terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sua História... Bruna não desistiu de seu sonho

Paciência e fé são os principais conselhos que damos para as mulheres que desejam engravidar. O caminho até a conquista do positivo nem sempre é fácil, mas permitir-se ter fé e continuar a luta na esperança de conquistar seu sonho é fundamental. Nada pode valer mais a pena do que conseguir seu tão sonhado milagre. Conheça a história da Bruna:

Desde a infância eu tive problemas hormonais, meus hormônios eram muito altos e os médicos consideraram como hormônio masculino.
Tive 2 hemorragias devido ao meu grande fluxo menstrual. Comecei a me tratar com ginecologista.
Aos 12 anos comecei a tomar anticoncepcional por conta desses problemas.
Comecei a namorar com que é hoje meu marido, desde os meus 15 anos, hoje tenho 21.
Sempre pensei que eu não poderia ou teria grande dificuldades para engravidar (o que sempre foi meu maior sonho)!
Com 19 anos meu marido e eu decidimos que era hora de tentarmos...
Parei com o anticoncepcional e de me proteger... passaram 2 longos anos. Em que cada mês era uma emoção a cada atraso menstrual e uma decepção quando ela [menstruação] descia!
Todos esses meses ficávamos na expectativa e nada. Depois de tantos choros e decepções resolvi pegar o contato de um médico particular especializado para enfim saber o porquê de tanta demora, então guardei o telefone dele no porta luvas do carro. (Ali o contato foi esquecido).

Passou 1 mês mais ou menos eis que a menstruação atrasou 10 dias e meu coração estava aflito novamente, e eu pensava faço ou não o teste, com muito medo do NEGATIVO.
No 11° comprei o teste de farmácia só para tirar da minha cabeça e com a certeza do negativo... Eis que vejo 2 listras vermelhas no teste, comprei o segundo porque ainda estava na dúvida e não me contentando fiz o terceiro, agora o exame de sangue e vem a confirmação..
Sim, era o meu Positivo kkkk
Já estávamos de 4 semanas, e foi inacreditável e ao mesmo tempo lindo!
Fiz surpresa pro papai e prós avós.
E começaram após o POSITIVO as dores nas costas, os enjoos matinais enfim coisas de gravida..
Com 14 semanas, assim como meu instinto materno me dizia foi confirmado era o meu menino.
Com 18 semanas senti a primeira mexida (foi maravilhoso).
Do 3° para o 4° mês tive uma dor muito muito forte e com sangramento, fomos pra maternidade. Pensei o pior, já achei que estava tendo um aborto. Mas graças a Deus ele estava bem e os médicos não sabiam o que tinha acontecido!
Com 36 semanas o apressadinho resolveu que era hora de sair da barriga da mamãe fomos novamente pra maternidade com contrações, 3 centímetros de dilatação e já tinha perdido o tampão. 
Os médicos disseram que ainda era cedo pra ele sair dali e me colocaram pra tomar remédio para então segura-lo por mais um tempo.
Foi ai que pararam as contrações, parou de dilatar e voltamos para casa.
Passou mais 1 mês.
Eu já não aguentando mais esperar muito agoniada e então DEUS tocou meu coração e senti uma vontade enorme de entrar na sua presença, então fui ao culto e foi lá onde tudo foi me revelado!
A missionária, serva do senhor usada lindamente por ele Claudineia Brustolin pediu pra orar pelo meu bebê que ainda estava em meu ventre.
Após a oração ela disse tudo o que Deus estava mostrando a ela. Ela me disse: lembra lá no começo da gravidez que você foi pro hospital com muita dor?! Então você quase teve um aborto! Pois Deus escondeu esse bebê desde a concepção, Deus não permitiu que nada de mal acontecesse a você e seu filho.
O seu filho não foi gerado por acaso, ele foi escolhido por Deus pra estar aí na sua barriga.
Eu chorando e ela continuou dizendo: Seu bebê já era pra ter nascido, mais você sabe o porquê Deus não permitiu ainda?
Porque o seu bebê estava com o cordão umbilical enrolado nos braços e nas perninhas dele o que impossibilitava ele de fazer força pra sair e que se os médicos tentassem o meu parto seria sofrido demais. Então até ali Deus me poupou do pior sofrimento! (Deus maravilhoso).
E o senhor mandou me dizer que depois deste dia ele já tinha preparado o hospital e os médicos e que meu filho já poderia nascer porque eu já estava preparada para o parto.
Isso foi em uma Quinta-feira.
Na Terça-feira as 18:05 da tarde veio o meu milagre, ele veio conhecer o mundo.
Bernardo nasceu acabou o sofrimento e foi só alegria!

Moral da história: O choro pode durar uma noite mais a alegria vem pela manhã.
Quando tudo diz que não, Sua voz me encoraja a prosseguir! Deus do impossível o Deus de milagres é o meu Deus.
Não desista dos seus sonhos, tudo acontece no tempo do senhor!

Aqui está a minha maior benção, o meu Bernardo!
Eternamente grata a esse Deus maravilhoso 

Bruna Borges


A longa jornada até conseguir engravidar pode ser ainda mais difícil se não houver uma mínima esperança. Cada uma tem sua história de lutas, algumas mais longas e difíceis do que as outras mas poder compartilhar a vitória de alguém nos fortalece em nossa fé e as nossas esperanças. Não importa em que segmento elas se baseiam, o importante é saber que ao final, o caminho mais difícil pode ser aquele que trará a maior felicidade!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Quando aparecem os primeiros sintomas de gravidez?


