termo da gestação.

Avaliação uterina: sempre deve ser avaliado à procura de miomas uterinos. Caso eles estejam presentes, devem ser avaliados com relação a sua localização e ao seu tamanho. A maioria dos miomas uterinos não causa alteração durante a gravidez.

Quando deve ser feito o exame?


Geralmente esse exame é feito entre as 18 e as 24 semanas de gestação e, por isso, além de identificar malformações no feto, em alguns casos, também pode indicar o sexo do bebê. O exame também pode ser feita no terceiro trimestre, entre as 33 e as 34 semanas de gestação, no caso da gestante que não fez este exame no primeiro ou segundo trimestre de gestação, quando há uma suspeita de malformação do bebê ou se a grávida desenvolveu uma infecção na gravidez que possa prejudicar o desenvolvimento do bebê.


Quanto custa esse exame?


O preço do ultrassom morfológico varia de acordo com a região e também com a clínica selecionada. Alguns lugares podem trabalhar com os chamados "preços populares" onde há um desconto maior para a realização do exame. Normalmente custa entre 100 e 200 reais.

Posso comparar o resultado com outras mães?


Comparar os resultados do exame morfológico servirá apenas para deixar a gestante aflita e muitas vezes sem motivo. Cada gestação tem uma variação considerada normal dependendo de fatores como idade gestacional, características genéticas dos pais ou mesmo o desenvolvimento do bebê que pode variar de uma criança para outra, ainda que sejam dos mesmos pais. 

É importante que a gestante faça o exame morfológico para que, caso seja necessário, adotar a realização de tratamento precoce, quando este for disponível. Quanto mais precoce for realizado o diagnóstico, mais efetivo será o tratamento.

Fonte: bedmed


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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Translucência Nucal - Importância do exame de TN


Todas sabemos da importância dos cuidados pré-natais para garantir que o bebê e a mamãe estejam bem. Há alguns exames que são feitos por especialistas durante toda a gestação que podem dizer se está ou não tudo bem com o bebê em desenvolvimento. Um desses exames é a medida de Translucência Nucal (TN).

O que é Translucência Nucal?


A translucência nucal (ou TN) é uma medida realizada na região da nuca do feto. Esta medida ajuda a estimar o risco do feto ter algumas doenças, entre elas a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Fetos com malformações ou doenças genéticas possuem uma tendência a acumular liquido na região da nuca. Portanto uma medida aumentada significa um aumento de risco.

Quando e como é feito o exame de TN?


A Translucência Nucal é medida durante a ultrassonografia realizada entre a 11ª e 13ª semana gestacional. Alguns médicos permitem que se faça o exame até a 14ª gestacional, contudo, como a medida da TN deve ser realizada quando o feto tem entre 45 e 84 mm de comprimento (medindo da cabeça à nádega), o exame poderá não ser feito se o bebê cresceu muito.  A ultrassonografia geralmente é abdominal, mas se a medida não for possível, pode ser necessária a realização da ultrassonografia transvaginal.  Se houver um acúmulo excessivo de líquido na região da nuca do feto, aumenta o risco do bebê ter uma alteração cromossômica, mal-formações ou alguma síndrome genética.

Quais os valores normais?



Os valores abaixo de 2,5 mm são considerados normais. Alguns softwares utilizam outros parâmetros além da medida da translucência nucal e, nestes casos, o resultado não é dito como positivo ou negativo, mas representam numericamente qual a porcentagem de risco de ter Síndrome de Down.

A taxa de eficácia do exame de translucência nucal está entre 80 e 90%. Contudo, vale lembrar que esta análise não traz diagnóstico, apenas avalia o risco. Fatores como doenças genéticas ou de alterações cromossômicas na família, além da idade da mãe são importantes para calcular o risco de o bebê apresentar alguma síndrome. Por isso, mamães, não deixem de relatar nada que julguem importante sobre seu histórico familiar.

O que fazer se a TN estiver aumentada?


