Há alguns anos atrás, quando ouvia os conselhos da minha mãe para ter cuidado para não engravidar, sempre me pareceu que era incrivelmente fácil conseguir. A verdade é que depois de algum tempo tentando, percebi que muitas são as variáveis que podem dificultar o tão sonhado positivo. Assim como eu, muitas mulheres descobrem, depois de um tempo tentando, que engravidar não é tão simples assim.
Faz pouco tempo que ouvi pela primeira vez a respeito da Síndrome do Folículo Não Roto (LUF). Confesso que mesmo vivenciado esse mundo das tentantes a algum tempo, percebi que ainda há muito o que aprender.
O que é LUF?
A Síndrome do Folículo Luteinizado Não Roto (LUF) é quando o folículo ovariano desenvolve-se normalmente, mas não rompe para liberar o óvulo. Depois disso, as células que o compõe iniciam a secreção de progesterona, tal como um folículo que rompeu e se transformou em corpo lúteo. Caso a mulher faça acompanhamento hormonal, dosando a progesterona, por exemplo, pode não conseguir identificar problema já que as dosagens de progesterona irão parecer normais.
Qual a causa da LUF?
Os médicos ainda não identificaram as causas dessa síndrome. Contudo, uma possível causa seria o baixo nível do hormônio LH responsável pelo rompimento do folículo, causando a anovulação. Entenda melhor os ciclos anovulatórios neste post!
Quais os sintomas da LUF?
A LUF é uma síndrome silenciosa. Assim, não há nada que ocorra durante o ciclo menstrual que possa fazer com que a mulher desconfie que não está ovulando. Os sintomas comuns no período pós ovulatório de mulheres sem a síndrome, são os mesmos daquelas que sofrem com a LUF. Tal como os níveis hormonais, a fase lútea apresenta-se absolutamente normal aos olhos clínicos.
Como saber se a mulher tem LUF?
O diagnóstico da síndrome é feito através do controle de ovulação. Através do exame de ultrassom seriado, é possível observar a evolução do folículo e identificar se houve ou não o rompimento do mesmo. Quando o folículo não rompe pode tornar-se um Cisto Folicular.
É importante ressaltar que um único exame não é suficiente para o diagnóstico da LUF. Isso porque a mulher pode passar por um ciclo onde o folículo não se rompa mas em outros romper-se normalmente.
Qual o tratamento para LUF?
Quando se está tentando engravidar, o tratamento pode ser feito com o coito programado que inclui induzir a ovulação, monitorando com ultrassom e medicação à base de hCG para induzir o rompimento ou Inseminação Artificial.
Ainda que a mulher prefira não induzir a ovulação, pode-se optar apenas pelo monitoramento da ovulação seguido por injeção para o rompimento do folículo, que será feito assim que o mesmo estiver no tamanho ideal.
Algumas vezes passa-se meses e até anos tentando engravidar sem que um especialista seja consultado. Claro que um casal saudável pode levar até 1 ano para engravidar naturalmente, contudo, quanto mais cedo procurar ajuda e INSISTIR numa investigação da fertilidade, mais cedo chegará o positivo! Até a próxima!
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