sexta-feira, 30 de junho de 2017

Como agasalhar o bebê?


Na hora de agasalhar o bebê muitas mães preferem pecar pelo excesso. Mas será que agasalhar demais o bebê pode causar algum problema? Então como saber se a criança está muito ou pouco agasalhada? Os bebês sentem mais frios que os adultos? Essas e outras dúvidas costumam afligir as mães de primeira viagem e até aquelas com mais experiência. Embora não exista uma fórmula de quantas roupas colocar, que se aplique a todos os bebês, algumas dicas podem ajudar a vestir seu rebento com conforto sem deixá-lo com frio ou com calor.

Bebês sentem mais frio que adultos?


Grande parte das vezes, o equívoco mais comum é agasalhar demais o bebê, pois os pais imaginam que as crianças sentem mais frio do que os adultos, principalmente os recém-nascidos. O que devemos compreender é que, dentro de um quarto fechado, os bebês sentem tanto frio ou calor quanto os adultos. Acontece é que o adulto tem a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante, independente do grau externo. No caso do bebê, seu sistema termorregulador necessita se adaptar, daí esse conceito de que precisam ser mais protegidos. 

Problemas de super agasalhar o bebê


O excesso de roupas pode levar o bebê a ter febre (hipertermia) pelo excesso de aquecimento e diminuição de área de troca de calor. Como isso ocorre? A pele tem duas funções: dificultar a passagem de microrganismos, substâncias químicas e agentes físicos nocivos, e regular a temperatura. Se o corpo produz calor, é necessário eliminar o excesso. Quando estamos muito quentes, os vasos se dilatam, transpiramos e o suor é evaporado, fazendo com que a temperatura caia. O organismo do bebê, quando muito aquecido, tenta regular essa temperatura, e como o sistema do recém-nascido ainda está imaturo pode não responder adequadamente, ultrapassando os limites razoáveis, deixando a criança superaquecida. 

O risco é que caso a criança esteja agasalhada demais, a pele não respira e suas funções ficam comprometidas. Como a umidade não é eliminada adequadamente, podem surgir infecções. Podem aparecer brotoejas no corpo. Isso porque há o rompimento do conduto de suor da glândula sudorípara e, dessa forma, a água extravasa na derme, causando uma inflamação.

Como o bebê regula a temperatura?


Até os 6 meses de idade, os bebês não tem capacidade de controlar sua temperatura interna. Isso significa que ele irá tentar adequar sua temperatura interna com a externa. Isto quer dizer que se a temperatura estiver 40º e ele ficar agasalhado, ele vai entrar em equilíbrio com essa temperatura e vai ter febre. Vale o mesmo para deixar o bebê sem roupa num ambiente com ar condicionado a 20º - ele não controla a sua temperatura, que vai caindo e ele pode morrer por hipotermia. 

Mas e os resfriados? 


Muitos pais temem que ao não agasalhar bem o bebê, o mesmo poderá pegar um resfriado ou gripe. Mas o que causa doenças é um agente infeccioso, ou seja, vírus e bactérias. Portanto, o frio NÃO PROVOCA infecções. Algumas pessoas, independentemente da idade, são mais sensíveis às mudanças climáticas e aí desenvolvem crises de alergias respiratórias (como rinites e bronquites).

Como saber se o bebê está desconfortável?


Bebês, independente de idade, sentem frio e calor e conseguem, por várias formas, demonstrar essa sua sensação, mesmo como recém-nascidos. Os menorzinhos tentam se fazer entender através de choro (que nem sempre é só de fome), de incômodo e de reações orgânicas (suor, por exemplo).



Como reconhecer os sinais


Além do aparente desconforto expressado com choro ou inquietação, o bebê poderá apresentar o rostinho vermelho, além da transpiração, sono inquieto ou febre. Para saber se o bebê está aquecido, observe o tórax, pois a cabeça é sempre mais quente e as extremidades mais frias. 



Se o bebê está com febre, a primeira providência é desagasalhá-lo (não deixa-lo pelado), aguardar 30 minutos e medir novamente a temperatura. Ela deve baixar. Se não acontecer, entre em contato com seu pediatra. Problemas decorrentes do aquecimento exagerado podem ser agudos e precisam ser corrigidos logo. Nesse caso, os pais devem procurar um médico com urgência.