No caso de alterações, sempre é indicado à gestante realizar outros exames mais específicos para comprovar ou não o diagnóstico. Os mais comuns são: amniocentese ou biópsia de vilosidades coriônicas. Estes exames permitem que seja feita uma análise dos cromossomos do bebê chamado cariótipo. O cariótipo permite diagnosticar não só a síndrome de Down mas uma série de outras doenças dos cromossomos. Caso o resultado do cariótipo seja normal, ainda assim o bebê pode ter outras doenças (como por exemplo malformações cardíacas). Portanto a conduta sugerida nestes casos é realizar um exame morfológico detalhado entre 20 a 24 semanas e um exame do coração do bebê chamado ecocardiografia fetal.

O exame de TN é confiável?


O exame de TN não tem fiabilidade total, ou seja, ele ajuda apenas a classificar como baixo ou alto risco para Síndrome de Down. O que isso significa? Isto significa que um exame "normal" não garante que o bebê é normal, apenas significa que o risco para a Síndrome de Down é baixo. Da mesma forma um exame "alterado" informa que o risco é alto, porém mesmo quando a translucência nucal está aumentada encontramos fetos normais.

O exame de TN é simples e não há riscos para a mãe ou para o bebê, portanto é muito importante que todas as gestantes façam o exame. Além disso, o exame permite verificar com mais precisão a idade gestacional da mulher, facilitando o acompanhamento do crescimento fetal. Até a próxima!

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Ultrassom Morfológico





segunda-feira, 8 de maio de 2017

O ultrassom na gravidez


A gravidez é um acontecimento que traz muitas emoções e mexe inteiramente com o dia a dia não apenas da gestante mas de toda a família, causando uma verdadeira revolução. São meses preparando a chegada do baby. Preparação que vai desde o enxoval, quartinho, roupas, alimentação até o acompanhamento pré-natal. Este último sendo fundamental para garantir um bom desenvolvimento da gravidez sem problemas para a mãe e para o bebê. Algumas dúvidas podem surgir quanto ao acompanhamento da gravidez. Dentre as dúvidas está a monitoração através do exame de ultrassom, quando fazer, quantos exames são necessários, existe um limite ou se é seguro são as questões mais frequentes. Vamos esclarecer algumas delas!

Quando fazer a primeira ultrassom?


Logo no comecinho da gravidez é possível identificar o embrião a partir de 5 semanas, isso se o exame for feito por via transvaginal. Quando o exame é realizado via suprapúbica (região acima do músculo ilíaco; superior a Púbis) só é possível identificar o embrião a partir de 6 semanas de gestação. Contudo, é mais comum o acompanhamento através do exame via transvaginal. 

Ultrassom Transvaginal
Ultrassom Suprapúbico


Nessa fase, o embrião mede apenas alguns milímetros e já se identifica seu batimento cardíaco. Alguns dias antes de ver o embrião, podemos identificar o saco gestacional e a vesícula vitelina.

A contagem das semanas de gravidez é feita a partir do 1º dia da última menstruação (aprenda a contar o tempo de gestação aqui).

Existe uma quantidade ideal de ultrassons a serem feitos durante a gravidez?


Não há uma quantidade ideal de quantos exames devem ser feitos durante a gestação. Na verdade o número de ultrassons deverá ser definida pelo médico, que determinará a necessidade conforme a gravidez progride ou caso precise de um acompanhamento mais detalhado. Contudo, há um mínimo necessário para o acompanhamento que são ao menos 3 exames de ultrassom, sendo uma em cada trimestre da gravidez. 

Primeiro Trimestre - Realizado entre a 11ª a 14ª semanas da gravidez, serve para medir a translucência nucal. Essa medida possibilita avaliar o risco do feto ter algumas doenças, entre elas a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Fetos com malformações ou doenças genéticas possuem uma tendência a acumular liquido na região da nuca. Trata-se de um exame de rastreamento e não um exame de diagnóstico. 


