sexta-feira, 29 de julho de 2016

Sangramento de Ovulação


Para quem está tentando engravidar, saber quando a mulher está prestes a ovular pode ser muito útil no planejamento de quando ter relações sexuais.O corpo muitas vezes manda sinais que ajudam a identificar o melhor período para engravidar. A primeira coisa a saber, em caso de demora da chegada do positivo, é saber se a mulher está ovulando normalmente. 

A maioria das mulheres durante o período fértil apresentam uma boa quantidade de muco fértil, conhecido como muco clara de ovo. Contudo, uma pequena parte apresenta outro sinal, que embora menos conhecido, também indica que é o período certo para a concepção que é um pequeno sangramento de ovulação.


Lembra o que é ovulação?


A ovulação é a liberação de um óvulo do ovário e é essencial para engravidar. A ovulação é desencadeada espontaneamente cerca de 36-40 horas após os níveis sanguíneos de um hormônio chamado hormônio luteinizante (LH) subir. Isso é chamado de pico de LH. Uma vez liberado do ovário, o óvulo é captado e viaja pelas trompas de Falópio onde ele pode encontrar o esperma (sêmen) para ser fecundado. (Como sei se estou ovulando?)


O que é o sangramento de ovulação?



O sangramento de ovulação (que ocorre cerca de 14 dias antes da sua menstruação) é uma pequena perda de sangue, que não costuma ser frequente, mas pode acontecer mais de uma vez. Esse sangramento pode ou não ser percebido pela mulher, seja por uma pequena mancha na calcinha ou mesmo durante uma ida ao banheiro. Algumas mulheres nunca tiveram ou terão o sangramento proveniente da ovulação, mas isso também não indica qualquer problema. Cada corpo é único e tem sua própria maneira de reagir a certos fatos.


Porque acontece o sangramento de ovulação?


O sangramento de ovulação ocorre devido ao rompimento da parede do ovário. Ocorre que o ovário não tem uma abertura por onde o folículo ovariano possa ser liberado. Dessa forma, com o auxílio do LH, a parede do ovário fica mais fina, possibilitando uma ruptura natural no momento da ovulação, e é por causa dessa ruptura que pode haver uma pequena quantidade de sangue percebida durante esse período. Através dessa abertura, o óvulo é liberado para que seja fecundado (ou não), sendo capturado pelas trompas de Falópio, indo em direção ao útero. Muitos especialistas consideram que os pequenos sangramentos de ovulação são um sinal de fertilidade. 




O sangramento de ovulação normalmente se apresenta semelhante a borra de café, podendo ser acastanhado, caramelo ou ainda como um sangue ralo e aguado, sempre em pequenas quantidades, não sendo motivo de preocupação. Não há um padrão para determinar quando ou quantas vezes a mulher pode ter o sangramento de ovulação, nem ao menos pode-se dizer se uma vez percebido o mesmo se repita por outros ciclos. 


Qual dia do ciclo pode ocorrer?


O sangramento de ovulação ocorre durante a ovulação, normalmente cerca de 14 dias antes da data prevista para a próxima menstruação. Mulheres com ciclos mais longos pode ter uma fase lútea maior, fazendo com que essa estimativa seja diferente. Pode ser percebido no dia da ovulação, e por até dois dias após a liberação do óvulo. (Insuficiência da fase lútea e Gravidez)

Qual o melhor dia para concepção?


Normalmente, o dia em que se percebe o sangramento é justamente o dia que o óvulo está sendo liberado, então deve aproveitar esse momento para intensificar os namoros. Ele pode durar de 2 a 3 dias, de forma que se você for esperar o sangramento cessar, perderá dias importantes e diminuirá as suas chances. O ato sexual durante o sangramento de ovulação é liberado, necessário e não traz qualquer complicação para a mulher e sua fertilidade.


Como identificar se é sangramento de ovulação?


Existe algumas formas de identificar se o sangramento percebido é por causa da ovulação por meio de testes de ovulação, medição da temperatura basal, ultrassom e observação do Muco cervical ( que é elástico no período fértil) para saber se a ovulação está próxima ou se já aconteceu.



Com o auxílio de algum desses métodos, é possível ter certeza se de fato é um sangramento de ovulação. Se o ciclo for regulado e o sangramento acontecer exatamente no dia previsto para ovulação, também é um indicativo forte de sangramento de ovulação.