Dicas para agasalhar o bebê


  • Quando os dias estiverem mais frios, use um gorro para sair, pois a cabeça é área em que primeiro se perde calor.
  • Mãos e pés frios nem sempre representam que a criança está com frio. Da mesma forma que alguns adultos dormem com os pés frios, o bebê pode ter essa característica. Caso o bebê esteja dormindo sem reclamar, não há necessidade a agasalhar mais.
  • As roupas devem ser quentes mas sobretudo confortáveis, sem botões ou enfeites, de preferência com fibras naturais, como o algodão. O algodão absorve melhor o suor, evitando que a criança fique molhada.
  • O melhor é usar uma roupa mais quente do que usar um cobertor. O motivo é que o cobertor aumenta demais a temperatura, além de aumentar o risco de sufocamento. 
  • O quarto precisa ser arejado, mas não deve ter corrente de ar.
  • No berço de um bebê, não deve ter nada solto, por questão de segurança. Assim, travesseiros, cobertores e lençóis não devem fazer parte da "decoração" do berço. Dessa forma, se for usar cobertor, ele tem que ficar preso embaixo do colchão.
  • Quando o bebê se mexe demais durante a noite é melhor colocar uma roupinha a mais, meia e luvas, mas SEM EXAGERO.
  • Se for usar aquecedor, mantenha-o na temperatura para aquecer (é para isso que se usa um aquecedor) até 2 horas após o bebê adormecer. Vale o mesmo para umidificadores, quando necessário. Até a próxima!


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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Sangramento vaginal em recém-nascidas


Com chegada do bebê em casa, tudo é novo e a família tenta se adaptar a toda nova rotina. Nesses primeiros momentos é normal ser surpreendido por situações que assustam, como é o caso de papais e mamães de menina, que podem se deparar com sangue na fralda da bebê. Mas calma! Antes de entrar em pânico, vamos juntos entender o causa isso e se é motivo de preocupação.

Por que a recém-nascida está tendo sangramento?


Meninas recém-nascidas podem ter um sangramento vaginal, uma espécie de "mini menstruação"! Os hormônios estão presentes em todas as fases de nossas vidas e estão sempre muito ativos no corpo feminino. Devido à alta exposição e variação brusca de hormônios nos quais os bebês estão expostos no útero da mamãe (o que é natural e necessário para o desenvolvimento saudável do bebê e prosseguimento da gestação).

Durante a gravidez, a mãe passa para a bebê uma grande quantidade de estrogênio, e após o parto, esse fluxo é interrompido e então há uma queda brusca no nível desse hormônio, podendo haver o processo natural de descamação uterina. Esse sangramento é bastante comum nas menininhas e freqüentemente confundido com sangramento anal ou cocô com fezes. No entanto, vale relembrar que é um acontecimento extremamente natural que desaparecerá em um ou dois dias.

Quais cuidados que se deve ter?


Um pouco de sangramento vaginal é natural, mas devemos ter atenção às características do sangue: observe se a quantidade é muito grande ou se está muito claro ou muito escuro, se a menina apresenta sinais de dor. 
Lembre-se: em um bebê, o que importa são os detalhes!

Caso você perceba que isso é muito recorrente, passou de um ou dois dias e não desapareceu, o ideal é você procurar o pediatra de seu bebê e se informar!

A higiene deve ser feita normalmente com água e sabão mas não se deve utilizar nada na parte interna da vagina, como cotonete ou nada do tipo. 

O que esperar nos primeiros dias da bebê? 


Inchaço na região dos grandes lábios - nos primeiros dias após o nascimento a região dos grandes lábios podem ficar inchadas e até mesmo estar desproporcional ao corpinho da menina. Isso acontece tanto pela retenção de líquidos (já que a bebezinha vivia em ambiente líquido dentro da barrida da mãe) e também pela ação dos hormônios maternos durante a gestação. Eles vão progressivamente desinchando com o passar dos dias. 

Secreção Vaginal - É normal notar a saída de secreção esbranquiçada e espessa da região genital, por até dois meses depois do nascimento. A causa é a mesma: ação dos hormônios maternos durante a gestação. A única recomendação é limpeza local a cada troca de fraldas. Não é necessário fazer uso de cotonetes para limpezas dentro da vagina! A secreção vai ficando progressivamente menos espessa até desaparecer!

Outras causas de sangramentos 


Existem muitos outros motivos que podem causar o sangramento em bebês recém-nascidos, independente do sexo, como:

Ingestão de pequena quantia de sangue através da amamentação: Pode acontecer com os bebês de ambos os sexos. Algumas a mamãe não percebe, mas podem surgir pequenas fissuras em seus seios, que liberam pequenas quantias de sangue que serão ingeridos pelo bebê juntamente com o leite. O sangue poderá ser eliminado no cocô e provavelmente terá um cor mais escura.