Segundo Trimestre - Realizado entre a 20ª e a 24ª semanas. Esse exame ajuda a avaliar a morfologia do bebê, ou seja, além de calcular a idade gestacional do bebê, pode-se avaliar o tamanho do bebê, medindo a cabeça, tórax, abdômen e do fêmur, avaliar o crescimento e o desenvolvimento do bebê, mostrar os batimentos cardíacos do bebê, localizar a placenta, e também mostrar anormalidades no bebê e possíveis doenças ou malformações. Normalmente nesse exame também pode-se ter mais certeza do sexo do bebê, isso claro se as perninhas permitirem! 

Terceiro Trimestre - Pode ser realizado entre a 33ª e 34ª semanas. Trata-se de uma revisão da ultrassom morfológica do segundo trimestre. Algumas mães podem também fazer o exame caso não tenham feito no segundo trimestre. Nesse exame há o acompanhamento do crescimento, quantidade de líquido amniótico e também o aspecto da placenta. 




Qual das 3 ultrassons é a mais importante?


Todos os três exames são importantes. O primeiro exame confirma a gestação, identifica o local da implantação, determina a idade gestacional e pode ainda medir a translucência nucal. O segundo exame também determina a idade gestacional, avalia o crescimento e principalmente a morfologia fetal. O terceiro exame avalia o crescimento, a quantidade de líquido e a placenta, e revisa a morfologia. Tudo isso pode ser avaliado também no segundo trimestre, mas patologias típicas do terceiro trimestre podem levar a alterações de líquido e da placenta, daí uma maior importância nesta fase.

Qual o limite máximo de ultrassons recomendados?



Embora não haja uma recomendação exata, o médico obstetra deverá indicar o número que acredita ser necessário. Porém é importante evitar esse recurso de forma excessiva, já que pode deixar a gestante muito ansiosa, e em alguns casos, o resultado não é definitivo, podendo angustiar a mãe sem necessidade. 

A gestante de alto risco necessita de acompanhamento de perto do seu obstetra. O ultrassom é um complemento do exame clínico e fica a critério do obstetra. É possível que a gestante de alto risco faça alguns exames a mais e o Doppler teria indicação no acompanhamento dessas gestantes.

Quais problemas ou doenças o ultrassom pode detectar?


Existe muitos tipos de problemas de malformações, sendo impossível listar a todos. Alguns exemplos são:  alterações do encéfalo (anencefalia ou ausência do cérebro), alterações da coluna vertebral (mielomeningocele), alterações da face (fenda labial ou lábio leporino), alguns tipos de malformações cardíacas, malformações da parede abdominal, de órgãos internos ou dos membros.

É importante destacar que o ultrassom tem sensibilidade por volta de 85% na detecção de malformações estruturais. Há malformações muito discretas, de difícil identificação, além de limitações inerentes ao método, à posição fetal etc. Assim, pode acontecer do bebê nascer com uma malformação não identificada no exame, também pode ocorrer do diagnóstico de uma malformação ser equivocado. Nesse caso, recomenda-se a confirmação do diagnóstico com outro ultrassonografista especializado na área de Medicina Fetal.

Todos os ultrassons são iguais?


Ultrassom 4D
Há diferenças entre os exames de ultrassom. Alguns permitem que sejam avaliados mais detalhadamente patologias do fluxo útero-placentário e do fluxo feto-placentário, onde há necessidade de avaliação com o Doppler. É importante em casos de diabetes, hipertensão, retardo do crescimento fetal, entre outras. O ultrassom 3D permite mais detalhes da anatomia da superfície e pode ser indicado em casos de malformações. Esse ultrassom permite que os pais visualizem melhor o rostinho do bebê. Também existe o ultrassom em tempo real, chamado de 4D.

