quarta-feira, 17 de maio de 2017

Translucência Nucal - Importância do exame de TN


Todas sabemos da importância dos cuidados pré-natais para garantir que o bebê e a mamãe estejam bem. Há alguns exames que são feitos por especialistas durante toda a gestação que podem dizer se está ou não tudo bem com o bebê em desenvolvimento. Um desses exames é a medida de Translucência Nucal (TN).

O que é Translucência Nucal?


A translucência nucal (ou TN) é uma medida realizada na região da nuca do feto. Esta medida ajuda a estimar o risco do feto ter algumas doenças, entre elas a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Fetos com malformações ou doenças genéticas possuem uma tendência a acumular liquido na região da nuca. Portanto uma medida aumentada significa um aumento de risco.

Quando e como é feito o exame de TN?


A Translucência Nucal é medida durante a ultrassonografia realizada entre a 11ª e 13ª semana gestacional. Alguns médicos permitem que se faça o exame até a 14ª gestacional, contudo, como a medida da TN deve ser realizada quando o feto tem entre 45 e 84 mm de comprimento (medindo da cabeça à nádega), o exame poderá não ser feito se o bebê cresceu muito.  A ultrassonografia geralmente é abdominal, mas se a medida não for possível, pode ser necessária a realização da ultrassonografia transvaginal.  Se houver um acúmulo excessivo de líquido na região da nuca do feto, aumenta o risco do bebê ter uma alteração cromossômica, mal-formações ou alguma síndrome genética.

Quais os valores normais?



Os valores abaixo de 2,5 mm são considerados normais. Alguns softwares utilizam outros parâmetros além da medida da translucência nucal e, nestes casos, o resultado não é dito como positivo ou negativo, mas representam numericamente qual a porcentagem de risco de ter Síndrome de Down.

A taxa de eficácia do exame de translucência nucal está entre 80 e 90%. Contudo, vale lembrar que esta análise não traz diagnóstico, apenas avalia o risco. Fatores como doenças genéticas ou de alterações cromossômicas na família, além da idade da mãe são importantes para calcular o risco de o bebê apresentar alguma síndrome. Por isso, mamães, não deixem de relatar nada que julguem importante sobre seu histórico familiar.

O que fazer se a TN estiver aumentada?


No caso de alterações, sempre é indicado à gestante realizar outros exames mais específicos para comprovar ou não o diagnóstico. Os mais comuns são: amniocentese ou biópsia de vilosidades coriônicas. Estes exames permitem que seja feita uma análise dos cromossomos do bebê chamado cariótipo. O cariótipo permite diagnosticar não só a síndrome de Down mas uma série de outras doenças dos cromossomos. Caso o resultado do cariótipo seja normal, ainda assim o bebê pode ter outras doenças (como por exemplo malformações cardíacas). Portanto a conduta sugerida nestes casos é realizar um exame morfológico detalhado entre 20 a 24 semanas e um exame do coração do bebê chamado ecocardiografia fetal.

O exame de TN é confiável?


O exame de TN não tem fiabilidade total, ou seja, ele ajuda apenas a classificar como baixo ou alto risco para Síndrome de Down. O que isso significa? Isto significa que um exame "normal" não garante que o bebê é normal, apenas significa que o risco para a Síndrome de Down é baixo. Da mesma forma um exame "alterado" informa que o risco é alto, porém mesmo quando a translucência nucal está aumentada encontramos fetos normais.

O exame de TN é simples e não há riscos para a mãe ou para o bebê, portanto é muito importante que todas as gestantes façam o exame. Além disso, o exame permite verificar com mais precisão a idade gestacional da mulher, facilitando o acompanhamento do crescimento fetal. Até a próxima!

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