Assaduras ou fissuras anais: Bebês recém-nascidos passam por uma fase de adaptação intestinal, que pode causar as famosas cólicas. Algumas vezes junto com essa fase de cólicas fortes surgem as assaduras e as fissuras anais, que são pequenos cortes na região do ânus do bebê provocados pela saída do cocô (principalmente se o cocô estiver mais duro do que pastoso).

Alergias: Alguns bebês têm alergia a leite de vaca, de caixinha ou leite em pó próprios para crianças. Mesmo os bebês que mamam no peito, podem apresentar alergia ao leite de vaca ou derivado, que são ingeridos pelas mães.

Conheça melhor o bebê recém-nascido neste post!






segunda-feira, 26 de junho de 2017

Massagem da Fertilidade


Para ajudar as mulheres que têm o sonho de engravidar, há uma técnica que pode ser incorporada aos outros métodos tradicionais. Trata-se da massagem da fertilidade, que promete atuar contra as adesões pélvicas, obstruções das trompas e na ativação da função dos órgãos reprodutores feminino. A Massagem de Fertilidade é baseada na combinação de técnicas de cura dos antigas com o conhecimento atual da anatomia e fisiologia humana.

Com quais problemas a massagem ajuda?


Segundo alguns especialistas, a massagem da fertilidade ajuda mulheres com problemas de endometriose, miomas, cistos, Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e influencia no bom funcionamento dos hormônios.

A massagem da fertilidade é uma técnica não invasiva com a intenção de orientar os órgãos na sua direção adequada, liberando o congestionamento físico e emocional e bloqueios.

Dentre os benefícios da massagem da fertilidade, estão:


  • Regula o ciclo menstrual e o balanço hormonal
  • Melhora as funções do ovário, qualidade dos óvulos e da ovulação
  • Melhora a quantidade e qualidade do muco cervical
  • Melhora a qualidade do fluxo menstrual diminuindo os coágulos de sangue
  • Diminui a dor causada pela endometriose e as cólicas
  • Desobstrui as trompas de Falópio
  • Ajuda a reposicionar um útero aderido
  • Trata casos de SOP (ovários policísticos)
  • Ajuda o corpo a eliminar cistos
  • Em alguns casos ajuda a diminuir miomas
  • Libera energias ruins de traumas emocionais
  • Remove o acúmulo de sangue no útero
  • Fortifica os órgãos reprodutivos
  • Ajuda a desintoxicar


A massagem promete ainda, ajudar na implantação do embrião, pois ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo nos órgãos reprodutores e melhorar o sistema linfático.

Como fazer a massagem da fertilidade?


A massagem deve ser feita todos os dias, iniciando no fim da menstruação até ao dia da ovulação. É importante não ultrapassar a data da provável ovulação, já que a massagem pode atrapalhar a gestação, causando aborto.

Faça a massagem no sentido HORÁRIO e repita pelo menos trinta vezes cada movimento. Podemos utilizar um óleo para ajudar no processo. No final, coloque uma toalha para manter a região aquecida. A massagem no dedo do pé é para ativar a glândula pituitária, responsável pela liberação de hormônios. 


Passo a passo:


  1. Deite-se de forma confortável e firme na cama;
  2. Coloque as pernas sobre 2 travesseiros;
  3. Coloque as mãos sobre o ventre e faça 3 respirações profundas e pausadas, vagarosamente;
  4. Esfregue uma mão na outra com óleo de massagem;
  5. Com a ponta dos dedos comece a fazer movimentos espirais ao redor do umbigo no sentido horário (30 vezes).
  6. Posicione o dedo grande da mão esquerda, no meio do dedo grande do pé esquerdo e massageie com pressão constante em pequenos movimentos circulares (15x).
  7. Coloque as mãos em cada um dos lados do abdômen, logo abaixo das costelas e massageie em direção à área de cultivo (útero). Os movimentos devem ser suaves, de cima para baixo (10x).
  8. Coloque uma toalha aquecida ou uma bolsa de água quente na área massageada e aguarde alguns minutos.


Beba bastante água depois de cada sessão para ajudar o corpo a liberar as toxinas que estavam presas em seus músculos e órgãos. No ciclo seguinte a menstruação pode aumentar o fluxo e até mesmo a cólica, o que é bom sinal e indica que está funcionando. O intestino pode ser influenciado e funcionar de forma mais regular.

Veja no vídeo como fazer a massagem:



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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Gravidez Psicológica - Como reconhecer?