Intervenções intra-uterina e cuidados pós-parto


Há casos em que o ultrassom indicará a necessidade de cuidados ainda dentro do útero como transfusões sangüíneas, derivações (ventriculares, renais), punções de líquido amniótico, com finalidade terapêutica. Em outros casos, o exame ajudará na detecção de problemas que necessitarão de cuidados logo ao nascer. Nesses casos pode-se já optar pela internação em centro de referência onde exista UTI neonatal e especialistas na área de pediatria como cardiologistas pediátricos e cirurgiões cardíacos, aptos para atender o recém-nascido cardiopata. 

Quando pode-se saber o sexo do bebê?



O sexo do bebê é determinado no momento da concepção, contudo apenas será possível visualizar a genitália do baby com a determinação adequada do sexo a partir da 16ª semana de gestação. Lembre-se no entanto que isso só é possível quando a posição do bebê permite. Alguns bebês ficam "sentados" sobre as pernas, ou pernas cruzadas, o que dificulta ou impossibilita a avaliação da genitália. Contudo, existe um método que permite determinar o sexo do bebê a partir da 6ª semana de gestação. Saiba mais sobre o método Ramzi.



Preparação para o exame de ultrassom


Em caso de exame de ultrassom por via transvaginal é necessário estar com a bexiga vazia. Quando o exame é via suprapúbica, se não chegou a 12ª semana de gestação, é necessário beber de quatro a cinco copos de água uma hora antes do exame. A partir do 2º trimestre não há necessidade de beber água para o exame.

O exame não é doloroso e o único desconforto é ficar de barriga para cima na fase final da gravidez. Não há nenhum estudo que comprove efeitos nocivos ou contra-indicações para a realização do exame.

Gravar o exame de ultrassom



Guardar esse momento tão bonito, quando é possível ver o bebê que ainda não nasceu, tem importância não apenas afetiva, como também pode ajudar em caso de síndromes fetais complexas, onde a discussão com outros colegas especialistas é de grande valia, para chegar a um diagnóstico preciso e determinar o prognóstico daquele bebê afetado.


Até a próxima!

Fonte: Feminíssima

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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Exame do Cotonete - Estreptococos B


Sabemos o quanto é importante o acompanhamento pré-natal durante a gravidez. Dentre os exames feitos durante a gestação está o exame do cotonete ou Estreptococos B. Esse exame serve para identificar a presença ou a ausência de micro-organismos que podem ser perigosos para a criança. Conheça mais sobre o exame a seguir:


O que é o Estreptococos B?


O Estreptococos do grupo B, também chamado de Streptococcus agalactiae, é uma bactéria extremamente comum, que costuma colonizar as regiões vaginal, intestinal e retal das mulheres. O Estreptococos B não costuma provocar doenças em pessoas sadias, mas pode causar complicações em mulheres grávidas e ser transmitido para o bebê durante o parto.


Como ocorre a infecção?


Apesar de ser encontrado habitualmente na região genital feminina, o Estreptococo do grupo B não é uma DST, ou seja, não é uma bactéria transmitida pela via sexual. A maioria das mulheres com a região vaginal colonizada foi contaminada por Estreptococos que vieram dos seu próprio intestino ou da região retal.

Nos recém-nascidos, a infecção pelo Streptococcus agalactiae pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico, conhecido popularmente como bolsa d’água, ou somente na hora do parto, durante a passagem pela canal vaginal. Esta última via é a mais comum.


Infecção urinária por Estreptococos na gravidez


Entre 10% a 30% das grávidas apresentam colonização da urina pela bactéria Streptococcus agalactiae. Em algumas destas gestantes, a bactéria provoca infecção da bexiga, conhecida como cistite, ou pielonefrite, que é a infecção dos rins. A maioria das pacientes, porém, não apresenta infecção urinária apenas colonização da urina pelo Estreptococos do grupo B.

O problema é que a bacteriúria assintomática, nome dado à simples presença da bactéria na urina sem sinais ou sintomas de infecção urinária, é um grande fator de risco para complicações na gestação, tais como, parto prematuro, aborto e contaminação do líquido aminótico.