Os primeiros sintomas de gravidez são bem conhecidos pelas pré-mães. Tonturas, enjoos, atraso menstrual, inchaço, dores nas mamas e de cabeça são sinais que costumamos buscar de forma exaustiva ao final do ciclo menstrual. Contudo, nem sempre sabe-se quando esses sintomas podem aparecer e essa é a grande chave para evitar de que a ansiedade faça surgir algum sintoma que na verdade ainda nem teve tempo para ocorrer.

Não há regras


Antes de falarmos quando podemos apresentar os sintomas de gravidez, é importante saber que, embora sejam comuns, os sintomas podem não aparecer da mesma forma e também, dependendo da mulher, em ocasiões diferentes. Toda mulher tem características próprias que fazem com que as regras comuns não sejam a elas aplicadas.

Sentindo a gravidez


Muitas mulheres afirmam que conhecem tão bem seu corpo que souberam bem cedo da gravidez, bem antes do atraso. Contudo, a maioria de nós, meras mortais, teremos que aguardar o atraso para desconfiar que o sonho do positivo pode estar mais perto. 

Acontece que poucas mulheres conseguirão aguardar o atraso sem "bisbilhotar" algum sintoma perdido no meio do caminho. Entender o ciclo ajudará a perceber quando os sintomas são reais ou apenas fruto de um desejo profundo de engravidar.

Afinal quando aparecem os sintomas?


Para saber quando os sintomas vão aparecer, basta conhecer a fisiologia do ciclo menstrual e como ocorre a fecundação. Dessa forma, podemos, por exemplo, saber que um dia após a ovulação é muito cedo para que o corpo dê algum sinal de gravidez. A verdade é que ela ainda nem mesmo aconteceu realmente.

Entendendo cada etapa


O óvulo após ser liberado, tem um tempo de vida de até 24h. Nesse tempo ele fará seu caminho até o útero. Do ovário até o útero, o óvulo fará uma viagem que durará cerca de 4 a 5 dias, podendo chegar a 7 dias. 


Imaginando que uma mulher teve a ovulação ocorreu no 14º dia do ciclo, até que o óvulo chegue ao útero para dar início à nidação, não há como apresentar sintomas como enjoos, tonturas e também ainda não é hora de fazer nenhum teste. Nesse exemplo, a mulher estaria entre o 18º ao 19º dia do ciclo, ou seja, faltando 10 ou 9 dias para a menstruação vir ainda é cedo para os sintomas. Claro que há casos em que o óvulo pode chegar mais cedo, dai os sintomas poderiam aparecer antes, contudo, ainda temos mais um etapa: nidação!

Depois da viagem do óvulo até o útero, enquanto o embrião era formado, é hora do futuro baby fazer seu ninho no útero. A chamada nidação! A implantação pode demorar dias, com duração entre 4 a 7 dias, contudo, pode estar completa com 5 dias após seu início. Como se vê, existe um motivo para que os médicos utilizem a data da última menstruação para determinar o tempo gestacional, já que não há como calcular certinho os dias de duração da fecundação até a nidação. 

Somente após a implantação do embrião é que a produção de hCG começa, e só então, com seus níveis aumentando é que a mulher passará a apresentar sintomas da gravidez. 



Dessa forma, espere pelo menos a semana anterior a data prevista da menstruação para então atentar-se para os sinais de que possam enfim confirmar ter conseguido o positivo. 

Os sintomas podem confundir


Confundir os sintomas de TPM com os de gravidez é muito comum, principalmente para as mães de primeira viagem. Mesmo que você acredite que essa é a sua vez, esperar no mínimo 12 dias após a ovulação é uma maneira de garantir que os níveis de hCG estejam mais concentrados. Controlar a ansiedade e saber que é muito cedo para fazer um teste ou mesmo cogitar a gravidez, com certeza impedirá que a mulher sinta-se angustiada e triste por um negativo, que na verdade pode nem ser um resultado confiável. O ideal é esperar para fazer o teste após alguns dias de atraso. Saiba mais sobre o Teste de Gravidez. Até a próxima!


O que pode alterar o resultado do teste de gravidez?

Barriga Tremendo: será gravidez?


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Bebê sentando - O que é Versão Cefálica Externa?


Vai chegando o final da gestação e a tão esperada data do bebê nascer se aproxima, mas o bebê permanece sentado. A expectativa vai aumentando e o receio de não poder ter um parto normal aumenta. 

A grande maioria dos bebês nascem na posição cefálica, isso é, nascem com a cabeça para baixo. Mas 3 a 4 % dos bebês ficam sentados até o final da gravidez, o que é chamado de Apresentação Pélvica. 

Muitas cesáreas são marcadas quando o bebê se apresenta, ao final da gestação, sentado. O parto vaginal com apresentação pélvica apresenta um risco se feito por quem não tem experiência nesse tipo de parto. Nesse caso, como evitar uma cesárea, que traz muitos riscos de uma cirurgia de grande porte como os riscos de hemorragia, infecção, complicações anestésicas e outras e também evitar o risco de um parto vaginal pélvico por um profissional com pouca ou nenhuma experiência? Existe uma opção para quem deseja muito tentar um parto normal, a chamada Versão Cefálica Externa.