Engravidar é uma jornada em que as emoções estão totalmente à flor da pele. Algumas mulheres tem a grande sorte de conseguir realizar o sonho da maternidade logo que decidem engravidar, mas para muitas outras, essa é uma longa caminhada. Em alguns casos, esse desejo de engravidar é capaz de desencadear sintomas físicos e emocionais, como se realmente houvesse uma gravidez em curso. Chamada de Pseudociese, a gravidez psicológica, é um problema emocional que acontece quando os sintomas indicam uma gravidez que não existe.

O que é gravidez psicológica?


Como o nome indica, a gravidez psicológica é um transtorno psicológico que apresenta a manifestação de todos (ou quase todos) os sintomas que indicam uma gravidez, incluindo o aumento do abdômen, sem no entanto haver um feto em desenvolvimento. 

Quais as causas da gravidez psicológica?


A Pseudociese geralmente está ligada ao grande desejo de engravidar ou, por incrível que pareça, ao medo extremo de engravidar (como acontece durante a adolescência, por exemplo). Em muitas situações, ocorre quando a mulher enfrenta sucessivas tentativas de engravidar, sem sucesso. Assim, pode somatizar este desejo, apresentando um quadro orgânico, comportamental e também de sensações, tal como se estivesse grávida.

A gravidez psicológica parece ocorrer devido a estímulos do sistema neuroendócrino provocados por fatores psicológicos. Casos de estresse, ansiedade e/ou intensa pressão social/familiar poderiam agir sobre eixo hipotálamo-hipófise-ovário, desregulando a produção hormonal, o que levaria a sintomas semelhantes aos da gravidez.

Dentre as outras causas mais frequentes de gravidez psicológica estão:


  • Depressão e baixa auto-estima
  • Período pós-histerectomia
  • Desejo intenso de ter um companheiro ou de segurar o namorado
  • Problemas conjugais, que fazem a mulher acreditar que a gravidez pode salvar o casamento.


Embora seja mais frequente em mulheres, os homens também podem sofrer com gravidez psicológica, geralmente ocasionada pela intensa ligação com a gravidez da parceira. Ainda que os homens tenham consciência de que não há feto em desenvolvimento em seu corpo, podem passar a sentir enjoos, tonturas e até vontade de comer algo diferente.

Como reconhecer os sintomas?


A pseudociese é um distúrbio psicológico, que nada tem a ver com fingimento ou farsa. Uma mulher que finge estar grávida não tem gravidez psicológica. Para ser pseudociese, a mulher tem que realmente acreditar que está grávida.

Infelizmente, distinguir a gravidez psicológica de uma gravidez real com base apenas nos sintomas não é possível. Apesar de não haver um bebê se formando, a mulher pode apresentar todos os sintomas comuns de uma gravidez, como:
  • Enjoos
  • Sonolência
  • Desejos alimentares
  • Ausência da menstruação
  • Crescimento da barriga e das mamas
  • Produção de leite materno.


Esses sintomas são devidos a estímulos psicológicos que geram um aumento na produção dos hormônios da gravidez, como a prolactina, o que resulta em sintomas iguais aos de uma gravidez verdadeira. Veja os primeiros sintomas de gravidez.

Há casos, inclusive, de mulheres que chegam ao pronto-socorro com sintomas de trabalho de parto. As mulheres sentem dores terríveis, como se estivem parindo, e depois melhoram do quadro. Nem sempre elas entendem o que ocorreu. É comum ouvir a paciente dizer que teve um aborto ou que o filho foi levado embora por Deus.

Como diagnosticar uma gravidez psicológica?


O diagnóstico da gravidez psicológica é feito através de exames como o teste de farmácia de gravidez e o exame de sangue Beta HCG, que irão dar resultado negativo, ou pelo exame de ultrassom, o qual irá mostrar que não existe feto no útero na mulher.

Contudo, em algumas situações, apenas os resultados dos exames não são suficientes para convencer a mulher de que não existe gravidez real, sendo necessário nesses casos acompanhamento psicológico para tratar o problema.

Como evitar desenvolver a gravidez psicológica?


Algumas dicas podem ajudar a lidar com a ansiedade que a mulher pode passar durante as tentativas de engravidar, mas não se pode garantir que não desenvolverá uma gravidez psicológica. É importante que as tentativas para engravidar não sejam as únicas preocupações da mulher. Dividir o tempo com outras ocupações ajudam a não focar muito nos sintomas que o corpo deveria estar mostrando caso já houvesse uma gravidez. Evitar pensar que um sintoma, por mais comum que seja em caso de gravidez, pode também indicar outras situações que também devem ser investigadas. Mesmo o atraso menstrual tem várias causas que não apenas gravidez. Ao evitar focar em gravidez como único motivo para os sintomas apresentados ajuda a mulher a não desenvolver a gravidez psicológica. Atividades como Ioga, Hidroginástica, Natação, Pilates, Meditação e outras ajudam não apenas a não ficar ansiosa, como também contribuem para engravidar mais rapidamente. 