Infecção do líquido aminótico pelo Estreptococos B


A infecção da bolsa d’água, chamada em medicina de corioamnionite, é uma invasão bacteriana do líquido amniótico, membranas fetais ou placenta. Os sinais e sintomas da corioamnionite incluem febre, dor no útero, aumento da frequência cardíaca fetal e presença de pus no líquido aminótico.

A infecção do líquido amniótico ocorre geralmente durante a rotura da bolsa no início do trabalho de parto em mulheres colonizadas pelo Estreptococos B. Trabalhos de parto prolongados, com várias horas de duração, ou casos de roturas prematuras da bolsa, são aqueles com maior risco. Todavia, a corioamnionite pode surgir antes da rotura da bolsa d’água, como nos casos de grávidas com infecção urinária, principalmente pielonefrite.

Infecção do útero pelo Estreptococos B


A infecção da parede do útero, chamada de endometrite, é uma complicação que pode ocorrer após o parto das gestantes contaminadas pelo Estreptococos do grupo B. Dor abdominal, febre e sangramento uterino são sinais e sintomas que sugerem uma infecção no período pós-parto.

Infecção do recém-nascido pelo Estreptococos B


Apesar dos riscos da mãe desenvolver complicações pelo Streptococcus agalactiae, a grande preocupação é sempre a contaminação do bebê durante o parto. A transmissão da bactéria se dá habitualmente após a rotura da bolsa ou durante a passagem do bebê pelo canal vaginal.

As complicações derivadas da infecção neonatal podem ocorrer precocemente, nas primeiras horas de vida do bebê, ou tardiamente, somente semanas depois do parto.

A infecção precoce do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre dentro dos primeiros 7 dias de vida, habitualmente dentro das primeiras 24 horas, e se manifesta como um quadro de pneumonia, meningite ou sepse sem ponto de partida definido.

Febre, dificuldade para mamar e dificuldade respiratória são os sintomas mais frequentes neste tipo de infecção. Crise convulsiva, fraqueza ou rigidez muscular também podem ocorrer. A mortalidade nos casos precoces é de cerca de 3% nos bebês nascidos com mais de 37 semanas e de 20% nos bebês prematuros.

A infecção tardia do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre após a primeira semana de vida. Sepse e meningite são as apresentações mais comuns. A mortalidade nos casos tardios é de cerca de 2% nos bebês nascido com mais de 37 semanas e de 6% nos bebês prematuros.

É importante destacar que nem todo bebê nascido de mães colonizadas pelo Estreptococos do grupo B irá apresentar problemas. Na verdade, apenas 1 em cada 200 são infectados e desenvolvem doença.


Como fazer o exame?


A realização do exame do cotonete deve ser solicitada pelas gestantes aos médicos que realizam o acompanhamento pré-natal. Normalmente o exame é feito entre a 35ª e a 37ª semana de gestação, já que a bactéria pode surgir e desaparecer várias vezes ao longo da gravidez, mas só é preocupante se for detectada no período próximo ao parto.

A coleta do material vaginal e retal é indolor e o resultado fica pronto em 2 ou 3 dias. Não é recomendado banho ou higiene íntima antes da coleta.


Por que é chamado de exame do cotonete?



O nome do teste é relativo ao equipamento utilizado para coletar o material do canal vaginal e da região anal, que é semelhante a uma haste flexível. O material é enviado a um laboratório, que faz análise rápida para evitar que o parto ocorra antes de a mãe ter o resultado.


Se o exame der positivo?


O resultado positivo indica que a mãe está colonizada com a bactéria. Estar colonizada pelo Streptococcus agalactiae significa apenas que será necessária a administração de antibiótico durante o parto para impedir a transmissão da bactéria para o feto.

A mãe que tem o resultado positivo no teste, mesmo que tenha realizado os tratamentos preventivos, deve ficar atenta aos sinais do bebê nos primeiros sete dias. Desconforto respiratório, temperatura corporal muito alta ou muito baixa, frequência cardíaca acima de 90 BPM, choque séptico, pneumonia e meningite são sintomas indicados pela Sociedade Brasileira de Pediatria.