O que é Versão Cefálica Externa?



A versão cefálica externa (VCE) é uma técnica não invasiva, realizada em gestações próximas do termo (tempo gestacional entre 37 e 42 semanas), que visa converter uma apresentação pélvica ou uma situação transversa numa
apresentação cefálica. Ou seja, consiste na rotação de um bebê pélvico (sentado) para cefálico (com a cabeça pra baixo). Esse é um procedimento seguro e recomendado pela Organização Mundial da Saúde.


Como é feito a VCE?



Por manobras realizadas através da parede abdominal materna, o bumbum do bebê é elevado e deslocado lateralmente por uma mão do operador, enquanto a cabeça é manipulada por outra mão no sentido oposto, tentando-se uma cambalhota ou para frente ou para trás, sendo que esta última se associa a uma taxa de sucesso menor.

O protocolo para a realização da manobra varia conforme os diferentes centros, preconizando-se o uso universal de ecografia durante o procedimento e cardiotocografia após o mesmo. O limite de tentativas também varia de centro para centro, oscilando entre 2 e 6 vezes.


Assista o vídeo da VCE realizada por Braulio Zorzella, médico obstetra:


Todas as gestantes podem tentar?



Em algumas situações a manobra VCE não é indicada como em caso de gravidez múltipla, malformações fetais graves, vitalidade fetal comprometida ou morte fetal, quando há indicação de cesárea independente da apresentação, por outro motivo qualquer (como por exemplo placenta prévia) e membranas rotas. Algumas contraindicações são relativas como a mãe ter feito cesárea anterior, restrição do crescimento fetal e sangramento uterino, porém as evidências não são suficientes para proibir a versão nesses casos.


Quando há mais chances da manobra dar certo?


A manobra costuma dar mais certo nas seguintes situações:

  • Quando a mãe já teve outras gestações;
  • Quando a placenta está posterior (localizada atrás do bebê, e não na frente);
  • Tipo de apresentação pélvica: quando o bebê está com as pernas para cima, com todo o bumbum encaixado na pelve tem maiores taxas de sucesso do que quando o bebê está com os joelhos ou os pés apresentando na bacia.
  • Pélvico Incompleto modo de pés tem maior chance de sucesso que o Pélvico Completo:

  • Quantidade de líquido amniótico: quanto mais líquido amniótico tem, maior a taxa de sucesso. Uma alternativa para quando há muito pouco líquido é fazer uma “amnioinfusão”, que é a injeção de soro fisiológico dentro da cavidade amniótica.
  • Índice de Massa Corporal Materno: quanto mais gordinha está a mãe, menor a taxa de sucesso.
  • Uso de medicações que "relaxam" o útero: usar drogas que relaxam a parede uterina aumenta a chance de sucesso da manobra, já que a tensão da musculatura do útero é um fator determinante. Há várias medicações que tem esta ação, sendo as mais usadas a terbutalina ou o salbutamol. Deve ser administrada cerca de meia hora antes do procedimento.
  • Uso de anestesia raqui ou peridural: um dos fatores determinantes do procedimento é a tolerância da gestante ao mesmo. A manobra pode ser desconfortável, e algumas sentem muita dor. A anestesia pode auxiliar neste quesito, além de proporcionar um melhor relaxamento da parede uterina. O inconveniente é o risco inerente ao procedimento anestésico, ou seja, não é algo isento de complicações.


Quando realizar a manobra?


Preconiza-se a realização da manobra entre 36 a 38 semanas, por vários motivos: 1. O bebê provavelmente não vai mais virar sozinho depois desta idade gestacional (mas isso pode acontecer!), portanto, antes desta idade gestacional a gente aguarda ou faz técnicas alternativas para ajudar o bebê a virar; 2. Se der certo, a chance do bebê desvirar é menor nesta idade gestacional; 3. Caso ocorra alguma complicação durante ou após o procedimento e o bebê precise nascer, ele já não é mais prematuro e consegue se adaptar melhor a vida extra-uterina.

Em que local realizar a manobra?


É importante ter um acompanhamento durante a manobra, que precisa de ultrassom antes e durante o procedimento. Após a manobra o bebê é avaliado através de um exame chamado cardiotocografia. O local deve contar um centro cirúrgico, caso haja alguma complicação, a gestante precisará de um atendimento rápido. O local que normalmente dispõem de todos estes recursos e facilidades é o hospital.

Riscos e complicações


Apesar da VCE ser relativamente simples, pode ser que a manobra não dê certo. Quando em um primeiro momento a manobra não é bem sucedida, tenta-se novamente, por 2 a 6 vezes, na dependência do desejo da mulher e de outros fatores. Além disso, algumas complicações que podem ocorrer, apesar de serem bastante raras: alterações dos batimentos cardíacos do bebê (após a manobra é relativamente comum haver alterações momentâneas da frequência cardíaca do feto, mas se estas alterações persistem podem motivar uma cesárea por suspeita de sofrimento fetal); descolamento de placenta; rotura da bolsa amniótica.

Como decidir pela manobra


A VCE é um procedimento muito seguro e com uma razoável taxa de sucesso, principalmente quando selecionadas as grávidas às quais se oferece. Contudo, é importante frisar a necessidade de um profissional com experiência na técnica. As complicações da técnica são muito raras e são quase sempre passíveis de resolução sem sequelas, caso a situação seja prontamente detectada e corrigida, razão pela qual esta manobra deve continuar a ser realizada apenas em locais com os recursos necessários para se proceder a uma cirurgia imediata.