Tratando a gravidez psicológica


O tratamento para gravidez psicológica pode ser feito com o uso de medicamentos hormonais para regularizar a menstruação e para parar a produção de leite materno, mas também é fundamental o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra para eliminar as causas que levaram ao desenvolvimento desse problema.
Assim, alguns dos remédios que podem ser indicados pelo médico podem ser a pílula anticoncepcional para regular a menstruação e o outros para cessar a produção de leite materno, para o controle do humor e tratamento da depressão se for o caso. 

A duração do tratamento depende da compreensão e da colaboração da mulher e dos familiares, mas pode demorar meses para que o problema seja totalmente superado. É importante lembrar que parte essencial do tratamento é o apoio de amigos e familiares, que ajudam a criar um ambiente seguro no qual a mulher sente-se amada mesmo sem ter um bebê. Sessões de psicologia também podem úteis para ajudar a enfrentar esta situação. Até a próxima!






sexta-feira, 16 de junho de 2017

Indicações reais para parto cesárea


Muitas são histórias sobre como a mulher precisou recorrer a cesárea pois o médico recomendou dizendo que o bebê corria risco de vida por causa de falta de dilatação, cordão umbilical enrolado no pescoço, ter feito cesárea anterior, bacia estreita. Contudo, nenhum desses motivos é considerado, pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, como justificativas reais de cirurgia cesariana. A gestante precisa saber quais são as reais indicações para que possa argumentar e conversar com seu obstetra para então fazer escolhas conscientes sabendo dos riscos que a cirurgia pode acarretar.


Quando a cesárea é necessária?


Existem indicações absolutas e relativas (aquelas que depende de cada caso individualmente). Antes do início do trabalho de parto, existem duas indicações absolutas que são a Desproporção céfalo-pélvica e a apresentação de Placenta Prévia. 

Desproporção céfalo-pélvica - A desproporção ocorre quando a ossatura da bacia da mãe é incompatível com a da cabeça do bebê. Isso acontece em casos de mães que possuem alguma deformidade ou desalinho nos ossos, por conta de um acidente ou deficiência física. Ou em casos em que o bebê tem a cabeça maior que o normal, devido a problemas de saúde como hidrocefalia ou diabetes. (Entenda melhor como é feito o diagnóstico da Desproporção céfalo-pélvica)

Placenta Prévia - A placenta se localiza sobre o colo do útero impedindo o parto normal, ou seja, o parto normal não acontece devido à placenta fechar e impedir a passagem do bebê. Os dois casos são considerados de baixa incidência.


As indicações relativas vão depender de avaliação médica como é o caso do sofrimento fetal quando a mulher não tem dilatação completa, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia com sangramento intenso, distocia (complicações que atrapalham ou impedem a passagem do bebê) como bebê em situação transversa, ou seja, nem sentado nem de cabeça para baixo, herpes vaginal ativa (por conta do risco de desenvolver cegueira no bebê), mãe portadora de HIV.


Já quando o trabalho de parto iniciou, a cesárea é bem indicada no caso de eclâmpsia (que não pode ser confundida com pressão alta), prolapso do cordão (o cordão umbilical aparece antes da cabeça do bebê e descolamento prematuro da placenta fora do período expulsivo, onde a placenta solta da parede uterina provocando hemorragia intensa).

Infelizmente, mesmo com relação as indicações absolutas, os médicos podem utilizar dessas recomendações de maneira errada. Um exemplo é avaliar a estrutura ossea materna antes do início do trabalho de parto e já determinar que a gestante não terá dilatação suficiente, coisa que apenas durante o trabalho de parto será possível avaliar. Informar a parada de progressão do trabalho de parto, sem tentar meios de ajuda como uso de ocitocina ou mesmo criar um ambiente mais tranquilo para a mulher, já que o estresse pode atrapalhar a progressão do mesmo. 

Há situações em que a mulher, por cansaço físico, posição ruim e situações de distocia em que não é possível usar o fórceps (instrumento cirúrgico semelhante a uma colher que é inserido no canal vaginal para ajudar a retirar o bebê) ou a vácuo-extração (ou ventosa – retira o bebê por sucção) a cesárea é recomendada.