Pode ser tratado logo no início da gravidez?


O teste do cotonete só é feito no final da gravidez porque a colonização da vagina pelo Estreptococos B pode desaparecer sozinha ao longo da gestação. E mesmo que ele seja tratado no início da gravidez, a bactéria pode retornar ao longo dos meses. Além disso, excetuando-se os casos de infecção urinária, a grande maioria das mulheres colonizadas não apresenta complicações durante a gravidez. Por isso, se o exame de urina for negativo, ter a bactéria durante a gestação não acarreta em maiores problemas. O importante mesmo é saber se o Estreptococos do grupo B está presente na hora do parto, e não meses antes.


Como é feito o tratamento?


Durante o trabalho de parto é administrado antibiótico por via venosa. Os dois mais usados são a penicilina ou a ampicilina, que devem ser administradas a cada 4 horas até o nascimento do bebê.

O tratamento com antibióticos não precisa ser feito se o parto for cesariano e não houver rompimento da bolsa d’água, chamado de Parto Empelicado. Neste caso, não há risco das bactérias presentes no canal vaginal chegarem até o bebê. Entretanto, se a bolsa romper antes da cesariana ser iniciada, a administração de antibiótico está indicada.

Tanto a ampicilina quanto a penicilina são antibióticos seguros para o bebê.

Ainda que seu médico não tenha pedido o exame você poderá solicitar que seja feito. Converse com seu médico a respeito. Até a próxima!

Fonte: MDSaude

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Cuidados da pré-mãe



quarta-feira, 22 de março de 2017

Papanicolau - A importância do exame preventivo


A ida ao ginecologista torna-se habitual para a maioria das mulheres, principalmente as que são sexualmente ativas. Dentre os milhares de exames que a mulher deve fazer, o preventivo ou Papanicolau é um de grande importância para a saúde da mulher. Conheça um pouco mais sobre o exame.

O que é Papanicolau?


O exame de Papanicolau verifica alterações nas células do colo do útero. O colo do útero é a parte mais baixa do útero que o liga à vagina. Para se ter uma dimensão da sua importância, a taxa de sobrevivência das mulheres com tumores de colo uterino que são detectados pelo exame é de 92% ao passo que a sobrevivência daquelas diagnosticadas em decorrência dos sintomas da doença é de apenas 66%.

Outros nomes para o exame de Papanicolau são Citologia Oncótica ou Preventivo.

Para que serve o preventivo ou exame Papanicolau? 


O exame de Papanicolau serve para se verificar alterações nas células cervicais. Estas alterações que podem ser detectadas são chamadas de displasia cervical e podem se transformar em câncer se não forem descobertas e tratadas.

O exame detecta quais doenças?


O exame físico do Papanicolau também pode detectar infecções viróticas no colo do útero, como por exemplo verrugas genitais e herpes, e infecções vaginais tais como as causadas por fungos ou por trichonomas. Isso tudo por causa do exame físico e não do resultado do Papanicolau em si. Como a coleta do exame envolve exame genital, também é possível perceber doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, gonorreia, condilomatose, clamídia e cancroide. Assim, não é que o exame Papanicolau identifique corrimentos e infecções, mas durante o colhimento do exame, pode-se perceber as alterações causadas por essas doenças.

Como funciona o exame? 



O Papanicolau demora poucos minutos e é feito como parte de um exame ginecológico de rotina. Quando estiver deitada , com os joelhos dobrados e as pernas afastadas, o seu médico introduzirá um espéculo na sua vagina. Este aparelho permite a abertura das paredes da vagina para que o médico possa ver o colo do útero. Então, ele utiliza um cotonete especial, uma escovinha ou uma palheta para, esfregando, remover algumas células do colo do útero, as quais serão mandadas a um laboratório para serem analisadas microscopicamente, diagnosticando assim, lesões pré cancerígenas e cancerígenas.

Quem deve fazer o exame?