Muitas mulheres confundem o sangramento de ovulação com o sangramento de implantação. O sangramento de implantação ou nidação é o momento em que o embrião se implanta no útero. Normalmente isso ocorre mais próximo do dia previsto para a chegada da menstruação. Uma forma de diferenciar os tipos de sangramentos, já que são muito parecidos, é a data em eles ocorrem. O sangramento de ovulação acontece cerca de 14 dias antes da menstruação, enquanto que o sangramento de implantação será alguns dias após a ovulação.
Qualquer sangramento que ocorra fora do dia previsto para a menstruação é um sinal que o corpo envia, pode ser apenas uma resposta fisiológica ao ciclo menstrual ou pode representar alguma outra coisa, portanto o ideal é que um médico seja consultado,  para que seja feito um exame clínico e ultrassom e saber a causa do sangramento. Até a próxima!






quarta-feira, 27 de julho de 2016

Bicarbonato de sódio para engravidar



Nem sempre engravidar é tão simples para muitas mulheres. E muitas delas fazem uma verdadeira maratona para tentar o positivo, seja com tratamentos, posições e até simpatias podem surgir. Fazem de tudo! O que poucas pessoas sabem é que para que ocorra a fecundação, também existe uma maratona! Os espermatozoides não tem um caminho fácil até o útero. A primeira barreira já está logo no ponto de partida na região vaginal. O ambiente vaginal é construído para manter qualquer "intruso" fora, e isso também ocorre com os peixinhos do marido. Dessa forma, existe um aliado da tentante para tornar esse ambiente mais amigável para os peixinhos, que é o Bicarbonato de Sódio. Veremos como o bicarbonato ajuda na concepção.

Entendendo a região vaginal



Por se tratar de uma entrada para o organismo da mulher, o sistema imunológico (a defesa do organismo) não pode permitir que esse local seja de fácil proliferação de outros organismo. Com isso, é feito uso de uma estratégia que é o pH vaginal. 

O pH (Potencial Hidrogeniônico) possui teores ácido, neutro e alcalino e atua de forma diferente em parte do seu corpo, inclusive sua vagina. É a representação da escala na qual uma solução neutra é igual a sete, os valores menores que sete indicam uma solução ácida e os maiores que sete indicam uma solução básica. O pH de uma região íntima saudável é ácido, ou seja, menor do que 7.


A acidez do pH da vagina é ácido porque, nesta condição, ele funciona como uma espécie de um mecanismo de defesa da região íntima, combatendo infecções, irritações e possíveis odores ruins na vagina.

Como o bicarbonato ajuda na concepção?


O corpo da mulher vai alterando o muco cervical que permite com que os espermatozoides sobrevivam com mais facilidade durante o período em que ela está mais fértil, contrabalanceando a acidez natural da vagina. Contudo, em alguns casos, a acidez é tão elevada que é necessária uma ajuda a mais para neutralizá-la. 


O bicarbonato torna-se uma ótima ferramenta para ajudar a neutralizar essa acidez, permitindo assim a sobrevivência do espermatozoide e possibilitando que uma quantidade maior deles possam atingir o óvulo. (Quanto tempo vive o espermatozoide?)

Como preparar a ducha de bicarbonato?


Misture 1 colher pequena de bicarbonato (daquelas de café) com 1 litro de água filtrada ou fervida, caso use água fervida, aguarde até que a água esteja fria.

Aproximadamente 30 minutos antes de ter relação sexual, faça um banho de assento com o preparado, espalhando a água pela vagina. Caso prefira pode fazer uso de uma ducha ginecológica, facilmente encontradas em farmácias. A ducha serve especificamente para introdução de líquidos no canal vaginal, permitindo que todo o colo do útero tenha a acidez mais neutralizada. Caso não tenha ducha mas queira inserir o líquido no canal vaginal, pode fazê-lo através de seringas sem agulha. Basta encher a seringa, introduzindo no canal vaginal e deixando que o líquido escorra. Faça o processo duas vezes são suficientes. É importante destacar, que caso opte pelo uso da seringa, faça uma boa higiene nas mãos, e esterilize a seringa antes de usar com água quente.

Lembre-se que essa é apenas uma ajuda para ser usada durante o período fértil mas que não deve ser utilizado durante todo o ciclo pois o pH da vagina saudável é naturalmente ácido. Portanto, não utilize desse recurso mais que 1 ou 2 vezes durante o período fértil, optando também por alternar os dias em que usa. Também é muito importante que NÃO seja utilizado uma grande quantidade do bicarbonato para que a flora bacteriana, que são as chamadas “bactérias do bem”, não sejam totalmente destruídas pois são elas que protegem nosso organismo de doenças como candidíase.

Testando a acidez da vagina



A ducha de bicarbonato é indicada quando a acidez da vagina no período fértil está mais elevada. Caso a mulher queira ter certeza do pH vaginal nesse período pode fazer um teste com tiras de pH. 