Índice de cesáreas no Brasileira


A Organização Mundial de Saúde (OMS) preve um escore de cesarianas que é de, no máximo, 15% do total de partos realizados no país. No entanto, segundo a pesquisa Nascer no Brasil da Fundação Oswaldo Cruz, a cesariana é realizada em 52% dos nascimentos e no setor particular, chega a 88%. O grande problema é que essa situação não apenas não diminuiu a mortalidade materna e perinatal como também deixou o país entre os piores índices de mortalidade. Embora os obstetras tenham influenciado esse excessivo número de cesariana, muitas vezes o comodismo e até a falta de informação faz com que o uso de cesárea eletiva (agendada) contribua para o nascimento de bebês prematuros (antes de 39 semanas).

Desculpas frequentemente utilizada para induzir uma DESNEcesárea


1. Circular de cordão, uma, duas ou três "voltas" (campeoníssima – essa 
conta com a cumplicidade dos ultrassonografistas e o diagnóstico do  número de voltas é absolutamente nebuloso) 
2. Pressão alta 
3. Pressão baixa 
4. Bebê que não encaixa antes do trabalho de parto 
5. Diagnóstico de desproporção cefalopélvica sem sequer a gestante ter entrado em trabalho de parto 
6. Bolsa rota (o limite de horas é variável, para vários obstetras basta NÃO estar em trabalho de parto quando a bolsa rompe) 
7. "Passou do tempo" (diagnóstico bastante impreciso que envolve 
aparentemente qualquer idade gestacional a partir de 39 semanas) 
8. Trabalho de parto prematuro 
9. Grumos no líquido amniótico 
10. Hemorroidas 
11. HPV (só há indicação de cesárea se há grandes condilomas obstruindo o canal de parto) 
12. Placenta grau III 
13. Qualquer grau de placenta 
14. Incisura nas artérias uterinas (aliás, pra que doppler em uma gravidez normal?) 
15. Aceleração dos batimentos fetais 
16. Cálculo renal 
17. Dorso à direita 
18. Baixa estatura materna (o tamanho do canal não está ligado à altura de uma pessoa.)
19. Baixo ganho ponderal materno/mãe de baixo peso 
20. Obesidade materna
21. Gastroplastia prévia (parece que, em relação ao peso materno, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come) 
22. Bebê "grande demais" (macrossomia fetal só é diagnosticada se o peso é maior ou igual que 4kg e não indica cesariana, salvo nos casos de
diabetes materno com estimativa de peso fetal maior que 4,5kg. Não se 
justifica ultrassonografia a termo em gestantes de baixo risco para 
avaliação do peso fetal). 
23. Bebê "pequeno demais" 
24. Cesárea anterior (existem estudos que comprovam a possibilidade de uma mulher que fez um parto cesárea voltar a ter filhos pelo método natural.)
25. Plaquetas baixas 
26. Chlamydia, ureaplasma e mycoplasma 
27. Problemas oftalmológicos, incluindo miopia, grande miopia e descolamento da retina 
28. Edema de membros inferiores/edema generalizado 
29. "Falta de dilatação" antes do trabalho de parto 
30. Inseminação artificial, FIV, qualquer procedimento de fertilização assistida (pela ideia de que bebês "superdesejados" teriam melhor prognóstico com a cesárea) – motivo pelo qual os bebês de proveta aqui no Brasil muito raramente nascem de parto normal 
31. Gravidez não desejada 
32. Idade materna "avançada" (limites bastante variáveis, pelo que se observa, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos)
33. Adolescência 
34. Prolapso de valva mitral 
35. Cardiopatia (o melhor parto para a maioria das cardiopatas é o vaginal) 
36. Diabetes mellitus clínico ou gestacional 
37. Bacia "muito estreita" 
38. Mioma uterino (exceto se funcionar como tumor prévio) 
39. Parto "prolongado" ou período expulsivo "prolongado" (também os limites são muito imprecisos, dependendo da pressa do obstetra). O diagnóstico deve se apoiar no partograma. O próprio ACOG só reconhece período expulsivo prolongado mais de duas horas em primíparas e uma hora em multíparas sem analgesia ou mais de três horas em primíparas e duas horas em multíparas com analgesia. Na curva de Zhang o percentil 95 é de 3,6 horas para primíparas e 2,8 horas para multíparas) 
40. "Pouco líquido" no exame ultrassonográfico sem indicação no final da gravidez
41. Artéria umbilical única 
42. Ameaça de chuva/temporal na cidade 
43. Obstetra (famoso) não sai de casa à noite devido aos riscos da violência urbana 
44. Fratura de cóccix em algum momento da vida 
45. Conização prévia do colo uterino 
46. Eletrocauterização prévia do colo uterino 
47. Varizes na vulva e/ou vagina 
48. Constipação (prisão de ventre) 
49. Excesso de líquido amniótico 
50. Anemia falciforme 
51. Data provável do parto (DPP) próximo a feriados prolongados e datas festivas (incluindo aniversário do obstetra) 
52. Trombofilias 
53. História de trombose venosa profunda 
54. Bebê profundamente encaixado 
55. Bebê não encaixado antes do início do trabalho de parto 
56. Endometriose em qualquer grau e localização 
57. Prévia exérese de pólipos intestinais por colonoscopia 
58. Insuficiência istmocervical (paradoxalmente, mulheres que têm partos muito fáceis são submetidas a cesarianas eletivas com 37 semanas SEM retirada dos pontos da circlagem) 
59. Estreptococo do Grupo B (EGB) no rastreamento com cultura anovaginal entre 35-37 semanas 
60. Infecção urinária
61. Anencefalia 
62. Qualquer malformação fetal incompatível com a vida 
63. Síndrome de Down e qualquer outra cromossomopatia 
64. Malformação cardíaca fetal 
65. Escoliose 
66. Fibromialgia 
67. Laparotomia prévia 
68. Abdominoplastia prévia 
69. Ser bailarina 
70. Praticar musculação ou ser atleta 
71. Sedentarismo 
72. Miscigenação racial (pelo "elevado risco" de desproporção céfalo-pélvica) 
73. Uso de heparina de baixo peso molecular ou de heparina não fracionada 
74. Datas significativas como 11/11/11 ou 12/12/12 (ainda bem que a partir de 2013 precisaremos esperar o próximo século) 
75. História de cesárea na família
76. Feto com "unhas compridas" 
77. Suspeita ecográfica de mecônio no líquido amniótico 
78. Hepatite B e hepatite C 
79. Anemia ferropriva 
80. Neoplasia intraepitelial cervical (NIC) 
81. Tabagismo 
82. Varizes uterinas 
83. Feto morto (aqui é importante preservar o direito da mãe decidir como quer o parto)
84. Cirurgia gastrointestinal prévia 
85. Qualquer procedimento cirúrgico durante a gravidez 
86. Colostomia 
87. Gestação gemelar com os dois conceptos em apresentação cefálica (apenas em caso de complicações ou posicionamento que impeça de qualquer forma a saída natural pelo canal)
88. História de depressão pós-parto 
89. Uso de antidepressivos ou antipsicóticos 
90. Hipotireoidismo 
91. Hipertireoidismo 
92. História de natimorto ou óbito neonatal em gravidez anterior 
93. Colestase gravídica 
94. Espondilite anquilosante 
95. História de câncer de mama ou câncer de mama na gravidez 
96. Hiperprolactinemia 
97. Síndrome de Ovários Policísticos (SOP)
98. Não há vagas nos hospitais da cidade para partos normais
99. Septo uterino/cirurgia prévia para ressecção de septo por via histeroscópica
100. História familiar de fibrose cística do pâncreas
101. Asma
102. Evitar comprometer vida sexual (o medo de ter o canal "alargado" ou de não agradar mais o parceiro é muito difundido. Há formas de fortalecer os músculos pélvicos com exercícios específicos)