A VCE deve ser oferecida a toda gestante com bebê em apresentação pélvica após 36 semanas, sendo uma técnica recomendada e validade pelas principais instituições científicas em Ginecologia e Obstetrícia.

Em suma, apesar de alguns obstetras ainda acreditarem que o procedimento é obsoleto e não deve mais ser adotado, todo um corpo de evidências nos últimos 20 anos tem demonstrado o contrário. A versão cefálica externa deve ser incorporada à prática obstétrica, uma vez que reduz expressivamente tanto os nascimentos não cefálicos como as taxas de cesariana. Em uma época em que muitos obstetras perderam a habilidade de conduzir adequadamente partos pélvicos, a VCE surge como uma alternativa atraente e segura para mulheres com bebês em apresentação pélvica que querem ter parto normal, mas não estão seguras ou não encontram obstetras dispostos a prestar assistência ao parto pélvico. Até a próxima!









segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Fator Rh e Gravidez


Dentre os diversos exames que a gestante deve fazer está o de Tipagem Sanguínea. Esse exame é importante para prevenir que o fator Rh do bebê, caso seja positivo, reaja o sistema imunológico da mãe, criando uma sensibilização que poderá levar a mãe a abortar caso engravide novamente. Entenda melhor como isso funciona. 

O que é o fator Rh?


O fator Rh é o que determina se o tipo de sangue é positivo ou negativo e influencia na compatibilidade sanguínea. Assim, pessoas com sangue positivo podem receber de pessoas com qualquer Rh, mas só podem doar para outras com sangue positivo. Enquanto se o sangue tiver Rh negativo pode doar para pessoas com sangue positivo ou negativo mas só podem receber negativo.

Como o fator Rh interfere na gravidez?



Quando a mãe tem o tipo sanguíneo negativo (-) e o pai tem o tipo positivo (+), o bebê tem 50% de chances de nascer com o tipo sanguíneo positivo. E qual o problema disso? Se o sangue do bebê entrar na corrente sanguínea da mãe, seu sistema imunológico pode reagir contra o antígeno D do sangue do bebê, como se ele fosse um "invasor", e produzir anticorpos contra ele. A Eritroblastose fetal ou doença hemolítica perinatal é causada pela incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal.

Uma maneira fácil de entender é imaginar que as pessoas que tem fator Rh positivo tem algo presente (+) que as pessoas com Rh negativo não tem (-). O problema é que caso o sistema imunológico que desconhece esse "algo" entre em contato com o tipo sanguíneo que tem isso presente, como forma de defesa ele produz um anticorpo para quando entrar em contato novamente com esse "algo" tentar eliminar essa "ameaça". 

Como o sistema de defesa leva um tempo para desenvolver o mecanismo de eliminação do "corpo estranho", em uma primeira gravidez, nada acontecerá nem com o bebê e nem com a mãe, porém o sistema imunológico tem memória e poderá eventualmente agir em uma segunda gravidez contra o Rh de um novo bebê que também tenha o fator Rh positivo. Se o novo bebê for Rh negativo, o sistema imunológico não será ativado.

Quais os sintomas?


A doença hemolítica por incompatibilidade de Rh varia de leve à grave. Esse fenômeno é conhecido como "sensibilização" e, em uma nova gravidez e o bebê também for Rh positivo, os anticorpos do seu sistema imunológico. Os sintomas vão desde anemia e icterícia leves à deficiência mental, surdez, paralisia cerebral, edema generalizado, fígado e baço aumentados, icterícia, anemia graves e morte durante a gestação ou após o parto.

Recém-nascido portador da enfermidade tem uma cor amarelada, porque a hemoglobina das hemácias destruídas é convertida em bilirrubina pelo fígado e seu acúmulo provoca um quadro de icterícia na criança.

Portanto, o fator Rh negativo pode complicar uma gravidez sim, mas quase nunca uma primeira gravidez.

Como o sangue do bebê entra em contato com o da mãe?


Em determinadas circunstâncias, o sangue do bebê pode se misturar com o da mãe, provocando a sensibilização:

  • Em caso de uma gravidez ectópica, ou tubária, ou seja, fora do útero (nas trompas, colo do útero, abdome)
  • Em caso de sangramento vaginal ou aborto espontâneo após 12 semanas de gravidez
  • Na realização de exames invasivos como a biópsia do vilo corial ou a amniocentese (exames para coleta de células fetais)
  • Se a mãe sofrer um forte impacto na barriga durante a gravidez e houver sangramento
  • Durante o parto, é muito provável também que o sangue da mãe e o do bebê entrem em contato, especialmente em caso de cesariana, de um parto normal difícil ou de remoção manual da placenta.


Como evitar a sensibilização?


Uma vez que a mãe tenha produzido os anticorpos, eles permanecerão para sempre em sua corrente sanguínea. Contudo, caso a mãe ainda não tenha os tenha produzido, ela pode usar uma substância chamada imunoglobulina anti-D, uma espécie de vacina, dada em forma de injeção muscular, normalmente na coxa. Essa substância age destruindo qualquer célula do bebê que ainda esteja presente na circulação da mãe, antes que a mãe produza anticorpos. 