Os testes devem ser feitos exclusivamente no período fértil pois é nesse período que é importante que o pH não esteja elevado, no caso das mulheres que desejam engravidar. Dessa forma, é importante ter certeza de que está realizando os testes nos dias que antecedem a ovulação, que pode ser identificado com a ajuda de tiras de testes de ovulação. 

No primeiro dia do período fértil o teste deve ser feito de 2 a 4 horas após o ato sexual por via vaginal. Caso o teste indique acidez elevada, as próximas relações podem contar com a ducha de bicarbonato para manter um ambiente seguro aos espermatozoides.

O pH vaginal normal é algo entre 3,0 e 4,2, porém durante o período fértil, o pH vaginal ideal tem que estar acima de 6. O espermatozoide encontra melhores condições quando o pH está entre 7, e 7,5. Lembre-se que a escala mais baixa é mais ácida, enquanto que mais alta mais básica.

Como manter o equilíbrio do pH da vagina?



Ginecologistas afirmam que a vagina se limpa sozinha e que não necessita de excesso de lavagem, por exemplo. No entanto, alguns fatores externos podem mexer com o pH da região, como suor, higiene inadequada ou até mesmo o uso de roupas apertadas demais. A melhor forma de cuidar da vagina neste caso é através de higienização com sabonetes íntimos com pH ácido, produzidos especialmente para não agredir a pele e as mucosas da região. Sabonetes comuns, alcalinos, neutros ou bactericidas podem desequilibrar o pH e a barreira protetora da pele e da vagina. Contudo, durante o período fértil o uso de sabonete íntimo deve ser evitado.

Durante o período fértil também é bom evitar a ingestão de carboidratos e açúcar, além de frutas cítricas devem ficar fora do cardápio, bem como carnes 
e queijos. Já no caso de alguns alimentos como framboesa, espinafre, acelga, linhaça, couve, maçã, banana e brócolis podem ser ingeridos sem problemas. 


Cuidados com a região vaginal


Muitas coisas pode causar a acidez mais elevada da região vaginal como dieta alimentar, uso excessivo de protetor de calcinha, uso calcinha que não permite a respiração adequada da pele, estresse e uma infinidade de coisas. Alguns cuidados que podem ajudar:

  • Boa higiene do local
  • Banhos de assento – evitar uso constante de lavagem vaginal profunda, como duchas, etc. já que o uso excessivo altera o pH vaginal, destrói a flora local e ainda pode facilitar a proliferação de micro-organismos.
  • Evitar o uso de jeans e roupas muito apertadas
  • Evitar uso de calcinhas de lycra ou coton, dando preferência para tecidos que facilitem a respiração da pele como o algodão
  • Não ficar muito tempo com o biquíni molhado
  • Não coçar para evitar ferimentos.

Vale ressaltar que o bicarbonato de sódio não deve ser usado muito pois pode comprometer a saúde da região vaginal, o que facilitará com que haja proliferação de infecções e doenças. Usado com sabedoria ele se torna mais um aliado na batalha pelo positivo. Até a próxima!

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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Como acabar com as cólicas no bebê


Nada mais angustiante para uma mãe que ouvir seu bebê chorando. Os primeiros três meses são de aprendizagem. A mãe passa a perceber se o choro é por fome, por sono ou simplesmente porque o bebê está com saudade da mamãe. Quando não há motivos para o choro do bebê, ele já comeu, está sequinho e devia estar dormindo mas não para de chorar, é hora de avaliar se ele não está sofrendo com as cólicas. 

O que causa as cólicas no bebê?


Nos primeiros meses é muito comum que o bebê tenha cólicas, porque o sistema digestivo ainda não está pronto, os movimentos peristálticos (que empurram o alimento através do tubo) ainda são desordenados. As cólicas também são causadas devido a formação de gases - eles surgem porque, quando o bebê mama, acaba engolindo ar ou por causa da fermentação, mais acentuada ainda na digestão do leite de vaca. 

Como saber se é cólica?


Um bebê com menos que 5 meses, chora mais que três horas seguidas mais que três vezes por semana, e isso já dura ao menos três semanas, há boas chances de ser cólica. 

A cólica costuma aparecer por volta de duas a três semanas após o nascimento (no caso de crianças prematuras, de duas a três semanas após a data prevista para o parto). 

É normal que bebês chorem quando estão com fome, molhados, assustados ou cansados, mas crianças com cólica choram sem parar e nada consegue lhes dar conforto ou consolo. 

Os principais sintomas da cólica são:

  • Crises de choro intenso e difícil de acalmar
  • O bebê encolhe as perninhas e arqueia as costas para trás, estica-se e se espreme enquanto chora.
  • O bebê se "espreme" e se contorce, e parece ter alívio quando solta um pum ou quando consegue fazer cocô. 
  • Começar a chorar no meio de uma mamada.