Ufa!!! Como vemos há um grande número de desculpas para tentar induzir a mãe a fazer uma cesárea. Apenas o conhecimento prévio pode ajudar a mulher a não se por em risco (pois sim cesárea tem grandes riscos) apenas para garantir o conforto do médico!

Cesárea não é culpada


É importante deixar claro aqui que a cesárea não deve se colocada como a vilã da história, já que quando bem utilizada, ela é uma excelente ferramenta para salvar vidas. A cesárea é muito cômoda já que pode ser programada desde a entrada no hospital até a saída. O mesmo não ocorre com o parto normal já que não se pode determinar quanto tempo irá durar e quais as intercorrências que possam surgir. Mas o que deve ser levado em conta não é o tempo de duração do procedimento mas qual deles garante mais saúde para a mãe e para o bebê. A vida deve ser levada mais em conta e não apenas os honorários médicos. Conheça mais sobre a Cesárea Humanizada! Até a próxima!



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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Menstruação Irregular


Ciclos menstruais irregulares são por si só bastante confusos de entender, e costuma causar grande preocupação para aquelas mulheres que desejam engravidar. Entenda o que pode causar ciclos irregulares e o que pode ser feito com relação a isso. 

O que é a menstruação?


A menstruação é a descamação do tecido que envolve a cavidade do útero, que se desprende uma vez que não ocorreu a fertilização do óvulo. Considera-se uma menstruação normal com os seguintes parâmetros: duração entre dois a sete dias, intervalo a cada 21 a 35 dias (nas adolescentes até 45 dias), um volume aproximado de até 80 ml por ciclo, não mais que um absorvente grande por hora ou tampão a cada duas horas.