Caso a mãe já possua os anticorpos (o que pode ser verificado num exame de sangue), não receberá a vacina, porque ela só tem utilidade para evitar a fabricação de anticorpos - não destrói os que já existam. 

Como saber se a mãe tem sensibilização?


A pesquisa de anticorpos anti-Rh por meio do teste de Coombs indireto é o principal exame a ser realizado durante o pré-natal de mãe com Rh negativo cujo parceiro é Rh positivo, ou que tenha recebido uma transfusão de sangue inadequado. Esse exame deve ser repetido mensalmente para verificar a existência de anticorpos anti-Rh.

Logo nas primeiras consultas, o médico pedirá o exame de sangue para verificar a presença de anticorpos e, por volta da 28ª semana, novo exame é feito. Quando são detectados os anticorpos, a gestação passa a ser monitorada para detectar possíveis sinais de anemia no bebê. 

Cuidados após nascimento


Logo depois do nascimento, é realizado um exame de sangue no bebê para determinar o tipo sanguíneo e o fator Rh. A amostra de sangue é tirada do cordão umbilical. 

Se o bebê for Rh positivo, a mãe receberá outra injeção de imunoglobulina anti-D. Ela deve ser aplicada no máximo até 72 horas após o parto para que a resposta imunológica não seja acionada. 

O sangue da mãe também será testado logo depois do parto para detectar a presença de anticorpos. 

Caso sejam encontradas grandes quantidades, pode ser necessária uma dose maior de imunoglobulina anti-D. Se o bebê for Rh negativo como a mãe, a vacina não será necessária. 

No caso de eritroblastose fetal já instalada, ou seja, se não tiverem sido tomados os cuidados de prevenção durante a gestação, o tratamento no bebê inclui transfusões de sangue negativo, que não será destruído pelos anticorpos anti-Rh da mãe que passaram ao filho através da placenta. Como vivem cerca de três meses, as hemácias transferidas serão substituídas aos poucos pelas do bebê cujo fator Rh é positivo. Quando isso ocorrer por completo, não haverá mais anticorpos anti-Rh da mãe na circulação do filho.

Fique de olho


É importante saber qual o seu fator Rh e também o do parceiro, de preferência, antes de engravidar. Caso seu fator seja negativo e seu parceiro positivo, fale com o médico sobre o exame detectar a presença de anticorpos anti-Rh no sangue tão logo confirme a gravidez. Um bom pré-natal é importante para garantir que a gestação siga da melhor forma. Até a próxima!








quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Ensaio newborn em casa


A chegada do bebê é um momento que será lembrado a vida toda. Muito mais do que guardar na memória, eternizar esses momentos em fotos é sem dúvida uma ótima forma de celebrar a vida do mais novo membro da família.

Acredito que muitos já devem ter ouvido falar das fotografias com estilo newborn. São aquelas fotos fofas e elaboradas, feitas em estúdios por profissionais. Mas nem todos tem condições de pagar um profissional mas gostariam muito de ter alguma lembrança desse lindo momento. 

O que é foto newborn?


Newborn significa recém-nascido em inglês, e em português veio a determinar o tipo de sessão de foto tiradas do recém-nascido logo nos primeiro dias de vida. Existem dois tipos de fotografia newborn: a primeira é feita em estúdio ou na casa do cliente com poses elaboradas, com figurinos especiais e o outro, é o lifestyle ou estilo de vida, onde são capturadas imagens mais naturais do bebê em seu estilo de vida normal, em sua casa, junto dos pais, fazendo o que os recém nascidos costumam fazer.

Qualquer um pode fazer?


Enquanto pesquisava para o post, vi que muitas dicas eram direcionadas para os profissionais da área e isso tem uma explicação: requer muito mais do que apenas conhecer de fotografia mas de conhecer o corpo do recém-nascido! Isso acontece pois o bebê não fica em todas as poses (lindas) que costumamos ver nesse tipo de foto. 

Caso a mãe queira fotos mais elaboradas, com bebê em redinhas ou dentro de vasilhas com a cabecinha em pé, o melhor é procurar um profissional qualificado. Contudo, nada impede que encontramos uma forma de fazer em casa, sem com isso arriscar a segurança e bem-estar do recém-nascido. Aqui vão algumas dicas:

Planeje tudo ainda na gravidez



Imagine todos os adereços que queira usar como cobertores, roupinhas ou brinquedos e providencie tudo ainda durante a gestação. Devemos lembrar que após o nascimento, a última coisa que a mãe pensará (e terá tempo!) é de sair às compras. 

Uma ótima ideia pode ser utilizar os itens adquiridos num boneco, já ensaiando as poses e conferindo se a pose pode ser feita sem que a criança tenha risco de se machucar. Brinque com sua imaginação!

Escolha um assistente



É importante ter alguém para ajudar durante os momentos das fotos. Não apenas para manusear o adereços como deixar que cada pose esteja garantindo a segurança do bebê. 

Pense nesses momentos como uma verdadeira profissional, isso significa que as fotos devem ser feitas durante um período reservado exclusivamente para isso! 

Deixe seu coração falar



É claro que a mãe irá desejar que as fotos fiquem iguaizinhas aquelas que tem na internet. Mas capturar os momentos reais será muito mais mágico. Mantenha a câmera em mãos e siga seu instinto para capturar aquilo que é especial para você. 

Momentos de sono em que o bebê boceja ou esbouça um sorriso é tão lindo quanto um bebê com os bracinhos sob a cabeça. 