As cólicas podem acontecer geralmente no final da tarde e fazem o abdome do bebê se contrair. Uma forma de evitar a tristeza de ver seu bebê sofrendo com as cólicas é preparar-se para cuidar delas com alguns métodos indicados por especialistas:


Dê preferência ao leite materno



Além de ser um ótimo calmante, restringir à dieta ao leite materno nos primeiros seis meses de vida ajudará nessa fase de amadurecimento do sistema digestivo e de cólicas mais fortes. Diferentemente da mamadeira, o bebê ao mamar no seio engole menos ar pois ao encaixar a boca no seio, cria-se uma maior vedação evitando a formação de gases. Além disso, o leite materno também fermenta menos no sistema digestivo do recém-nascido em comparação com o leite de vaca. (Como é produzido o leite materno)

Coloque o bebê para arrotar



É muito importante fazer com que a criança arrote para expelir o ar engolido durante a amamentação. Essa prática faz com que os gases, causadores das cólicas, saiam do estômago da criança e sejam eliminados. Isso ajuda a amenizar as dores, mas não deve ser tratado como regra. Caso a criança não arrote em mais de cinco minutos, a mãe pode deitá-la sem problemas. Para os pequenos que não mamam no peito, existem mamadeiras especialmente projetadas para evitar a cólica.

Banho morno



Para ajudar a acalmar o bebê o melhor é dar um banho morno, mais para quente, regulando a temperatura da água entre 36ºC e 37ºC. A temperatura amena relaxa o corpo todo, até o sistema digestivo, que passa a sofrer menos com os movimentos peristálticos irregulares. Esse recurso pode ser utilizado ainda que seja de madrugada pois evita as contrações dolorosas que não deixam o bebê dormir. Pode-se manter preparado os produtos para o banho, cuidando para que o ambiente esteja silencioso ou pode-se colocar uma música suave tocando baixinho, usando luz indireta. Faça com que seu bebê escute sua voz, seja através de uma conversa ou mesmo uma música de ninar.A percepção de uma atmosfera calma ao redor tranquiliza o bebê, e a água na temperatura do corpo proporciona uma sensação muito próxima à que a criança experimentava no útero.

Coloque o bebê na posição aviãozinho



Segure o bebê de bruços, apoiando seu braço embaixo da barriguinha dele. Quando deitado de bruços o bebê consegue expelir mais facilmente os gases que o incomodam e agravam a cólica. Os bebês adoram essa posição diferente do tradicional e o aquecimento na barriga ameniza a dor. Também vale deitar o bebê de bruços na cama ou no berço, sobre o peito do pai ou da mãe, sempre com o cuidado de deixar o rosto livre para respiração.


Lembre de aquecer levemente o quarto para que o bebê não senta frio. Tire sua blusa e a roupa dele, deixando-o apenas com a fralda. O contato pele com pele aconchega, enquanto o cheiro e a voz da mãe ou do pai transmitem calma e segurança. 


Estimule o funcionamento do intestino



Normalmente uma caminhada faz com que o intestino preso seja estimulado. Como o bebê não anda, esse estímulo pode ser feito através de movimentos feitos pela mãe. Basta flexionar as perninhas do bebê em direção ao peito, primeiro com as duas perninhas juntas, depois alternando as perninhas, movimentando-o como se ele estivesse pedalando uma bicicleta imaginária. O exercício manda embora os gases que provocam o desconforto.


Pode-se massagear o abdômen do bebê, que além de aquecer a região e aliviar a dor, favorece a movimentação intestinal, além da eliminação de gases e fezes. A massagem deve ser feita em movimentos circulares ao redor do umbigo no sentido do relógio. Utilizar técnicas de massagem como a Shantala previne as cólicas, além de aumentar o vínculo entre mãe e filho. 

Massagem Shantala ajuda a acalmar

Aqueça o abdômen



Bolsas de água quente e até o aquecimento com cobertores ou fraldas ajudam a aliviar a cólica, principalmente porque o bebê relaxa o corpo todo e acaba com a tensão também do tubo digestivo.





O calor favorece a vasodilatação, facilita o fluxo sanguíneo e relaxa a musculatura, diminuindo o desconforto abdominal. Deve-se apenas ter o cuidado de testar a temperatura do tecido ou da bolsa para não queimar a pele delicada do bebê. Use o lado de dentro do braço, que tem a pele mais fina, para saber se a temperatura não está muito alta.