O que caracteriza a menstruação irregular?


A menstruação irregular é caracterizada por ciclos menstruais que não seguem um ritmo semelhante todos os meses, dificultando a detecção do período fértil e do melhor período para engravidar. Em geral, a menstruação varia entre 21 a 35 dias para descer. A menstruação considerada regular seria aquela que desce num período regular, como a cada 28 dias ou a cada 30 dias. 


Podem ocorrer falhas consideradas normais de até 90 dias depois dos ciclos regulares, sem que haja gestação. Qualquer alteração para mais ou para menos na quantidade e/ou intervalo deve ser investigada quando persistir por mais de dois ciclos consecutivos.

Tipos de irregularidade menstrual


  • Oligomenorreia: menstruações pouco frequentes e/ou escassas. O tempo decorrido entre os períodos é tipicamente 35 dias ou mais. Ocorre muito em atletas
  • Metrorragia: sangramentos acíclicos fora do período menstrual com aumento do fluxo
  • Menorragia: aumento da quantidade do fluxo menstrual com intervalos regulares
  • Hipermenorragia: aumento da quantidade e da duração
  • Amenorreia: ausência de menstruação durante três a seis meses ou mais.


O que causa um ciclo irregular?


Os dois principais grupos de menstruações anormais são as orgânicas e as funcionais. As alterações funcionais também são denominadas alterações hormonais ou endocrinológicas. Só se pode fazer um diagnóstico de alteração funcional da menstruação quando tiver sido excluída uma causa orgânica ou uma patologia.

Os fatores que podem causar a irregularidade menstrual são:


  • Distúrbios hormonais, como tireoide hiperativa ou hipertireoidismo.
  • Má alimentação (excesso de cafeína ou álcool).
  • Grandes alterações de peso.
  • Transtornos alimentares, como anorexia ou bulimia.
  • Uso de drogas ilegais.
  • Estresse. 
  • Cansaço. 
  • Excesso de atividade física. 
  • Cicatrizes graves (aderências) do revestimento do útero, uma condição conhecida como síndrome de Asherman.

É normal que a menstruação fique irregular no período pós-parto, durante a amamentação, nos primeiros anos da menstruação e nos que precedem a menopausa, devido às alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher durante estas fases.

Quando buscar ajuda médica?


Toda mulher que deseja engravidar deve buscar ajuda médica o quanto antes, isso porque fica mais fácil diagnosticar e tratar qualquer problema que atrapalhe engravidar, especialmente se há irregularidades no ciclo menstrual, como:

  • Não há ciclo menstrual em três ou mais períodos em um ano
  • A menstruação acontece em intervalo menor que 21 dias ou maior que 35 dias
  • Ocorrência de sangramento mais forte do que o normal durante o período ou que persiste por mais de 7 dias
  • Ocorrência de mais dor do que o habitual durante o período.



Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico quanto ao motivo da irregularidade do ciclo menstrual vai ser feito com base no histórico da paciente e também com a realização de exames como Citologia oncótia (Papanicolau), Colposcopia com biópsia se necessário, Ultrassonografia pélvica, Biópsia de endométrio se necessário, Exames de urina e de sangue, como hemograma completo, coagulograma e dosagens hormonais.

O tratamento dependerá do que está causando o sintoma. Normalmente, nenhum tratamento é necessário para menstruação irregular causada pela puberdade e menopausa, a menos que os sintomas são excessivos ou incômodos. Tratamentos para menstruação irregular devido a outras causas podem incluir:

  • Corrigir ou tratar a doença subjacente
  • Alterar o tipo de anticoncepcional
  • Mudanças de estilo de vida, incluindo a perda de peso, tratamento de possíveis distúrbios alimentares e saídas para reduzir o estresse
  • Terapia hormonal
  • Cirurgia.


Chances de engravidar devido à menstruação irregular


Quando a mulher possui a menstruação irregular fica mais difícil calcular o seu período fértil. Se ela não utilizar nenhum método contraceptivo e mantiver contato íntimo com um homem, ela correrá o risco de engravidar. Caso este não seja o seu desejo, deverá utilizar algum método contraceptivo.

Já se a mulher deseja engravidar e possui a menstruação irregular, o que se pode fazer é tentar identificar quando ocorre a ovulação, seja através do uso de teste de ovulação, observação do muco cervical ou ainda pelo método de medição da temperatura basal, assim saberá quando investir nos namoros. Até a próxima!