Fique de olho nos detalhes



Toda mãe tem em mente cada pedacinho do recém-nascido e esses detalhes em close ficam incrivelmente lindos. 

Tente capturar os detalhes do pequenino como as mãozinhas, nariz, boquinha, olhinhos, pezinhos... Deixe seu coração capturar a magia desses closes.

As primeiras vezes são especiais



Guardar os primeiros acontecimentos, ainda que não sejam super elaborados, são importantes. A grande amiga da mãe é a câmera, mesmo que seja do celular, para guardar o primeiro banho, os primeiros sorrisos e gargalhadas, a primeira vez que comeu, sentou, engatinhou, etc.

Para as fotos do bebê dormindo como vemos frequentemente, o ideal é fazê-las na duas primeiras semanas de vida do bebê, já que é o momento em que eles passam mais tempo dormindo. 


Os outros membros da família



Convide um amigo ou outro familiar para tirar algumas fotos do papai e da mamãe interagindo com o bebê. Lembre-se de fazer isso já no hospital. 

E agende a "sessão" em casa num momento em que o papai poderá participar, assim como os irmãozinhos. Pode-se inclusive improvisar algumas plaquinhas com a indicação de papai, mamãe e irmãozinho. 

Montando o estúdio em casa



O local onde serão tiradas as fotos deve ser bem iluminado, de forma que evite o uso de flashes durante as fotos, isso porque além de incomodar o recém-nascido, deixam as fotos artificiais. 

Se não puder ter uma câmera especial para as fotos, use o celular mesmo! O importante é que consiga ótimos closes com boa iluminação. 

Os fundos brancos podem ser conseguidos facilmente com uma boa colcha de tecido ou com uma placa como pano de fundo. Não precisa de muita elaboração, nem gastar muito para conseguir um lindo resultado. Bebês ficam lindos em luz suave e natural. 

Cuidados antes das fotos


Para que a sessão siga tranquilamente, é importante que o bebê esteja bem. Dê de mamar pouco antes de começar as fotos, assim poderá garantir umas 2 ou 3 horas sem que o bebê necessite ser alimentado novamente. Lembre-se também que cocô e xixi são coisas que podem ocorrer durante as fotos, não se preocupe caso tenha que interromper para trocá-lo. 

Cuidados com o conforto do bebê


A primeira coisa a fazer, é manter o local onde a fotografia newborn será tirada em uma temperatura confortável, nem muito quente, ou frio demais. Principalmente se quiser tirar fotos do bebê sem roupa. Uma forma de saber se a temperatura está boa para deixá-lo assim é que você sinta calor no ambiente (em torno de 26 a 30 graus). Também deve-se cuidar para evitar que ventos fortes possam chegar até ele.



Cuidados com a segurança do bebê



É muito importante lembrar da fragilidade do recém-nascido. Faça da segurança do pequenino sua preocupação número 1. Caso queira uma pose mais elaborada, com algum adereço, deixe que uma ou duas pessoas estejam segurando o bebê ou pelo menos com as mãos a poucos centímetros dele, de forma que apenas na imagem esse recurso fique invisível. 

Uma sugestão seja fazer as fotos na cama do casal ou no berço do bebê. Jamais coloque-o em lugares altos, sem proteção ou com materiais que são frágeis. 

Muitas fotos disponíveis na internet foram feitas com recursos de photoshop, onde são capturadas várias imagens e depois montadas como uma única foto. Foto do bebê com a mãozinha no queixo, é feita com montagem, ou seja, o bebê não deve ficar neste tipo de posição sozinho. Veja como é feita:



Quais poses podem ser feitas?



Para as fotos do recém-nascido é importante não se reinventar, ou fazer poses que poderiam machucá-lo. Pode-se colocá-lo na posição de ninar que já está acostumado, após um bom banho e mamada. Use um ursinho ou algum acessório importante para a família, próximo do bebê. Dessa forma é possível registrar suas feições nesse momento sublime. O newborn, na sua essência, deve ser deixado para um profissional especializado.

Mantenha a calma e deixe o bebê ditar as regras


Os recém-nascidos são muito sensíveis ao ambiente. De forma que se por algum motivo você se sinta estressada, pode fazer com que ele não fique tranquilo. Nesses casos, não insista e interrompa a sessão de fotos, talvez possa transferi-la para outro dia. Uma forma de garantir uma boa quantidade de fotos é configurar a câmera para tirar várias fotos num único clique. Assim poderá selecionar mais tarde aquelas que ficaram melhor. 

O bebê é quem dirá o tempo que as fotos devem ser tiradas 


Além da temperatura, o som do ambiente também influencia muito no humor do recém-nascido. Você pode baixar em seu Smartphone alguns aplicativos que oferecem músicas calmas, isto pode ajudar o bebê pegar no sono em quanto você tira as fotos.

A saúde do bebê também é muito importante. Deve está tudo certo com ele, cólicas ou outros incômodos devem fazer com que as fotos fiquem para outro dia. 

Não se cobre muito


As fotos devem ser feitas sem preocupação com o resultado final, principalmente, evite compará-las com outras fotos de profissionais. Utilize esses momentos para curtir a sua melhor criação, seu bebê. Esqueça o cansaço desses dias e tente reproduzir seu amor pelo seu filho. Nada melhor para guiá-la do que o coração e tudo feito com amor é sempre lindo. Até a próxima!







segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O que é coletor menstrual?