Envolva o bebê 



Embrulhe o bebê como se fosse um pacotinho, envolvendo todo seu corpo. Ao embrulhar o corpo do bebê, a criança passa a sentir uma sensação de aconchego e segurança, diminuindo sua irritabilidade e a agitação. Aproveite para distrair o bebê com uma caminhada pela casa, segurando-o de bruços, com a barriguinha apoiada nas suas mãos - esse contato aquece o abdome e traz o conforto do toque.





Controle a alimentação



Embora não haja pesquisas conclusivas sobre a relação da dieta da mãe com as cólicas do bebê, convém a mãe observar e diminuir o consumo de alguns alimentos que podem estar relacionados com os episódios de cólicas do bebê. Normalmente, produtos industrializados podem dificultar a digestão, já que os mesmos contêm muitos conservantes, corantes e estabilizantes com os quais um intestino imaturo não consegue lidar, como é o caso do bebê. A mãe também deve evitar comidas com muitos condimentos ou muito temperadas. Alimentos como brócolis, couve-flor, repolho e cebola, apesar de serem ricos nutricionalmente, podem alterar o sabor do leite e causar desconforto e irritação ao bebê. Leite e derivados (queijos, iogurtes e até a manteiga) podem causar reações alérgicas no bebê, manifestadas de minutos a horas após a mamada, com sintomas como diarreia, irritações de pele, desconforto e gases. O chocolate, por conter cafeína e estimular a liberação de serotonina, também pode causar irritabilidade e aumentar os movimentos intestinais do bebê. Carnes vermelhas, por serem digeridas mais lentamente, podem ocasionar gases. E as leguminosas - feijões, grãos, favas e lentilhas, apesar de serem bastante nutritivas, podem ocasionar formação de gases.

Uso de medicação



Essa é a última medida a ser tomada e apenas com a recomendação do pediatra do bebê. Lembre-se que embora possa prometer alívio das cólicas, alguns remédios, ainda que naturais, contém componentes que a longo prazo podem prejudicar muito a saúde da criança. Um exemplo disso é a Funchicória, que além dos extratos de plantas, possui sacarina, um adoçante muito usado por adultos com diabetes e que pode ter efeitos graves nos bebês. A ação calmante da funchicória teria então relação com a sacarina, que estimula a liberação do neurotransmissor serotonina (gatilho natural de bem-estar). 

Existem também outros medicamentos que podem ser usados para reverter as cólicas nos bebês, como o uso de antigases, como a dimeticona. Mas administre esses medicamentos apenas com recomendação médica, evitando efeitos colaterais que podem prejudicar a saúde e o desenvolvimento do seu bebê.

Encha-se de paciência



Embora as cólicas e seu choro típico sejam comuns nesse fase, é importante que a mãe esteja preparada que isso pode durar horas e horas. Ao tentar acabar com o sofrimento do bebê, a mãe muitas vezes muitas vezes sofre muito mais, deixando o sentimento de tensão e impotência tomar conta. Infelizmente, isso torna-se um ciclo vicioso onde o bebê, supersensível, percebe a impaciência da mãe, fica inseguro e reage sentindo mais dor. A mãe segue com os cuidados e, sem sucesso, vai ficando mais tensa e impotente. Nesse momento é importante a mãe perceber isso antes de perder o controle da situação. 


O apoio da família torna-se um alívio para que a mãe possa tirar um tempo para se tranquilizar, sendo mais fácil voltar a cuidar do filho. Não pense que é uma má pessoa por perder um pouco da paciência, afinal ninguém gosta de ver alguém tão importante em nossa vida sofrendo, ainda mais um bebê. O sentimento de impotência então pode se manifestar em forma de raiva, impaciência ou mesmo tristeza. Ter conhecimento desses sentimentos e saber que eles são perfeitamente normais é uma forma de estar preparado para agir da melhor forma para você e o bebê. Até a próxima!






sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sexagem Fetal - Como descobrir o sexo do bebê?



É menino ou menina? Qual mamãe ou papai não foi questionado quanto a isso logo que os familiares e amigos souberam da gravidez? Muitos pais não aguentam a ansiedade em saber se será um menino ou uma menina que virá integrar a família. É também uma boa forma de já ir planejando alguns itens do enxoval do bebê de acordo com o sexo da criança ou mesmo a decoração do quartinho. 

Antigamente saber o sexo do bebê só era possível no nascimento, embora algumas pessoas desenvolviam "técnicas" para antecipar o resultado. Entre ser menino ou menina, as chances de acerto são de 50%, então não era realmente complicado "acertar". Com o avanço tecnológico foi possível descobrir o sexo do bebê um pouco mais "cedo" (têm que esperar até mais ou menos a décima sétima semana de gestação) através do exame de ultrassom, contudo, em alguns casos, ainda é possível que o resultado não seja preciso ou às vezes o bebê insiste em deixar os pais na curiosidade. Hoje em dia existe uma opção mais precisa e que pode acabar com o mistério mais rapidamente, através do teste de Sexagem Fetal. 