Não há uma idade específica para fazer o exame, apesar de que as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, lançadas pelo Inca em 2011, colocar que devem-se submeter ao exame mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. O melhor é que a mulher faça o exame anualmente a partir do início da vida sexual. 

O exame pode ser feito a qualquer momento?


O único impeditivo para a realização do exame é nos dias em que a mulher estiver menstruada. Então deve-se tentar agendar o exame para uma data fora do que seria o período menstrual. 

É recomendado também que o exame seja repetido uma vez ao ano e em casos de alto risco, como quando a mulher tem HPV, o médico pode recomendar um exame mais frequente, de seis em seis meses por exemplo. 

Quem tem mais chances de desenvolver esse tipo de câncer?


Algumas mulheres podem apresentar situações em que aumentam as chances de desenvolver a doença:

  • Se algum exame de Papanicolau detectou alterações.
  • Início precoce da vida sexual 
  • Muitos parceiros sexuais.
  • Você ou seu parceiro têm tido infecções genitais.
  • Teve câncer de vulva ou vagina.
  • A parceira anterior do seu atual parceiro teve câncer cervical ou anomalias nas células cervicais.
  • Seu parceiro teve câncer de pênis.
  • Ser fumante.
  • Sua mãe tomou o hormônio dietilstelbestrol (DES) enquanto grávida de você.
  • Se o sistema imunológico for fraco, por causa de transplante, ou uso de drogas que enfraqueçam o sistema imunológico ou por causa de AIDS.


Grávida pode fazer o exame?


O Papanicolau pode ser realizado pela grávida sem problemas. Geralmente o médico pode requisitar o exame caso o último exame tenha sido feito a mais de três anos ou caso o obstetra considere importante.

Como funciona o exame papanicolau na gestante?


Durante o Papanicolau o médico irá fazer uma raspagem no colo do útero e na entrada do útero de forma sutil. Esse exame irá retirar algumas células para ser analisadas no laboratório e identificar se existe alguma desordem com a gestante. Esse procedimento geralmente é bastante tranquilo e pode provocar leve desconforto abdominal (cólicas) e um pequeno sangramento, que são considerados normais. Agora, se por acaso o sangramento for intenso ou você sentir qualquer mal estar após o exame, consulte o seu médico ou procure o serviço médico o quanto antes.

Mulheres virgens devem fazer o exame?


Normalmente o exame em quem não tem vida sexual é desnecessário já que o principal responsável por este tipo de câncer é o HPV, vírus transmitido através das relações sexuais. Assim, se a mulher é virgem, a chance de ter sido contaminada pelo HPV é mínima, e o risco de ter alterações no colo do útero também é pequena. O exame pode ser pedido apenas quando se tem suspeita de lesão. A coleta do material nesses casos é feita com um especulo próprio para mulheres virgens e utilização de um tipo de cotonete, sem risco de ruptura do hímen.


Como deve ser o preparo para o exame?


Não use ducha ou cremes vaginais durante os dois dias anteriores ao exame, nem mantenha relação sexual dentro das 24 horas anteriores, pois isto pode causar resultados incorretos.


O que acontece após o exame?


Se as células se mostrarem normais, não será necessário nenhum tratamento. 

O exame citológico deverá mostrar se tem alguma infecção. Seu médico deverá tratar você desta infecção e sugerir que outro preventivo seja feito em alguns meses.

Se as células não se apresentarem normais, poderão ser necessários mais exames. Discuta com o seu médico se deverá retornar para um exame posterior.

Você deve conversar com seu médico a respeito dos resultados do seu exame pois o Papanicolau não é 100% garantido.

É muito importante que se faça o exame Papanicolau regularmente já que detectando doenças pré-cancerígenas e, se estas doenças são descobertas a tempo, há uma grande chance de o desenvolvimento do câncer ser combatido através de um tratamento simples. Este exame também é utilizado para detectar alguns tipos de infecção no colo do útero e na vagina. Além disso, é melhor perder algumas horas num exame simples do que custear (financeira e emocionalmente) uma doença. Até a próxima!