Algumas pessoas já ouviram falar de Coletor Menstrual, o famoso copinho! Se ainda não conhece, hoje o post fala sobre essa maravilha que já existe desde a década de 30 mas que só se tornou mais divulgada nos últimos anos.

O que é o coletor menstrual?



O coletor menstrual é um copinho, parecido com um pequeno cálice, feito de silicone hipoalérgico e antibacteriano, que se ajusta ao corpo e que coleta o sangue da menstruação. Feito de material maleável que facilita na hora de colocá-lo na vagina. Possui diferentes tamanhos, cores e marcas. Ao contrário do absorvente interno, que é inserido ao fundo do canal vaginal, o coletor fica na entrada da vagina. 

Pouco conhecimento


O fato do coletor menstrual só estar sendo amplamente falado nos últimos tempos, tem relação com o tabu que ainda existe com relação à sexualidade feminina e o baixo conhecimento que a mulher tem do próprio corpo. 

Muitas mulheres tem vergonha ou dificuldade de lidar com a própria vagina e como utilizar coletor necessita de contato com a genitália, pode levar um certo tempo para aderir ao copinho. 


Onde encontrar e quanto custa?


No Brasil, os preços variam R$ 75 e R$ 155, contudo é quase impossível encontrá-lo em farmácias. É mais fácil encontrar algumas empresas ou revendedores pela internet. 

Qual o tamanho do coletor?



O tamanho costuma variar em até quatro tamanhos de coletor menstrual, mas a maioria vende apenas dois tamanhos: um para a mulher que já teve filhos ou com mais de 30 anos e o outro para quem não tem filho ou com menos de 30 anos. A descrição do tamanho depende da marca escolhida, podendo ser de A ou B, 1 ou 2 ou S e L... 


Quais marcas existem?



Quando ouvi falar de coletor menstrual, só conhecia duas marcas: Inciclo e Fleurity, mas ao começar a pesquisar mais a respeito vi que são inúmeras. Dentre outras marcas conhecidas estão DivaCup, Lunette, Meluna e MissCup. Para escolher qual o melhor depende do que você prefere. Algumas preferem mais molinho, outras preferem mais firme, outras ainda preferem que sejam coloridos, outras que sejam transparentes. A chave aqui é pesquisar e buscar a opinião de quem usa e conhece melhor.

Quem não pode usar?


Como é feito com material hipoalergênico, não vi depoimentos de alguém que tenha tido problemas com a composição do coletor. Há quem não aconselhe para mulheres que nunca tiveram relações sexuais, pois há risco de romper o hímen. Também não é recomendado usar nos primeiros dias após o parto.

Existe inúmeros benefícios para aderir ao coletor menstrual, desde a questão ecológica até um ciclo menstrual mais livre para fazer as atividades do dia-a-dia. Conheça alguns deles:

Melhor adaptação e menos riscos para saúde


Quando colocado corretamente, o coletor se adapta ao corpo, de maneira que muitas mulheres afirmam esquecerem que estão menstruadas. 

O coletor oferece baixo risco de infecções (não há nenhum caso de Síndrome do Choque Tóxico registrado com seu uso, por exemplo) já que é hipoalergênico. Diferente do absorvente interno que absorve os a lubrificação vaginal, gerando sensação de secura e ardor ou mesmo causando infecção. 

Opção ecológica


Considerando que uma mulher menstrua, normalmente, dos 12 até os 50 anos, uma mulher usa, em média, mais de 10 mil absorventes, seja ele externo ou interno. O externo leva 100 anos para se degradar na natureza, enquanto o interno leva até um ano. O coletor menstrual é ecologicamente correto, já que dura, no mínimo, 5 anos. Caso seja bem cuidado e higienizado, a vida útil do coletor pode chegar até 10 anos. 

 O bolso agradece


 Apesar de parecer um alto preço para comprar um produto e usar uma vez por mês, deve-se ter em mente que é um investimento que irá compensar ao final com a economia de não gastar todos os meses com absorventes.

 Se considerarmos que a mulher gasta cerca de R$ 100 por ano com absorvente interno, a troca pelo coletor, que custa cerca de R$ 75 reais, já se justifica. Incluindo a economia feita com um bom cuidado, entre 5 e 10 anos de duração, esse valor aumenta consideravelmente. Além disso, é muito mais comodo não necessitar levar absorventes extras para possíveis eventualidades do cotidiano.

 Higiênico e sem cheiro


 Uma das coisas desagradáveis do ciclo menstrual, sem dúvidas, é o cheiro forte do fluxo, causado pelo contato do sangue com o oxigênio. Esse contato faz com que as bactérias se proliferem rapidamente, produzindo o odor característico. 

 Como o coletor menstrual não deixa o sangue entrar em contato com o ar, não há a formação desse odor, na verdade, o cheiro fica pouco perceptível. 

 Livre, leve e solta


 Nada mais chato que passar os dias menstruadas sem poder ir a praia ou a piscina sem se preocupar. Mesmo com o uso do absorvente interno, caso o fluxo esteja intenso, é necessário ficar atenta a possíveis vazamentos. 

 Com o coletor a mulher pode malhar, nadar, correr. No caso de fluxo intenso, é aconselhável esporte com menor impacto, contudo, como o coletor pode ser utilizado por mais tempo, pode-se relaxar mais nas atividades de lazer, ou mesmo, relaxar durante a noite, quando as chances de vazamentos são maiores. 