O que é Sexagem Fetal?



Sexagem fetal é um teste para saber qual o sexo do bebê. O cientista chinês Y. Dennis Lo descobriu que no plasma materno existe DNA do feto. Com essa descoberta, o biólogo molecular José Eduardo Levi, do Banco de Sangue do Hospital Sírio Libanês, realizou um estudo por seis anos para desenvolver um teste que identifica fragmentos do cromossomo Y no sangue materno. O teste é realizado através da análise do DNA fetal presente no sangue da mãe, pela técnica PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), isto é, a amplificação do DNA. Foi assim que surgiu o exame de Sexagem Fetal. 

Trata-se de um teste feito para saber se há fragmentos do cromossomo Y no sangue da mamãe. O cromossomo Y é o responsável pela formação de um feto masculino, ou seja, se há fragmentos do cromossomo Y o bebê será um menino. Esse teste começou a ser realizado desde 2003 no Brasil e tem se tornado cada vez mais popular, embora ainda seja desconhecido para muitos casais. 

Como funciona o teste?


Durante a gestação existe a passagem de uma pequena quantidade de células fetais para o sangue materno, através da placenta. O teste dessas células revela o sexo fetal por um procedimento não-invasivo e sem riscos, pois requer apenas a coleta de uma amostra de no máximo 20 ml de sangue da mãe. A enorme sensibilidade da PCR permite detectar pequenas quantidades de DNA fetal presente no plasma materno. 

Após a coleta, o plasma é separado e o DNA, isolado do mesmo, é submetido à reação de PCR com oligonucleotídeos iniciadores derivados do gene DYS14 específico do cromossomo Y. A presença do cromossomo Y indica que é um menino e a ausência dele, uma menina.

O teste de sexagem é confiável?



O método de PCR desenvolvido para a determinação do sexo fetal possui excelente sensibilidade e especificidade, permitindo seu uso rotineiro e com índices de acerto superiores a 99% a partir de 8 (oito) semanas de gestação. 

Contudo, alguns fatores, como aborto subclínico podem gerar um resultado errado devido a presença de DNA do feto abortado. Como ocorre em caso de um resultado positivo para cromossomo Y (feto masculino) e posteriormente verificar-se ser um feto feminino, a possibilidade que deve ser levantada é se a mãe foi submetida a procedimento de hiperovulação e/ou fertilização in vitro, com gravidezes múltiplas (2 ou mais embriões). Isso se deve ao fato de que é comum que um ou mais embriões não sobrevivam; e já existem estudos mostrando que a detecção do DNA destes embriões pode persistir por até 2 semanas, depois de, por exemplo, um episódio de aborto. Ou seja, a mãe pode ter iniciado uma gravidez múltipla mas que houve a perda de um ou mais embriões, e o resultado encontrado seria a do embrião perdido e não do que ficou, no caso do embrião abortado for do sexo masculino, estará explicada a incoerência entre o resultado do teste de Sexagem Fetal e o sexo do feto em progressão. 

Outra situação em que pode haver conflitos de resultado seria  explicação seria caso a mãe tenha recebido transfusão de sangue ou transplante de órgão de um homem. 

Pode haver casos em que há uma quantidade muito pequena de DNA fetal no plasma materno no momento da coleta, que o teste não é capaz de detectar. Assim, pode haver casos isolados em que não se consiga determinar se há presença do cromossomo Y. 

Pode fazer o teste em caso de gravidez múltipla?


O teste pode ser feito também em caso de gestação de mais de um bebê. No caso de gêmeos idênticos, univitelinos (que estão na mesma placenta), o resultado é válido para os dois fetos. Em gêmeos fraternos, bivitelinos (placentas distintas), o resultado Y, significa que ao menos um dos gêmeos será menino. Se o resultado der ausência de cromossomo Y pode-se dizer que ambas são meninas.


Onde fazer e quanto custa o teste?


O teste pode ser feito nos maiores hospitais e laboratórios do Brasil e o resultado sai em aproximadamente 5 dias úteis. 

O preço é dependendo do local pode ser bem alto, em torno de R$300,00 a R$800,00. Fazer ou não dependerá se o valor é válido pelo tempo de espera que teria para conseguir ver pelo exame de ultrassom. 

Existe alguma contra-indicação?


A sexagem fetal é um exame não-invasivo e sem riscos, onde não é necessária solicitação médica. Dessa forma, qualquer mulher grávida pode se submeter a este exame, sendo realizado em qualquer fase gestacional, mas os índices de acerto são maiores com o avançar da gravidez. Portanto, aconselha-se que o teste seja feito a partir da 8ª semana, pois desta idade gestacional em diante o acerto é de praticamente 100%. 


Por enquanto, esse teste só serve para a identificação do sexo dos bebês, mas já está em estudo para que sirva também para identificar algumas doenças, substituir outros exames que são mais invasivos e até a realização do cariótipo fetal. O que dificulta é a pequena quantidade de células fetais no sangue materno.

Outros testes de identificação do sexo do bebê


Exames genéticos invasivos


É possível descobrir o sexo do bebê através de exames genéticos como biópsia do vilo corial, que pode ser feito entre a 10a e a 12a semana de gestação, e a amniocentese, que pode ser feito entre a 15a e a 18a semana de gestação. Embora com esses exames a certeza é de praticamente 100%, já que é feita análise do material genético do bebê, são exames invasivos e só recomendados quando há suspeita de algum problema com o feto, pois existe um pequeno risco de aborto espontâneo, cerca de 1%. 

Teste de urina de farmácia



Assim como existe o teste de gravidez de farmácia, existe um teste de urina caseiro para determinar o sexo do bebê. Para quem gosta da praticidade de fazer um exame sem precisar ir ao laboratório e ter acesso direto a uma fonte de informação, essa é uma ótima opção. O custo pode ser um pouco alto, apesar de ser mais barato que o teste de sexagem fetal de sangue, também pode haver dificuldade para encontrar o produto disponível em farmácias, já que ele é mais comum fora do Brasil. 

De acordo com o fabricante, o teste tem eficácia em torno de 90% e pode ser feito a partir de 10 semanas de gestação. O resultado fica pronto em 10 minutos. A confiabilidade do teste pode ser afetada caso a mulher estiver usando hormônios como a progesterona, e a eficácia também não é boa em caso de gestação múltipla. 


O Método Ramzi



Consiste em definir o sexo do bebê através da posição em que se encontra a placenta. Esse método pode ser utilizado a partir da 6ª semana de gestação, bastando para isso analisar o exame de ultrassom. Conheça melhor o método Ramzi aqui.


Simpatias para descobrir o sexo do bebê 


Para quem gosta de brincar de adivinhar, optar por simpatias pode ser uma forma divertida de tentar acertar se a cegonha trará um menino ou uma menina. Uma forma conhecida e muito utilizada antigamente é observar a forma em que a barriga da gestante está crescendo. Uma barriga pontuda indica que a mamãe espera um menino e uma barriga arredondada, que acompanha o formato do quadril, indica que a mamãe espera uma menina.


Algumas pessoas gostam de apostar no ritmo dos batimentos cardíacos do bebê. Um batimento cardíaco do feto acima de 140 batidas por minuto indicaria que a mãe espera um bebê do sexo feminino. Batimentos cardíacos do feto menores que 140 batidas por minuto, indicaria a chegada de um meninão.

Conhecida, a sabedoria chinesa, trouxe para o ocidente o uso de uma tabela chinesa que combina idade lunar com mês da concepção para chegar a uma conclusão sobre o sexo do bebê. 


Eu usei o teste do repolho roxo para tentar adivinhar o resultado. Consiste em misturar parte da água fervida do repolho roxo com a mesma quantidade de urina. Caso o resultado seja azul ou roxo, a mamãe espera uma menina, se for menino, a mistura fica mais avermelhada ou laranja. 


Embora divertidas, essas simpatias não têm nenhuma comprovação científica e podem criar expectativas fortes, além de levar a grandes frustrações quando não dá certo. Lembre-se que as chances de acerto são de 50%, de forma que é importante não leva-las a sério. 

Embora muitos casais tenham preferência por determinado sexo, o importante mesmo é ter um bebê saudável que receba todo o amor de sua família. E aí, é menino ou menina? Até a próxima!

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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Femara (Letrozol) como indutor de ovulação


Quando se trata de medicamento para engravidar, sempre recomendo muita cautela. Muitas vezes ouvimos alguém que usou determinado remédio e conseguiu engravidar, então a pessoa fica tentada a usar também. Confesso que não conhecia nada a respeito, quando uma amiga perguntou sobre o Femara (Letrozol). Aqui vão as informações que encontrei a respeito:

Para que serve o Femara (Letrozol)?