Como colocar coletor menstrual?


Lave bem as mãos e higienize o produto. (Caso o produto seja novo, melhor ferver uma primeira vez antes de utilizá-lo) 

Escolha uma posição confortável antes de inserir o coletor no canal vaginal. Há quem prefira ficar agachada, em pé, ou sentada no vaso sanitário.

Depois escolha uma das formas de dobrá-lo, (Veja mais abaixo algumas opções de dobras!)

Relaxe bem os músculos da vagina e, devagar, insira o coletor começando pela parte arredondada, até ele permanecer completamente dentro do canal. Insira a aproximadamente 1cm da entrada da vagina, de forma que fique mais baixo do que o absorvente interno.

Posição do coletor em relação ao absorvente interno


Verifique se o coletor está totalmente aberto e inserido corretamente. Para isso, você pode segurá-lo pela haste e girar o copinho. Se isto acontecer sem dificuldade, a inserção foi bem sucedida.

Ao colocar ele todo, o coletor vai abrir e fazer um barulhinho, o que significa que foi colocado corretamente. Qualquer incomodo com o coletor pode indicar a colocação incorreta. 

Se colocado bem em cima da saída do sangue não ficará bem posicionado, podendo vazar. O coletor deve ficar mais embaixo para coletar o sangue todo.


O cabinho do coletor


O coletor vem com um cabinho entre 7 e 9 cm, para ajudar na remoção, mas algumas mulheres preferem cortar um pedacinho para não incomodar, e não há problema nenhum nisso. Dessa forma, o melhor é ir experimentando e cortando o cabinho até que não incomode mais. Nas primeiras vezes, pode se sentir desconfortável ao colocar, mas isso tende a passar com o tempo. Também não atrapalha ao urinar e nem ao dormir com ele.

Algumas pessoas optaram por virar o coletor menstrual do avesso de forma que o cabinho fique para dentro, deixando de incomodar, sem a necessidade de cortar a haste.

Como higienizar?


O coletor pode ficar até 12 horas sem esvaziar dependendo da intensidade do fluxo menstrual. A frequência de limpeza será determinada por cada mulher com o tempo de uso, mas o ideal é não passar de mais de 12 horas sem limpá-lo. 

Em locais públicos, pode-se levar um copinho, encher com água da pia, e dar uma enxaguada no vaso mesmo com o coletor entre as pernas. Pode-se usar lenços umedecidos íntimo e, em último caso, pode só esvaziá-lo no vaso e limpá-lo com papel higiênico. O importante é é lavar bem as mãos quando manuseá-lo e higienizar com água e sabão neutro assim que possível. A cada ciclo, o ideal é limpar com água fervente. 

Como retirar o coletor?


Sente no vaso sanitário para facilitar. Puxe segurando primeiro na haste e, em seguida, na base do coletor. Mantenha a boca virada para cima para evitar respingos.

Para retirá-lo a dica é tentar apertá-lo na base para o vácuo sair. O ideal é, com os dedos, alcançar a borda e quebrar o vácuo, pressionando levemente. Importante lembrar que a vagina não desemboca no colo do útero. O canal vaginal não é vertical, ele é inclinado em direção as nossas costas e continua um pouco depois da entrada do colo do útero (ou cérvix). 

Se tiver dificuldades para retirar, é sinal de você colocou mais fundo do que devia. Nesse caso, faça força com o músculo, como se fosse expulsar o xixi.


É fundamental que os furinhos da lateral não estejam obstruídos, ou não vai formar o vácuo que impede o sangue de vazar. Pra isso, recomendo encher o copinho de água e apertar forcando que ela saia pelos furos (como mostrado na imagem).

Desobstruindo os furinhos do coletor


Dificuldades com o uso do coletor


O coletor necessita de um período de adaptação. E algumas mulheres, por não ter intimidade com seu corpo, podem sentir muita dificuldade na colocação do coletor. Com isso, pode haver vazamentos, deixando-as frustradas pelo coletor "não cumprir seu papel". 

Nesse vídeo a JoutJout, youtuber, fala um pouco sobre o coletor de maneira bem divertida e fácil:


Posicionamento correto



Posição correta do coletor

Maneiras de dobrar o coletor


Há várias formas de dobrar o coletor para facilitar a colocação. Dentre as formas estão:

Dobra em C ou U


Origami
Dobra para baixo ou Punch-Down
Diamante

Dobra 7
Duplo 7


Existe algumas outras dobras que encontrei pelo youtube, aqui tem um vídeo mesmo que não seja legendado é bem fácil de entender e que poderá ajudar caso alguma dessas que mostrei não sirva para você:


A ordem é ter paciência


Quando não estamos habituados com determinadas coisas é normal um certo receio e até momentos de frustrações. O importante é manter a paciência e também a perseverança. Experimente antes do ciclo menstrual, daí não terá a ansiedade de resolver logo a situação. 

Mude de posição até que encontre uma que se sinta melhor para colocar e tirar, talvez duas posições diferentes para retirar e para colocar. 

O mais importante de tudo é não deixar que os "acidentes" impeçam as tentativas de acertar o uso do coletor. Com paciência e perseverança, logo estará ajudando outras pessoas com o coletor. Aos poucos você pega o jeito! Até a próxima!

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