Femara (Letrozol ou Letrozole) é um medicamento utilizado no tratamento de alguns tipos de câncer de mama em mulheres após a menopausa. Trata-se um inibidor da aromatase de terceira geração, enzima responsável por converter os androgênios produzidos nas adrenais em estrógenos. São usadas na terapia adjuvante e no tratamento do câncer de mama metastático, principalmente naqueles com receptor de estrógeno positivo. Essa droga têm efeito na diminuição da quantidade de estrogênio sintetizada pelo organismo, suprimindo os níveis de estradiol sérico. Em outras palavras, ele funciona através da redução da quantidade total de estrogênio produzido no corpo. Isso ajuda a matar de fome as células cancerosas, privando-os de estrogênio.

Uso do Letrozol como indutor de ovulação


O uso do Letrozol como indutor de ovulação é devido ao efeito de feedback negativo no eixo hipotálamo-hipófise ou pelo aumento da sensibilidade dos folículos ao FSH ao acumular androgênios intra-ovarianos. Ou seja, com a diminuição do estrogênio, o FSH é mais estimulado e esse hormônio faz com que os folículos ovulatórios cresçam mais. Assim ele tem efeito indutor de ovulação. (O que são indutores de ovulação?)

Letrozol versus Citrato de Clomifeno


Alguns pacientes pode apresentar maior resistência ao citrato de clomifeno, sendo mais sensíveis para indução da ovulação com inibidores da aromatase, como o Letrozol, que apresenta menores efeitos colaterais no espessamento endometrial comparado ao clomifeno e um possível risco diminuído de gravidez múltipla. Em outras palavras, o Letrozol deixaria o endométrio mais grosso que o clomifeno e também teria menos risco de gravidez de mais de um bebê. Um estudo controlado randomizado mostrou que o letrozol possui menor estimulação ovariana quando comparado ao clomifeno, o que poderia contribuir para um menor número de gestações múltiplas. 


Letrozol como indutor para quem sofre com SOP



As mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) possuem diversos cistos pequenos nos ovários que impedem os óvulos de amadurecer de forma adequada. Assim, geralmente a infertilidade é tratada com clomifeno (Clomid, Indux, Serophene) para estimular a produção de óvulos. Porém, alguns médicos acreditam que o tratamento com Letrozol apresentaria melhores resultados. 


Um estudo publicado no periódico The New England Journal of Medicine, dividiu de forma aleatória 750 mulheres inférteis com SOP em dois grupos, cada grupo tomou um dos medicamentos. Elas realizaram até cinco ciclos de tratamento.

Após controlar os fatores como histórico de fertilidade, raça e diversos níveis de hormônios no sangue, os pesquisadores descobriram um aumento significativo da ovulação, fecundação e gestação nas mulheres que tomaram o letrozol.

As diferenças em relação aos efeitos colaterais e eventos adversos graves foram poucas entre os dois grupos, e as participantes que tomaram o letrozol estavam 44% mais propensas a dar à luz.

Riscos do uso do Letrozol como indutor



Muitas meninas referem-se ao Letrozol como indutor de ovulação, o que tecnicamente está incorreto, já que até o momento, seu uso não é indicado pelo fabricante para induzir a ovulação, embora seus efeitos tenham essa característica. Disponível no Brasil, o uso do letrozol para estimular ovulação é o que se chama de "off label" – quando um medicamento para um determinado fim é usado para outro propósito. 


Alguns países não recomendam o uso dos inibidores da aromatase pela possibilidade de malformações fetais. Em dezembro de 2005, o laboratório Novartis divulgou um aviso mundial baseado num estudo canadense que diz que o medicamento letrozol (Femara) pode causar defeitos congênitos e abortos se usado na reprodução assistida. O mesmo alerta foi distribuído aos médicos pelo governo canadense. Embora, muitos profissionais tenham contestado esse estudo, devido ao mesmo ter sido feito a partir de um número pequeno de gestações e por não ter uma base adequada de análise. Essa contestação se deve ao fato de que a droga seria eliminada do organismo antes mesmo do óvulo ser fertilizado, portanto sem ter como causar má-formação no bebê. Alguns especialistas avaliam ainda que o estudo que motivou o alerta é frágil, pois não exclui outros fatores de risco que podem gerar má-formação fetal e abortos, como a gravidez em idade avançada.

Pessoalmente, acredito que o uso de uma medicação que não conta com bons estudos de base, pode trazer prejuízos, mas que cabe a cada mulher avaliar se os riscos valem a pena e também se desejam usar um medicamento dessa forma. Fazer uso de um remédio por indicação de amigas e mesmo de artigos da internet (como é o caso deste post!) é correr um risco de obter mais complicações do que benefícios. Portanto, o melhor é contar com um médico de confiança e que avalie se determinado tratamento vale mais que possíveis danos que sejam derivados deste. Ainda que alguém tenha sido beneficiada por determinada medicação, nem sempre os efeitos no seu organismo será o mesmo que no nosso. Consulte sempre um médico! Até a próxima.

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